terça-feira, 8 de outubro de 2019


Um homem chamado João Batista  Jo 3:22-30.


Introdução:
João Batista era corajoso e ousado em suas palavras (Mt 3.7-8). Ele confrontou os judeus que costumavam justificar-se diante de Deus e levava-os a enxergar, discernir a necessidade que tinham de se arrepender-se moral e espiritualmente, através do batismo.  João nunca media muito as palavras. E as pessoas ou o amavam, ou o odiavam. E foi um dos que o odiavam que um dia mandou cortar a sua cabeça.

Essa firmeza de caráter vemos quando alguém lhe comunica: “Rabi, aquele que estava contigo além do Jordão, do qual tu deste testemunho, ei-lo batizando, e todos vão ter com ele (v.26). Mas, respondeu João: “O homem não receber cousa alguma se do céu não lhe for dada. Vós mesmos sois testemunhas de que vos disse: Eu não sou o Cristo, mas fui enviado como seu precursor. O que tem a noiva é o noivo; o amigo do noivo que está presente e o ouve, muito se regozija por causa da voz do noivo. Pois esta alegria já se cumpriu em mim. Convém que ele cresça e que eu diminua” (Jo 3.27-30).

1)    Nada é meu, tudo é dEle

Aqueles que foram interpela-lo fizeram suas perguntas com base na suposição de que aquele povo pertencia a João, que ele tinha conquistado para si com seu carisma pessoal. E, se assim o fosse, estava perdendo seu estrelato como profeta.

Mas João sabia que as multidões que o deixavam para seguir a Cristo nunca tinha sido propriedade dele. Deus as colocara sob seus cuidados durante algum tempo, mas agora as estava recolhendo de volta.

      O que as multidões eram para ele, serão para nós nossa carreira, nossos bens, nossos dons naturais e espirituais, nossa saúde. Será que possuímos essas coisas ou apenas as gerimos em nome daquele que confiou a nós?
   
2)    Eu não sou o Cristo

     Vocês estão lembrados que eu lhes falei que não sou o Cristo?”. E saber que não era Cristo, era uma forma de saber quem ele era. Ele não tinha ilusões quanto a sua identidade pessoal. Isso já estava bem claro em seu mundo interior.

Parece estar cada vez mais incapaz de fazer distinção entre a função e a própria pessoa. Para muitos o que fazem se confundem com o que são. É por isso que as pessoas que já detiveram grande parcela de poder tem muita dificuldade em abandoná-lo, e muitas vezes lutam até a morte para retê-lo.

       Em nossos dias, nesse mundo todo dirigido pelos meios de comunicação de massas, muitos homens bons e talentosos, que ocupam posições de liderança, estão constantemente diante de tentação de passarem a crer em seus próprios textos publicitários.

3)   Ele sabia quem era
      Quando indagaram a João acerca de sua opinião a respeito da crescente popularidade daquele Homem de Nazaré, ele comparou sua missão com a de um padrinho de casamento (João 3:29). A função do amigo é estar ao lado do noivo, cuidando para que a atenção de todos esteja voltada para ele.

4)   Ele sabia a quem a honra pertencia
     Convém que ele cresça e que eu diminua” (João 3:30). Um homem “impelido” nunca teria dito o que ele disse, pois esse tipo de individuo é compelido a buscar mais e mais atenção dos outros, mais e mais poder, mais e mais bens materiais. “Que diferença marcante se nota entre a vida do Rei Saul e a de João Batista”. O primeiro tentou defender sua gaiola dourada, e saiu derrotado; o outro se contentou com um lugar no deserto e a oportunidade de servir a Deus, e saiu vitorioso. 


5) Ele se mantinha firme, apesar das adversidades
Vemos no ministério de João Batista uma paz que não depende de segurança profissional, porque sabia que Deus era seu fundamento. E também gozo que não é felicidade. Porque felicidade é um estado emocional que depende de tudo estar correndo bem. Mas gozo, apesar de perder os níveis de audiencia, ele estava muito contente

CONCLUSÃO:  COMO SE TORNAR UM “CHAMADO”
Um fato que serve para explicar a lucidez de João é a influencia de seus pais, que lhe formaram o caráter desde os primeiros dias. A Biblia é límpida em dizer que Zacarias e Isabel eram pessoas profundamente espirituais, com extraordinária sensibilidade em relação ao chamado de João, que lhes fora revelado por meio de diversas visões de anjos. Agora vemos João no deserto (Lc 3:1-3).

César estava em Roma, cuidando das coisas importantes que diziam respeito aos césares. Anás e Caifas se achavam em Jerusalém, procurando manter a ordem e a religião organizada. Mas veio a palavra de Deus a João, um homem insignificante, que se encontrava num lugar sem importância, um deserto.

Por quê João? E por que num deserto? O chamado exigia total submissão aos desígnios de Deus, aos seus métodos de trabalho e ao seu conceito de sucesso. 

E num deserto, pois as pessoas conseguem ouvir e meditar sobre questões que normalmente não ouvem nem examinam com facilidade.

Deserto é um lugar difícil de se viver, seja ele físico ou espiritual. No deserto aprendemos a conhecer a aridez.

No deserto as pessoas aprendem a depender só de Deus. É no deserto que uma pessoa se torna “chamada”.





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