Até quando, Senhor? Apocalipse 15
Introdução: O dilema de Epicuro.
“Não é possível acreditarmos que Deus seja BOM E ONIPOTENTE
ao mesmo tempo. Precisamos escolher um Deus bom, mas não onipotente; um Deus
onipotente, porém não bom”. Porque se Deus pode interromper o avanço da
maldade, mas não faz, então, ele não é bom. Ou, se ele é bom e tenta impedir o
avanço do mal e não consegue, ele é bom, mas não é onipotente. ENTÃO, DEUS É
UMA IMPOSSIBILIDADE FILOSOFICA.
1)
Abertura...o
mal sendo desvelado
Vi outro sinal no céu,
grandioso e de tirar o fôlego: sete anjos com sete catástrofes – as últimas
catástrofes, a manifestação final da ira de Deus”(v.1).
Quando o quinto selo foi aberto e as almas que estavam sob o
altar clamaram: “Até quando, ó Soberano, santo e verdadeiro, esperarás para
julgar os habitantes da terra e vingar o nosso sangue?” (Ap. 6.10). “Até
quando?” é uma pergunta antiga. O desejo de ver o julgamento, muitas vezes se
transformando em uma exigência, está profundamente impregnado na vida do povo
que ora a Deus.
“Até quando, Senhor? Para sempre te esquecerás de mim? Até
quando esconderás de mim o teu rosto? Até quando terei inquietações e tristeza
no coração dia após dia? Até quando o meu inimigo triunfará sobre mim? (Sl
13.1-2).
“Até quando, Senhor, clamarei eu, e ti não me escutarás?
Gritar-te-ei: violência! E não me salvarás? Por que razão me mostras a
iniquidade, e me fazer ver a opressão? Pois que a destruição e a violência estão
diante de mim, havendo também quem suscite a contenda e o litigio (Hc 1.2-3).
A questão “até quando?”, colocada pelas almas que foram
assassinadas e estão sob o altar, cresce
e se transforma em questionamento: até
quando será permitida a violação da bondade, beleza e verdade por manipuladores
insensíveis e ímpios? Até quando teremos que suportar a arrogância deles, que
acreditam que força é sinônimo de direito?
Toda matéria prima da injustiça aparece na experiência comum
de homem ou mulher, filho ou pai, marido ou esposa, funcionário ou patrão. Nos
deparamos com injustiças aparentemente irremediáveis. As crianças, com seu sentido
moral inato, sem saber, mas com muita precisão, fazem uma paráfrase das
escrituras: “Assim não vale”.
“Até quando?”, as almas martirizadas ouvem que precisam
esperar mais um pouco, “até que se completasse o número dos seus conservos e
irmãos, que deveriam ser mortos como eles” (Ap 6.11). A COMBINAÇÃO DE INJUSTIÇA
E DEMORA É COMO SAL NA FERIDA; NÃO É BALSAMO.
Uma das características mais notáveis das comunidades de fé é
que, mesmo diante de injustiça sem punição, elas perseveram crendo na justiça e
no julgamento de Deus. Isso deriva da convicção inabalável de que ele um dia
dará fim à injustiça, mesmo que, hoje, não dê o menor sinal de estar exigindo
ordem no tribunal.
2)
Questiona
ou adora?
O apostolo João vê os sete anjos
preparados para derramar sobre o mundo as sete taças da sua ira consumada
(v.1). SETE E O NUMERO DA PERFEIÇÃO DE DEUS. São SETE anjos, com sete taças.
Vimos, antes, sete chifres, sete olhos, sete igrejas, sete espíritos, sete
selos, sete trombetas, etc. E, agora, a ultimato, sete taças. Esses anjos, são
do juízo; trazem os últimos sofrimentos para os ímpios, os impenitentes. Agora
não é mais tempo de oportunidade. O dia do julgamento chegou. Chegou o juízo. É
a consumação da ira de Deus.
Questiono, quando me deixo levar
pelas adversidades da vida, sucumbido minha vida cristã.
Questiono, quando abandono a minha
fé, por filosofias humanas, como: evolucionismo, materialismo, etc.
Mas, antes do julgamento final, da
justiça de Deus, o apostolo João vê a igreja glorificada (v.2). O apostolo João
vê “algo parecido com um mar feito de vidro, refinado pelo fogo”. Essa multidão
adora “levando as harpas de Deus”, enquanto os seguidores da besta estão
atormentados (15.2; 16.10,11).
