Prega a Palavra 2 Tm 4.1-5
Este capítulo quatro, contém as últimas palavras do apostolo
Paulo, antes do seu martírio em Roma. Por trinta anos ininterruptos trabalhara
como apostolo e evangelista itinerante. Fez, na verdade, o que ele mesmo
escreve aqui “combateu o bom combate, completou a carreira e guardou a fé”
(v.7). Agora, ele aspira por seu prêmio “a coroa da justiça, que já lhe estava
reservada no céu” (v.8).
“Conjuro-te, perante Deus”, que significa “testifica sob
juramento”; “numa corte de justiça”, ou “adjurar” (jurar, confirmar por
juramento) uma testemunha a assim proceder. A exortação de Paulo é endereçada,
a Timóteo e, aplicada a cada homem chamado a um ministério evangelístico ou
pastoral, ou mesmo a todo os cristãos.
1)
A
natureza da exortação (v.7)
“Prega a palavra insta, quer seja oportuno, quer não,
corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina”.
“Prega a Palavra”. É a palavra de Deus, que Deus mesmo
proferiu. É idêntica ao “depósito”, do capítulo 1, e neste quarto capitulo é
equivalente a “sã doutrina” (v.3), “a verdade” (v.4) e “a fé” (v.7). São as
escrituras do Antigo Testamento, inspiradas por Deus (THEOSPNEUTOS) e
proveitosas que Timóteo sabe desde a sua infância, junto com o ensino dos apóstolos
de Cristo, que Timóteo “tem seguido”, “aprendido” e de que tem sido “inteirado”
(2 Tm 3.10-14).
COMO IGREJA, NÃO TEMOS NENHUMA LIBERDADE PARA INVENTAR NOSSA
MENSAGEM, MAS SOMENTE PARA COMUNICAR “A PALAVRA” PROFERIDA POR DEUS E AGORA
ENTREGUE À IGREJA, EM SAGRADA CUSTÓDIA.
a)
Uma
pregação urgente
O verbo ephistemi “INSTAR” significa literalmente “assistir”
e assim “estar de prontidão”. “Estar disponível”, “nunca perca o sentido de urgência”.
O pregador sabe que está tratando de assunto de vida e morte. Anuncia a
situação do pecador aos olhos de Deus, e a ação salvadora de Deus, através da
morte e ressureição de Cristo, e o convida ao arrependimento e á fé.
“a tempo e fora de tempo”. “Prega a palavra, insta, quer seja
oportuno, quer não”. Não temos desculpas para negligenciar essa exortação de
Paulo, porque, infelizmente, gostamos do nosso comodismo, dos nossos hobbies,
etc., enquanto que as pessoas sem Cristo, se perdem (Rm 1.14).
B) uma pregação contextual
O pregador que anuncia a Palavra deve corrigir, repreender e
exortar. Ele deve usar “argumentos, repreensão e apelo”, o que vem a ser quase
uma classificação de três abordagens: a intelectual, a moral, e a emocional.
Porque muitas pessoas acham-se atormentadas por duvidas e precisam ser
repreendidas; outras, ainda são perseguidas pela dúvida e precisam ser
encorajadas.
c)
Uma
pregação paciente
Mesmo devendo instar – esperando obter das pessoas rápidas decisões
em resposta à Palavra – devemos ter “toda longanimidade” na espera por essa
resposta. Nunca devemos nos valer do uso de técnicas humanas de pressão ou
tentar forçar uma “decisão”. A nossa responsabilidade é ser fiel na pregação da
palavra; os resultados da proclamação são de responsabilidade do Espírito Santo
e quanto a nós, só nos compete esperar pacientemente por sua obra.
O pastor Francis Chan revelou que depois de 30 anos orando
para que seu melhor amigo reconhecesse Jesus Cristo como seu Salvador, ele foi
finalmente capaz de batizá-lo. Ele destaca que a oração persistente foi essencial.
Ele declarou com base em 2 Corintios 4.3-6: “Todos nós andamos em completa
escuridão espiritual a menos que Deus decida nos iluminar. De alguma maneira
misteriosa, Deus brilha luz no coração de uma pessoa para que ela veja a beleza
do Evangelho. Nenhum esforço humano pode produzir isso. A salvação é um milagre
de Deus”.
d)
Uma
pregação inteligente
“Com toda doutrina”. Temos dois termos para pregação no
original: Kerygma e didachê. Kerygma é a proclamação de Cristo aos descentes,
com um apelo ao arrependimento; didachê é instrução ética aos convertidos.
