sábado, 22 de novembro de 2025

 A natureza do amor 


"Coloque-me como um selo sobre o seu coração; como um selo sobre o seu braço; pois o amor é tão forte quanto a morte, e o ciúme é tão inflexível quanto a sepultura. Suas brasas são fogo ardente, são labaredas do Senhor.  Nem muitas águas conseguem apagar o amor; os rios não conseguem levá-lo na correnteza. Se alguém oferecesse todas as riquezas da sua casa para adquirir o amor, seria totalmente desprezado" (Ct 8.6-7). 

Introdução

O livro “Cânticos dos Cânticos” foi escrito pelo Rei Salomão, rei de Israel. Dizem que Salomão escreveu o “Cânticos dos Cânticos” em sua juventude, em sua fase viril; escreveu o livro de provérbios em sua meia idade. Por fim, escreveu o livro de Eclesiastes, em sua fase final da vida. O livro de Cantares de Salomão expressa o relacionamento entre Salomão e sua noiva, Sulamita.

Ele inicia o livro com esse verso: “Beije com os beijos da sua boca! Porque o seu amor é melhor do que o vinho (Ct 1.1-2). Tem como diferenciar o beijo com o vinho, diz Salomão. Porque o beijo é intimidade, é o relacionamento entre homem e mulher, é compromisso, cumplicidade, é o desejo de estar com a pessoa amada, por fim, é o casamento de papel passado.

Enquanto o vinho é um relacionamento solto, sem compromisso, sem apego, sem afeto, irresponsável, passageiro de uma noite, paixão, desejo, sexo, etc. Portanto, para Salomão, mais importante é o beijo do que o prazer temporário do vinho.

1)     A natureza do amor.

No capítulo 8, conforme o texto lido, ele fala da natureza do amor. Primeiro, ele diz: “Põe como selo sobre o teu coração” (Ct 8.6). Nos dias de Salomão as pessoas traziam um selo pendurado sobre o coração. Esse selo sobre o coração falava de compromisso e quando existe um desejo de colocar sobre o coração é para que todos olhassem que a Sulamita era dona de seu coração...

Selo sobre o teu coração”. Fala de uma nova identidade. A Bíblia diz “deixará o homem a seu pai e sua mãe, e unir-se...apegar-se-á à sua mulher. E serão os dois uma carne; e assim já não serão dois, mas uma carne” (Mc 10.10). Não mais dois, duas vontades, dois desejos, dois quereres, mas uma só carne. A conta divina do casamento é diferente da conta divina da sociedade, pois para sociedade isso é loucura afirmar que dois transforma-se em um. Mas, para conta divina, essa é a solução, é o jeito de dar de certo de todo casamento. A Bíblia diz que “o cordão de tres dobras não se quebra facilmente” (Ec 4.12).

“selo sobre o teu braço”. O braço é o símbolo de segurança, de proteção, cuidado. O teólogo Martin Henry, expressou-se: “A mulher não foi feita da cabeça do homem, para não dominá-lo; também não foi feita dos pés, para ser pisada por ele. Mas, feita das costelas, perto do coração e dos braços, para ser amada e protegida por ele”.

“O amor é tão forte quanto a morte”. Salomão está comparando o amor com a morte. A morte é o destino de todos quando ela chama, a morte separa, a morte causa ruptura, tristeza, desconsolo, a pessoa fica inconsolável diante de uma perda. Enquanto o amor é o inverso, o amor é a celebração da vida; o amor é a celebração da união; o amor é a celebração do casamento; o amor é a junção de duas pessoas que querem viver juntas pelo resto da vida que possuem.

Na língua grega temos os vários tipos de amor. O amor eros, que é o desejo sexual, erótico; o amor storge, que é amor familiar; o amor phileo, que é o amor de amigos. E por fim, o amor agaphe, que é o amor de Deus, o amor incomensurável, o amor divino por nós. E Salomão está falando sobre esse amor que é tão forte quanto a morte...

O que pode deter esse amor? “As muitas águas não poderiam apagar esse amor nem os rios afoga-los”. A metáfora para muitas águas ou “inundações”, “Tsunamis”, etc, fala de dificuldades, idas e vindas no casamento, adversidades, angustias, doenças, desentendimentos, que todo casal enfrenta. No entanto, o amor é tão forte, que mesmo passando por muitas situações, não conseguem apagar o amor.

Aliás, o processo pela maturidade do casal, do crescimento, desenvolvimento, ocorre em meio ao “caos” da vida. É nesse momento que valores são formados, o amor se torna mais forte, resoluto, dando ao casal independência emocional e afirmação...diante do caos.

Ele termina afirmando: “Ainda que alguém desse toda fazenda de sua casa por este amor, certamente a desprezariam” (v.7). O amor não pode ser comprado, manipulado ou alugado. Não se divide o amor no cartão de credito em 200 vezes. O amor é inestimável, o amor é caro demais. O amor é dado livremente, o amor não tem preço...

Juramento:

Primeiro, o noivo, Eu, Rondineli, diante de Deus e de todas as testemunhas aqui presente, prometo lhe amar de forma verdadeira, prometo estar sempre ao seu lado nos momentos bons e nos momentos ruins da vida.

Segundo, Eu, Lorena,  diante de Deus e de todas as testemunhas aqui presente, prometo lhe amar de forma verdadeira, prometo estar sempre ao seu lado nos momentos bons e nos momentos ruins da vida.

alianças: Essa aliança é um simbolo do meu amor e da minha fidelidade. 

Eu, Pastor João Vicente Pereira, vos declaro marido e mulher! 

 

 

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