O JUSTO VIVERÁ PELA FÉ – Hb 2.1-5
Introdução. Três fatos:
1) pela oração
podemos apresentar a Deus nossas profundas angustias. Habacuque apresenta à
Deus sua queixa, suas angustias, sua perplexidade. Assim, também nós, quando olhamos
para a circunstância o mal prevalece em relação ao bem.
2) pela oração podemos
alcançar o mais profundo discernimento de Deus. Quando se poe de joelhos o horizonte se
desdobra. “O cristão de joelho vê mais do que um filosofo nas pontas dos pés”
Moody. Na oração nos tornamos mais
lúcido. Duas queixas de Habacuque: 1) Por que tem violência no meio do meu povo
e Deus não age? 2) Por que Deus usa uma nação tão amarga como caldeus para
disciplinar seu povo? Na oração, ele descobre que Deus está DISCIPLINANDO O SEU
POVO; e, descobre que Deus está julgando o orgulho do povo caldeu.
3) pela oração temos
lampejos sobre o futuro. A grande angustia de Habacuque é: Deus está inativo e
silencioso. Depois, Deus está em contradição por usar o povo caldeu. A ação de
Deus, na oração, aponta para o futuro.
1) Solilóquio de Habacuque
"Pôr-me-ei na minha torre de vigia,
colocar-me-ei sobre a fortaleza, e vigiarei para ver o que Deus me dirá, e que
resposta eu terei à minha queixa". Quem subia a torre de vigia era o atalaia.
Quem era o atalaia? Ficava no ponto mais alto da muralha, nas torres. E o
atalaia ficava o tempo todo observando sobre os perigos. O profeta Ezequiel
afirma (capítulo 3), se o atalaia não avisasse do perigo, o sangue seria
cobrado dele; ou seja, tinha que ficar de olhos abertos”.
Temos que subir em nossa torre de vigia. A torre
de vigia de Daniel era o seu quarto; a
torre de vigia do apostolo Paulo foi a sua cela; segundo Jesus nossa torre de
vigia pode ser o nosso quarto de oração. A TORRE DE VIGIA É UMA ATITUDE DO
CORAÇÃO: "Vou sair deste vale de
depressão; vou para torre de vigia; vou galgar as alturas; vou olhar a Deus e
para ele somente" — um dos mais importantes segredos da vida cristã! (Sl
121.1-2). Habacuque, até então, estava preocupadíssimo
com os caldeus. Mas, quando subiu na sua torre, deixou de olhar para os caldeus
e começou a olhar pra Deus “Não andeis ansiosos por coisa alguma” (Fl 4.6-7).
Mas, “em tudo sejam conhecidas diante de Deus as vossas petições, pela oração e
pela suplica, com ações de graça”.
2) Aguarde uma resposta de
Deus
“Vigiarei para ver o que
Deus me dirá”. A versão Kim James diz: “Vigiarei para ver o que Deus diz em mim”.
Oração não é um monologo mas um diálogo. A tarefa do atalaia É MANTER O OLHO NA
PAISAGEM que está a sua frente, a fim de observar o mais leve indicio de
movimento por parte do inimigo. Podemos
ouvir a voz de Deus quando estamos lendo a sua PALAVRA. Então, no ato da
leitura, percebemos que o Espírito Santo está falando conosco através daquela
passagem. Ou, no momento de solitude, quietos na presença do Senhor, ouvirmos
falar em “nós”, como Paulo em Atos 16.9. Ou, Quando Moisés estava no Sinai, cuidando
das ovelhas, Deus usou uma circunstância para falar com ele “uma sarça ardente”.
3) A resposta de Deus
a) uma visão recebida
Os versículos 2 e 3 do
capítulo 2 contêm a resposta dada a Habacuque. “Escreve a visão, grava-a sobre
tábuas, para que a possa ler até quem passa correndo. Porque a visão ainda está cumprir-se
no tempo determinado, mas se apressa para o fim, e não falhará; se tardar,
espera-o, porque certamente virá, não tardará." A VISÃO SOMENTE VEM DE DEUS! O Pastor Billy Graham
“A Bíblia tem uma capa ulterior” Ou seja, nada pode ser acrescentado ao que
existe. Paulo admoesta “ainda que um anjo desça do céu e vos pregue outra
evangelho, que seja amaldiçoado” (Gl 1.8).
b) uma visão perpetuada
“Escreve a visão, grava
sobre tabua”. Uma visão para futuras gerações. Hoje temos a Palavra de Deus
diante de nós. A Bíblia é o norte, é a
bussola, aponta o caminho.
c) uma visão para ser divulgada
“...para que possa ler quem
passa correndo”. Essa mensagem tinha que ser colocada em outdoor para que todos
que estivesse passando, correndo, andando pudessem ler.
