terça-feira, 12 de setembro de 2023

 Quando vem o juízo Ez 7.1-13 

Introdução

Vivemos dias difíceis, tenebrosos. Temos uma guerra na Ucrânia que se estende por quase dois anos;  No Rio Grande do Sul, enchentes em vários municípios, matando mais de quarenta pessoas, deixando milhares de vidas desalojadas; No Marrocos, África, um terremoto de 6.8 graus, matando mais de três mil pessoas e milhares sem casa.

Na Bíblia temos várias calamidades: a destruição de Sodoma e Gomorra; as pragas no Egito; o diluvio na época de Noé. Todos esses juízos na Bíblia era juízo de Deus. Juizo divino sobre Sodoma e Gomorra, juízo divino sobre o Egito de Faraó e juízo divino nos dias de Noé. Deus alertara, dando possibilidades de arrependimento e livramento.

E, nos dias de hoje, Deus continua alertando a todos: arrependam-se e creia nas boas novas!”; pois só assim se escapa do juízo final. “Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto...” (Is 55.6). “Enfim chegou o tempo prometido, o reino de Deus está próximo! Arrependam-se e creiam nas boas novas!” (Mc 1.15). “...conhecendo o tempo, que já é hora de despertardes do sono; porque a nossa salvação está mais perto de nós do que quando nos tornamos crentes” (Rm 13.11).

1)     O cerco em Jerusalém

Os profetas do Antigo Testamento não somente pregavam a palavra, mas sobretudo, viviam, dramatizavam, como audiovisuais de Deus. Ezequiel, capitulo 24, fora lhe tirado “...o prazer dos teus olhos”, ou seja, sua esposa e, não pudera lamentar e nem chorar, seria algo que aconteceria também com seu povo. Isaias teve que andar três anos como se fosse prisioneiro de guerra “nu e descalço” (Is 20). E, no capitulo 4, Ezequiel que fazer uma maquete para encenar o cerco de Jerusalém. 


O profeta se valeu de um tijolo para fazer um modelo de Jerusalém “...pegue um tijolo de barro...desenhe nele a cidade de Jerusalém” (Ez 4.1). Ezequiel devia depositar ao redor dela modelos em miniatura de cerco militar para “...mostre como será o cerco de Jerusalém” (Ez 4.3). Em seguida devia colocar uma panela de ferro, entre si e a cidade, simbolizando a poderosa força do cerco inimigo. 

Também, o profeta, recebeu ordem para ficar deitado do lado esquerdo durante 390 dias, simbolizando os anos de iniquidade de Israel, o reino norte. Depois, deveria ficar 40 dias sobre o lado direito, representando o reino de Judá. Tanto os 390 dias do reino norte, quanto os quarenta dias do reino sul mostrava que Deus leva a sério o pecado humano.

Com relação ao pecado Deus tem duas atitudes. Ou perdoa o pecado do ser humano, ou Deus julga o pecado, mandando o juízo. O que é que Deus não faz quanto ao pecado? Não se importar, porque Deus é santo, santo, santo e toda terra está cheia da sua gloria. 

Durante esses dias em que Ezequiel estava em seus lados (direito e esquerdo), Deus disse-lhe o que comer “...trigo, cevada, feijão, lentilha, milho-miúdo e trigo candeal e misture-os numa vasilha” (Ez 4.9 NVT). O pão teria que ser feito com uma mistura de grãos. Essa era a sua comida para 390 dias. Cada dia ele poderia comer apenas oito fatias desse pão. Ele podia beber dois litros de agua, em um país quente, isso não é agua suficiente para uma pessoa beber por dia. 

"Filho do homem, tornarei a comida extremamente escassa em Jerusalém. Será pesada com grande cuidado e consumida com medo. A água será racionada, e o povo beberá com desespero” (Ez 4.16). Em Apocalipse na abertura do terceiro selo aparece um cavalo preto que carrega uma balança e, diz o texto: “...um quilo de trigo por um denário e três quilos de cevada por um denário...”(Ap 6.6). Uma família com um kg de trigo passará fome, normalmente era 12 litros.

As coisas somente vão piorando. Quando os exércitos de babilônia tivessem cercado Jerusalém, haveria falta de alimentos, falta de trigo e cevada;   também não teriam agua suficiente para beber. E diz mais o profeta: “Asse-o diante de todo o povo, usando fezes humanas secas como combustível” (Ez 4.12). Ou seja, quando os inimigos chegassem e cercassem Jerusalém, os habitantes matariam todos os animais e não haveria esterco para o combustível.  USAR FEZES HUMANAS ERA TORNAR A COMIDA IMPURA. MAS NESSE TEMPO, OU ELES COMIAM ALIMENTOS IMPUROS OU MORRERIAM.

