domingo, 12 de outubro de 2025

 Gideão, homem valente Jz 6.11-16

Introdução

A história bíblica fala de um homem chamado Gideão que estava “...malhando trigo no tanque de prensar uvas, a fim de ocultá-lo dos midianitas” (Jz 6.11). Ele está escondido, ansioso, vigiando em sua volta com medo dos midianitas e amalequitas. Lagar era lugar de pisar uvas e não malhar o trigo.

1)     O chamado de Gideão

O Senhor apareceu para Gideão e lhe diz: “O Senhor é contigo, homem valente”, ou “Yahweh está contigo, valente guerreiro” (BKJ). Como assim, contestou Gideão: “Ai, Senhor meu, se o Senhor é conosco, porque nos sobreveio tudo isto? E o que é feito de todas as suas maravilhas que nossos pais nos contaram, dizendo: Não nos fez o Senhor subir do Egito? Porém, agora o Senhor nos desamparou, e nos entregou nas mãos dos midianitas” (Jz 6.13).

Mas o Senhor não quis saber de autocomiseração, reclamação, murmúrios e lhe disse: “Vai nessa tua força, e livra Israel das mãos dos midianitas, porventura não te enviei eu?” (Jz 6.14). Então, temos as mesmas desculpas históricas encontradas no texto bíblico: “...minha família é a mais pobre em Manassés e eu sou o menor da casa de meu pai”. A mesma coisa vemos em Moisés: “Nunca tive facilidade para falar...” (Ex 4.10), ou Jeremias: “Não passou de uma criança” (Jr 1.7).

Mesmo com todas essas objeções, o Senhor respondeu a Gideão: “...vai com a força que tu tens, vai e liberta o povo de Israel das mãos de Midiã...ferirás os midianitas com se fossem um só homem” (Jz 6.14-16).

2)     Derrubando baal

“Derrube o altar que seu pai fez para Baal e o poste de Aserá que fica ao lado do altar”. Essa foi a primeira ordem do Senhor, depois de sua chamada, era para tomar dez homens e dois bois e derrubar o ídolo no quintal da casa de seu pai.

Depois, deveria pegar a madeira do altar de Astarote, construir um altar a Deus e sacrificar um boi de sete anos. Essa ordem era radical, porque isso poderia lhe custar a própria vida. Então, Gideão derrubou o ídolo e sacrificou o boi para glória de Deus.

Uma pergunta: qual é o nosso ídolo? “nosso deus” é tudo o que domina nosso pensamento e exige nossa fidelidade, colocando Deus em segundo lugar.

Então os homens da cidade perceberam que os seus ídolos foram derrubados e queimados, reuniram para matar e linchar Gideão: “...para que morra; pois derrubou o altar de baal, e cortou o poste ídolo que estava junto dele” (Jz 6.30). Mas, Joás, pai de Gideão disse a multidão: “Contendereis vós por Baal? Livrá-lo-ei? ...se é deus, que por si mesmo contenda, pois derribaram o seu altar”. Então, Gideão ganhou um novo nome: Jerubaal, que significa: “que baal por si mesmo contenda” (Jz 6.31).

3)     Guerra

O exército midianita contava com 135.000 homens, midianitas e amalequitas.  “Então o Espírito do Senhor tomou pleno controle de Gideão e o fez tocar a trombeta de convocação, conclamando todos para segui-lo”. Mas gideão tinha um exército de 32.000 homens; a proporção era de quatro para um. Mas para Deus ainda era muita gente; então Gideão gritou: “Quem for tímido e medroso, volte e retire-se”. Vinte e dois mil voltaram para casa! Por que Deus fez isso? Para entendermos que a salvação somente vem dele, que não temos condições de nos salvar.

Sobraram dez mil homens! Mas, o Senhor não deu o caso por encerrado. Então, como se fossem a guerra, passaram por um rio, alguns homens, pararam, tiraram suas armaduras, puseram de lado suas armas, ajoelharam e lamberam a agua com a línguas. Enquanto os outros, firmes à liderança de Gideão e não tirando os olhos dele e nem do inimigo, lamberam à água levando a mão à boca. Restaram-lhe trezentos homens para Gideão!

Para confirmar sua vitória, Deus lhe dá uma ordem: “Levanta-te e desce ao acampamento dos midianitas, porque o entrego em tuas mãos” (Jz 7.9). Gideão entrou furtivamente no acampamento do inimigo, à noite. Parou e ouviu dois midianitas conversando: um deles teve um sonho apavorante, no qual um pão de cevada veio rodando contra o arraial e deu de encontro à tenda do comandante, de maneira que esta se virou de cima para baixo. A interpretação: Não é isto outro coisa, senão espada de Gideão filho de Joás, homem israelita.

Conclusão

Gideão deu a cada um dos soldados uma trombeta para segurar em uma mão e uma tocha em outra mão e disse: “Olhai para mim e fazer como eu fizer. Chegando eu às imediações do arraial, como fizer eu, assim fareis. Quando eu tocar a trombeta, e todos os que comigo estiverem, então vós também tocareis a vossa ao redor de todo arraial e direis: Pelo Senhor e por Gideão” (Jz 7.17-18). Quando deu meia-noite os trezentos cercaram o acampamento do inimigo, quebram os cânticos e tocaram as trombetas e gritaram: “Espada pelo Senhor e por Gideão”. Ninguém tinha espada, lança, escudo, nada. Somente um cântaro e uma trombeta e o Senhor lhes deu a vitória.

 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário