Pensando na próxima geração – 2 Timóteo 1:1-7
Introdução:
Paulo se intitula
“encarcerado no Senhor” (1.8) e esta era a segunda vez que se achava preso em
Roma. Estava encarcerado em algum “escuro calabouço subterrâneo, como um buraco
no teto para a passagem de luz e de ar”. Certamente Paulo estava acorrentado (1.16),
“sofrendo até algemas, como malfeitor” (2.9). A audiência preliminar de seu
caso já se realizara (4.16,17); agora só lhe restava aguardar o julgamento. E,
no outono de 67 da era cristã, foi agenda a segunda sessão do tribunal e desta
feita, recebeu a sentença de morte.
A tradição nos
conta que Paulo foi condenado à morte e então decapitado, na Via Óstia. Eusébio
de Cesaréia, citando Dionísio de Corinto, relata que Paulo e Pedro “foram
martirizados na mesma ocasião”, acrescentando, todavia que a execução de Paulo foi por
decapitação e a de Pedro por crucificação de cabeça para baixo.
A conversão de
Timóteo deu-se na cidade de Listra, durante a primeira viagem do apostolo
Paulo. E, por mais de 15 anos, desde então, Timóteo tinha sido o fiel
companheiro de Paulo. Viajara com ele durante a maior parte da segunda e
terceira viagem, tendo sido, durante as mesmas, enviado como fiel delegado
apostólico a diversas missões especiais (1 Ts 3.1; 1 Co 4.17).
Paulo não só devotava uma forte afeição a Timóteo, por ter sido o amigo que ele
evidentemente levara a Cristo, podendo assim chamá-lo “filho amado e fiel no
Senhor” (1 Co 4.17), mas também aprendera a confiar em Timóteo como o seu
“cooperador” (Rm 16.21). Paulo pôde chegar ao ponto de dizer: “a ninguém tenho
de igual sentimento” (Fl 2.20-22).
Paulo tinha
deixado Timóteo em Éfeso, como um autorizado líder da igreja. Grandes responsabilidades
lhe foram confiadas: combater os heréticos, que conturbavam a igreja local;
impor ordem no culto; escolher e ordenar os anciãos da igreja; regularizar a assistência
e o ministério às viúvas; e comandar e
ensinar a fé apostólica, etc. E agora fardos mais pesados estavam por cair
sobre os ombros de Timóteo.. É que Paulo estava prestes a ser martirizado e,
então, a responsabilidade de assumir o lugar do apostolo era impensada.
Algumas cousas sobre Timóteo:
Lembremo-nos de que Timóteo ainda era relativamente jovem . Paulo insistira com ele: “ninguém despreze a tua mocidade” (1 Tm 4.12): “Ordene e ensine estas coisas. Ninguém despreze pelo fato de você ser jovem”. A palavra grega para jovem era usada para descrever pessoas com, pelo menos, até quarenta anos de idade. Provavelmente, Timóteo ainda tinha seus trinta e poucos anos; em sua segunda carta, um ano ou dois depois, exortou a fugir “das paixões da mocidade” (2 Tm 2.22).
Lembremo-nos de que Timóteo ainda era relativamente jovem . Paulo insistira com ele: “ninguém despreze a tua mocidade” (1 Tm 4.12): “Ordene e ensine estas coisas. Ninguém despreze pelo fato de você ser jovem”. A palavra grega para jovem era usada para descrever pessoas com, pelo menos, até quarenta anos de idade. Provavelmente, Timóteo ainda tinha seus trinta e poucos anos; em sua segunda carta, um ano ou dois depois, exortou a fugir “das paixões da mocidade” (2 Tm 2.22).
· Timóteo era
propenso a doença. Na primeira carta (1 Tm 5.23), o apostolo referiu-se às
frequentes enfermidades que Timóteo tinha.
· Timóteo era
de temperamento tímido. Parece ter sido de natureza arredia. Se tivesse vivido
em nossa geração, creio que o teríamos como sendo um “introvertido”.
1) Timóteo, o
filho amado de Paulo (VS. 2-8).
· Graça, paz e
misericórdia. Graça é a bondade de Deus para com os indignos, a
misericórdia é mostrada aos fracos e desamparados, incapazes de ajudarem-se a
si mesmos. Nas parábolas de Jesus, foi a misericórdia que o bom samaritano
demonstrou à vitima dos assaltantes. Paz, é reconciliação, restauração da
harmonia em vidas arruinadas pela discórdia.