2)     A espada de Deus

“Tu, ó filho do homem, toma uma espada afiada; como navalha de barbeiro a tomarás e a farás passar pela tua cabeça e pela tua barba” (Ez 5.1). 

Raspar a barba era sinal de luto. Quando Hanum, príncipe amonita, mandou raspar a barba dos soldados de Davi, somente voltaram para Jerusalém “...ficai em Jericó até que vossa barba cresça...” (1 Cro 19.5). Deus mandou, Ezequiel obedeceu: ele raspou “sua cabeça e sua barba”. Pesou na balança e repartiu em três partes. Diante da maquete de Jerusalém feita com tijolos, o profeta, diante do povo, encena os ultimos dias de exilio em Jerusalém.

Primeiro, “Coloque uma terça parte no meio do desenho de Jerusalém” (Ez 5.2). Isto é, uma terça parte do povo de Israel morreria de pestilência, fogo e fome; “queime o cabelo ali”, ou seja, todos morreriam. Segundo, “Espalhe outra terça parte ao redor do desenho e corte-a com a espada”, ou seja, todos cairiam pelas espadas dos soldados babilônicos. Terceiro,  “espalhe a terceira parte ao vento, pois espalharei meu povo com a espada”, aqui fala de exilio, sofrimento, humilhação. “Guarde apenas um pouco de cabelo e amarre-o em seu manto” (Ez 5.3). ficaria somente algumas pessoas em Jerusalém. 

3)     O fim chegou

“Chegou o fim! Para onde quer que vocês olhem, norte, sul, leste ou oeste, sua terra está acabada. Não resta esperança” (Ez 7.1-2). E agora, o que você fará? Para o povo de Israel Jerusalém foi atacada e destruída. Para nós, o que acontecerá na vinda de Cristo?  O apostolo João diz que quando abriu o sexto selo “...houve um grande terremoto. O sol ficou escuro...a lua se tornou vermelha...as estrelas caíram do céu como figos verdes de uma figueira sacudida por um forte vento. O céu foi enrolado...e todas as montanhas e ilhas foram movidas do seu lugar... todos se esconderam em cavernas e entre as rochas das montanhas” (Ap 6. 12-15). 

“A sua prata lançarão pelas ruas, e o seu ouro lhes será como sujeira; nem a sua prata, nem o seu ouro os poderá livrar no dia da indignação do Senhor...eles não saciarão a sua fome, nem lhes encherão o estomago...de tais joias preciosas fizeram seu objeto de soberba e fabricaram suas abomináveis imagens e seus ídolos detestáveis” O Profeta Sofonias já havia declarado: “Nem a sua prata nem o seu ouro os poderão livrar no dia da indignação do Senhor” (Sf 1.18).  


“Eu os chamei para prestar contas de todos os seus pecados detestáveis. Não os pouparei nem terei piedade; darei a vocês o que merecem” (Ez 7.3-4). A volta de Jesus será como nos dias de Noé “o povo seguia sua rotina de banquetes, festas e casamentos...até que veio o diluvio e levou todos” (Mt 24.37-39). Deus é justo juiz. Ele sempre faz o que é certo. O povo desobedeceu, escolheu seguir seus próprios caminhos; se afastaram do Senhor e do seu Deus.

“Chegou a hora, o tempo da aflição está próximo. Nos montes se ouvem gritos de angustia e não de alegria” (Ez 7.7). Esse dia será de terror. Não haverá alegria, mas apenas dor e choque. Será tão repentino que todos estarão confusos. Não haverá escapatória. Então será tarde demais para voltar para Deus.

Conclusão

O profeta Amós falou desse tempo: “Naquele dia...transformarei suas festas em tempos de lamento e seus cânticos, em canções fúnebres. Vocês se vestirão de luto e rasparão a cabeça...será um dia de muita amargura”. E continua o profeta: “Está chegando o tempo, diz o Senhor Soberano, em que enviarei fome sobre a terra, não fome de pão nem sede de água, mas de ouvir as palavras do Senhor. As pessoas andarão sem rumo, de mar em mar e de um extremo ao outro, em busca da palavra do Senhor, mas não a encontrarão” (Amós 8.9-12). Virá uma calamidade após a outra,   um rumor após o outro.   Buscarão sem sucesso   uma visão dos profetas.   Não receberão ensinamentos dos sacerdotes   nem conselhos das autoridades”. (Ez 7.26).

  


 

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