Perseguição externa e interna – Atos 4
Introdução: A China abriu as portas para o evangelho em 1950.
Havia dois milhões de convertidos em uma população de um bilhão de chineses.
Então, Mao Tsé-Tung massacrou 50 milhões de cristãos. Depois da Mao morreu e as
portas se abriram de novo, descobriu que havia não 2 milhões, mas quase 50
milhões de cristãos na China. A perseguição os havia multiplicado por quase
vinte e cinco vezes, em 50 anos.
1) Perseguição externa (Atos 4.7-13)
Primeiro, há desprezo (Atos 4.13). O Sinédrio considerava Pedro e João homens iletrados e incultos. A palavra traduzida "iletrados" significa que não tinham nenhuma educação técnica, especialmente nas intrincadas normas e a casuística da Lei. A palavra que se traduz por "incultos" significa que eram leigos sem nenhuma qualificação profissional. O Sinédrio, tal como era, considerava-os homens sem educação superior e sem status profissional.
O segundo dos ataques consistiu em ameaças: “Ordenaram-lhes que não falassem nem
ensinassem em nome de Jesus” (Atos 4.18). Foi-lhes dito o que lhes
aconteceria se continuassem no caminho que escolheram. Mas as ameaças do homem
são impotentes para dobrar o cristão porque ele sabe que o que o homem lhe
fizer será momentâneo, enquanto que as coisas de Deus duram para sempre. Pedro
e João, ao enfrentar estes ataques, tinham certos argumentos em sua
defesa:
Primeiro, contavam com um fato indisputável (Atos 4.16). Era impossível negar que o homem ficou curado. A defesa e a maior prova incontrovertível do cristianismo é um cristão. Em última análise as palavras não importam muito. O maior argumento do evangelho é um homem transformado, um coxo andando, um cego vendo, um bêbado sóbrio, um drogado cheio do Espírito, um blasfemo reverente, um avarento honesto. O ateu desafiou o crente acerca de sua fé. O crente respondeu: "Traga-me um homem que foi transformado pelo ateísmo e lhe apresentarei um séquito de ladrões, prostitutas e avarentos que foram transformados por Jesus".
Uma vez o enviado papal ameaçou Martinho Lutero com o que
aconteceria se continuava em seu caminho e o preveniu que no final todos os
seus seguidores o abandonariam. "Para onde irão então?",
perguntou-lhe. Lutero respondeu: "Então como agora estarei nas mãos de
Deus". Para o cristão os que são por nós são sempre mais que os que são
contra nós.
Mas o terceiro ponto de sua defesa era o mais grandioso. Era
o argumento de uma experiência pessoal de Jesus Cristo: “Pois não podemos
deixar de falar do que vimos e ouvimos” (Atos 4.20). Como disseram Pedro e
João, não podiam deixar de falar a respeito daquelas coisas que tinham visto e
ouvido pessoalmente.. “E em
nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há,
dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos” Atos 4:12
2) Uma igreja que ora (Atos 4:23-31)
Primeiro, Ele é o Deus da criação
(v.24); Segundo, ele é o Deus da revelação, que falou por intermédio
do Espírito Santo por boca de ...Davi, e que no Salmo 2 tinha predito a oposição
do mundo ao seu Cristo, com os gentios enfurecidos, povos imaginando coisas
vãs, reis se levantando e autoridades ajuntando-se contra o Ungido do Senhor
(vs. 25-26); Terceiro: Ele é o Deus da história, que fez com que até os
seus inimigos (Herodes e Pilatos, os gentios e judeus, unidos numa mesma
conspiração contra Jesus, v.27) fizessem tudo o que a mão e o propósito de Deus
predeterminaram. Vemos, tres verbos: "fizeste"(v.24),
"disseste" (v.25) e "predeterminaste" (v.28).
Em resposta a essa oração sincera e unânime: 1) tremeu o
lugar e, segundo comentou Crisóstomo "aquilo os tornou mais
inabaláveis"; 2) todos ficaram cheios do Espírito Santo; e 3) em resposta
aos seu pedido especifico (v.29), anunciavam a palavra de Deus, com intrepidez
(v.31).
O capitulo termina falando sobre sobre a Koinonia que havia na igreja: “E era um o coração e a alma da multidão dos que criam, e ninguém dizia que coisa alguma do que possuía era sua própria, mas todas as coisas lhes eram comuns” (v.32). Exemplifica narrando a sobre a oferta de José, cognominado pelos apóstolos Barnabé, que significa filho da consolação. “Possuindo uma herdade, vendeu-a, e trouxe o preço, e o depositou aos pés dos apóstolos” (Atos 4.37).
3) Perseguição interna
A história da
mentira e morte desse casal é importante por vários motivos. Ela ilustra a
honestidade de Lucas como historiador; ele não omitiu este sórdido episódio.
Nem tudo era romântico e justo!
Esta história é mais um exemplo da
estratégia de Satanás. Esse relato é um paralelo entre Ananias e Acã – aquele
que roubou dinheiro e roupas após a destruição de Jericó (Js 7:
20-22). O PECADO DE ANANIAS. Ananias reteve parte do dinheiro, o verbo
empregado por Lucas é “apropriar-se indevidamente”. A mesma palavra usada na
Septuaginta em relação ao roubo de Acã, esse verbo significa
roubar. · Antes da venda,
Ananias e Safira, assumiram algum tipo de compromisso no sentido de darem à
igreja todo o dinheiro. HIPOCRISIA.
Conclusão:
Vemos uma igreja ousada, com milagres e prodígios; uma igreja que compartilhava a koinonia. E, uma igreja com fissuras, ou seja, nem todos que estão dentro da igreja, tem o mesmo espírito. São egoístas, avarentos, gananciosos e não fazem parte da engrenagem natural da igreja. Com o tempo, a mascara cai, ou não conseguem ficar por muito tempo no meio dos demais, são sufocados.
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