Sete marcas de uma
igreja ideal – Ap 1.1-11.
Introdução: O capítulo 1 de apocalipse nos apresenta Jesus, o
ressurreto (Ap. 1.12-17). Já, no capítulo 2 temos as igrejas da sete igrejas da
Asia Menor. Nota-se de imediato que
todas as sete cartas às sete igrejas tem estrutura idêntica.
Primeiro, vem um anúncio do destinatário e do autor da carta. O destinatário é o “anjo” de cada
igreja. O autor é, Cristo, mas ele se descreve de diferentes maneiras em cada
carta, tomando uma ou duas frases adequadas da visão de abertura. Por exemplo,
ele escreve a Esmirna (Ap. 2.8): “Estas
são as palavras daquele que é o Primeiro e o Último, que morreu e tornou a
viver...”
Segundo, vem uma afirmação que começa em cada caso com a
palavra conheço. Cristo conhece intimamente sua
igreja, pois aquele “cujos olhos são como
chama de fogo” (Ap 2.18)”, “aquele
que sonda mentes e corações” (2.23) e “anda
entre os sete candelabros de ouro” (2.1). Quando inspeciona e supervisiona
suas igrejas, conhece tudo a respeito delas, diferente em cada caso: “conheço
as suas obras”, diz cinco vezes, mas então faz afirmações como: “conheço o seu
trabalho árduo e a sua perseverança”; “conheço as suas aflições e a sua
pobreza”; “sei onde você vive”; “conheço o seu amor, a sua fé, o seu serviço”;
conheço a sua fama”; “conheço as suas oportunidades”; conheço a sua
complacência”.
Terceiro, Cristo envia a cada igreja uma mensagem adaptada a
sua situação,
pois cada uma é digna de louvor e de censura, recebendo elogios ou criticas,
conforme o caso. A maioria recebe um chamado ao arrependimento e, como ele, um
alerta e uma exortação.
Quarto, cada carta conclui com UMA PROMESSA para os cristãos
vencedores.
Éfeso: arvore da vida; Esmirna: coroa da vida; Pérgamo: pedra branca; Tiatira:
estrela da manhã; Sardes: vestes
brancas; Filadélfia: coluna do templo; Laodicéia: comer e reinar com Cristo.
1) Amor.
Essa é a primeira marca de uma igreja
ideal. A igreja de Éfeso possuía muitas qualidades: trabalho árduo, perseverança, intolerância ao mal e
discernimento teológico. Mas, “você abandonou o primeiro amor” (2.4). Não há
dúvida de que na época da conversão o amor deles por Cristo havia sido ardente
e vivo, mas agora as chamas haviam definhado (Jr 2.2). Jesus termina dizendo: “Lembre-se de onde
caiu! Arrependa-se e pratique as obras que praticava no principio” (2.5). Sem
amor tudo é nada!
2) Sofrimento.
A disposição de sofrer por Cristo
prova a genuinidade de nosso amor por ele. Cristo conhecia as aflições, a
pobreza e injuria que a igreja de Esmirna estava tendo de enfrentar. Esmirna
orgulhava-se de seu Templo em homenagem ao Imperador Tibério. De tempos em
tempos, os cidadãos eram convocados para jogar incenso no fogo que
queimava diante do busto do Imperador e
confessar que César era o senhor.
No ano de 156 d.C., o venerável
Policarpo era pastor de Esmirna. Ele enfrentou esse mesmo dilema. No anfiteatro
lotado, o governador obrigou-o a reverenciar o gênio de César e insultar
Cristo, mas Policarpo recusou-se, dizendo: “Por oitenta e seis anos o tenho
servido, e ele nenhum dano me causou; como então poderia eu blasfemar meu rei
que me salvou?” Ele preferiu ser queimado numa estaca a negar a Cristo (Ap
2.10).
3) Verdade.
A igreja de Pérgamo era dedicada à
verdade. Assim, Jesus se apresenta como aquele que tem uma espada afiada de
dois gumes saindo da boca, simbolizando sua palavra. Ele descreve a igreja de
Pérgamo vivendo “onde está o trono de Satanás”, pois Pérgamo era um centro de
culto pagão. Apesar da oposição e até do martírio de Antipas, a igreja
permanecera leal ao nome de Cristo e não havia renunciado a fé nele.
4) Santidade.
Jesus inicia elogiando a igreja de
Tiatira, pois conhece o amor, a fé, o serviço e a perseverança deles. Essas são
quatro virtudes superiores e incluem a tríade de fé, esperança e amor.
MAS, a igreja tolerava uma pretensa
profetisa maligna, simbolicamente chamada Jezabel por causa da esposa perversa
de Acabe, que estava desviando servos de Cristo, levando-os à imoralidade
sexual bem como à idolatria. Cristo lhe havia dado tempo para se arrepender,
mas ela não se dispunha a tanto, de modo que o julgamento recairia sobre
ela (1 Pe 1.16).
5) Sinceridade.
A carta de Cristo a Sardes é a única
que não contém nenhum elogio de nenhuma espécie. Antes, ele reclama: “VOCE TEM
FAMA DE ESTAR VIVO, MAS ESTÁ MORTO”. Ela apresentava todo sinal de vida e
vigor. Mas a reputação era falsa.
As Escrituras tem muito a dizer sobre
a diferença entre a reputação e realidade, entre aquilo que os seres humanos
veem e o que Deus vê (1 Samuel 16.7). SER OBCECADO PELA APARENCIA E REPUTAÇÃO
LEVA NATURALMENTE À HIPOCRISIA (QUE JESUS ODIAVA) e nos ensina que a
sinceridade caracteriza uma igreja viva e verdadeira.
6) Missão.
Ao escrever para Filadélfia, Jesus
descreve-se como alguém que detém a chave de Davi com que era capaz de abrir
portas fechadas e fechar portas abertas. Assim, ele podia dizer à igreja de
Filadélfia: “Eis que coloquei diante de você uma porta aberta que ninguém pode
fechar (3.8)”. O significa mais provável é que se trata da porta da
oportunidade, como quando Paulo escreveu que em Éfeso “se abriu para mim uma
porta ampla e promissora” (1 Co 16.9).
A cidade de Filadélfia estava situada
num vale amplo e fértil que dominava rotas mercantis em todas as direções. Assim,
Filadélfia era uma cidade missionária desde o inicio.
7)
Integridade.
Não pode haver dúvidas acerca da mensagem de Cristo à igreja
de Laodicéia: ele quer que sua igreja seja caracterizada pela INTEGRIDADE. Ele
é muito franco. Cristo prefere que seus discípulos seja ou quentes em sua
devoção a ele ou gelados em sua hostilidade, e não mornos em sua indiferença.
Ele considera a mornidão nauseante.
O adjetivo “laodiceno” entrou no vocabulário para denotar
pessoas mornas quanto à religião. Laodicéia parece representar uma igreja que por fora é
respeitável, mas superficial por dentro, uma das igrejas puramente nominais com
que estamos familiarizados.
Conclusão: Quando a metáfora (Laodicéia) muda
para mendigos nus e cegos, começamos a perguntar se os membros de Laodicéia
eram de algum modo cristãos genuínos. Então ela muda de novo para a de uma casa
vazia. Cristo coloca-se à porta, bate, fala e espera. Se abrirmos a porta, ele
entra, não só para comer conosco, mas para tomar posse da nossa vida.
benção pura! que o Senhor Jesus Cristo continue lhe abençoando com toda sabedoria que dEle vem, para que sempre estudos como este,continuem sendo aplicados, abençoando e edificando as nossas vidas em Cristo Jesus nosso Senhor. Deus abençoe meu pastor!
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