terça-feira, 5 de março de 2019


Pérgamo: onde Satanás habita – Ap. 2.12-17


Introdução: Vivemos na semana do carnaval. O carnaval é considerado a maior festa cultural do Brasil. As bandeiras levantadas são inúmeras: a favor do homossexualismo, imoralidade, adultério e tudo, patrocinado pelas prefeituras, estados e União. Isso nada mais, nada menos, é uma festa cujo maestro é o próprio diabo.

1)    A cidade Pérgamo
Pérgamo estava a cerca de 90 km de Esmirna ao norte; e uns 24 km de distância do Mar Egeu. Nenhum viajante poderia visitar Pérgamo  sem ficar impressionado com a profusão de templos e altares. Havia uma colina alta que se erguia a 300 metros acima da planície. Perto do cume estava um imenso altar a ZEUS (deus máximo da mitologia grega), e um pouco mais adiante um elegante templo a deusa Atenas (filho de Zeus, deusa da guerra);  outas deidades veneradas, adoradas em Pérgamo: Dionísio (deus do vinho) e Esculápio (Deus cura), cujo símbolo é uma serpente.

Em 29 a.C. tinha sido concedida permissão aos cidadãos de Pérgamo para erigir e dedicar um templo a Augusto, uma vez por ano, os súditos deviam ir ao templo de César e queimar incenso dizendo: “César é o Senhor”.  Em Pérgamo, havia uma famosa biblioteca que possuía 200.000 pergaminhos; era a segunda maior biblioteca do mundo, somente era superada pela de Alexandria, no Egito.

2)    Em busca da verdade...
Cristo elogia a igreja porque “...tem permanecido fiel ao meu nome e não renunciou a sua fé” (v.13). Mas, “tenho contra você algumas coisas: você tem aí pessoas que se apegam aos ensinos de Balaão (v.14). Em vez de  apegar-se ao nome de Cristo, estavam “APEGANDO-SE” a um culto falso.

Amor e verdade
Alguns cristãos estão decididos a considerar o amor mais importante e esquecem a santidade da verdade revelada. “O que é importante é o amor”, dizem eles, “quanto a doutrina, não é tão importante, então, vivamos o amor”. Enquanto, que outros são pertinazes em seu zelo pela verdade de Deus que se tornam ásperos, amargos e desagradáveis (como os cristãos de Éfeso). O AMOR TORNA-SE SENTIMENTAL SE NÃO FOR FORTALECIDA PELA VERDADE; E A VERDADE TORNA-SE OPRESSIVA SE NÃO FOI SUAVIZADA PELO AMOR (Ef. 4.15).

Jesus chamou a si mesmo “a verdade” (Jo 14.6) e “luz do mundo”(Joao 8.12). Ele prometeu aos seus discípulos que, se permanecessem em sua palavra, conheceriam a verdade e a verdade os libertaria. Ele disse a Pilatos que tinha vindo ao mundo para testemunha da verdade (Joao 18.37).  Mas, em Pérgamo Jesus é incisivo: “VOCE TEM AÍ PESSOAS QUE SE APEGAM AOS ENSINOS DE BALAÃO... VOCE TEM OS QUE SE APEGAM AOS ENSINOS DOS NICOLAÍTAS (VS. 14-15).

O que é ser cristão?
Ser cristão é aceitar a Jesus Cristo como Deus e Salvador. Jesus é o Deus-Homem singular que morreu por nossos pecados e foi ressuscitado da morte para ser o Salvador do mundo inteiro. Então, se Jesus é o Senhor Divino, devemos submeter-nos a ele como Nosso Senhor. Se Ele é o Divino Salvador, devemos acreditar nele como nosso Salvador.

Depois, permanecemos fieis ao Seu Nome e não renunciamos nossa fé nele (v.13). Não é suficiente reconhecer INTELECTUALMENTE O SENHORIO DE CRISTO e sua obra redentora, devemos também colocar nossa confiança nele como Nosso Senhor e Salvador pessoal.