Nosso Kerygma deve conter muito de didachê. Existe uma necessidade crescente,
especialmente em vista do continuo processo de urbanização e da elevação dos
padrões de educação, dos cristãos desenvolverem um ministério de pregação com
exposição bíblica sistemática, para “pregar a palavra... com toda doutrina”.
Isso foi exatamente o que o próprio Paulo fez em Éfeso por cerca de três anos,
ele ensinou “publicamente e pelas casas ... todo o conselho de Deus” (Atos
20.20-21).
2)
A
base da exortação (vs. 3-5).
a)
O
Cristo que vem (vs. 1 e 8)
Mesmo sabendo que morrerá antes da vinda de Jesus, ainda
assim continua esperando pela volta de Jesus. Paulo vive à luz desse
acontecimento e descreve os cristãos como aqueles que amam a vinda de Cristo
(v.8). Ele está seguro de que Cristo voltará de forma visível (epiphaneia, v.1
e v.8), e que, quando aparecer “há de julgar os vivos e os mortos” e consumar o
“seu reino” e poder.
b)
O
cenário prevalecente (vs. 3-5).
Como são esses tempos? As pessoas não podem suportar a
verdade. “Não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres
segundo as suas próprias cobiças”. Ou, versão a Mensagem: “Você descobrirá que daqui a um tempo o povo não vai mais ter estomago
para ensino sólido, no entanto, vão se encher de alimento espiritual estragado –
mensagens cativantes que combinam com suas fantasias”. “E SE RECUSARÃO A
DAR OUVIDOS À VERDADE, ENTREGANDO-SE ÀS FABULAS” (V.4).
Em outras palavras, tais pessoas não podem suportar a verdade
e recusam-se a ouvi-la, buscando, então, mestres que adaptem suas fantasias
especulativas, nas quais estão determinados a andar. Elas sofrem de uma
condição PATOLÓGICA peculiar, conhecida como “COCEIRA NOS OUVIDOS” ou “FOME DE
NOVIDADES”.
Notemos que o que rejeitam é a “sã doutrina” (v.3) ou “a
verdade” (v.4) e o que preferem são “as suas próprias cobiças ou fabulas” (v.4).
O critério pelo qual julgam os mestres não é a Palavra de Deus, MAS O SEU
PROPRIO GOSTO SUBJETIVO. Ainda mais, não ouvem primeiro para depois decidir se
o que ouviram é verdade; primeiro decidem
que querem ouvir e depois escolhem mestres que são obrigados a manter o
padrão por eles exigido.
Conclusão: E, agora, Timóteo?
Novamente, pela terceira vez Paulo usa aqueles dois pequenos monossílabos
“Tu, porém” (cf 3.10,14), e lhe deixa quatro conselhos:
a)
Por
serem pessoas instáveis de mente e conduta, Timóteo deverá acima de tudo ser
sempre “sóbrio”. Literalmente “nepho” que significa estar sóbrio, e,
figurativamente, “livre de qualquer forma de embriaguez mental e espiritual”.
Sendo, pois, “bem equilibrado, autocontrolado”.
b)
Mesmo que o povo não queira dar ouvidos ao seu
bom ensino, Timóteo deve persistir em ensinar, predispondo-se suportar aflições, por causa da verdade que
ele se recusa a comprometer.
c)
Timóteo
deve fazer o “trabalho de um evangelista” porque o povo é ignorante a respeito
do verdadeiro evangelho.
d)
“Cumpre
teu ministério”. Mesmo que as pessoas abandonem a verdade em favor dos mestres
que lhes cocem com idéias fantasiosas; Timóteo dever cumprir o seu ministério.
É pastor, cada dia que passa as pessoas estão perdendo o temor e o tremor. Filipenses 2:12-16: "efetuai a vossa salvação com temor e tremor " As pessoas conversam sobre politicas, futebol, tecnologia, novela, jogo e etc, mas quando começamos a falar de Jesus para essas pessoas elas começam a ficarem inquietos e querem logo ir em bora. Misericórdia Senhor!
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