Os últimos dias - 2 Tm 3.1-9
Introdução:
Paulo estava deitado em sua cela, prisioneiro do
Senhor. Sua mente vagueia pensando ora na maldade dos tempos, ora na timidez de
Timóteo. Timóteo é tão fraco, e a oposição tão forte! Assim o apostolo começa
com um vivido esboço desse cenário, e, em oposição e a despeito da fraqueza de
temperamento de Timóteo, exorta-o a continuar fiel ao que aprendera.
1)
Sabe,
porém, isto...
PORQUE SERÁ QUE PAULO INICIA ESTE CAPITULO DANDO UMA ORDEM
TÃO ENFÁTICA A TIMÓTEO? É que ele quer enfatizar que a oposição à verdade não é
uma situação passageira, mas uma característica, permanente da presente era.
Nós também devemos “SABER ISTO”, ficando bem cônscios dos perigos e
dificuldades que nos assediarão, se permanecemos firmes na verdade do
evangelho.
“Nos últimos dias”
Pelo Novo Testamento entendemos que “os últimos dias” chegou
com Jesus Cristo, e que com a sua vinda, a era antiga já havia passado. Foi
assim que Pedro, no dia de Pentecostes, se referiu à profecia de Joel, dizendo
que: “Nos últimos dias” Deus derramaria o seu Espirito sobre toda a carne, e
declarou que essa profecia então se cumpria. “OCORRE QUE FOI DITO PELO PROFETA
JOEL”. Em outras palavras, “os últimos dias” a que se referia a profecia,
chegaram (Atos 2.17). Assim também a carta aos hebreus começa com uma afirmação
e que Deus antigamente falara aos pais através dos profetas, e a nós falou “nestes
últimos dias” pelo filho (Hb 1.1-2).
“Sobrevirão tempos difíceis”
Quando o navio da igreja foi posto no mar, não lhe foi dito
que esperasse uma travessia serena e calma; ele tem sido golpeado por tormentas
e tempestades e até por furacões. Paulo chama este período de “TEMPOS DIFICEIS”.
O Adjetivo grego CHALEPOS significa basicamente “duro” ou “difícil”, “negros”,
podendo ser tanto no sentido de “difícil de suportar”, como também no sentido
de “difícil de se lidar”; “tempos trabalhosos”, “perigosos” e “ameaçados” (Mt
8.28).
2)
Os
homens serão...
a)
Conduta
moral
Nestes três versículos, o apóstolo emprega nada menos do que
dezenove expressões. A primeira diz que são “egoísta”, ou “amigos de si próprios”
ou “amantes de si mesmos”; e a ultima diz (v.4) que não “são amigos de Deus”, o
que deveriam ser. De fato, em quatro das dezenove expressões entra o termo
amor. Ao invés de serem, em primeiro lugar, “amigos de Deus” são “egoístas” (“amigos
de si mesmos”), “avarentos” – amigos do dinheiro – “amigo dos prazeres”.
b)
Conduta
social
Os homens egoístas tornam-se “jactanciosos”, “arrogantes” e ‘blasfemadores”
(v.2). A primeira “jactanciosos”
significa gente arrogante que gosta de impressionar as pessoas em conversas,
fanfarrões – bagunceiros, que gostam de dar festas onde estiverem. A segunda “arrogantes”
é “altivo” ou “soberbo”, “suposta superioridade” ou seja, tem uma opinião
exagerada de si mesmo. A terceira “blasfemadores”, os que tem uma opinião
exagerada sobre si mesmo, inevitavelmente menosprezam os outros e deles falam
mal.
No grego original, cada um desses termos inicia com a letra
ALPHA. Portanto, as próximas cinco palavras descrevem o inverso daquilo que
Deus deseja.
As duas primeiras palavras são: “desobediente aos pais e mães”,
a quem os deve honrar (Mt 15.4); “Ingratos” que é a negligencia em perceber o
valor do sacrifício de outro indivíduo. Refere-se a um esquecimento deliberado
do passado por causa da ganancia cega ao presente.
“Irreverente”, refere-se aos que não tem um relacionamento
com Deus. São aqueles indivíduos egoístas que vivem na secularidade, sem
qualquer ligação com as coisas santas de Deus e mais que isso, sem qualquer
desejo por essas coisas.
“Desafeiçoados”, “sem afeição”, “sem coração”, aplica-se a
pessoas que não demonstram nem mesmo as afeições mais básicas por seus irmãos,
pais ou filhos.
“Implacáveis”. É a pessoa que não está disposta a se
reconciliar. Pergunta: Há alguém que você precisa perdoar? Se houver, é bem provável
que seja alguém da sua família, ou da sua igreja. O que impede de tomar a
iniciativa e buscar reconciliação? (Ef 4.32).
d) Sem norma
“Caluniadores” (“diaboloi”, literalmente “diabo”). Caluniar é
divulgar informações que não temos coragem de dizer na presença da pessoa em
questão.
“Sem domínio de si”. A pessoa não apenas é incapaz de controlar
sua língua como, pior, é incapaz de conter a si mesmo, especialmente no que se
refere à luxuria corporal.
“Cruéis”. É uma atitude selvagem, sem nenhum traço de
compaixão, ou sensibilidade. É um termo para se referir a animais bravios que
atavam sem piedade, traduzido como “violentos”, “feroz”, “brutal” e “desumano”.
“Inimigos do bem”, ou, alguém que “não ama” o bem. É aquela
pessoa que perdeu o paladar para as coisas éticas e morais e se sente mal na
presença de indivíduos verdadeiramente piedosos.
“Traidores” aparece ligado ao nome de
Judas Iscariotes, considerado traiçoeiro (Lc 6.16). É uma palavra usada para se
referir a quem se volta contra você. A exemplo de Judas, é aquela pessoa que o
acompanha durante anos e aparenta ser seu amigo. Contudo, certo dia, sem nenhum
aviso, o indivíduo o surpreende agindo com deslealdade, fingimento e traição.
“Atrevidos e enfatuados”. O primeiro
se refere as pessoas cujo modo de agir é impulsivo e irresponsável. O segundo,
se refere ao sujeito cuja arrogância chega às raias da insanidade.
Conclusão
“Forma de piedade, negando-lhe,
entretanto, o poder (v.5). Pessoas que frequentam a igreja, mas era forma sem
poder, aparência externa, sem realidade interna, religião sem moral, fé sem
obras.
“Conquistam mulheres” o verbo “cativar”
é fazer “prisioneiro de guerra”. Era um método furtivo, secreto e manhoso.
Entrando pela porta dos fundos e não
pela principal. Escolhendo uma hora em que os homens estavam ausentes, eles
concentravam a sua atenção em “mulherinhas”. Um termo de desprezo para mulheres
OCIOSAS, TOLAS E SEM FIRMEZA. Dois aspectos: Primeiro, eram moralmente “carregadas
de pecados, afetadas por várias paixões”; segundo: eram intelectualmente
fracas, instáveis, crédulas e ingênuas. Elas “aprendem sempre” mas também “jamais
pode chegar ao conhecimento da verdade”.
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