André, o evangelista. Jo 1.35-42
Introdução: etapas do discipulado
Primeira, é a fase da conversão. Todo discípulo é chamado à
salvação. Devemos reconhecer Jesus como verdadeiro cordeiro de Deus e Senhor de
tudo, e aceita-lo pela fé.
Segunda, é a fase da convocação para o ministério. Em lucas
5, temos o contexto da pesca maravilhosa. Logo depois desse milagre que Jesus
disse: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens” (Mt 4.19). As
escrituras dizem que, nesse momento, “deixando tudo, o seguiram” (Lc 5.11). De
acordo, com Mateus, André e Pedro “deixaram imediatamente as redes e o seguiram”
(Mt 4.20).
Terceira, é o chamado ao apostolado. Nessa ocasião, Cristo
selecionou e nomeou 12 homens em particular, e fez deles seus apóstolos. Eis o
relato de Lucas sobre esse episódio: “... chamou a si os seus discípulos e
escolheu 12 dentre eles, aos quais deu também o nome de apóstolos: Simão, a
quem acrescentou o nome de Pedro, e André, seu irmão; Tiago e João; Filipe e
Bartolomeu; Mateus e Tomé; Tiago, filho de Alfeu, e Simão, chamado de zelote;
Judas, filho de Tiago e Judas Iscariotes, que se tornou traidor”.
1)
André
André é o grego de Andros, “homem”. Significa varonil,
másculo, com a idéia de alguém valoroso. Era irmão de Simão Pedro (Mt 4.18);
eram naturais de Betsaida (Jo 1.44). Depois, mudaram-se para a cidade de
Cafarnaum, um pouco maior e mais perto de sua cidade natal e, uma vez que a
cidade situava na margem Norte do Mar da Galilélia (onde a pesca era boa), pois
eram pescadores.
É provável que desde a infância, Pedro e Andre tivesse
amizade com outros dois pescadores, também irmãos e nascidos em Cafarnaum,
Tiago e João, filhos de Zebedeu. Dos quatro que faziam parte do circulo mais
intimo, porém, André é o que menos aparece. As escrituras não relatam muita
coisa a seu respeito. O seu nome aparece somente nove vezes no Novo Testamento,
e a maioria dessas referencias apenas menciona-o de passagem.
Mas, de todos os discípulos do circulo mais intimo, André
parece ser o menos contencioso e o mais meditativo. A tendência de Pedro, Simão,
era ser impetuoso, de precipitar-se tolamente e dizer coisa errada na hora
certa. Tiago e João tinham o apelido de “filhos de trovão”, por causa de suas tendências
sanguinárias. Fica evidente que também foram eles que provocaram várias das
discussões sobre quem era o maior. Mas não se vê nada disso em André. Sempre
que ele fala, o que é raro nas escrituras, diz a coisa certa, e não a errada.
Sempre que age separadamente dos outros discípulos, faz o que é certo. Ao
citá-lo pelo nome, as escrituras nunca relacionam a ele qualquer desonra.
2)
Seu
encontro com Jesus
Quando Jesus encontrou-se com ele pela primeira vez, era um
homem devoto que havia se juntado aos discípulos de João Batista. João Batista
era conhecido por sua aparência rude e estilo de vida de um habitante do
deserto. Usava “veste de pelo de camelo
e um cinto de couro; a sua alimentação eram gafanhotos e mel silvestre”. (Mt
3.4). Ele vivia e pregava no deserto, isolado de todos os confortos da vida
urbana. Uma pessoa que seguia João Batista como seu discípulo dificilmente era
do tipo frágil, que desiste fácil.
O encontro de André com Jesus ocorreu no dia depois do
batismo de Jesus (Jo 1.29-34). André e João estavam ao lado de João Batista
quando Jesus passou por eles e João Batista gritou: “Eis o cordeiro de Deus”
(Jo 1.36). Imediatamente, os dois deixaram João Batista e passaram a seguir
Jesus (Jo 1.37). João Batista nunca chamou a atenção para si, mas era sempre
realista: “Este foi o testemunho de João, quando os judeus de Jerusalém lhe
enviaram sacerdotes e levitas para lhe perguntarem: Quem és tu?” Ele respondeu:
“Eu não sou o Cristo” (vs. 1.19-20). E, João se identifica: “Eu sou a voz do
que clama no deserto. Endireitai o caminho do Senhor, como disse o profeta
Isaias” (Jo 1.23).
“É necessário que ele cresça e que eu diminua” (Jo 3.30).
João Batista, portanto, já havia dito nos termos mais direto que era apenas um
precursor do Messias. Tinha vindo para preparar o caminho e colocar o povo na
direção certa. Assim, André e João estavam envolvidos pela emoção da expectativa
messiânica, aguardando que a pessoa fosse identificada. Quando ouviram “eis o
cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”, deixaram João para seguir Jesus.
O relato bíblico prossegue:
“Jesus olhou em volta e viu que o seguiam. O que vocês querem?”, perguntou.
