terça-feira, 14 de julho de 2020


André, o evangelista. Jo 1.35-42


Introdução: etapas do discipulado

Primeira, é a fase da conversão. Todo discípulo é chamado à salvação. Devemos reconhecer Jesus como verdadeiro cordeiro de Deus e Senhor de tudo, e aceita-lo pela fé.

Segunda, é a fase da convocação para o ministério. Em lucas 5, temos o contexto da pesca maravilhosa. Logo depois desse milagre que Jesus disse: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens” (Mt 4.19). As escrituras dizem que, nesse momento, “deixando tudo, o seguiram” (Lc 5.11). De acordo, com Mateus, André e Pedro “deixaram imediatamente as redes e o seguiram” (Mt 4.20).

Terceira, é o chamado ao apostolado. Nessa ocasião, Cristo selecionou e nomeou 12 homens em particular, e fez deles seus apóstolos. Eis o relato de Lucas sobre esse episódio: “... chamou a si os seus discípulos e escolheu 12 dentre eles, aos quais deu também o nome de apóstolos: Simão, a quem acrescentou o nome de Pedro, e André, seu irmão; Tiago e João; Filipe e Bartolomeu; Mateus e Tomé; Tiago, filho de Alfeu, e Simão, chamado de zelote; Judas, filho de Tiago e Judas Iscariotes, que se tornou traidor”.

1)    André
André é o grego de Andros, “homem”. Significa varonil, másculo, com a idéia de alguém valoroso. Era irmão de Simão Pedro (Mt 4.18); eram naturais de Betsaida (Jo 1.44). Depois, mudaram-se para a cidade de Cafarnaum, um pouco maior e mais perto de sua cidade natal e, uma vez que a cidade situava na margem Norte do Mar da Galilélia (onde a pesca era boa), pois eram pescadores. 



É provável que desde a infância, Pedro e Andre tivesse amizade com outros dois pescadores, também irmãos e nascidos em Cafarnaum, Tiago e João, filhos de Zebedeu. Dos quatro que faziam parte do circulo mais intimo, porém, André é o que menos aparece. As escrituras não relatam muita coisa a seu respeito. O seu nome aparece somente nove vezes no Novo Testamento, e a maioria dessas referencias apenas menciona-o de passagem.

Mas, de todos os discípulos do circulo mais intimo, André parece ser o menos contencioso e o mais meditativo. A tendência de Pedro, Simão, era ser impetuoso, de precipitar-se tolamente e dizer coisa errada na hora certa. Tiago e João tinham o apelido de “filhos de trovão”, por causa de suas tendências sanguinárias. Fica evidente que também foram eles que provocaram várias das discussões sobre quem era o maior. Mas não se vê nada disso em André. Sempre que ele fala, o que é raro nas escrituras, diz a coisa certa, e não a errada. Sempre que age separadamente dos outros discípulos, faz o que é certo. Ao citá-lo pelo nome, as escrituras nunca relacionam a ele qualquer desonra.

2)    Seu encontro com Jesus
Quando Jesus encontrou-se com ele pela primeira vez, era um homem devoto que havia se juntado aos discípulos de João Batista. João Batista era conhecido por sua aparência rude e estilo de vida de um habitante do deserto.  Usava “veste de pelo de camelo e um cinto de couro; a sua alimentação eram gafanhotos e mel silvestre”. (Mt 3.4). Ele vivia e pregava no deserto, isolado de todos os confortos da vida urbana. Uma pessoa que seguia João Batista como seu discípulo dificilmente era do tipo frágil, que desiste fácil.

O encontro de André com Jesus ocorreu no dia depois do batismo de Jesus (Jo 1.29-34). André e João estavam ao lado de João Batista quando Jesus passou por eles e João Batista gritou: “Eis o cordeiro de Deus” (Jo 1.36). Imediatamente, os dois deixaram João Batista e passaram a seguir Jesus (Jo 1.37). João Batista nunca chamou a atenção para si, mas era sempre realista: “Este foi o testemunho de João, quando os judeus de Jerusalém lhe enviaram sacerdotes e levitas para lhe perguntarem: Quem és tu?” Ele respondeu: “Eu não sou o Cristo” (vs. 1.19-20). E, João se identifica: “Eu sou a voz do que clama no deserto. Endireitai o caminho do Senhor, como disse o profeta Isaias” (Jo 1.23).

“É necessário que ele cresça e que eu diminua” (Jo 3.30). João Batista, portanto, já havia dito nos termos mais direto que era apenas um precursor do Messias. Tinha vindo para preparar o caminho e colocar o povo na direção certa. Assim, André e João estavam envolvidos pela emoção da expectativa messiânica, aguardando que a pessoa fosse identificada. Quando ouviram “eis o cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”, deixaram João para seguir Jesus. 



