terça-feira, 25 de setembro de 2018


Minha família, Deus me socorra! Dt 6: 1-9


Introdução:
Em Josué 24.15, lemos: “Porém, se vos parece mal aos vossos olhos servir ao Senhor, escolhei hoje a quem sirvais; se aos deuses a quem serviram vossos pais, que estavam além do rio, ou aos deuses dos amorreus, em cuja terra habitais; porém eu e a minha casa serviremos ao Senhor”.

Agora, vejam a resposta do povo:  Então respondeu o povo, e disse: Nunca nos aconteça que deixemos ao Senhor para servirmos a outros deuses; Porque o Senhor é o nosso Deus; ele é o que nos fez subir, a nós e a nossos pais, da terra do Egito, da casa da servidão, e o que tem feito estes grandes sinais aos nossos olhos, e nos guardou por todo o caminho que andamos, e entre todos os povos pelo meio dos quais passamos (vs. 16,17).

No entanto, em Juizes 2:6-10. “ E havendo Josué despedido o povo foram-se os filhos de Israel, cada um à sua herança, para possuírem a terra.
E serviu o povo ao Senhor todos os dias de Josué, e todos os dias dos anciãos que ainda sobreviveram depois de Josué, e viram toda aquela grande obra do Senhor, que fizera a Israel. Faleceu, porém, Josué, filho de Num, servo do Senhor, com a idade de cento e dez anos; E sepultaram-no no termo da sua herança, em Timnate-Heres, no monte de Efraim, para o norte do monte de Gaás.
E foi também congregada toda aquela geração a seus pais, e outra geração após ela se levantou, que não conhecia ao Senhor, nem tampouco a obra que ele fizera a Israel”.

Pergunta, por que essa geração “não conheceu o Senhor”? Aonde está a deficiência? No lar!

1)    O que fazer?

a) Tenha a voz do Deus Criador como a fonte da sabedoria.

“Ouça Israel” (v.4).  A ordem inicial que encontramos no verso 4 é: “Ouça Israel”. O imperativo aponta para uma atitude não apenas de escutar um discurso, mas de acolher no mais profundo do coração tudo quanto é dito.  Precisamos ouvir com total disposição, para que os nossos pensamentos, sentimento, atitudes sejam redimensionados pelos princípios revelados 



POR QUÊ? “O Senhor, o nosso Deus, é o único Senhor”. O Senhor conhece, nos mínimos detalhes, todo o funcionamento biológico, psicológico e social dos homens e das mulheres. Outra questão: ELE É O ÚNICO SENHOR!  (Mc 12.28-30).   Quem é o Senhor da sua vida? A cultura que nos envolve dia que você deve ser, o senhor de sua própria vida, o dono de seu próprio nariz e a única fonte de decisão.  No entanto, a Bíblia nos convida a submetermos nossos pensamentos, sentimentos e atitudes à autoridade de Deus, fazendo dEle o nosso Senhor.

Nas páginas da Bíblia, por diversas vezes, você encontrará Deus pedindo ao homem e a mulher não suas “atitudes”, MAS SEUS CORAÇÕES (1 Sm 15.22).

b)   Mantenha o foco no amor e não nas regras.

Deus demanda amor de seus filhos, de todo o coração (centralidade), de toda a alma (profundidade) e com todas as forças (empenho).  Portanto, os pais deverão ensinar seus filhos não a “obedecerem a Deus”, mas a “amarem a Deus”. Aqui existe um grande abismo que divide pais que transmitem a seus filhos religiosidade e não espiritualidade. Quando transmitimos religiosidade: “Se não fizermos do jeito dele, ele castiga”. Enquanto que, espiritualidade: aprendem que Deus é pessoal e deve ser amado por sua bondade eterna, e nossos pecados o ofendem. A OBEDIENCIA BASEADA NO MEDO NÃO CONDUZ AO AMOR, MAS O AMOR CONDUZ À OBEDIENCIA”  (1 Joao 4.18). 



“Quem tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei  ele” (Joao 14.21) “Jesus respondeu, e disse-lhe: Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele, e faremos nele morada” (Jo 14.23). Leiam João 21.15-17.

Deus não quer nossas atitudes, ele quer o nosso coração, Ele sabe que pode nos transformar de dentro para fora. Quando exigimos de nossos filhos apenas obediência, duas são as consequências. 1) Eles mudam quando estão diante de nós, mas continuam os mesmos longe de nossos olhos. 2) eles passam a achar que podem se relacionar com Deus como se relacionam conosco, ou seja, numa espiritualidade do tipo “engana que eu gosto”.

“Um pai certa feita foi surpreendido pelo filho. Correndo até o sofá, se colocou em pé sobre ele, de forma que ficou um pouco acima da altura do seu pai. Então, o menino lhe disse: “Pai, você acha que quando eu tiver este tamanho ainda vou te obedecer? Num ato de sabedoria, o pai respondeu: “Se você ainda me amar, você vai me obedecer”.

