terça-feira, 7 de outubro de 2025

 Contando o povo de Deus Nm 1.1-4 

Introdução

O livro de Número é o terceiro livro do Antigo Testamento; o seu significado é “No deserto” e baseia-se nas listas do censo descritas nos capítulos 1 e 26. O livro de Números apresenta um relato do período de 38 anos em que o povo peregrinou no deserto após receber a os mandamentos no Monte Sinai. Esse livro tem três grandes movimentos: do capitulo 1 ao 10 é a preparação, são as leis, os mandamentos, o tabernáculo etc. Do capítulo 10 ao 20, é a jornada do povo de Israel, com todos os percalços, até chegar em Cades Barnéia. E do capitulo 20 até o final do livro é o segundo censo e a chegada do povo a planície de Moabe, junto de Jericó.

1)     O povo de Deus.

Nos diz os dois versículos inicias de números: “O Senhor falou a Moisés na tenda do encontro, no deserto do Sinai, no primeiro dia do segundo mês do segundo ano, depois que os israelitas saíram do Egito”. Primeiro, o Senhor falou a Moisés. Quando? No segundo ano, depois que o povo saiu da terra do Egito. E o que ele disse: “Façam um recenseamento de toda comunidade de Israel, pelos seus clãs e famílias, alistando todos os homens, um a um, pelo nome” (v.2). Logo o livro de Numero registra um censo, um levantamento de todos os homens, de todas as tribos de Israel, depois que saíram da terra do Egito. 

“Façam um recenseamento de toda a comunidade de Israel, pelos seu clãs e famílias, alistando todos os homens, um a um, pelo nome”(Nm 1.2). Em cada tribo um representante iria ajuda-los no censo. Ao todo as tribos são:  Rúben, Simeão, Judá, Issacar, Zebulom, Efraim e Manassés, Benjamin, Dã, Aser, Gade, Naftali. A tribo de Judá foi a tribo com mais homens acima de vinte anos, um total de 74.600. O total de homens de todas as tribos são de 603.550 mil homens. Isso não contando as mulheres, as crianças e os mais velhos.

A promessa de Deus ao seu povo iniciou com Abraão em Ur dos Caldeus: “O Senhor disse a Abraão: Deixe sua terra natal, seus parentes e família de seu pai e vá à terra que eu lhes mostrarei” (Gn 12.1 VFL). Depois de dez anos da promessa de um herdeiro, Abraão começou a questionar com Deus sobre a sua promessa, pensando que seu servo Eliézer seria seu herdeiro (Gn 15.2-3). Mas Deus lhe deu um enfático Não! O seu herdeiro sairá de ti, do teu DNA! (Gn 15.4). Mas Deus lhe promete: “Olha agora para os céus, e conta as estrelas, se as podes contar. E disse-lhe: Assim será a tua descendência” (Gn 15.4). Ao olho nu conseguimos contar até seis mil estrelas; se usarmos um binóculo podemos contar até 30.000 estrelas; mas pelo telescópio é possível contar até um milhão de estrelas! 

Os descendentes de Abraão foram para o Egito, na época de José. Depois da morte de José, seus descendentes foram escravizados, ficaram por mais de quatrocentos no Egito. Até que Deus enviou Moisés para libertá-los, de forma poderosa enviando dez pragas! Saíram do Egito vitoriosamente no dia da Páscoa, atravessaram o mar vermelho, em seguida foram para o deserto do Sinai; em todo o tempo Deus estava com o seu povo e toda promessa que Deus fez ao seu povo, cumpriu-se. “De todas as promessas que Deus fizera à casa de Israel, nem uma única falhou: tudo se cumpriu fielmente” (Js 21.45).

2)     Um povo reconhecido

Façam um recenseamento de toda a comunidade de Israel, pelos seus clãs e famílias, alistando todos os homens, um a um, pelo nome”. O censo é de grande importância para o povo de Deus, para saber a quantidade de homens prontos para o combate, de vinte anos para cima. Homens preparados, homens dispostos a lutar “onde a luta se travar, no lance imprevisto” (Hino 212). Na época de Jesus aconteceu um censo, por ordem do imperador para cobrar impostos; no tempo do rei Davi também aconteceu um censo, para contar os homens para guerra.