Eles responderam: Rabi (que significa mestre), onde o senhor está hospedado?” “Venham
e vejam, disse ele. “Eram cerca de quatro horas da tarde quando o acompanharam
até o lugar onde Jesus estava hospedado, e passaram o resto do dia com ele”.
(Jo 1.38-39, Nova Versão transformadora).
Observe a primeira coisa que André fez: “Ele achou primeiro o
seu próprio irmão, Simão, a quem disse: Achamos o Messias ( que quer dizer
Cristo), e o levou a Jesus” (Jo 1.41,42). A noticia era boa demais para ele guarda-la
para si, de modo que André foi procurar aquela pessoa que ele amava
imensamente, e a levou até Cristo.
3)
Um
evangelista
André apreciava plenamente o valor de uma única alma. Era conhecido
por levar indivíduos e não multidões, a Jesus. Quase toda vez que vemos no
relato bíblico, ele está levando alguém a Jesus. Lembre-se de que a primeira
coisa que fez ao descobrir Cristo, foi buscar Pedro. Quando Jesus alimentou
cinco mil pessoas, foi André quem levou o menino até o Senhor e disse: “Esta aí
um rapaz que tem cinco pães de cevada e dois peixinhos” (Jo 6.9).
Em João 12.20-22 fala de alguns gregos que procuraram Felipe
e pediram para ver Jesus. “Se dirigiram a Felipe, que era de Betsaida da
Galiléia, e lhe rogaram: Senhor, queremos ver Jesus. Filipe foi dizê-lo a
André, e André e Filipe comunicaram a Jesus” (Jo 12.21). André não ficava
confuso quando alguém desejava ver Jesus. Ele simplesmente os levava ao mestre;
entendia que Jesus iria querer encontrar-se com qualquer pessoa que desejasse conhece-lo
(Jo 6.37). EM JOAO 1 ELE LEVOU PEDRO A CRISTO, TORNAND0-SE, ASSIM, O PRIMEIRO
MISSIONARIO. DEPOIS LEVOU A CRISTO OS GREGOS, TRANSFORMANDO-SE NO PRIMEIRO
MISSIONARIO INTERNACIONAL.
Tanto André como seu irmão Pedro possuíam um coração
evangelista, mas seus métodos eram completamente distintos. Pedro pregou em
Pentecostes e três mil pessoas passaram a fazer parte da igreja. Não há nada
nas escrituras indicando que André em algum momento tenha pregado para uma
multidão ou um movimento grande de massas. Mas lembre-se de quem levou Pedro a
Cristo. O ato de fidelidade de André ao conduzir seu irmão a Cristo foi
individual que levou à conversão do homem que iria pregar o magnifico sermão em
Pentecostes.
Poucos ouviram falar de Edward Kimball. Seu nome é uma nota
de rodapé nos registros da história da igreja. Contudo, ele foi o professor de
escola dominical que levou D. L. Mody a Cristo.
Conclusão:
André é o retrato perfeito daqueles que trabalham em silencio
nos lugares humildes, “não servindo á vista, como para agradar a homens, mas
como servos de Cristo, fazendo, de coração, a vontade de Deus” (Ef 6.6). Ele
não era uma coluna impressionante como Pedro, Tiago e João. Era uma pedra mais
humilde. Era uma daquelas pessoas raras dispostas a ficar em segundo lugar e
dar apoio.
As escrituras nos advertem sobre buscar posições de proeminência
e alertam aqueles que desejam ser mestres, que serão julgados de acordo com padrões
mais elevados: “meus irmãos, não vos torneis, muitos de vós, mestres, sabendo
que havemos de receber maior juízo” (Tg 3.1).
Diz a tradição que André levou o evangelho para o Norte,
chegando até o leste europeu. Acabou sendo crucificado na Grecia, próximo a
Atenas. Um relato diz que levou a Cristo a esposa de um governante provincial
romano, enfurecendo o marido. Ele exigiu que sua esposa renunciasse sua devoção
a Jesus Cristo e ela se recusou. O romano ordenou, então, que André fosse
crucificado.
Ele foi amarrado a cruz (em forma de X) em vez de pregado a
fim de prolongar seu sofrimento. Ele ficou pendurado na cruz durante dois dias,
exortando aqueles que passavam por ele a buscarem a salvação em Cristo. Então,
ele foi desprezado? Não! Foi o primeiro a ouvir que Jesus era o cordeiro de Deus. Foi o primeiro a seguir a
Cristo. Foi parte do circulo mais intimo e que teve mais acesso a Cristo. Seu nome
será gravado, juntamente como o nome dos outros apóstolos, nas fundações da
cidade eterna, a nova Jerusalém.
Bibliografia
Site: https://www.isaltino.com.br/
Doze Homens extraordinariamente comum 0 john Macarthur - Editora Thomas Nelson
O Treinamento dos doze - CPAD A.B. Bruce CPAD
Biblia de Estudo Swindoll - NVT
Biblia de Estudo Swindoll - NVT
Biblia de Estudo King James
Encontro com Jesus Timothy Keller - Editora Vida Nova
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