terça-feira, 2 de outubro de 2018



Paulo e a morte -  2 Timóteo 1.7-10


Introdução: 
Voltaire foi um filosofo do século XVIII. Não concordava com as crenças cristãs, e dizia que os evangelhos era uma invenção e que Jesus nunca tinha existido. Ele Afirmou: “cem anos a partir de agora, não haverá uma Bíblia na terra, além de alguma que um curioso por antiguidade possa procurar”. Ele disse, mais:  “O cristianismo foi estabelecido por doze pescadores ignorantes. Eu mostrarei ao mundo como um único filósofo francês será capaz de destruí-lo”. Mas, quando estava chegando o dia da sua morte, Voltaire, desesperou-se. Seus últimos dias foram dolorosos e cheios de remorsos. Alternartivamente invocava em altos gritos pelo nome de Jesus: “Jésus-Christ! Jésus-Christ!”. Morreu em 30 de maio de 1778, sem salvação. 



Voltaire, o homem que se arrogou a capacidade de destruir o cristianismo, acabou morrendo em agonia e desespero. Paradoxalmente, vinte e cinco anos depois da sua morte, um grupo de cristãos comprou a casa onde ele viveu e instalou ali um depósito de Bíblias, que, mais tarde se tornou numa Sociedade Bíblica. E foi este o fim de vida de um homem de elevado intelecto, de excelente educação, de grande riqueza e muita honraria terrena – mas sem Deus e sem esperança de salvação.

1)    O evangelho de Deus
“Deus nos salvou...”  O evangelho é: boas novas de salvação, ou boas notícias de “Nosso Salvador Cristo Jesus” (v.10). Paulo nunca vacilou a esse respeito. Em Antioquia da Psidia, na primeira viagem missionaria, ele refere-se ao seu evangelho como a “mensagem da salvação” (Atos 13.26). Em Filipos, foram identificados como “servos do Deus Altíssimo que nos anunciam o caminho da salvação” (Atos 16.17).  E ao escrever em Roma, aos Efésios, ele intitula a palavra da verdade de “o evangelho da vossa salvação” (Ef 1.13).  

2)    A essência da salvação
Precisamos juntar as três proposições que afirmam que Deus “nos salvou”, “nos chamou com santa vocação” e “trouxe a luz a vida e a imortalidade” (vs. 9-10). O Deus que nos “salvou” é também o que, ao mesmo tempo, “nos chamou com santa vocação”, ou seja, que nos “chamou para sermos santos”. QUANDO DEUS CHAMA ALGUÉM PARA SI, TAMBÉM O CHAMA À SANTIDADE. “Deus não nos chamou para a impureza, e, sim em santificação”, porque todos fomos “chamados para ser santos”, chamados para viver como povo santo de Deus e separado para ele (1 Ts 4.7; 1 Co 1.2).

O termo “salvação” precisa ser urgentemente libertado da idéia pobre, conforme vemos nos dias atuais. Deus nos justificou, Deus nos santificou e Deus nos glorificou (v.10). Primeiramente, perdoando as nossas ofensas e aceitando-nos como justos ao nos olhar através de Cristo; depois, transformando-nos progressivamente, pelo seu Espírito, para sermos conforme a imagem de seu Filho, até que finalmente nos tornemos iguais a Cristo no céu, com novos corpos, num mundo novo. 



3)    A origem da salvação
De onde provém tão grande salvação? A resposta de Paulo é: “Não segundo as nossas obras, mas conforme a sua própria determinação e graça que nos foi dada em Cristo Jesus antes dos tempos eternos” (v.9). Diante, desse texto, a fonte da nossa salvação não são as nossas proporias obras (cf. Efesios 2.8-10), mas em virtude de sua própria determinação e graça. ANTES DE DEUS DIZER HAJA LUZ, ELE DISSE HAJA CRUZ. “Antes dos tempos eternos”; “antes do princípio do mundo”;  “antes do tempo existir”, ou, “antes de todos os séculos”.