Um exemplo de fidelidade
Antipas, permaneceu fiel. Nada sabemos sobre ele, mas sua coragem custou-lhe a vida e Jesus confere a ele seu próprio titulo, de “fiel testemunha”. Ele foi intimidade a comparecer diante da autoridade civil de Pérgamo. Tudo o que precisava fazer era borrifar algumas gotas de incenso sobre o fogo e dizer “César é o Senhor”. Depois disso o ofertante estaria desobrigado, livre. Mas, como podia Antipas negar o nome de Cristo e sua fé nele?  Não tinha ele em seu batismo ficado orgulhoso de afirmar sua fé com as simples palavras “JESUS É O SENHOR”? Não tinha ele aprendido que Deus havia exaltado Jesus, dando-lhe a autoridade à sua direita, nas regiões celestes, “muito acima de todo governo e autoridade, poder e domínio e de todo nome que se possa mencionar”, dando-lhe “o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho... E toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai” (Fl 2.9-11). Segundo Tertuliano, Antipas foi colocado dentro de um boi de bronze e esse foi levado ao fogo até ficar vermelho, morrendo o servo de Deus sufocado e queimado. 



3)    Quando se nega a verdade
“tens os que seguem a doutrina de Balaão...e a doutrina dos nicolaítas”. Balaão foi um profeta da Mesopotâmia, sua história está no livro de Números 22 a 24. Eis um resumo: Balaque, rei de Moabe, contratou-o para amaldiçoar as tribos de Israel que estavam para atravessar o reio Jorão, rumo a terra prometida. Mas, cada vez que Balaão abria a boca, as palavras do Senhor  faziam prosperar palavras de bênçãos e não de maldição (Nm 22.12,19,23). Então, Balaão sugeriu a Balaque que as jovens moabitas deveriam seduzir os homens israelitas, convidando-os a tomar parte em sua idolatria e festas imorais. Os homens caíram, cometeram imoralidades, adoraram ídolos e comeram alimentos oferecidos aos ídolos. Em consequência, Deus matou 24.000 israelitas (Nm 25.9).

Os nicolaítas vem de Nicolau, um diácono da igreja primitiva (Atos 6), que se apostatou da fé cristã. Começou a ensinar que o crente pode viver como quiser. Ensinava que nenhuma lei moral de Jesus está vinculada aos cristãos atual.

Ou seja, “Cristo nos libertou da tutela da lei, portanto, não estamos mais sob à lei, mas sob a graça. Então podemos continuar pecando que a graça de Deus continuará fluindo através do perdão”. “Apenas um pouco de idolatria”, sussurravam eles. “Apenas um pouco de imoralidade, somos livres”. “Somos todos humanos, você sabe. Cristo não espera tanto de nós. Suas exigências não são irracionais. Ele sabe que somos pó”.

“...trono de Satanás”: templos, Zeus, Dionisio, Atenas, Cesar, Esculápio, etc. Jesus chamava-o de “príncipe deste mundo” (Joao 12.31), do mesmo modo como Paulo o qualificou como sendo “o príncipe do poder do ar” (Ef 2.2). Ele, tem, portanto, um trono e um reino, e sob seu comando está um exercito de espíritos malignos, ou “os dominadores deste mundo de trevas” e “forças espirituais do mal nas regiões celestes” (Ef 6.12).

Mas, Cristo viu Satanás caindo do céu como relâmpago (Lc 10.18) e João mais tarde, no Apocalipse, retrata como o dragão e seus demônios, após serem vencidos por Miguel e seus anjos foram “lançados fora” (Ap 12.7). Jesus despojou-os de seus poderes e autoridades, como se fosse uma veste imunda, e “fez deles um espetáculo público, triunfando sobre eles na cruz” (Cl 2.15). A cabeça de satanás foi esmagada (Gn 3.15).

4)    Arrependimento: “arrepende-te... batalharei com a espada  minha boca” 


A palavra de Deus é descrita pelo apostolo Paulo como “a espada do Espírito, e, na carta aos hebreus, como “viva e eficaz e mais afiada do que qualquer espada de dois gumes; ela penetra ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e, julga os pensamentos e intenções do coração” (Hb 4.12). A  palavra de Deus aguilhoa a consciência e fere o orgulho dos pecadores. Ela rompe nossa mascara e atravessa nossas defesas. Ela desnuda nosso pecado e pobreza, e mata toda falsa doutrina com seus golpes certeiros.  

Conclusão: promessas “maná escondido”. É o próprio Cristo; ele é o pão vivo que desceu do céu. “Pedra branca”, dois significados: 1) um convite de admissão para um grande banquete; 2) sentença de perdão dos nossos pecados. “Novo nome”: uma nova vida, um corpo novo, ressurreto e uma imortalidade eterna com Cristo. 





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