Babilônia: a grande prostituta - Apocalipse 17.1-6
Introdução:
Vimos, no capítulo 16, as sete taças da ira de Deus. Na primeira
taça “os homens são feridos com feridas repugnantes e malcheirosas que brotaram
no corpo dos que tinham a imagem da besta e adoraram a sua imagem”. Na segunda taça, “...o mar se tornou em sangue, e tudo que havia
nele morreu”. Na terceira taça: derramou-se sua taça sobre os rios e
fontes: as aguas se tornaram em sangue...”. Na quarta taça: “O quarto
anjo derramou sua taça sobre o sol: fogo saiu do sol e queimou homens e
mulheres”.
Na
quinta taça: “O quinto anjo derramou sua taça sobre o trono da besta: seu reino
repentinamente entrou em declínio. Enlouquecidos pela dor, homens e mulheres
mordiam a própria língua, amaldiçoando a Deus por causa de seus tormentos e
feridas mas não se arrependeram nem mudaram seus caminhos”. Na sexta
taça: O sexto anjo derramou sua taça sobre o grande Rio Eufrates que secou por
completo. O leito seco do rio tornou-se uma ótima estrada para os reis do
Oriente, aqui vemos os cavaleiros do mal: o dragão, o anticristo e o
falso profeta. E na sétima taça: “o mundo não existe mais: relâmpagos, vozes,
terremotos, as ilhas fugindo, as cidades sumindo com seus moradores, as
montanhas aplainando e as ilhas fugindo; com o desfecho de uma pedra de 35 kg
caindo sobre a cabeça dos adoradores da besta.
1)
A grande
prostituta
“...vi
uma mulher montada sobre uma besta vermelha...estava vestida de azul e
vermelho, e adornada de ouro, pedras preciosas e perolas...”(vs. 3 e 4). A
IMAGEM DA GRANDE PROSTITUTA É ATORDOANTE: É NECESSÁRIO APRESENTAR CARICATURAS
SIMPLES E GRANDES PARA QUE QUEM SEJA CEGO POSSA ENXERGAR”.
“...VEM
comigo, eu te mostrarei a condenação da grande prostituta que está assentada
sobre muitas águas” (v.1). A grande prostituta é Roma; um vasto império
assentados sobre muitos povos conquistados (“aguas”). No Antigo Testamento, as
cidades imorais, ímpias, pagãs e desobedientes, são descritas como prostituta.
Em Naum 3.4, Ninive é descrita: “...desejo desenfreado de uma prostituta
sedutora...que escravizou nações com a sua prostituição...” Jerusalém de cidade
santa e fiel converteu-se em prostituta (Is 1.21).
Duas
coisas: Deus se casou com seu povo no Monte Sinai e Cristo se casou com sua
igreja, em sua morte e ressureição. Roma se tornou numa prostituta porque
abandonou o seu criador e se prostituiu com demônios. Quando viramos as costas
para Deus (Jr 32.33) e damos a outro lugar de primazia, nos prostituimos.
Segundo coisa: se tornou uma grande atração rumo a imoralidade e a impiedade.
a)
Ostentação:
“....
Suas vestes são de escarlate, está adornada de ouro, pedras preciosas e
perolas. Ela segura em sua mão um cálice de ouro (v.4). Essa imagem é uma
descrição do mundo à parte de Deus, fundamentado sobre riqueza, alimentação,
carros, vestuário, ostentação, etc
“Pensem
no mundo, pensem no mundanismo, vejam-no nas ruas de qualquer cidade grande.
Vejam o adorno, a riqueza, a luxuria, a própria devassidão do mundo; a
ostentação de si mesmo e de seus grandes homens e mulheres”. Martin Loyde
Jones.
b)
Sedução
“A
mulher estava vestida de purpura e escalarte, enfeitada de ouro, pedras
preciosas e perolas. Segurava um cálice de ouro cheio de coisas repugnantes,
sua imoralidade imunda”. Purpura e escarlate, as cores da realeza, as cores do
luxo e do esplendor. Está ornamentada com ouro, pedras preciosas e perolas.
Prostituta
é um termo SEXUAL, mas, em apocalipse 17-18, aparece como metáfora de ADORAÇÃO
ERRADA. A prostituição liga o sexo ao dinheiro. A união física recebe uma
etiqueta com um preço. Depois do pagamento, a relação chega ao fim. A cópula é
sexual, e o relacionamento, comercial”
O
MAIS TERRIVEL COM RELAÇÃO À PROSTITUTA NÃO É O FATO DE ELA SE DEITAR COM
ESTRANHOS (SE QUESTIONA), MAS QUE FAZENDO ISSO, ELA USA O CORPO PARA MENTIR
SOBRE A VIDA: NÃO HÁ UNIÃO DE VIDAS; SÓ DE ÓRGÃOS GENITAIS.
Por
trás do encanto sedutor de perfumes, sedas e bajulação, a pessoa sofre um
empobrecimento fundamental. A prostituição usa o sexo para mentir sobre a vida:
a verdade de que o amor é um dom, os relacionamentos envolvem compromisso e a
sexualidade representa a espiritualidade.
