Maridos e Esposas. Ef
5.22-33
Introdução: V.18: “...Enchei-vos do Espírito Santo”. Quatro
coisas para sermos cheios do Espírito Santo. 1) falando entre vós em salmos, e
hinos, e cânticos espirituais; 2) cantando e salmodiando ao Senhor no vosso
coração; 3) Dando sempre graças por tudo ao Nosso Deus e Pai e 4)
sujeitando-vos uns aos outros no temor do Senhor.
1) Submissão
As mulheres são mencionadas antes do maridos, para serem instruídas
a serem submissas as eles (v.22); os filhos são mencionados antes dos pais, e instruídos
a lhes obedecer (6.1) e os escravos são chamados antes dos seus senhores, e instruídos
a obedecer a eles (6.5). Diante disso,
aprendemos três verdades relevantes:
1) a dignidade da condição da mulher, da criança e do servo; 2) a igualdade
diante de Deus de todos os seres humanos, independentes da raça, de posição, de
classe, de cultura, de sexo ou de idade, porque todos são feitos à sua imagem
(Gl 3.28); terceiro, unidade ainda mais profunda de todos os crentes cristãos,
como membros em comum da família de Deus e do corpo de Cristo (Rm 12.5).
Surge uma pergunta: de onde vem a autoridade do homem? Em primeiro
lugar, vem de Deus. O DEUS DA BIBLIA É UM DEUS DE ORDEM, e no seu ordenar da vida
humana estabeleceu certos papéis de liderança e autoridade. Manda as esposas
serem submissas aos respectivos maridos como ao Senhor; os filhos serem
obedientes aos seus pais no Senhor (6.1); e os escravos serem obedientes aos
seus senhores terrenos como a Cristo (6.5). OU SEJA, por trás do marido, do pai
e do senhor DEVEM DISCERNIR O PROPRIO SENHOR que lhes deu autoridade que tem.
Então, se quiserem submeter-se a Cristo, SUBMETER-SE-ÃO A ELES, visto que é a
autoridade de Cristo que exercem.
Mas, se ABUSAREM da autoridade que Deus lhes deu, então o
nosso dever já não é submeter-nos conscientemente mas, sim, conscientemente
recusarmo-nos a fazê-lo. Submetermo-nos em tais circunstancias, pois, seria
desobedecer a Deus. O PRINCIPIO É ESTE: devemos nos submeter até ao ponto em
que a obediência à autoridade humana envolva a desobediência a Deus (Atos
5.29).
2)
O
dever da esposa (vs. 22-24).
“As mulheres sejam
submissas a seus próprios maridos, como ao Senhor; porque o marido é o cabeça
da mulher”. Podemos ratificar esse texto com os outros textos de Paulo (1
Co 11.3-12; 1 Tm 2.11-13). Nestas duas passagens, Paulo volta a narrativa de
Genesis 2 e ressalta que a mulher foi
feita depois do homem, da parte do homem e para o homem. A liderança do homem,
portanto, tem base criacionista, portanto, aquilo que a criação estabeleceu,
NENHUMA CULTURA PODERÁ DESTRUIR.
MASCULINIDADE E A FEMINILIDADE representam uma distinção
profunda que é PSICOLOGICA e também FISIOLÓGICA. Deus criou o homem a sua
semelhança, masculino e feminino. Desta maneira, ambos levam igualmente a sua imagem
(Gn 1.26-27), mas cada um também complementa o outro. A Bíblia sustenta
simultaneamente a igualdade e o complemento dos sexos; O HOMEM ACHA-SE A SI
MESMO POR SER HOMEM, E A MULHER ACHA-SE A SI MESMO POR SER MULHER.
Quais as distinções? O ensino bíblico é que Deus deu ao homem
uma certa liderança, e que a sua esposa se achará a si mesma e a seu verdadeiro
papel dado por Deus, numa submissão voluntária e alegre. Aliás, submissão é frequentemente
exposta como se fosse um sinônimo de “sujeição” de “subordinação” e até mesmo “subjugação”.
Exemplos: no judaísmo
a mulher tinha um baixo conceito, em que todo homem judeu, todas as manhãs,
dava graças a Deus por não ter feito dele “um gentio, um escravo ou uma mulher”.