QUEM É ESSA MULTIDÃO? Os vencedores
da besta “vitoriosos sobre a besta” (v.2). Eles venceram a besta sendo mortos
por ela. “Se alguém leva em cativeiro, em cativeiro irá; se alguém matar à
espada, necessário é que à espada seja morto. Aqui está a paciência e a fé dos
santos” (Ap. 13.10). Assim, os vencedores da besta são aqueles que amaram mais
o Senhor do que suas próprias vidas. “...E não amaram as suas vidas até à morte”
(Ap 12.11). “Assim, pois, qualquer de vós, que não renuncia a tudo quanto tem,
não pode ser meu discípulo” (Lc 14.33).
O QUE ESSSA MULTIDÃO ESTÁ FAZENDO?
Ela está com harpas de Deus, entoando um hino de glória o Senhor, o Deus
Todo-Poderoso (vs. 5-8). Essa música é o mesmo novo cântico que ninguém podia
aprender, senão os 144.000 (Ap. 14.3). NADA
QUE FAZEMOS TEM MAIS INFLUENCIA NO CÉU E NA TERRA DO QUE O CULTO A DEUS.
QUE MUSICA ESSA MULTIDÃO ESTÁ
CANTANDO? O cântico de Moisés e do Cordeiro. O cântico de Deuteronômio 32 é um cântico
de vitória, de exaltação ao Senhor. “Porque apregoarei o nome do Senhor;
engrandecerei a nosso Deus. Ele é a rocha, cuja obra é perfeita, porque todos
os seus caminhos justos são; Deus é a verdade, e não há nele injustiça, justo e
reto é” ( Dt 32.3-4). Prossegue: Porque a porção do Senhor é o seu povo; Jacó é
a parte da sua herança. Achou-o numa terra deserta, e num ermo solitário cheio
de uivos; cercou-o, instruiu-o, e guardou-o como a menina do seu olho. Como a
águia desperta a sua ninhada, move-se sobre os seus filhos, estende as suas
asas. Assim só o Senhor o guiou; e não havia com ele deus estranho” (Dt
32.9-12). O cântico de Moisés e o cântico
do Cordeiro é um símbolo da redenção que temos em Cristo. Esse é um cântico de
vitória! Assim, como Moisés tributou a vitória a Deus, os remidos também o
fazem.
COMO é O CANTICO DOS REMIDOS?
Em primeiro lugar ele exalta a pessoa
de Deus. “Senhor Deus Todo-Poderoso...Rei dos santos...Santo”. Deus é o Senhor
Todo-Poderoso (v.3). O diabo é poderoso, mas somente Deus é o Senhor
Todo-Poderoso. O rei das nações não é a besta (Ap 13.7), mas o Senhor
Todo-Poderoso (15.3). Deus é temível e digno de glória (v.4). A grande pergunta
era: “Quem é como a besta?”. Agora, a questão é: “quem não temerá e não
glorificará o teu nome?”. Deus é santo (v.4). A santidade de Deus é única,
singular que chama todas as nações da terra.
Em segundo lugar, esse cântico exalta
as obras de Deus e seus caminhos. “Grandes e maravilhosas são as tuas obras...
Justos e verdadeiros são os teus caminhos...porque os teus juízos são
manifestos”. O universo está nas mãos dos Senhor. Ele é quem redime o seu povo
e quem castiga os ímpios. Quando ele age ninguém pode impedir a sua mão. Os
atos de justiça de Deus se fizeram manifestos (v.4).
Em terceiro lugar, esse cântico exalta
o triunfo final de Deus. Todas as nações virão e adorarão diante de ti (v.4).
As nações vão se dobrar diante do Deus Todo Poderoso. Todo joelho vai se curvar
diante de Jesus (Fl 2.8-11).
Conclusão: “Vi um mar de vidro
misturado com fogo” (v.2). Pulpito, mesa e pia batismal compõem o mobiliário do
culto cristão. Na pia os pecados são lavados; a mesa, recebemos o alimento do
corpo e sangue de Cristo; e, do púlpito a palavra de Deus é pronunciada com
autoridade. O elemento é foco é a pia batismal, o batismo cristão (Rm 6.4). No
batismo, uma vida de pecado – rebeldia contra Deus, rejeição do seu senhorio e
do seu amor – é afogada, e uma nova vida em Cristo surge a partir dela.
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