Abraão tu me amas? (Gn 22.1-18).
Em João 21:15-16: vemos: “E,
depois de terem jantado, disse Jesus a Simão Pedro: Simão, filho de Jonas,
amas-me mais do que estes? E ele respondeu: Sim, Senhor, tu sabes que te amo.
Disse-lhe: Apascenta os meus cordeiros. Tornou a dizer-lhe segunda vez:
Simão, filho de Jonas, amas-me? Disse-lhe: Sim, Senhor, tu sabes que te amo.
Disse-lhe: Apascenta as minhas ovelhas.Disse-lhe terceira vez: Simão,
filho de Jonas, amas-me? Simão entristeceu-se por lhe ter dito terceira vez:
Amas-me? E disse-lhe: Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo. Jesus
disse-lhe: Apascenta as minhas ovelhas”. Similarmente, quando Deus pede Abraão
que lhe sacrifique Isaque, Deus estava desejoso em saber quem era mais
precioso.
Alguns
tesouros que carregamos no decorrer da nossa existência: Nossas Posses: pode ser uma propriedade, uma casa, um carro
ou um barco, ou poderia ser tão pequena quanto um anel de diamante, uma moeda
rara, etc. Nossa Vocação: Nosso
trabalho ou nossa carreira. Nossos
sonhos: na juventude, nossas esperanças nos mantém caminhando a tempos difíceis.
Atletas olímpicos que ganham a medalha de ouro e sobem no lugar mais alto do
pódio começam com um sonho anos antes. Nossos
relacionamentos: podemos valorizar pessoas: um pai de quem dependemos,
um filho ou uma filha com que nos preocupamos constantemente, uma pessoa amada
que temos medo de perder, um amigo que significa o mundo para nós. Qualquer relacionamento
pode se tornar um tesouro pelo qual sacrificamos muita coisa.
No
capítulo 22 revela um homem com um tesouro muito valioso, muito querido, que
ameaçava comprometer se relacionamento com Deus. Isaque,era seu tesouro, e
aquele homem teria sacrificado qualquer coisa pelo rapaz. Não tenha dúvidas:
Abraão adorava seu filho!
1)
O sacrifício de
Isaque.
Abraão,
com 75 anos, partiu de Ur dos Caldeus em direção a Canaã e Deus lhe prometera
um descendente. Deixou para trás sua vida confortável com o propósito de seguir
a Deus aonde quer que ele o conduzisse.
Aqui,
Isaque já havia se tornado um jovem adulto. O termo hebraico naar (filho) pode
se referir desde a um menino recém-nascido (Ex 2.6) até um homem no início da
fase adulta (15 anos). Isaque tinha idade suficiente para viajar sem a mãe,
envolver-se com o pai em conversa racional e subir uma montanha carregando um
feixe de lenha. Deus disse: “E disse:
Toma agora o teu filho, o teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra
de Moriá, e oferece-o ali em holocausto sobre uma das montanhas, que eu te
direi” (v.2).
O
que passou pela cabeça de Abraão? Porque devo abrir mão do meu único filho? Se
Isaque morrer, de que forma produzirá descendentes, como Deus prometeu? Como é
que Deus pode exigir um sacrifício humano, prática comum entre os detestáveis
pagãos de Canaã? Mas não vemos nenhum indicação de hesitação, nenhum
questionamento, nenhum resistência, nenhum apelo, nenhum atraso que fosse.
“Então se levantou Abraão pela manhã de
madrugada, e albardou o seu jumento, e tomou consigo dois de seus moços e
Isaque seu filho; e cortou lenha para o holocausto, e levantou-se, e foi ao
lugar que Deus lhe dissera” (v.3). Viajaram por três dias até um lugar
chamado Moriá.
Quando
se aproximaram de seu destino, Abraão viu o lugar do sacrifício agigantando-se
sobre eles. “Disse ele a seus servos:
Fiquem aqui com o jumento enquanto eu e o rapaz vamos até lá. Depois de
adorarmos, voltaremos” (Hb 11.17-19).
