JESUS – MEDIADOR DE
UMA ALIANÇA MELHOR (Hb 8.1-13).
1)
Sombras versus realidade (Hebreus
8.1-5).
O
que é importante é isso: em Cristo, nós, os cristãos, temos um sacerdote que é único
– segundo a ordem de Melquisedeque (Hb 7.17-19) – superior aos profetas (Hb
1.2), aos anjos (Hb 1.6), a Moisés (Hb 3.3) e Arão (Hb 7.9). Ele é sacerdote
eterno segundo a ordem de Melquisedeque, que pode fazer para o pecador tudo o
que precisa ser feito. É capaz de salvar homens e mulheres agora, de maneira
total e eterna (Hb 7.25,26).
Jesus
– nosso sumo sacerdote – está assentando à destra de Deus (8.3; 1.3). Ele
exerce seu ministério no céu, onde ocupa uma posição de realeza. Não ministra
no tabernáculo ou no templo, que são sombras terrenos da realidade celestial (v.2). Não, ele ministra na própria realidade celestial.
Não exerce seu sacerdócio em uma tenda
erguida por homens. Essa tenda seria apenas uma representação pictórica daquilo
que é real, e é ali que ele ministra – na habitação do próprio Deus (Hb 10.1)
O
apostolo estabelece essa diferença entre a lei e o evangelho, no sentido que a
lei prefigurou de forma elementar e imprecisa o que hoje (no evangelho) é
expresso com vivas cores e graficamente visível.
Ora,
a essência mesma do sacerdócio está em que um homem se apresenta diante de Deus
como representante do povo e oferece dons e sacrifícios. Se Cristo é realmente
sumo sacerdote. Em Hebreus 9.11-12 diz o que Cristo ofereceu. Sua presença no
céu nos fala do fato de que a sua oferta foi de uma vez para sempre.
Aqueles
sacerdotes não exercitavam um ministério realmente sacerdotal. Eram representações
imperfeitas, quadro em sombras das realidades celestes. A verdadeira habitação
de Deus não é um tabernáculo terrestre, mas o céu. Deus instruiu Moisés a fazer
um santuário que fosse cópia e sombra terrena do que existe no céu (Hb 8.5).
Isso foi feito para transmitir à nossa
mente finita uma idéias das realidades invisíveis e espirituais. O ministério
de nosso Senhor não é exercido na representação física, mas no próprio céu.
Este é o sumo sacerdote que temos.
2)
Cristo é mediador de uma melhor
aliança (Hb 8.6-13).
a)
O
que é aliança? É uma concordância entre duas ou mais
partes, normalmente duas. Mas, com Deus é diferente. Pois, a aliança com Deus é
uma concordância unilateral onde ele, a parte superior, promete benefícios extraordinários,
mas também dita termos que não estão abertos à negociação. Por exemplo, o pacto
que Deus fez com seu povo no Monte Sinai. Tendo Deus escolhido seu povo,
prometeu-lhes bênçãos e ditou os termos.
Se obedecessem, gozariam as bênçãos prometidas. Se não obedecessem, perderiam
as bênçãos e experimentariam, em seu lugar, as maldições de Deus. O v.6 diz que
veio às nossas mãos, por meio de Cristo, uma melhor aliança.
O autor dá a
Jesus um título importante; chama-o mediador, mesites. Este substantivo
provém de mesos que neste caso significa no meio; um mesites é alguém
que está no meio de dois homens para uni-los. Quando Jó desejava
desesperadamente ser de algum modo capaz de levar seu caso a Deus exclama sem
esperança: “Não há entre nós árbitro que ponha a mão sobre nós ambos.” (Jó
9:33). Paulo chama Moisés o mesites (Gálatas 3:19) porque interveio para
trazer a Lei de Deus aos homens.
b)
Por
que foi necessária uma nova aliança? (8.7-8). Se
a antiga aliança tivesse dado certo, não haveria necessidade de substituí-la.
