terça-feira, 29 de outubro de 2019


Martinho Lutero e a reforma protestante – Rm 1.17 

Introdução: 
A Igreja Católica Apostólica Romana, no século XVI, sob o papado de Leão X, estava apregoando alguns ensinamentos contraditórios, por exemplo: o Papado; a venda de relíquias – pedaço do berço de Jesus, espinho da coroa de Jesus, pedaços da cruz que dava pra fazer uma arca de Noé, etc. E a venda de indulgencias.
Muitos homens antes de Lutero foram levantados para advertir os erros da igreja católica: os albigenses foram mortos na França por ordem do Papa; Wyclif, que traduziu o Novo Testamento para o inglês, também foi morto e suas cinzas lançadas no rio; John Huss, discípulo de Wclif, morreu queimado numa fogueira por pregar a justificação pela fé, somente. E, Savonarola, foi enforcado e seu corpo reduzido a cinzas, por ordem da igreja romana. De todos esses mártires temos Huss que profetizou antes de morrer: “Podem matar o ganso (na língua eslava huss é “ganso”, mas daqui a cem anos, Deus suscitará um cisne que não poderá queimar.
                  
1)        INFANCIA DE LUTERO e sua religiosidade

Martinho Lutero nasceu em Eisleben, Alemanha, no dia 10 de novembro de 1483, sendo batizado no dia seguinte e recebido o nome de Martinho, em homenagem ao santo do dia. Seus pais, Hans e Margarete Luder, foram agricultores e depois trabalhou em minas de cobre. Veja as palavras do próprio Lutero:  “ Sou filho de camponeses; meu pai, meu avô e meu bisavô eram verdadeiros camponeses". Os pais de Martinho, para vestir, alimentar e educar seus sete filhos, esforçavam-se incansavelmente.

  Educação religiosa. A base da sua religião formava-se mais em que Deus é um juiz vingativo, do que um amigo de crianças. Quando já era adulto, Lutero escreveu: "Estremecia e tornava-me pálido ao ou vir al­guém mencionar o nome de Cristo, porque fui ensinado a considerá-lo como um juiz encolerizado. Fomos ensinados que devíamos, nós mesmos, fazer propiciação por nossos pecados; que não podemos fazer compensação suficiente por nossa culpa, que é necessário recorrer aos santos nos céus, e clamar a Maria para desviar de nós a ira de Cristo." Ele se apresentava constantemente no confessionário, onde o padre lhe impunha a penitencias e o obrigava a praticar boas obras, para obter o perdão dos pecados. 



 Aos dezoito anos, Martinho ansiava estudar numa uni­versidade. Seu pai, reconhecendo a idoneidade do filho, enviou-o a Erfurt, o centro intelectual     do país, onde cursa­vam mais de mil estudantes. O moço estudou com tanto afinco que, no fim do terceiro semestre, obteve o grau de bacharel em filosofia.

2)      Mudanças
         Primeiro, achou na biblioteca o maravilhoso Livro dos livros, a Bíblia completa, em latim. "Oh! se a Providência me desse um livro como este, só para mim!" Continuando a ler as Escrituras, o seu coração começou a perceber a luz, e a sua alma a sentir ainda mais sede de Deus. 


        Segundo,  O  que mais o aba­lou em espírito, foi o que experimentou durante uma terrí­vel tempestade, quando voltava de visitar seus pais. Não havia abrigo próximo. Os céus estavam em brasa, os raios rasgavam as nuvens a cada instante. De repente um raio caiu ao seu lado. Lutero, tomado de grande susto, e sentin­do-se perto do Inferno, prostrou-se gritando: "Sant'Ana, salva-me e tornar-me-ei monge!". "A minha estrada, ca­minho de Damasco"          Na es­curidão da mesma noite, o moço, antes de completar vinte e dois anos, dirigiu-se ao convento dos agostinianos e ba­teu. A porta abriu-se e Lutero entrou. 


         No convento ganhou uma Biblia de Staupitz, seu mentor.  Lutero leu em Romanos “o justo viverá da fé”. Por quanto tempo tinha ele anelado: "Oh! se Deus me desse um livro destes só para mim!" - e agora o possuía!          Depois de completar vinte e cinco anos de idade, Lutero foi nomeado para a cadeira de filosofia em Wittenberg, para onde se mudou para viver no convento da sua ordem.


Terceiro,         Martinho Lutero, em 1510, visita a cidade de Roma. Um dia, subindo a Santa Escada de joelhos, desejando a indulgência que o chefe da igreja pro­metia por esse ato, ressoaram nos seus ouvidos como voz de trovão, as palavras de Deus: "O justo viverá da fé" (Rm. 1.17). Lutero ergueu-se e saiu envergonhado. O Significado: "Desejando ardentemente compreender as palavras de Paulo, comecei o estudo da Epístola aos Romanos. Porém, logo no primeiro capítulo consta que a justiça de Deus se revela no Evangelho (vv. 16,17). Eu detestava as palavras: a justiça de Deus, por­que, conforme fui ensinado, eu a considerava como um atributo do Deus santo que o leva a castigar os pecadores. Apesar de viver irrepreensivelmente, como monge, a cons­ciência perturbada me mostrava que era pecador perante Deus. Assim odiava a um Deus justo, que castiga os peca­dores... Senti-me ferido de consciência, revoltado intima­mente, contudo voltava sempre para o mesmo versículo, porque queria saber o que Paulo ensinava. Contudo, de­pois de meditar sobre esse ponto durante muitos dias e noi­tes, Deus, na sua graça, me mostrou a palavra: 'O justo vi­verá da fé.' Vi então que a justiça de Deus, nesta passagem, é a justiça que o homem piedoso recebe de Deus pela fé, como dádiva."

NO livro "O peregrino" quando o personagem chamado cristão, começa sua trajetória, ele tem um fardo em suas costas – que é o seu pecado. Ele sabe que tem um fardo nas costas; as pessoas da vila não reconheciam esse fardo, mas ele sabia. Então, cristão, começa sua trajetória. A primeiro obstáculo que se depara é uma montanha chamada lei; ele tenta escalar mas não consegue; a lei revela nossa incapacidade de livrar-nos dos nossos pecados. Até, que o cristão, vê a cruz, e a fivela que carregava o fardo caiu das suas costas e cai num cemitério e, então, ele fica livre. Cristo cumpriu a lei e levou nossos pecados (fardos).  



3)     Enfrentando a igreja católica

       Tetzel:  "Ouça a voz de seus entes queridos e amigos que já morreram, suplicando-lhes e dizendo: 'Tenha pena de nós, tenha pena de nós. Estamos passando por tormentos  horríveis dos quais você pode nos redimir, contribuindo com uma pequena esmola'. Vocês não desejam fazer isso?". 




     Por causa das indulgências, Lutero afixou em 31 de outubro de 1517 às 95 teses. Contrapondo os ensinos das indulgências do Papa Leão X. Foi desse ato de afixar as 95 teses da Igreja de Wittenberg, que nasceu a Reforma, isto é, que to­mou forma o grande movimento de almas que em todo o mundo ansiavam voltar para a fonte pura, a Palavra de Deus.
      Quando a bula de excomunhão, enviada pelo Papa, chegou em Wittenberg, Lutero respondeu com um tratado dirigido ao Papa Leão X, exortando-o, no nome do Senhor, a que se arrependesse. A bula do Papa foi queimada fora do muro da cidade de Wittenberg, perante grande ajunta­mento do povo.  
     Dieta de Worms, convocado pelo Imperador Carlos V.  Oração de Martinho Lutero: "Oh! Deus todo-poderoso! A carne é fraca, o Diabo é forte! Ah! Deus, meu Deus, que perto de mim estejas con­tra a razão e a sabedoria do mundo! Fá-lo, pois somente tu o podes fazer. Não é a minha causa, mas sim a tua. - Que tenho eu com os grandes da terra? É a tua causa, Senhor, a tua justa e eterna causa. Salva-me, oh! Deus fiel! Somente em ti confio, oh! Deus! meu Deus... vem, estou pronto a dar, como um cordeiro, a minha vida. O mundo não conse­guirá prender a minha consciência, ainda que esteja cheio de demônios, e, se o meu corpo tem de ser destruído, a mi­nha alma te pertence, e estará contigo eternamente..."

Conclusão:
    É convidado a se retratar mas ele responde: “Se não me refutardes pelo testemunho das Escrituras ou por argumentos - desde que não creio somente nos papas e nos concílios, por ser evidente que já muitas vezes se engana­ram e se contradisseram uns aos outros - a minha cons­ciência tem de ficar submissa à Palavra de Deus. Não pos­so retratar-me, nem me retratarei de qualquer coisa, pois não é justo nem seguro agir contra a consciência. Deus me ajude! Amém."







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