Gideão, homem valente Jz 6.11-16
Introdução
A história bíblica fala de
um homem chamado Gideão que estava “...malhando trigo no tanque de prensar uvas,
a fim de ocultá-lo dos midianitas” (Jz 6.11). Ele está escondido, ansioso,
vigiando em sua volta com medo dos midianitas e amalequitas. Lagar era lugar de
pisar uvas e não malhar o trigo.
1)
O chamado de Gideão
O Senhor apareceu para
Gideão e lhe diz: “O Senhor é contigo, homem valente”, ou “Yahweh
está contigo, valente guerreiro” (BKJ). Como assim, contestou Gideão: “Ai,
Senhor meu, se o Senhor é conosco, porque nos sobreveio tudo isto? E o que é
feito de todas as suas maravilhas que nossos pais nos contaram, dizendo: Não
nos fez o Senhor subir do Egito? Porém, agora o Senhor nos desamparou, e nos
entregou nas mãos dos midianitas” (Jz 6.13).
Mas o Senhor não quis saber
de autocomiseração, reclamação, murmúrios e lhe disse: “Vai nessa tua força,
e livra Israel das mãos dos midianitas, porventura não te enviei eu?” (Jz
6.14). Então, temos as mesmas desculpas históricas encontradas no texto bíblico:
“...minha família é a mais pobre em Manassés e eu sou o menor da casa de meu
pai”. A mesma coisa vemos em Moisés: “Nunca tive facilidade para falar...” (Ex
4.10), ou Jeremias: “Não passou de uma criança” (Jr 1.7).
Mesmo com todas essas
objeções, o Senhor respondeu a Gideão: “...vai com a força que tu tens, vai
e liberta o povo de Israel das mãos de Midiã...ferirás os midianitas com se
fossem um só homem” (Jz 6.14-16).
2)
Derrubando baal
“Derrube o altar que seu pai
fez para Baal e o poste de Aserá que fica ao lado do altar”. Essa
foi a primeira ordem do Senhor, depois de sua chamada, era para tomar dez
homens e dois bois e derrubar o ídolo no quintal da casa de seu pai.
Depois, deveria pegar a madeira
do altar de Astarote, construir um altar a Deus e sacrificar um boi de sete anos.
Essa ordem era radical, porque isso poderia lhe custar a própria vida. Então,
Gideão derrubou o ídolo e sacrificou o boi para glória de Deus.
Uma pergunta: qual é o nosso
ídolo? “nosso deus” é tudo o que domina nosso pensamento e exige nossa
fidelidade, colocando Deus em segundo lugar.
Então os homens da cidade
perceberam que os seus ídolos foram derrubados e queimados, reuniram para matar
e linchar Gideão: “...para que morra; pois derrubou o altar de baal, e
cortou o poste ídolo que estava junto dele” (Jz 6.30). Mas, Joás, pai de Gideão
disse a multidão: “Contendereis vós por Baal? Livrá-lo-ei? ...se é deus, que
por si mesmo contenda, pois derribaram o seu altar”. Então, Gideão ganhou um
novo nome: Jerubaal, que significa: “que baal por si mesmo contenda” (Jz 6.31).
3)
Guerra
O exército midianita contava
com 135.000 homens, midianitas e amalequitas. “Então o Espírito do Senhor tomou pleno controle
de Gideão e o fez tocar a trombeta de convocação, conclamando todos para
segui-lo”. Mas gideão tinha um exército de 32.000 homens; a proporção era
de quatro para um. Mas para Deus ainda era muita gente; então Gideão gritou: “Quem
for tímido e medroso, volte e retire-se”. Vinte e dois mil voltaram para casa!
Por que Deus fez isso? Para entendermos que a salvação somente vem dele, que
não temos condições de nos salvar.
Sobraram dez mil homens! Mas,
o Senhor não deu o caso por encerrado. Então, como se fossem a guerra, passaram
por um rio, alguns homens, pararam, tiraram suas armaduras, puseram de lado
suas armas, ajoelharam e lamberam a agua com a línguas. Enquanto os outros,
firmes à liderança de Gideão e não tirando os olhos dele e nem do inimigo,
lamberam à água levando a mão à boca. Restaram-lhe trezentos homens para
Gideão!
Para confirmar sua vitória,
Deus lhe dá uma ordem: “Levanta-te e desce ao acampamento dos midianitas,
porque o entrego em tuas mãos” (Jz 7.9). Gideão entrou furtivamente no
acampamento do inimigo, à noite. Parou e ouviu dois midianitas conversando: um
deles teve um sonho apavorante, no qual um pão de cevada veio rodando contra o
arraial e deu de encontro à tenda do comandante, de maneira que esta se virou
de cima para baixo. A interpretação: Não é isto outro coisa, senão espada de
Gideão filho de Joás, homem israelita.
Conclusão
Gideão deu a cada um dos
soldados uma trombeta para segurar em uma mão e uma tocha em outra mão e disse:
“Olhai para mim e fazer como eu fizer. Chegando eu às imediações do arraial,
como fizer eu, assim fareis. Quando eu tocar a trombeta, e todos os que comigo
estiverem, então vós também tocareis a vossa ao redor de todo arraial e direis:
Pelo Senhor e por Gideão” (Jz 7.17-18). Quando deu meia-noite os trezentos
cercaram o acampamento do inimigo, quebram os cânticos e tocaram as trombetas e
gritaram: “Espada pelo Senhor e por Gideão”. Ninguém tinha espada, lança, escudo,
nada. Somente um cântaro e uma trombeta e o Senhor lhes deu a vitória.
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