terça-feira, 29 de maio de 2018


Salmo na velhice - 71


Introdução: A velhice e Eclesiastes 12


FASES DA VIDA HUMANA - O ser humano passa por três etapas significativas na sua vida: a infância, a adolescência e a idade adulta. Esta última divide-se em três fases: o adulto jovem, a meia-idade e a terceira idade. Adulto jovem: 20-40 anos – idade reprodutiva, fase criativa, estabilização. MEIA-IDADE: 40 AOS 60 ANOS: FASE da maturidade. Terceira Idade: 60 aos 65 anos. “...e agora eis que já hoje sou da idade de oitenta e cinco anos. E ainda hoje estou tão forte como no dia em que Moisés me enviou; qual a minha força então era, tal é agora a minha força, para a guerra, e para sair e para entrar”(Js 14:10-11). A velhice chega quando sepultamos nossos sonhos.

Na velhice nossa visão começa a falhar. Nossa audição irá diminuir. Nós sentiremos falta da força muitas das coisas que fazemos agora. Muitos de nós perderemos grande parte do nosso sentido do paladar. Também virão dores, com uma crescente vulnerabilidade a doenças sérias e sofrimentos. A Bíblia Viva, traduz Eclesiastes 12: “NÃO DEIXE O entusiasmo da mocidade fazer com que você esqueça o seu Criador. Honre a Deus enquanto você é jovem, antes que os dias maus cheguem, quando você não vai mais ter alegria de viver. 2. Quando seus olhos estiverem tão fracos que não poderão perceber a luz do sol, da lua e das estrelas, vai ser tarde demais para uma vida ativa de serviço e se lembrar de Deus. 3. Vai chegar um dia em que os seus braços tremerão de velhice e as suas pernas que hoje são firmes e fortes ficarão fracas. Os dentes vão cair e você não poderá mastigar direito. Os seus olhos ficarão cansados e fracos. 4. Os seus lábios, murchos, ficarão bem fechados enquanto você tenta mastigar sua comida! Você vai acordar com o barulho dos pássaros mas não ouvirá direito e mal conseguirá falar, com voz tremida. 5. Você vai ter medo de lugares altos, medo de cair. Vai ser um velho de cabelos brancos, de rosto murcho, que anda se arrastando; já não vai ter o vigor físico, e verá a morte de perto, aproximando-se cada vez mais de sua casa eterna. Depois atrás do seu caixão, muita gente vai seguir, chorando. 6. Sim, lembre-se do seu Criador agora, enquanto você é jovem, antes que o fio de prata da vida seja cortado; antes que o copo de ouro se quebre; antes que o vaso se quebre junto à fonte e a roda se parta junto ao poço; 7. antes que o pó volte à terra de onde veio e o espírito volte a Deus que o deu”.

1)    A confiança no Senhor
““Em ti, SENHOR, me refúgio; não seja eu jamais envergonhado” (Salmo 71:1). Com essas palavras inicia um Salmo de louvor apresentado sem identificação do autor. Possivelmente o autor é Davi, pois no Salmo 31, o verso 1 é quase idêntico: “Em ti, Senhor, confio; nunca me deixes confundido. Livra-me pela tua justiça”. O autor pede a proteção divina e o livramento dos seus perseguidores, MAS O FOCO ESTÁ NO LOUVOR DEVIDO  a Deus por ser sempre fiel em cuidar dos seus. Em seguida, ele mostra seu desejo de ensinar os outros as grandezas do Senhor durante toda a sua vida. 


O salmista mostra sua confiança em Deus:  Ele chama Deus de Senhor, que é Yahweh, que significa que é auto existente por si mesmo. Deus é: Ele é a sua rocha (v.2), uma casa fortíssima (v.2), és a minha força (v.4), és o nosso redentor (v.5), “Tú és o meu Deus” (v.14).

Em seguida, o Salmista expressa o que Deus representa em sua vida: “...tu és motivo para os meus louvores constantemente” (verso 6). “Os meus lábios estão cheios do teu louvor e da tua glória continuamente” (verso 8).  “Quanto a mim, esperarei sempre e te louvarei mais e mais. A minha boca relatará a tua justiça e de contínuo os feitos da tua salvação, ainda que eu não saiba o seu número” (versos 14 e 15). “Eu também te louvo com a lira, celebro a tua verdade, ó meu Deus; cantar-te-ei salmos na harpa, ó Santo de Israel. Os meus lábios exultarão quando eu te salmodiar; também exultará a minha alma, que remiste. Igualmente a minha língua celebrará a tua justiça todo o dia...” (versos 22 a 24).