O
que é fé? Nos antigos dias de perseguição levaram a um humilde cristão
perante os juízes, o qual lhes disse que nada do que fizessem poderia comovê-lo
porque cria que se era fiel a Deus, Deus seria fiel a ele. "Pensa
verdadeiramente", perguntou-lhe o juiz, "que alguém tal como você
participará de Deus e de sua glória?" "Não o penso", disse o
homem, "sei".
Na Bíblia ter fé ou crer (no
grego, o substantivo é pistis; o verbo é pisteuõ – cujo significado é “confiar
para dentro de” ou “confiar sobre”. De várias maneiras o objeto da fé é
descrito como sendo Deus (Rm 4.24; 1 Pe 1.21), Cristo (Rm 3.22), as promessas
de Deus (Rm 4.20), etc.
“Se Deus prometeu que seria por
meio de Isaque a sua descendência, e agora estava pedindo para sacrificá-lo,
certamente planejava ressuscitar Isaque da Morte”. É assim que se comporta a verdadeira fé. Nada a pode
apagar. Ela jamais deixa de estar convencida de que podemos confiar na Palavra
de Deus.
“Então falou Isaque a Abraão seu pai, e
disse: Meu pai! E ele disse: Eis-me aqui, meu filho! E ele disse: Eis aqui o
fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto?” (v.7). Seu
pai respondeu: “Deus mesmo há de prover o cordeiro para o holocausto, meu filho”
(Gn 22.8). Traduzida literalmente a frase tem o sentido de “Deus cuidará do
cordeiro para si mesmo”.
Abraão
profetizou um evento que aconteceria quase dois mil anos depois dele. Deus de fato
providenciaria um Cordeiro para si mesmo. Seu próprio Filho se tornaria o sacrifício
expiatório para nos livrar da morte que merecemos como consequência de nosso
pecado (João 1.36).
“Quando
chegaram ao lugar que Deus lhe havia indicado, Abraão construiu um altar e
sobre ele arrumou a lenha” (Gn 22.9). O pai fiel então olha para seu filho e
diz calmamente: “Deita-te sobre o altar, Isaque”. O texto não fala de
questionamento, nem de briga entre pai e filho, nada... Mas Isaque sabia o que
iria acontecer. “Talvez” Isaque pensou: Como ele foi capaz de fazer isso? Mas o
moço não duvidou do amor de seu pai e claramente não temia a morte.
O
jovem Isaque subiu silenciosamente sobre o altar. Sem mais palavras, Abraão
tomou a faca na mão, tirou-a de sua bainha e preparou-se para cortar a garganta
de seu filho da mesma maneira que havia matado muitos cordeiros sacrificiais
antes daquele dia.
Contudo,antes
que a lâmina tocasse o pescoço do menino, uma voz quebrou o silêncio.
_
Abraão! Abraão!
_
Eis-me aqui – respondeu ele.
_
Não toques no rapaz – disse o anjo – Não lhe faça nada. Agora sei que você teme
a Deus, porque não me negou seu filho, o seu único filho (Gn 22.11-12).
Como
Abraão havia declarado a Isaque anteriormente, Deus proveu para si mesmo um
cordeiro: “Abraão ergueu os olhos e viu
um carneiro preso pelos chifres num arbusto. Foi lá pegá-lo, e o sacrificou
como holocausto em lugar de seu filho. Abraão deu àquele lugar o nome de O
Senhor proverá (Jeová Jiré). Por isso até hoje se diz: No monte do Senhor se
proverá”. (Gn 22:13-14).
Conclusão:
No final do livro À procura de Deus, A.W. Tozer faz uma oração:
“Pai,
desejo conhecer-te, mas meu coração covarde teme desistir de seus BRINQUEDOS.
Não posso abrir mão deles sem sangrar por dentro, e não procuro esconder de ti
o terror da separação. Venho tremendo, mas venho. Por favor, extirpa do meu
coração todas aqueles coisas que estou amando há tanto tempo e que se tornado
parte integrante deste “viver para mim mesmo”, a fim de que tu possas entrar e
habitar ali sem nenhum rival. Então tornarás glorioso o estrado dos teus pés.
Meu coração não terá mais necessidade da luz do sol, porquanto tu mesmo será s
o seu sol iluminador, e ali não haverá mais noite. Em nome de Jesus. Amém”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário