As facetas da igreja 1 Corintios 1.1-17
1)
O
apostolo de Jesus Cristo (v.1)
“Paulo (chamado apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de
Deus)...”
O uso da palavra apostolo no Novo Testamento se dá em relação
aos doze, e aos quais com certeza Paulo e provavelmente Tiago foram mais tarde
acrescentados. Eles não eram “apóstolos das igrejas” mas “apóstolos de Cristo”.
Algumas qualidades necessárias para se tornar apostolo:
a)
Eles
tinham sido pessoalmente escolhidos, chamados e designados diretamente por
Jesus Cristo.
b)
Eles
foram testemunhas do Jesus histórico – do seu ministério público por três anos
(Mc 3.14, Jo 15.27), ou pelo menos sua ressurreição (Atos 1.21,22).
c)
A
eles foi prometido uma inspiração especial do Espírito da verdade.
2)
A
cidade de Corinto
Por causa de sua localização, a
cidade administrava as rotas comerciais tanto no sentido norte-sul por terra,
como no sentido leste-oeste por mar. Era, portanto, um centro manufatureiro e
comercial.
Corinto era também uma cidade
religiosa que adorava “muitos deuses e muitos senhores”. Havia o templo de
Afrodite e o templo de Apolo. Era uma cidade imoral, tanto que o verbo “CORINTIANIZAR”
era “viver uma vida licenciosa”. Portanto, era uma cidade agitada,
progressista, rica, arrogante e permissiva.
Nesta cidade havia um pequeno grupo
de pessoas a quem Paulo chamou de “a igreja de Deus que está em Corinto”, a
comunidade divina dentro da comunidade humana. Era como uma flor perfumada que
brotava da lama mal cheirosa e ali crescia.
No v.2, as facetas aparecem com suas
duas moradias – a terrena e a celeste -, e suas duas santidades – santificado em
Cristo Jesus e chamado para ser santa. E, dois chamados, pois Deus nos chama a
ser santos e nós chamamos a Deus para que nos santifique.
“EU NÃO SOU O QUE DEVERIA SER, NÃO
SOU O QUE GOSTARIA DE SER, NÃO SOU O QUE ESPERO SER NUM OUTRO MUNDO. MAS, AINDA
ASSIM, NÃO SOU O QUE EU ERA, E PELA GRAÇA DE DEUS SOU O QUE SOU”
3)
PAULO
SAÚDA A IGREJA (VS. 1-3)
“...aqueles santificados em Jesus Cristo, chamados para ser
santos juntamente com todos os que, em toda parte, invocam o nome de Nosso
Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e o nosso”
“Graça a vós outros, e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e do
Senhor Jesus Cristo”.
4)
Os
dons da igreja (vs. 4-9)
“Sempre dou graças a Deus a vosso respeito”. Mas pelo que ele
dá graças? Pela graça Que vos foi dada em Cristo Jesus (v.4). “Porque em tudo
foste enriquecidos, nele, em toda a palavra e em todo o conhecimento” (v.5).
“De maneira que não vos falte nenhum dom” (v.7). Será que é possível
alguém no corpo de Cristo ter todos os dons enumerados em Corintios 12, o dom
da sabedoria, o dom do conhecimento, o dom da fé, o dom da cura, operação de
maravilhas, profecia, discernir os espíritos, variedade de línguas e
interpretação de línguas (1 Co 12.8-10)?
Isso não quer dizer que cada cristão possua todos os dons
espirituais, mas que a igreja local pode receber coletivamente todos os dons de
que precisa.
Tendo em vista, “a manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo,
o qual vos confirmará também até o fim, para serdes irrepreensíveis no dia de
Nosso Senhor Jesus Cristo” (vs. 7 e 8).
5)
Unidade
(vs. 10-17)
“Eu tenho somente uma igreja”. Há apenas uma família, porque
há apenas um pai; há apenas um só corpo e um só Espírito que habita nele; e há
somente uma fé, uma esperança um batismo
porque há somente um senhor que está sobre todos (Ef 4.4-6). Em Corinto, Paulo
mais tarde escreverá: “somos lavoura de Deus” (3.9); “sois santuário de Deus”
(3.16) e “vós sois o corpo de Cristo” (12.27).
Mas os coríntios tinham conseguindo dividir o indivisível!
Paulo tinha dado graças por eles; agora ele apela para eles. Eles os tinha
aprovado; agora ele os reprova.
O que podemos aprender com os apelos de Paulo? Primeiro,
devemos notar que por duas vezes ele se dirige a eles como irmãos (vs. 10,11). Olha
o apelo: que faleis todos a mesma coisa e que não haja entre vós divisão; antes
sejais inteiramente unidos, na mesma disposição mental e no mesmo parecer
(v.10).
A seguir, ele entra em detalhes. Alguns membros da casa de
Cloe tinham-no informado que há contenda entre vós (v. 11), isto é, refiro-me
ao fato de cada um de vós dizer: eu sou de Paulo, e eu de Apolo, e eu de Cefas
(Pedro), e eu de Cristo (v.12).
A questão em Corinto dizia respeito às personalidades, e não
as doutrinas. Os grupos eram separados um do outro pelo culto à celebridade,
pelo orgulho, pela inveja e pela soberba.
Três perguntas:
1)
Acaso
Cristo está dividido? Não!
2)
Foi
Paulo crucificado em favor de vós? Não!
3)
Foste,
porventura batizados em nome de Paulo? Não!
Conclusão:
“Proclamar o evangelho, não por meio de palavras de sabedoria
humana, para que a cruz de Cristo não seja esvaziada”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário