terça-feira, 6 de novembro de 2018


Os últimos dias  -  2 Tm 3.1-9


Introdução: 
Paulo estava deitado em sua cela, prisioneiro do Senhor. Sua mente vagueia pensando ora na maldade dos tempos, ora na timidez de Timóteo. Timóteo é tão fraco, e a oposição tão forte! Assim o apostolo começa com um vivido esboço desse cenário, e, em oposição e a despeito da fraqueza de temperamento de Timóteo, exorta-o a continuar fiel ao que aprendera.

1)    Sabe, porém, isto...
PORQUE SERÁ QUE PAULO INICIA ESTE CAPITULO DANDO UMA ORDEM TÃO ENFÁTICA A TIMÓTEO? É que ele quer enfatizar que a oposição à verdade não é uma situação passageira, mas uma característica, permanente da presente era. Nós também devemos “SABER ISTO”, ficando bem cônscios dos perigos e dificuldades que nos assediarão, se permanecemos firmes na verdade do evangelho.

“Nos últimos dias”
Pelo Novo Testamento entendemos que “os últimos dias” chegou com Jesus Cristo, e que com a sua vinda, a era antiga já havia passado. Foi assim que Pedro, no dia de Pentecostes, se referiu à profecia de Joel, dizendo que: “Nos últimos dias” Deus derramaria o seu Espirito sobre toda a carne, e declarou que essa profecia então se cumpria. “OCORRE QUE FOI DITO PELO PROFETA JOEL”. Em outras palavras, “os últimos dias” a que se referia a profecia, chegaram (Atos 2.17). Assim também a carta aos hebreus começa com uma afirmação e que Deus antigamente falara aos pais através dos profetas, e a nós falou “nestes últimos dias” pelo filho (Hb 1.1-2). 



Sobrevirão tempos difíceis”
Quando o navio da igreja foi posto no mar, não lhe foi dito que esperasse uma travessia serena e calma; ele tem sido golpeado por tormentas e tempestades e até por furacões. Paulo chama este período de “TEMPOS DIFICEIS”. O Adjetivo grego CHALEPOS significa basicamente “duro” ou “difícil”, “negros”, podendo ser tanto no sentido de “difícil de suportar”, como também no sentido de “difícil de se lidar”; “tempos trabalhosos”, “perigosos” e “ameaçados” (Mt 8.28). 



2)    Os homens serão...

a)    Conduta moral
Nestes três versículos, o apóstolo emprega nada menos do que dezenove expressões. A primeira diz que são “egoísta”, ou “amigos de si próprios” ou “amantes de si mesmos”; e a ultima diz (v.4) que não “são amigos de Deus”, o que deveriam ser. De fato, em quatro das dezenove expressões entra o termo amor. Ao invés de serem, em primeiro lugar, “amigos de Deus” são “egoístas” (“amigos de si mesmos”), “avarentos” – amigos do dinheiro – “amigo dos prazeres”.

b)    Conduta social
Os homens egoístas tornam-se “jactanciosos”, “arrogantes” e ‘blasfemadores”  (v.2). A primeira “jactanciosos” significa gente arrogante que gosta de impressionar as pessoas em conversas, fanfarrões – bagunceiros, que gostam de dar festas onde estiverem. A segunda “arrogantes” é “altivo” ou “soberbo”, “suposta superioridade” ou seja, tem uma opinião exagerada de si mesmo. A terceira “blasfemadores”, os que tem uma opinião exagerada sobre si mesmo, inevitavelmente menosprezam os outros e deles falam mal. 


 c)     Vida familiar
No grego original, cada um desses termos inicia com a letra ALPHA. Portanto, as próximas cinco palavras descrevem o inverso daquilo que Deus deseja.

As duas primeiras palavras são: “desobediente aos pais e mães”, a quem os deve honrar (Mt 15.4); “Ingratos” que é a negligencia em perceber o valor do sacrifício de outro indivíduo. Refere-se a um esquecimento deliberado do passado por causa da ganancia cega ao presente.

“Irreverente”, refere-se aos que não tem um relacionamento com Deus. São aqueles indivíduos egoístas que vivem na secularidade, sem qualquer ligação com as coisas santas de Deus e mais que isso, sem qualquer desejo por essas coisas.

“Desafeiçoados”, “sem afeição”, “sem coração”, aplica-se a pessoas que não demonstram nem mesmo as afeições mais básicas por seus irmãos, pais ou filhos.

“Implacáveis”. É a pessoa que não está disposta a se reconciliar. Pergunta: Há alguém que você precisa perdoar? Se houver, é bem provável que seja alguém da sua família, ou da sua igreja. O que impede de tomar a iniciativa e buscar reconciliação? (Ef 4.32).

d)    Sem norma
“Caluniadores” (“diaboloi”, literalmente “diabo”). Caluniar é divulgar informações que não temos coragem de dizer na presença da pessoa em questão. 


“Sem domínio de si”. A pessoa não apenas é incapaz de controlar sua língua como, pior, é incapaz de conter a si mesmo, especialmente no que se refere à luxuria corporal.

“Cruéis”. É uma atitude selvagem, sem nenhum traço de compaixão, ou sensibilidade. É um termo para se referir a animais bravios que atavam sem piedade, traduzido como “violentos”, “feroz”, “brutal” e “desumano”.

“Inimigos do bem”, ou, alguém que “não ama” o bem. É aquela pessoa que perdeu o paladar para as coisas éticas e morais e se sente mal na presença de indivíduos verdadeiramente piedosos.
“Traidores” aparece ligado ao nome de Judas Iscariotes, considerado traiçoeiro (Lc 6.16). É uma palavra usada para se referir a quem se volta contra você. A exemplo de Judas, é aquela pessoa que o acompanha durante anos e aparenta ser seu amigo. Contudo, certo dia, sem nenhum aviso, o indivíduo o surpreende agindo com deslealdade, fingimento e traição.
“Atrevidos e enfatuados”. O primeiro se refere as pessoas cujo modo de agir é impulsivo e irresponsável. O segundo, se refere ao sujeito cuja arrogância chega às raias da insanidade.
Conclusão
“Forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder (v.5). Pessoas que frequentam a igreja, mas era forma sem poder, aparência externa, sem realidade interna, religião sem moral, fé sem obras. 


“Conquistam mulheres” o verbo “cativar” é fazer “prisioneiro de guerra”. Era um método furtivo, secreto e manhoso. Entrando pela porta  dos fundos e não pela principal. Escolhendo uma hora em que os homens estavam ausentes, eles concentravam a sua atenção em “mulherinhas”. Um termo de desprezo para mulheres OCIOSAS, TOLAS E SEM FIRMEZA. Dois aspectos: Primeiro, eram moralmente “carregadas de pecados, afetadas por várias paixões”; segundo: eram intelectualmente fracas, instáveis, crédulas e ingênuas. Elas “aprendem sempre” mas também “jamais pode chegar ao conhecimento da verdade”.
  

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