4)    O fundamento da salvação
Conquanto a graça de Deus nos tenha sido “dada em Cristo Jesus antes dos tempos eternos”, ela foi “manifestada agora” no tempo, “pelo aparecimento de Nosso Salvador Cristo Jesus”. Os dois estágios divinos  FORAM EM E ATRAVÉS DE JESUS CRISTO; a dadiva foi eterna e secreta, mas a manifestação foi histórica e pública.
v.10: “Primeiramente, Cristo “destruiu a morte”. Em segundo lugar, “trouxe à luz, a vida e a imortalidade, mediante o evangelho”

Primeiro, Cristo destruiu a morte. Morte é, de fato, a palavra que sintetiza a nossa condição humana resultante do pecado. Porque a morte é o “salario” do pecado, é a sua horrível punição (Rm 6.23). A Escritura fala da morte em três sentidos: A MORTE FISICA, a alma separada do corpo; A MORTE ESPIRITUAL, a alma separada de Deus; E A MORTE ETERNA, a alma e o corpo separados de Deus para sempre. MAS JESUS “DESTRUIU” A MORTE. 



No entanto, os pecadores ainda estão “mortos em delitos e pecados”, nos quais andam (Efesios 2.1), até que Deus lhes dê a vida em Cristo (v.5). Todos os seres humanos morrem fisicamente e continuarão a morrer, COM EXCEÇÃO DA GERAÇÃO QUE ESTIVER VIVA QUANDO CRISTO RETORNAR EM GLÓRIA. E muitos experimentarão da “SEGUNDA MORTE”, que é uma das mais apavorantes expressões usadas no livro de apocalipse para designar o inferno (Ap 20.14; 21.8).

Como o Inferno é descrito?
A) Um lugar de tormento (Lc 16:23: “no inferno, estando em tormentos, levantou os olhos e viu ao longe Abraão e Lazaro no seu seio”. “estes sofrerão penalidade de eterna destruição, banidos da face do Senhor e da glória do seu Poder”. Mt 7:23.

b) Um lugar onde  há choro e ranger de dentes . Mt 8:12: “ao passo que os filhos do reino serão lançados para fora, nas trevas; ali haverá choro e range dos dentes”; Ap. 14:9-11: “a fumaça do seu tormento  sobe pelos séculos dos séculos, e não tem descanso algum, nem de dia e nem de noite...” de ; Mt 13:42: “e os lancará na fornalha acesa; ali haverá choro e ranger dos dentes. 



SOMENTE DEPOIS DA VOLTA DE CRISTO E DA RESSUREIÇÃO DOS MORTOS É QUE HAVEREMOS DE PROCLAMAR COM JUBILO: “TRAGADA FOI A MORTE NA VITÓRIA” (1 COR. 15.54; AP. 21.4).

Cristo decisivamente derrotou a morte.  O verbo grego Katargeo, cujo sentido é o de “TORNAR INEFICIENTE, SEM PODER, INUTIL”  ou “anular”. Assim Paulo compara a morte a um escorpião, do qual se arrancou o ferrão; e também a um comandante, cujas tropas foram vencidas. A Apostolo pode, portanto, levantar a sua voz em desafio: “Onde está ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte o teu aguilhão?” (1 Co 15.55).

Agora, a MORTE FISICA já não é mais o terrível monstro que nos parecia antes, e que continua sendo para MUITOS, a quem Cristo ainda não libertou. Pelo pavor da morte, eles ainda estão “sujeitos à escravidão por toda vida” (Hb 2.15). No entanto, para nós, cristãos, em Cristo a morte significa simplesmente  “dormir” em Cristo; e isto é, na verdade um “lucro”, por ser o caminho para estar “com Cristo, o que é incomparavelmente melhor”. É um dos bens que se tornam nossos quando somos de Cristo.

 1 Tessalonicenses 4.14-17: “Porque, se cremos que Jesus morreu, assim também aos que em Jesus dormem, Deus os tornará a trazer com ele. Dizemo-vos, pois, isto, pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem. Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares,  e assim estaremos sempre com o Senhor”. 



Filipenses 1.21-23: “Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho. Mas, se o viver na carne me der fruto da minha obra, não sei então o que deva escolher. Mas de ambos os lados estou em aperto, tendo desejo de partir, e estar com Cristo, porque isto é ainda muito melhor.

ENTÃO, O QUE É CERTO É QUE A MORTE JAMAIS CONSEGUIRÁ SEPARAR-NOS DO AMOR DE DEUS QUE ESTÁ EM CRISTO JESUS (RM 8-38-39).

Conclusão: 

Cristo “trouxe a luz a vida e a imortalidade, mediante o evangelho”. Vida: refere-se a nova vida, que recebemos do Espírito Santo. “A quem iremos nós, somente tens a palavra da vida eterna”. Imortalidade é o prolongamento dessa vida. Paulo, está no cárcere, falando essas coisas para o jovem Timóteo. Nada do que ia acontecer com ele o abalava, porque sabia que a morte tinha sido vencida. 



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