E, continua, exaltando o seu Deus: “Tu me tens ensinado, ó Deus, desde a minha mocidade; e até agora tenho anunciado as tuas maravilhas” (verso 17). “Não me desampares, pois, ó Deus, até a minha velhice e às cãs; até que tenha eu declarado à presente geração a tua força e às vindouras o teu poder” (verso 18).

Por fim, o salmista, preocupa em ensinar sua geração e às vindouras até que tenha anunciado a tua força a esta geração, e o teu poder a todos os vindouros”. Então, a essência do Salmo 71 é: sua confiança SOMENTE EM DEUS; o que Deus é em sua vida, apesar das perseguições; a preocupação em passar todo seu conhecimento à sua geração e à vindoura.

2)    As tribulações
Em primeiro lugar, No versículo 7, ele expressa: “Eu sou, para muitos, como um portento”, Na NVI é: “Tornei-me como exemplo para muitos”; Na BA: “Sou como um prodígio para muitos”. A palavra no original “portento” quer dizer um “sinal”. A julgar pela segunda parte do versículo “Mas tu és o meu abrigo forte”, percebe-se QUE O SALMISTA TEM ALGO EM MENTE RELACIONADO AOS ATAQUES DOS SEUS INIMIGOS, ATAQUES DOS QUAIS DEUS ERA SEU “REFUGIO SEGURO”.  Era um tipo de chacota proverbial que soa assim: “Vejam o que o tempo fez até com aquela pessoa!”. O salmista temia esse desprezo e muitos idosos temem: ser tratados como pessoas incapazes e risíveis (2 Sm 21.15-17). 



Em segundo, é a preocupação é sofrer com as limitações do corpo. O salmista prevê que sua força do passado será apenas uma recordação e não uma realidade presente, visto que se refere à velhice (v.9) como dias “quando se esgotarem as minhas forças”. Isso para o Salmista causa muito sofrimento, motivo pelo qual pede a Deus: “Não me abandone”. Ele se preocupa em ter Deus ao seu lado, principalmente em sua idade avançada: “Não me lances fora no tempo da velhice”.  Perder Deus na velhice, seria o seu fim! 

Em terceiro lugar, é ser incapaz de cuidar de si. Esse temor está expresso nos dizeres dos seus inimigos. Eles, tramavam para destruí-lo (v.10), julgavam que o Senhor não mais o protegia (v.11): “Deus o abandonou”. Eles zombavam da debilidade física do salmista. Afinal, não era o mesmo Davi que lutara com Golias, com o leão e com o urso! Agora, tratava-se de um homem limitado: “Não me rejeites no tempo da velhice; não me desampares, quando se for acabando a minha força” (v.9). Tal incapacidade assustava-o demasiadamente a ponto de ele temer ser capturado: “persigam-no e capturem-no, pois não há quem o salve”
Conclusão: três atitudes para vencer suas angustias
Primeira, recorrer a Deus em oração. O v.2 contém quatro clamores seguidos e paralelos: “Defenda-me pela tua justiça e me livra. Inclina os teus ouvidos e me salva. “E não me abandones nem quando chegar a velhice e os cabelos grisalhos, ó Deus” (v. 18).
Segundo, é recordar o cuidado de Deus no passado. Deus é a sua esperança, sua confiança (v.5) e seu professor (v.17) “desde a minha juventude”. Deus É O SEU apoio (v.6) “desde o ventre, desde a barriga da minha mãe”. Por isso, sua atitude é recordar e anunciar, em primeiro lugar, quem é Deus. Depois, ele recorda o conforto que recebeu no passado esperando que isso se repita: “Consola-me novamente” (v.21). ESQUECER-SE DO SOCORRO DE DEUS NO PASSADO É UM CAMINHO CERTO PARA O DESESPERO QUANTO AO FUTURO. 

Terceiro, é regozijar-se na glória de Deus. “Eu também celebrarei com harpa a tua fidelidade, é meu Deus. Cantarei louvores a ti com cítara, ó Santo de Israel”. Não era mecânico: “Meus lábios exultarão e também a minha alma” (v.23). ENCHA-SE A MINHA BOCA DO TEU LOUVOR E DA TUA GLÓRIA TODO O DIA. 





Nenhum comentário:

Postar um comentário