terça-feira, 6 de agosto de 2019


Até quando, Senhor? Apocalipse 15


Introdução: O dilema de Epicuro.

“Não é possível acreditarmos que Deus seja BOM E ONIPOTENTE ao mesmo tempo. Precisamos escolher um Deus bom, mas não onipotente; um Deus onipotente, porém não bom”. Porque se Deus pode interromper o avanço da maldade, mas não faz, então, ele não é bom. Ou, se ele é bom e tenta impedir o avanço do mal e não consegue, ele é bom, mas não é onipotente. ENTÃO, DEUS É UMA IMPOSSIBILIDADE FILOSOFICA.

1)    Abertura...o mal sendo desvelado
Vi outro sinal no céu, grandioso e de tirar o fôlego: sete anjos com sete catástrofes – as últimas catástrofes, a manifestação final da ira de Deus”(v.1).
Quando o quinto selo foi aberto e as almas que estavam sob o altar clamaram: “Até quando, ó Soberano, santo e verdadeiro, esperarás para julgar os habitantes da terra e vingar o nosso sangue?” (Ap. 6.10). “Até quando?” é uma pergunta antiga. O desejo de ver o julgamento, muitas vezes se transformando em uma exigência, está profundamente impregnado na vida do povo que ora a Deus.

“Até quando, Senhor? Para sempre te esquecerás de mim? Até quando esconderás de mim o teu rosto? Até quando terei inquietações e tristeza no coração dia após dia? Até quando o meu inimigo triunfará sobre mim? (Sl 13.1-2).

“Até quando, Senhor, clamarei eu, e ti não me escutarás? Gritar-te-ei: violência! E não me salvarás? Por que razão me mostras a iniquidade, e me fazer ver a opressão? Pois que a destruição e a violência estão diante de mim, havendo também quem suscite a contenda e o litigio (Hc 1.2-3).

A questão “até quando?”, colocada pelas almas que foram assassinadas e estão sob o altar, cresce  e se transforma em questionamento: até quando será permitida a violação da bondade, beleza e verdade por manipuladores insensíveis e ímpios? Até quando teremos que suportar a arrogância deles, que acreditam que força é sinônimo de direito?

Toda matéria prima da injustiça aparece na experiência comum de homem ou mulher, filho ou pai, marido ou esposa, funcionário ou patrão. Nos deparamos com injustiças aparentemente irremediáveis. As crianças, com seu sentido moral inato, sem saber, mas com muita precisão, fazem uma paráfrase das escrituras: “Assim não vale”. 


“Até quando?”, as almas martirizadas ouvem que precisam esperar mais um pouco, “até que se completasse o número dos seus conservos e irmãos, que deveriam ser mortos como eles” (Ap 6.11). A COMBINAÇÃO DE INJUSTIÇA E DEMORA É COMO SAL NA FERIDA; NÃO É BALSAMO.

Uma das características mais notáveis das comunidades de fé é que, mesmo diante de injustiça sem punição, elas perseveram crendo na justiça e no julgamento de Deus. Isso deriva da convicção inabalável de que ele um dia dará fim à injustiça, mesmo que, hoje, não dê o menor sinal de estar exigindo ordem no tribunal.

2)    Questiona ou adora?
O apostolo João vê os sete anjos preparados para derramar sobre o mundo as sete taças da sua ira consumada (v.1). SETE E O NUMERO DA PERFEIÇÃO DE DEUS. São SETE anjos, com sete taças. Vimos, antes, sete chifres, sete olhos, sete igrejas, sete espíritos, sete selos, sete trombetas, etc. E, agora, a ultimato, sete taças. Esses anjos, são do juízo; trazem os últimos sofrimentos para os ímpios, os impenitentes. Agora não é mais tempo de oportunidade. O dia do julgamento chegou. Chegou o juízo. É a consumação da ira de Deus.

Questiono, quando me deixo levar pelas adversidades da vida, sucumbido minha vida cristã.

Questiono, quando abandono a minha fé, por filosofias humanas, como: evolucionismo, materialismo, etc.

Mas, antes do julgamento final, da justiça de Deus, o apostolo João vê a igreja glorificada (v.2). O apostolo João vê “algo parecido com um mar feito de vidro, refinado pelo fogo”. Essa multidão adora “levando as harpas de Deus”, enquanto os seguidores da besta estão atormentados (15.2; 16.10,11).