Deus queria saber exatamente a quantidade de homens preparados para lutar. Os números eram uteis para organizar seu povo. Uma observação: José teve dois filhos, Manasses e Efraim e Jacó adota seus filhos para si; outra coisa: a tribo de Judá é a mais numerosa, é que tem mais homens para o combate; sobre a tribo de Judá havia a promessa feita pela boca de Jacó: “O cetro não se afastará da tribo de Judá” (Gn 49.10). Portanto, o poder real está sobre a tribo de Judá e o Messias nasceria nessa tribo. Toda a estrutura da organização das tribos de Israel, tendo Judá como cabeça, tem a imagem de uma cruz.

Eram três tribos ao norte, três tribos ao sul, três ao leste e três ao oeste. Olhando por cima dessas tribos é a imagem que vem é a da cruz, as tribos apontam para o Messias, o Salvador, o filho de Deus. 


Na igreja o batismo é a entrada dos membros no corpo de Cristo, a partir do batismo o irmão está inserido no censo do povo de Deus. Em nossa igreja, temos membresia, temos cartão de membro com uma numeração específica, lhe dando uma identidade da igreja que voce faz parte.  Cada tribo carregava alguma identidade de sua tribo, assim também, nós carregamos a identidade de nossa igreja e de sua história. Somos da Assembleia de Deus, nossa identidade é de uma igreja pentecostal, que acredita nos dons espirituais.   

E mais: acreditamos que existem dons no corpo de Cristo. Tem aqueles que estão na linha da frente, como diz o apostolo Paulo: “Ele designou alguns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres” (Ef 4.11). Mas, também deu outros dons para a igreja: palavra de sabedoria, palavra do conhecimento, dom da fé, dom de curar, dom de operar milagres, dom da profecia, dom de discernimento de espírito, dom de variedade de língua, dom de interpretação de línguas (1 Co 12.8-10). 

3)     Mas nem todos fazem parte do exército

Nem todos os que são contados como povo de Deus, torna-se de fato povo de Deus. Olhando para a geografia do Monte Sinai até as campinas de Moabe, que faz fronteira com a terra de Canaã a distância em linha reta é de duzentos quilômetros. Mas porque demorou tanto? Aliás, demorou quarenta anos! Infelizmente, a maioria das pessoas que estavam nesse exército eram nominais, pessoas sem compromisso com Deus, sem compromisso com o reino de Deus. É o que tem acontecido em nosso meio, muitos são cristãos nominais, muitos se acostumaram a frequentar a igreja mas ainda não foram impactados pelo poder de Deus. 

Nós falamos do Católico praticante e do católico não praticante. Assim, também podemos falar do assembleiano praticante, que tem responsabilidade com Deus e com o seu reino; que se desempenha no reino de Deus, que exerce seus dons espirituais. E o assembleiano não praticante que somente vem à igreja, que assenta nesses bancos, mas não tem compromisso com o reino de Deus.

Uma outra coisa que sabemos sobre essa geração que vai perecer no deserto do Sinai é que não tinha firmeza. Qualquer coisa murmurava: quando estava diante do Mar Vermelho, murmurou de Moisés “Vamos morrer nesse deserto” (Ex 14.11). Quinze dias depois de Deus ter livrado o povo de Faraó, novamente o povo murmurou por causa da comida e Deus mandou maná do céu, comida do céu (Ex 16.3). O povo murmurou por falta de água...e quando Deus mandou os espias para averiguar a terra prometida o povo não acreditou que Deus podia vencer os gigantes de canaã. Por causa disso toda aquela geração pereceu no deserto. 

 Conclusão

Deus tem promessas para cumprir na vida do seu povo; promessas grandiosas, promessas maravilhosas; Deus quer alargar nossas tendas; Deus quer nos abençoar. Mas será que voce quer? Ou, Será que voce vai murmurar? Voce vai adorar ou reclamar?  Canaã não está longe, não está distante é logo ali, basta caminhar, basta obedecer, basta louvar, bastar acreditar, bastar perseverar. Que vamos cantar o hino da vitória! 


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