O autor de Provérbios insiste em dizer: “Dá-me o teu coração”(Pv 23.26). Neste livro, a palavra coração aparece em 70 de seus versos. O apelo constante é para que o filho guarde as palavras do pai em “seu coração”(Pv 4.4; Pv 7.1).  



No v.2, do capitulo 6 de Deuteronômio, lemos: “Sendo assim, tu, teus filhos e teus netos temereis ao Senhor, o Senhor vosso Deus”. As mães ocupam um lugar de extrema importância neste processo, durante os primeiros cinco anos da criança. Pais exercem também um papel importante, especialmente no período dos 6 aos 11 anos. Depois, dos 12 anos, a influencia está mais pertinente aos amigos.

c)    Assuma a responsabilidade de influenciar.

Deuteronômio 6:7-9 nos diz que é de inteira responsabilidade dos pais ensinar seus filhos a amarem a Deus. Pais devem educar seus filhos através do ensino, fazendo uso de algumas coisas: 1) PERSISTENCIA. A palavra traduzida aqui como “persistência” manifesta a idéia de dedicação intencional. A grande questão é: “Pais tem se dedicado intencionalmente à formação espiritual de seus filhos?”. Você é capaz de mostrar-lhes onde se encontra o princípio que diz que eles não devem mentir ou agredir com palavras outra pessoa? Você é capaz de abrir a Bíblia e mostrar para o seu filho (a) por que ele (a) deve-se guardar sexualmente para o casamento? 

Temos que conversar com os nossos filhos nas mais variadas situações. “Assentado em tua casa”; “andando pelo caminho”; “deitando-te” e “levantando-te”. Como que está nosso culto doméstico? Infelizmente, a grande porcentagem dos lares cristãos, não praticam o culto em casa. Quando nosso filho vai dormir, que hora apropriada para agradecer a Deus pelo dia, pedir perdão pelos nossos pecados e lhe rogar sua proteção. Quando acordamos, que maravilha, pela manhã, rogar ao Senhor sua graça, seu amor, sua sabedoria, sua justiça sobre esse dia que se renova para nós.



2) SÍMBOLOS.
“Também atarás estas palavras como um sinal na tua mão e em teu braço e as prenderás a tua testa, como filactérios”.  Os pais AMARRAVAM em determinadas ocasiões, nos seus próprios braços e no frontal da testa. O simbolismo desse ato era o desejo de que os valores de Deus estivessem sempre como guias diante de seus olhos e como fonte de toda força. 



“Tu escreverás as palavras do Senhor nos umbrais da tua casa, e em teus portões”. As escrituras eram fixadas em pequenas tabuas e colocadas sobre as portas e os portões de uma casa. Constamente, as crianças se deparavam com porções das escrituras no dia-a-dia de suas casas.

1.2)     Discipline seus filhos.

Enquanto o ensino é o esforço preventivo na formação de uma criança, a disciplina é o reforço corretivo no processo. No entanto, em nossa sociedade, a cada dia torna-se mais nítida a dificuldade dos pais em estabelecer limites aos seus filhos. Os noticiários estão repletos de exemplos de jovens que pertencem a uma geração de crianças criadas sem limites. (Pv 13:24; Pv 19:18; Pv 29:15; Pv 29:17). 

“O que não faz isso da vara odeia seu filho, mas o que ama, desde cedo o castiga” (Pv 13.24)

“Disciplina o teu filho enquanto há esperança, mas não deixes que o teu ânimo se exalte até o matar” (Pv 19.18)

“A vara e a reprensão dão sabedoria, mas a criança entregue a si mesma, envergonha a sua mãe” (Pv 29.15). 


“Castiga o teu filho, e te dará descanso; e dará delicias à tua alma” (Pv 29.17).
É preciso evitarmos dois erros que deturpam grandemente o conceito de disciplina. O primeiro deles é o da redução do conceito de disciplina à mera “punição física”. O segundo erro é fazer uso da disciplina como um instrumento de vingança ou canal de manifestação de raiva.

CONCLUSÃO

FILHOS FONTE DE ALEGRIA OU DE TRISTEZA? (Sl 127:3-5). O salmo 127.5 afirma: “como é feliz o homem (e a mulher) que tem sua aljava cheia deles”. Na sociedade secular felicidade é conceito individual e associado ao prazer imediato, mas na sabedoria bíblica felicidade é produto final de alguém que aprende amar de forma madura e consistente.   Precisamos perceber que filhos são presentes de Deus para conduzir adultos à descoberta da verdade felicidade (v.5), que é produzida pela a maturidade daqueles que aprendem a amar.


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