QUEM É ESSA MULTIDÃO? Os vencedores da besta “vitoriosos sobre a besta” (v.2). Eles venceram a besta sendo mortos por ela. “Se alguém leva em cativeiro, em cativeiro irá; se alguém matar à espada, necessário é que à espada seja morto. Aqui está a paciência e a fé dos santos” (Ap. 13.10). Assim, os vencedores da besta são aqueles que amaram mais o Senhor do que suas próprias vidas. “...E não amaram as suas vidas até à morte” (Ap 12.11). “Assim, pois, qualquer de vós, que não renuncia a tudo quanto tem, não pode ser meu discípulo” (Lc 14.33). 



O QUE ESSSA MULTIDÃO ESTÁ FAZENDO? Ela está com harpas de Deus, entoando um hino de glória o Senhor, o Deus Todo-Poderoso (vs. 5-8). Essa música é o mesmo novo cântico que ninguém podia aprender, senão os 144.000 (Ap. 14.3).  NADA QUE FAZEMOS TEM MAIS INFLUENCIA NO CÉU E NA TERRA DO QUE O CULTO A DEUS.

QUE MUSICA ESSA MULTIDÃO ESTÁ CANTANDO? O cântico de Moisés e do Cordeiro. O cântico de Deuteronômio 32 é um cântico de vitória, de exaltação ao Senhor. “Porque apregoarei o nome do Senhor; engrandecerei a nosso Deus. Ele é a rocha, cuja obra é perfeita, porque todos os seus caminhos justos são; Deus é a verdade, e não há nele injustiça, justo e reto é” ( Dt 32.3-4). Prossegue: Porque a porção do Senhor é o seu povo; Jacó é a parte da sua herança. Achou-o numa terra deserta, e num ermo solitário cheio de uivos; cercou-o, instruiu-o, e guardou-o como a menina do seu olho. Como a águia desperta a sua ninhada, move-se sobre os seus filhos, estende as suas asas. Assim só o Senhor o guiou; e não havia com ele deus estranho” (Dt 32.9-12). O cântico de Moisés e o cântico do Cordeiro é um símbolo da redenção que temos em Cristo. Esse é um cântico de vitória! Assim, como Moisés tributou a vitória a Deus, os remidos também o fazem.

COMO é O CANTICO DOS REMIDOS?
Em primeiro lugar ele exalta a pessoa de Deus. “Senhor Deus Todo-Poderoso...Rei dos santos...Santo”. Deus é o Senhor Todo-Poderoso (v.3). O diabo é poderoso, mas somente Deus é o Senhor Todo-Poderoso. O rei das nações não é a besta (Ap 13.7), mas o Senhor Todo-Poderoso (15.3). Deus é temível e digno de glória (v.4). A grande pergunta era: “Quem é como a besta?”. Agora, a questão é: “quem não temerá e não glorificará o teu nome?”. Deus é santo (v.4). A santidade de Deus é única, singular que chama todas as nações da terra. 



Em segundo lugar, esse cântico exalta as obras de Deus e seus caminhos. “Grandes e maravilhosas são as tuas obras... Justos e verdadeiros são os teus caminhos...porque os teus juízos são manifestos”. O universo está nas mãos dos Senhor. Ele é quem redime o seu povo e quem castiga os ímpios. Quando ele age ninguém pode impedir a sua mão. Os atos de justiça de Deus se fizeram manifestos (v.4).

Em terceiro lugar, esse cântico exalta o triunfo final de Deus. Todas as nações virão e adorarão diante de ti (v.4). As nações vão se dobrar diante do Deus Todo Poderoso. Todo joelho vai se curvar diante de Jesus (Fl 2.8-11).

Conclusão: “Vi um mar de vidro misturado com fogo” (v.2). Pulpito, mesa e pia batismal compõem o mobiliário do culto cristão. Na pia os pecados são lavados; a mesa, recebemos o alimento do corpo e sangue de Cristo; e, do púlpito a palavra de Deus é pronunciada com autoridade. O elemento é foco é a pia batismal, o batismo cristão (Rm 6.4). No batismo, uma vida de pecado – rebeldia contra Deus, rejeição do seu senhorio e do seu amor – é afogada, e uma nova vida em Cristo surge a partir dela. 



  

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