A
PROSTITUIÇÃO MENTE AO FAZER ACREDITAR QUE O AMOR PODE SER COMPRADO, QUE OS
RELACIONAMENTOS SÃO “ACORDOS” E QUE A SEXUALIDADE É UM APETITE.
1.1)
Um jovem sem juízo
(Pv 7.7-23).
“Eu
estava à janela da minha casa, olhando entre as cortinas, observando gente
inexperiente que passava, e percebi um jovem sem rumo na vida” (A mensagem)
Local:
A sedução se inicia quando se está no lugar errado, na hora errada (Pv 7:8).
Apesar de saber o risco que corria, o rapaz sem juízo passava perto da casa da mulher adultera, quando
já estava escuro. “Ele ia até o fim da rua e depois voltava. Ao cair da tarde,
já escurecida, enfim, a noite chegava”
Bote
(v.10): A mulher foi encontrar-se com ele, vestida de maneira provocante, o
abraçou e o beijou. “Vestida como prostituta, cheia de astucia no coração”
(NVI). “Vestida para seduzi-lo. Ela é provocante e descarada” (A Mensagem)
Adulação,
palavras doces. “Por isso sai procurando você. Eu queria encontra-lo, e você está
aqui”. “...inquieta, ela quase nunca está em casa. Caminha pelas ruas, cada
hora está num lugar, e se detém em cada esquina” (A mensagem).
Charme
e sentimentos: “Estendi lençóis de seda fina: a cama está preparada, linda;
está toda perfumada com delicioso e agradável aroma. Venha, vamos nos saciar de
amor a noite toda, das delicias do prazer desfrutar” (vs. 16,17 e 18). Ela
mexeu com seus sentimentos.
Engano:
“Meu marido não está em casa: está viajando a trabalho e vai demorar para
voltar”. Depois que o rapaz já tinha caído como “patinho” em sua armadilha ela
o engana mais uma vez, dando-lhe uma falsa impressão de que ambos estavam
livres para se divertir, sem que isso tivesse conseqüências posteriores (7:19-23).
“Antes
que percebesse foi atrás dela, como um bezerro levado ao matadouro; como um
coelho atraído para uma emboscada que logo será atravessado pela flecha. Como pássaro
que voa para dento da armadilha, sem saber que ali está o fim da sua vida”.
c)
Violência
“Um
nome enigmático estava estampado em sua testa: a grande Babilônia, mãe das
prostitutas e das abominações da terra. Eu podia ver que a mulher estava
embriagada – com o sangue do povo santo de Deus, dos mártires de Jesus” (vs. 5
-6). “Em sua testa havia esta inscrição: Mistério: Babilônia, a grande; a mãe
das prostitutas e das práticas repugnantes da terra” (NVI)
A
mulher tem um nome escrito em sua testa (v.5). Havia um costume romano de que
as prostitutas levassem uma cinta na testa onde estava escrito o seu nome. O
nome na testa era uma espécie de marca registrada das mulheres que praticavam o
oficio da prostituição. Conta-se que Messalina, esposa do Imperador Claudio,
saia as noites visitando os prostibulos da cidade e praticava lá a
prostituição. Em Corinto havia o templo de Afrodite com mais de 1000
prostitutas, e o ato sexual neste templo era considerado um ato de culto. Em
Roma a taça estava cheia de prostituições e coisas imundas.
O versículo 6 é dito que a mulher está bêbada com
o sangue dos crentes que sofreram martírio. Vemos duas coisas nesse texto: o
sangue dos mártires foi para ela como o vinho para os bêbados. Havia satisfação
sádica ao derramar o sangue dos cristãos, bebia-o com satisfação, com gosto,
servia-se dele com o mesmo deleite com que o bebedor tem pelo vinho.
Suas mortes foram rodeadas de toda
classe de zombarias. Envoltos nas peles de bestas selvagens, eram rasgados por
cães de caça e morriam, ou eram cravados em cruzes, ou eram condenados à
fogueira e morriam queimados, para servir como iluminação noturna, quando as
luzes do dia tinham extinguido... ( descrição do historiador Tácito, nos dias
de Nero, imperador Romano).
O pastor James Kennedy diz que desde o início da
Igreja até os dias de hoje, houve cerca de quarenta milhões de mártires
cristãos. A maioria dessas mortes ocorreu neste século. Mais mártires foram
mortos nas ultimas nove décadas do que em todos os 19 séculos anteriores somados
Conclusão:
João diz que foi levado pelo Espírito a
um lugar desértico (v.3). O homem de Deus, apesar de tudo, vive no Espírito.
Quando vivemos no Espírito nossos horizontes se ampliam, vivemos no tempo, mas
com os olhos postos na eternidade. Foi no deserto que Moisés se encontrou com
Deus (Ex 3); foi no deserto que Elias se encontrou com Deus na caverna (1 Rs
19); foi no deserto que João Batista cresceu e se tornou o maior profeta (Lc
1.80). E, foi no deserto que Jesus resistiu todas as tentações do diabo (Mt 4).
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