"Escreve a visão,
grava-a. . . Porque a visão ainda está para cumprir-se no tempo determinado,
mas se apressa para o fim, e não falhará." O tempo para o cumprimento está
fixado. O momento exato é determinado por Deus. Deus predisse o Diluvio no
Antigo Testamento; cento e vinte anos passaram e nada parecia mais improvável.
As pessoas riam-se de Noé. Mas no tempo indicado, o diluvio veio. Foi assim
como Sodoma e Gomorra. Havia um momento divinamente predeterminado, e quando
chegou a hora, Deus agiu.
No capítulo 15 de Genesis lemos
"Sabe, com certeza, que a tua descendência será peregrina em terra alheia,
e será reduzida à escravidão, e será afligida por quatrocentos anos. Mas também
eu julgarei a gente a que têm de sujeitar-se; e depois sairão com grandes
riquezas" (vs. 13, 14). Mais tarde, em Êxodo 12:40, 41, lemos: "Ora o
tempo que os filhos de Israel habitaram no Egito foi de quatrocentos e trinta
anos. Aconteceu que, ao cabo dos quatrocentos e trinta anos, nesse mesmo dia,
todas as hostes do Senhor saíram da terra do Egito." A Jeremias foi revelado que sua nação seria
mantida na Babilônia durante exatamente setenta anos, ao fim dos quais o povo retornaria.
Tudo isso aconteceu. Olha a promessa da volta de Jesus (2 Pe 3.4-10).
4) Dois caminhos: orgulho e
fé
a) “Eis o soberbo...(ORGULHOSO)”
(4). Deus dá graça aos humildes mas RESISTI AO SOBERBO” (1 Pe 5.5). Quem é o
soberbo? Os caldeus. Eles adoravam a si mesmos! Inchados de orgulhos. Deus
quebra a soberba da Babilônia. A Babilonia era o IMPÉRIO MUNDIAL. Em Daniel
4.30, Nabucodonosor se gaba: “Não é esta a grande Babilonia que eu edifiquei
para casa real, com a força do meu poder, e para glória da minha magnificência.
Numa noite Belsazar, neto de Nabucodonosor, celebrava com seus súditos no seu
palácio, quando de repente:
“Os ruídos dos copos e das taças cessou. Silêncio
absoluto. As mãos ficaram imóveis. Em poucos segundos todo o ambiente estava
transformado num palco de medo e horror. Num piscar de olhos, tudo terminou
para o monarca arrogante. Deus anotou todos seus pensamentos, palavras e obras.
Agora, encontra-o e apresenta-lhe a conta. Quatro palavras
confrontam todos os rostos. A parede real parece a lápide de um túmulo, e
viram: MENE, MENE, TEQUEL E PARSIM(V.25)”.
“Naquela noite, Dario desviou o Rio Eufrates para o
novo canal e, guiado por dois desertores, marchou pelo leito seco rumo à
cidade, enquanto os babilônios farreavam numa festa a seus deuses”. Heródoto.
b) “...sua alma não é reta nele”. O ímpio
em seu interior está depravado, corrompido. A verdade para ele é mentira, a
mentira é verdade. Assim como o vinho é desleal, v.5, ou seja, deixa a pessoa
desequilibrada, instável, tonta, sem juízo. Assim, estava o caldeu, em crise
consigo mesmo! Eram insaciáveis são como o “inferno” e a “morte”.
Conclusão: O justo viverá
por sua fé
a)
O justo é aquele que confia na Palavra de
Deus. Em quem você confia? Em si mesmo ou em Deus! Abraão sai da sua terra e da
sua parentela. Ele saiu e creu!
b)
O justo é aquele a quem Deus declara justo. A
justificação é um ato e não um processo. Um ato legal, judicial e forense. É o
ato que Deus faz por nós e não em nós.
c)
O justo é aquele que Deus justifica pelo
méritos de outro alguém. “O justo viverá pela fé”. Somos pecadores, e teremos
que comparecer diante do tribunal de Deus; ou seja, daremos conta da nossa
vida. Os livros serão abertos e seremos julgados, segundo os livros. No dia do juízo
levantar-se-á algumas testemunhas. Quem sãos essas testemunhas? Nossas palavras
frívolas, nossas obras, suas omissões. DEUS MANDOU SEU FILHO COMO SUBSTITUTO
PARA MORRER EM NOSSO LUGAR. Na cruz Deus
pegou nossas palavras, nossas obras e nossas omissões e lançou sobre Jesus!
ESTÁ CONSUMADO!
d)
O justo é aquele que é justificado mediante a
fé. A base da justificação não é a fé. Mas, sim o sacrifício de Jesus na cruz
do calvário. PELA FÉ TOMAMOS POSSE DOS BENEFICIOS DE CRISTO.
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