Na lei judaica, a mulher não era uma pessoa, mas um objeto. Na Grécia: não havia companheirismo entre marido e mulher.
O grego esperava que sua esposa cuidasse do seu lar e criasse os filhos legítimos,
mas achava seus prazeres e seu companheiros noutros lugares. Em Roma: a jovem era completamente sujeito ao seu pai; a
esposa, completamente sujeito ao seu marido. Era escrava dele, sua esposa era
descrita como “imbecilitas”, de onde vem a palavra imbecil.
Devemos desinfetar a
palavra destas associações e penetrar no seu significado essencialmente
bíblico. Em Genesis, está escrito “Farei para ele alguém que lhe auxilie e lhe
corresponda”. Auxilie no hebraico é ezer
encerra a idéia de suprir algo crucial que está faltando e que lhe corresponde.
Matthew Henry faz esta observação sobre a mulher: “A mulher foi feita da
costela de Adão; não foi feita da cabeça para dominá-lo, nem dos pés para ser
pisada por ele, mas de um dos lados para ser igual a ele, ser protegida sob seu
braço, e perto do coração para ser amada”.
3) O dever do marido.
Se a palavra que caracteriza o dever
da esposa é submissão, a palavra que caracteriza o dever do marido é amor. O
amor, neste texto, não é phileo, mas agapê. Ou seja, o amor que tem que
prevalecer no casamento é o amor sacrificial. Paulo afirma que “o marido deve
amar a esposa assim como Cristo tem amado a igreja”. Em 2 Coríntios 11:2, diz: “Porque
estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para vos
apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo”. Ao passo que
no Apocalipse temos oportunidades de vislumbrar a igreja glorificada “ataviada
como noiva adornada para o seu esposo” e as futuras “bodas do cordeiro” (Ap
19.6-9; 21.2,9).
“Maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si
mesmo se entregou por ela, para que a santificasse”. Cristo amou a igreja e se entregou
por ela. Mas por que Jesus Cristo agiu assim? Foi para que a santificasse,
tendo-a purificado por meio da lavagem de água pela palavra. Depois de
santifica-la, o noivo irá apresenta-la a si mesmo. Ele irá apresentar a si
mesmo gloriosa; a palavra pode ser uma alusão ao belo vestido da noiva, visto
que é usada para roupas. Na terra, a noiva está frequentemente em trapos e
farrapos, manchada e feia, desprezada e perseguida. Um dia, porém, será vista
pelo que ela é, nada menos do que a noiva de Cristo, “sem mácula, sem ruga, sem
qualquer deformação”.
O cabeça da igreja é o noivo da
igreja. Ele não oprime a igreja. Pelo contrário, sacrificou-se a fim de
servi-la, para que ela se torne tudo quanto ele anseia que ela seja, ou seja:
ela mesma na plenitude da sua glória. Assim também o marido nunca deve usar de
sua liderança para esmagar ou sufocar a esposa.
v.28: “Assim também os maridos devem amar as suas mulheres como o seus
próprios corpos”. Paulo utiliza
a regra áurea que Jesus enunciou, de que devemos tratar os outros conforme nós
mesmos desejamos ser tratados (Mt 7.12). “Porque ninguém jamais odiou a sua
própria carne, antes a alimenta e dela cuida (v.29). Ou seja, dá-lhe comida e
roupas e cuida dela, quaisquer que sejam as circunstâncias. Marido e mulher é
uma só CARNE.
Conclusão:
Antes de casar, é necessário ponderar
se você quer, verdadeiramente, assumir os papéis delineados nesse texto. “Mulheres
serdes submissas aos vossos maridos”; “Maridos amai vossa vossas esposas assim
como Cristo amou a sua igreja”.
Se você já passou por um
relacionamento que não deu certo, agora, seja sábio e não cometa os mesmos
erros que cometeu no primeiro casamento.
Ou se você errou muito, peça a perdão
a Deus pelos erros cometidos com o seu conjugue. E peça perdão ao seu
companheiro (a).
Oremos pelo casamento, uma
instituição que está sendo atacada ferozmente pela sociedade secularizada, sem
Deus.
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