O relato bíblico prossegue: “Jesus olhou em volta e viu que o seguiam. O que vocês querem?”, perguntou. Eles responderam: Rabi (que significa mestre), onde o senhor está hospedado?” “Venham e vejam, disse ele. “Eram cerca de quatro horas da tarde quando o acompanharam até o lugar onde Jesus estava hospedado, e passaram o resto do dia com ele”. (Jo 1.38-39, Nova Versão transformadora).

Observe a primeira coisa que André fez: “Ele achou primeiro o seu próprio irmão, Simão, a quem disse: Achamos o Messias ( que quer dizer Cristo), e o levou a Jesus” (Jo 1.41,42). A noticia era boa demais para ele guarda-la para si, de modo que André foi procurar aquela pessoa que ele amava imensamente, e a levou até Cristo.

3)    Um evangelista
André apreciava plenamente o valor de uma única alma. Era conhecido por levar indivíduos e não multidões, a Jesus. Quase toda vez que vemos no relato bíblico, ele está levando alguém a Jesus. Lembre-se de que a primeira coisa que fez ao descobrir Cristo, foi buscar Pedro. Quando Jesus alimentou cinco mil pessoas, foi André quem levou o menino até o Senhor e disse: “Esta aí um rapaz que tem cinco pães de cevada e dois peixinhos” (Jo 6.9).

Em João 12.20-22 fala de alguns gregos que procuraram Felipe e pediram para ver Jesus. “Se dirigiram a Felipe, que era de Betsaida da Galiléia, e lhe rogaram: Senhor, queremos ver Jesus. Filipe foi dizê-lo a André, e André e Filipe comunicaram a Jesus” (Jo 12.21). André não ficava confuso quando alguém desejava ver Jesus. Ele simplesmente os levava ao mestre; entendia que Jesus iria querer encontrar-se com qualquer pessoa que desejasse conhece-lo (Jo 6.37). EM JOAO 1 ELE LEVOU PEDRO A CRISTO, TORNAND0-SE, ASSIM, O PRIMEIRO MISSIONARIO. DEPOIS LEVOU A CRISTO OS GREGOS, TRANSFORMANDO-SE NO PRIMEIRO MISSIONARIO INTERNACIONAL. 



Tanto André como seu irmão Pedro possuíam um coração evangelista, mas seus métodos eram completamente distintos. Pedro pregou em Pentecostes e três mil pessoas passaram a fazer parte da igreja. Não há nada nas escrituras indicando que André em algum momento tenha pregado para uma multidão ou um movimento grande de massas. Mas lembre-se de quem levou Pedro a Cristo. O ato de fidelidade de André ao conduzir seu irmão a Cristo foi individual que levou à conversão do homem que iria pregar o magnifico sermão em Pentecostes.

Poucos ouviram falar de Edward Kimball. Seu nome é uma nota de rodapé nos registros da história da igreja. Contudo, ele foi o professor de escola dominical que levou D. L. Mody a Cristo.

Conclusão:
André é o retrato perfeito daqueles que trabalham em silencio nos lugares humildes, “não servindo á vista, como para agradar a homens, mas como servos de Cristo, fazendo, de coração, a vontade de Deus” (Ef 6.6). Ele não era uma coluna impressionante como Pedro, Tiago e João. Era uma pedra mais humilde. Era uma daquelas pessoas raras dispostas a ficar em segundo lugar e dar apoio.

As escrituras nos advertem sobre buscar posições de proeminência e alertam aqueles que desejam ser mestres, que serão julgados de acordo com padrões mais elevados: “meus irmãos, não vos torneis, muitos de vós, mestres, sabendo que havemos de receber maior juízo” (Tg 3.1).

Diz a tradição que André levou o evangelho para o Norte, chegando até o leste europeu. Acabou sendo crucificado na Grecia, próximo a Atenas. Um relato diz que levou a Cristo a esposa de um governante provincial romano, enfurecendo o marido. Ele exigiu que sua esposa renunciasse sua devoção a Jesus Cristo e ela se recusou. O romano ordenou, então, que André fosse crucificado.

Ele foi amarrado a cruz (em forma de X) em vez de pregado a fim de prolongar seu sofrimento. Ele ficou pendurado na cruz durante dois dias, exortando aqueles que passavam por ele a buscarem a salvação em Cristo. Então, ele foi desprezado? Não! Foi o primeiro a ouvir que Jesus era  o cordeiro de Deus. Foi o primeiro a seguir a Cristo. Foi parte do circulo mais intimo e que teve mais acesso a Cristo. Seu nome será gravado, juntamente como o nome dos outros apóstolos, nas fundações da cidade eterna, a nova Jerusalém. 


Bibliografia


Site: https://www.isaltino.com.br/
Doze Homens extraordinariamente comum 0 john Macarthur - Editora Thomas Nelson
O Treinamento dos doze - CPAD A.B. Bruce CPAD
Biblia de Estudo Swindoll - NVT
Biblia de Estudo King James
Encontro com Jesus Timothy Keller - Editora Vida Nova

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