Mas o fato é que ela não supria o que era exigido do pecador. Não levou ninguém
a um andar mais intimo com Deus (Rm 7:7-24).
c)
Tal aliança foi alguma vez prometida
(Hb 8.8-9,13)? Por exemplo, tomemos o que Jeremias disse em seu livro (Jr 31.31-34, Ez 26.26,27; Hb 8.8-9). O profeta Jeremias não via nenhuma esperança de sua nação apóstata
voltar a andar com Deus. O Senhor revelou a Jeremias que faria uma nova aliança
e que mediante essa aliança, a lei de Deus estaria no coração deles, e não
apenas em um código escrito.
d) O
que seriam as “superiores promessas mencionadas”? (Hb 8.10-12). Nela é
prometida que Deus colocará a lei em nossa mente e a escreverá em nosso coração
(v.10). Mas o que isso significa? Os judeus do Antigo Testamento não tinham uma
inclinação para obedecer aos mandamentos de Deus, como repetidamente prova sua
história. Tinham um código externo, mas seu coração não estava apaixonado por
ele.
A Nova Aliança opera
com uma finalidade bem definida: “colocar as minhas leis no seu entendimento...”
e “em seu coração as escreverei”. A lei gravou em tábuas de pedra os padrões a
cuja satisfação os seres humanos provaram ser incapazes. A Nova Aliança grava o
desejo de agradar a Deus em nosso ser mais interior e nos leva a fazer as
mesmas coisas que a Lei exigia, mas não conseguia produzir.
O cristão da nova
aliança é totalmente diferente. Ele pode dizer: “No tocante ao homem interior,
tenho prazer na lei de Deus” (Rm 7.22). Portanto, a lei não é apenas um
livro-texto – é algo que ele ama do fundo do coração (Jo 14.21).
“SE EU TE ADORAR POR MEDO DO INFERNO, QUEIMA-ME NO INFERNO, SE EU TE ADORAR PELO PARAÍSO, EXCLUA-ME DO PARAÍSO, MAS SE EU TE ADORAR PELO QUE TU ÉS, NÃO ESCONDA DE MIM A TUA FACE!” (Rabia, 800 d.C.)
“SE EU TE ADORAR POR MEDO DO INFERNO, QUEIMA-ME NO INFERNO, SE EU TE ADORAR PELO PARAÍSO, EXCLUA-ME DO PARAÍSO, MAS SE EU TE ADORAR PELO QUE TU ÉS, NÃO ESCONDA DE MIM A TUA FACE!” (Rabia, 800 d.C.)
Outra promessa do
Senhor é também enunciada no versículo 10: “Eu serei o seu Deus, e eles serão o
meu povo”. Nos temos no coração o Espírito Santo, por meio de quem clama “Aba,
Pai” (Rm 8.15-17). Portanto, somos filhos de Deus e estamos ligados pelos laços
de amor e afeição familiar. E, o versículo ensina que na Nova Aliança – todo crente,
meninos e meninas – conhecerão ao Senhor pessoalmente.
E no versículo 12, temos
a promessa do perdão dos nossos pecados. No Antigo Testamento eram oferecidos sacrifícios
de touros, cordeiros ou pombos e as pessoas jamais gozavam ou eram inundadas
por um senso de remissão, perdão e paz com Deus (Hb 10.4). Mas em Cristo,
nossos pecados foram cravados na conta de Cristo na cruz, e a sua justiça foi
foi atribuída (Rm 1.17). Agora, gozamos o perdão dos nossos pecados – pecados de
nossa natureza, pecados abertos, pecados secretos, pecados repetidos, pecados
de ontem, pecados de hoje, pecados de amanhã, pecados de comissão ou pecados de
omissão – todo pecado! Deus não se lembra mais deles.
Conclusão:
Voce anseia por essas bênçãos descritas
na Nova aliança? Nenhuma religião – nem a religião do Antigo Testamento – pode
oferecê-las a você. Venha até a Ele e confesse seus pecados e receberás todas
as bênçãos da Nova Aliança.
Bibliografia
Bíblia de Estudo Almeida
Comentário devocional da Bíblia - CPAD - Lawrence O. Richards
Comentário de João Calvino - Hebreus
Carta aos Hebreus - bem explicadinha - Stuart Olyott
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