terça-feira, 25 de novembro de 2025

 Quando vem o desanimo Ne 4 

Introdução

Desanimo é um retrato da sociedade em que vivemos. O que é desânimo? É falta de motivação, de energia, entusiasmo, de vigor. A palavra já diz: des-animado. É como se alguém estivesse sem alma, todo impulso de vida desvaneceu. A chama se apagou. A palavra desanimar vem da negação de “animare”, que significa “dar alma”, “vida, “movimento”, coragem, vivacidade, etc.  Portanto, é assim que estava o povo nos dias de Neemias, diante da incumbência de levantar o muro de Jerusalém, havia os inimigos do povo de Deus, fazendo tudo para desanimá-los, pará-los no meio do caminho.

1)     O que estava acontecendo?

Sem força, sem animo. O verso 10 diz: “os trabalhadores já não têm mais força” (Ne 4.10 NAA), “Os trabalhadores já estão cansados...” (NVT). No texto original o significado é: deslizar, titubear, vacilar. Ou seja, essas pessoas, Neemias, já estão trabalhando há um longo tempo e estão ficando cansados. Não tem mais ânimo, não tem mais força. O verso 6 nos diz que estão chegando à metade da altura do muro. A novidade já estava perdendo a sua força. A metade do caminho é desanimadora. 

Perda da visão. O povo que estava em Judá disse: “...ainda há muito entulho” (Ne 4.10). “...os escombros são muitos...” (NAA). Além da falta de força, do cansaço, o povo começou a falhar, começou a desistir da empreitada da construção do muro, apesar de todo o trabalho já feito, havia muito lixo, muito escombro. A palavra em hebraico para lixo significa “terra seca, entulho”. 

Em outros termos: “Olhemos ao redor de Neemias e vemos que tudo é entulho – sujeitas, pedras quebradas, pedaços de argamassa secos e duros. Tudo está ficando muito cansativo. Há entulho demais”. É como aquela mãe que ficou a noite toda acordada por causa da criança que não para de chorar. É como a dona de casa que já limpou a casa a manhã toda, mas ainda faz muita coisa para fazer. Há muito lixo, há muito entulho, muita sujeita, muita coisa para fazer. Diante dos escombros da vida, das dificuldades, perdemos a visão, perdemos o alvo, perdemos o objetivo de tudo que estamos fazendo. E não conseguimos ver além dos escombros.

Não tem mais confiança. O muro já estava na metade de sua altura. O lixo, entulho estavam espalhados por todo o lugar. Olhando para tudo isso, expressaram um sentimento de tristeza: “...não conseguiremos construir o muro...”(Ne 4.10). “Não seremos capazes de construir o muro sozinhos” (NVT). Quando você perde a FORÇA E A VISÃO, logo, você perde a CONFIANÇA. Três palavras importantes na vida: força, visão e confiança. E quando você perdeu a confiança, o desanimo pode virar a esquina, a qualquer momento. Os judeus tinham construído o muro até a metade da sua altura porque o povo “estava totalmente dedicado ao trabalho”, ou “o povo tinha o coração na obra”. Porém, com as dificuldades que vieram, o povo perdeu seu coração, sua motivação e afirmou: “...nós não poderemos edificar o muro” (v.10). 

Perda de segurança. O verso 11 diz: “E os nossos inimigos diziam: antes que descubram qualquer coisa ou nos vejam, estaremos bem ali no meio deles; vamos matá-los e acabar com o trabalho deles” (Ne 4.11 NVI). Os inimigos disseram: “temos uma estratégia. Não diremos a ninguém o que vamos fazer. Mas quando menos esperarem, bum! Entraremos sorrateiramente e lá ficaremos. Acabaremos com o trabalho tão rapidamente e por completo que vocês nunca saberão que estivemos por lá”. 

Em quem temos colocado nossa segurança? No nosso projeto de vida? No nosso trabalho? Se somos mandados embora, sentimos um desanimo total. Ou temos colocado nossa segurança em amigos e familiares? Uma mudança, ficaremos distantes de amigos e familiares! Você perdeu a FORÇA, você perdeu a CONFIANÇA, você perdeu a VISÃO. E por fim, você perdeu a sua SEGURANÇA. E, agora, o que será de mim? Existe um vazio lhe atormentando, deixando-lhe desassossegado.

2)     Focando o alvo

Nos posicionando no campo de batalha. “Por isso posicionei alguns do povo atrás dos pontos mais baixos do muro, nos lugares mais baixos do muro, nos lugares abertos, divididos por famílias, armados de espadas, lanças e arcos (Ne 4.13). Não é hora de parar, mas de avançar. Todos estavam espalhados por toda Jerusalém, fazendo seu serviço como tirar pedras, trazer água, fazer argamassa, mas espalhados das famílias. O que Neemias fez? Os uniu de acordo com as famílias e deu a cada um objetivo comum: preservação. 