· “Sem cessar
me lembro de ti em minhas orações, noite e dia” (v.3), “lembrando das tuas
lágrimas” (v.4) e “pela recordação que guardo de tua fé sem fingimento” (v.5).
E sempre que me lembro de ti, Timóteo, “dou graças a Deus” (v.3).
1.1) As
quatro maiores influencias na vida de Timóteo.
I.
A formação familiar (v.3) “fé não fingida quem em
ti há, a qual habitou m tua avó Lóide, e em tua mãe Eunice, e estou certo de
que também habita em ti” (2 Tm 2.5).
Lucas nos conta que Timóteo era filho de um
casamento misto, em que o pai era grego e a mãe judia (Atos 16.1). Pode-se
presumir que seu pai fosse descrente, mas a mãe era uma judia crente, que
tornou cristã. E, antes da mãe, sua avó Lóide era também convertida, visto que
Paulo escreve sobre a “fé sem fingimento”, das três gerações. Paulo lhe diz:
“desde a meninice fora interado das sagradas letras” (3.15). Calvino comenta,
com muita propriedade, que Timóteo “foi criado de tal modo que pôde sugar a
piedade junto com o leite materno”.
O princípio, neste texto, é preparar as gerações.
Primeiro: Lóide, Segundo: Eunice, e,
terceiro: Timóteo. PRECISAMOS NOS CONSCIENTIZAR DA NECESSIDADE DE PASSAR AOS
NOSSOS FILHOS O CONHECIMENTO DE NOSSO SENHOR E SALVADOR JESUS CRISTO.
II.
A amizade espiritual “...faço memória de ti nas
minhas orações noite e dia; desejando muito ver-te, lembrando-me das tuas
lágrimas, para me encher de gozo” 2 Tm 1.3,4
Depois de nossos pais, os nossos amigos são os que
mais nos influenciam, especialmente se são, de algum modo, nossos professores.
E Paulo era para Timóteo um mestre e amigo excepcional. Paulo era pai
espiritual de Timóteo e Paulo também o conduziu a Cristo, por isso não se
esqueceu dele, nem o abandonou. Na ultima vez em que se separaram, Timóteo foi
incapaz de conter as lágrimas. E agora, recordando-se daquelas lágrimas, Paulo
almejava “noite e dia” tornar a vê-lo “para que eu transborde de alegria”
(v.4).
III – A disciplina espiritual “uma fé não fingida,
a qual habitou...(Lóide), habitou ...(Eunice) e agora habita em ti” (v.5).
Seja um exemplo: nas palavras e na vida, no amor e
na fé e na pureza. FÉ EM DEUS E DOMINIO PROPRIO (1 Tm 4.11). “Até
a minha chegada, dedique-se à leitura pública da Escritura”. (v.13). Ou
seja, medite, Timóteo, sem cessar, nas escrituras do Antigo Testamento e do
Novo Testamento. “Persiste em ler, exortar e ensinar...” E, termina, dizendo no
versículo 15 : “Seja diligente nessas coisas; dedique-se inteiramente a elas,
para que todos vejam o seu progresso”.
IV - Reavivando o dom espiritual: “Por cujo motivo te lembro
que despertes o dom de Deus que existe em ti pela imposição das minhas mãos”
(v.6).
Portanto, que o homem não é somente o que ele recebe de seus pais, amigos e mestres, mas também o que Deus mesmo faz dele, quando o chama para um ministério especial, dotando-o com recursos espirituais apropriados. Em 1 Timóteo 4.14, Paulo exorta: “Não despreza o dom que há em ti, o qual foi dado por profecia, com a imposição das mãos do presbitério”.
Portanto, que o homem não é somente o que ele recebe de seus pais, amigos e mestres, mas também o que Deus mesmo faz dele, quando o chama para um ministério especial, dotando-o com recursos espirituais apropriados. Em 1 Timóteo 4.14, Paulo exorta: “Não despreza o dom que há em ti, o qual foi dado por profecia, com a imposição das mãos do presbitério”.
Conclusão:
O dom é comparado ao fogo. Parece, que a exortação de Paulo é
para continuar soprando, para “atiçar aquele fogo interior”, para conservá-lo
vivo até inflamar-se. Deus não nos deu um Espírito de “covardia” mas de “poder,
de amor e de moderação. Sendo ele o Espírito de poder, podemos estar confiantes
de que ele nos capacita no exercício do nosso ministério.
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