O lar deveria ser uma fonte natural de entusiasmo, de animo, de força. Neemias disse: vamos lá, ajuntemo-nos de acordo com as nossas famílias. Vocês companheiros, sentem aqui; você e sua família lá. Infelizmente, estamos desunidos, estamos separados, cada um fazendo seu trabalho. tentando carregar um peso insuportável. O que Neemias está nos ensinando é que precisamos uns dos outros. Sozinho é impossível...

Direcione sua atenção para Deus. Veja o que diz o verso 14: “...Não tenha medo deles, lembrai-vos do Senhor, que é grande e terrível”. Eles estão cansados, olhando somente para o monte de entulhos, mas precisamos olhar para o Senhor. Olha o que diz o Salmo 46: “Deus é o nosso refugio e fortaleza, socorro bem presente na angustia. Por isso, não temeremos, ainda que a terra trema e os montes afundem nas profundezas do mar, ainda que as águas rujam e agitem e os montes seja sacudido pela sua fúria” (Sl 46 1-3). Apesar de toda calamidade que enfrentamos em nosso dia-a-dia, temos uma promessa: “Há um rio cujas correntes alegram a cidade de Deus, o lugar Santo onde habita o Altíssimo...o Senhor dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é a nossa torre segura” (Sl 46.7). 

O Salmo 93 fala das dificuldades: “As águas se levantam, Senhor, e se revoltam. Ouve o barulho das ondas que se levantam e fazem estrondo. Mas o Senhor que está no céu, é mais forte do que o barulho das águas, mais poderoso do que o rebentar do mar” (Sl 93). Temos um alento no livro de Isaias: “Mas agora, assim diz o Senhor que te criou, ó Jacó, e que te formou, ó Israel: Não temas, porque eu te remi; chamei-te pelo teu nome, tu és meu. Quando passares pelas águas estarei contigo, e quando passares pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem chama arderá em ti” (Is 43.1-2).

O exército da Síria sitiou onde estava Eliseu e Geazi, toda cidade de Dotã foi sitiada, rodeada, pelos inimigos. Geazi diante dessa cena ficou desesperado: “O que vamos fazer, senhor meu?”(2 Rs 6.15). “Eliseu disse: não tenha medo deles. O exercito que luta por nós é maior do que o que luta por eles” (2 Rs 6.16). O apostolo João em sua primeira carta, talvez lembrando-se desse episódio, afirmou: “Filhinhos, sois de Deus, e já os tendes vencido; porque maior é o que está em vós do que o que está no mundo” (1 Joao 4.5). 

E o Salmo 37 começa falando para “Não se aborreça por causa dos homens maus nem tenha inveja dos perversos. Confie no Senhor e faça o bem; habite e desfrute a fidelidade. Deleita-te no Senhor e ele concederá aos desejos do teu coração. Entregue o teu caminho ao Senhor; confia nele, e ele agirá” (Sl 37.1-5). E fala sobre o fim dos perversos: “Pois os ímpios serão eliminados, mas os que esperam no Senhor herdarão a terra” (Sl 37.9).

O que Neemias está dizendo, diante de toda dificuldade, não podemos parar, há uma terra para conquistar, há um céu nos esperando...Ele disse: “Lutem”, “há um trabalho a ser feito. Empunhem as espadas!” O verso 14 conclui: “Lutem por seus irmãos, por seus filhos, suas filhas, suas mulheres e por suas casas”. 

Ouvindo os nossos inimigos que nós tínhamos sido avisados, e tendo Deus reduzido a nada o conselho deles, voltamos todos nós para o muro, cada um para sua obra. Desde aquele dia em diante metade dos meus servos trabalhava na obra, e metade deles tinha as lanças, os escudos, os arcos e as couraças; os chefes estavam atrás de toda casa de Judá”. O v.17 acrescenta: “Os oficiais davam apoio a todo o povo de Judá quem estava construindo o muro. Aqueles que transportavam material faziam o trabalho com uma mão e com a outra seguravam uma arma”.

 Conclusão: Desenvolva o ministério que Deus te deu, vss. 21 e 22.

Em essência Neemias estava dizendo: “hei, precisamos de ajuda. Estou lhes pedindo para servir e ajudar uns aos outros. Não conseguiremos fazer isso sozinhos”.  Nos dias de pressão que se seguiram, v. 23, nem tinham tempo para trocar de roupas. Quando iam tomar banho, permaneciam com as armas nas mãos. VOCE QUER SABER COMO SER MISERÁVEL? Viva para si mesmo. Use eu, meu, me durante o maior tempo possível da sua vida. 


 

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