O Senhor é o meu pastor e nada me
faltará. Salmo 23
Este
é considerado o mais belo e conhecido cântico de confiança de Davi em Deus.
Neste Salmo não se manifestam queixas de
aflição ou súplicas por livramento. É uma expressão poética de gratidão ao
Senhor. Davi usa a metáfora preferida dos reis – retratar Deus como supremo
pastor – que provê todas as necessidades de suas ovelhas (seu povo, seus
filhos) e as protege e defende.
1)
O Senhor é o meu
pastor.
O cristão não pode ler ou cantar esse Salmo sem pensar em
Jesus Cristo, que teve a coragem de aplicar
a metáfora de Jeová para Si. É Ele quem é para nós “o bom pastor” (Jo
10.11-14; 1 Pe 5.4; Hb 13.20).
Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas. Mas o mercenário, e o que não é pastor, de quem não são as ovelhas, vê vir o lobo, e deixa as ovelhas, e foge; e o lobo as arrebata e dispersa as ovelhas. Ora, o mercenário foge, porque é mercenário, e não tem cuidado das ovelhas.
Eu sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido.
Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas. Mas o mercenário, e o que não é pastor, de quem não são as ovelhas, vê vir o lobo, e deixa as ovelhas, e foge; e o lobo as arrebata e dispersa as ovelhas. Ora, o mercenário foge, porque é mercenário, e não tem cuidado das ovelhas.
Eu sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido.
1.1)
Ele me leva para “verdes
pastos”.
Eram
remansos ou campinas de relvas com pequenas lagoas, onde as ovelhas podiam
encontrar refrigério, segurança, paz e repouso. Deus se coloca como pastor para
mostrar ao mundo que não trata o seu rebanho como um mercenário.
Essa
expressão traz o sentido literal de “CONVERSÃO DE TODO O SER” ou renascimento
do fiel. Pode retratar ainda, a ovelha desgarrada que é trazida de volta (Is
49.5; 60.1; Os 14.1-2). Por outro lado, “restaura o vigor” é muito mais do que
simples refrigério. Significa a possibilidade de um novo começo de vida. Deus,
por zelo (amor) ao seu nome, nos converterá e transformará em pessoas cujos
caminhos serão os do Senhor.
1.3)
“o vale da sombra
da morte”.
Os
“verdes pastos” e “o vale da sombra da morte” são “ambos” caminhos do Senhor. A
palavra hebraica salmawet, cujo
significado literal é “sombra da morte”, tem o sentido de “escuridão” e de
fases criticas da vida, quando não conseguimos enxergar a saída (Jó 38.17; Jr
2.6; Mt 4.16; Lc 1.79).
Nosso
Senhor é Deus e também Pastor e companheiro. Sempre que necessário, ele caminha
ao nosso lado e não só a nossa frente. O Senhor nos acompanha armado de “vara”
(uma espécie de cassetete carregado à cintura) e de “cajado” (para ajudar a
caminhar e para conduzir o rebanho, que
era também arma e instrumento de controle, pois a disciplina gera confiança e
segurança. Em última análise, só o Senhor pode nos guiar através da morte;
todos os demais guias, parentes e amigos recuam ou permanecem, e o viajante tem
de prosseguir sozinho.
1.4)
“Banquete na
presença dos meus inimigos”.
No
Oriente Médio, um homem que fosse perseguido por seus inimigos precisava
entrar, ou ao menos tocar, na tenda do monarca em quem buscasse refúgio, para
estar seguro. Seus inimigos eram obrigados a deter-se e olhar de fora para
dentro, sem nada pode fazer contra o perseguido, agora hóspede e, portanto,
protegido por seu hospedeiro.
Como era costume dos anfitriões mais hospitaleiros, a cabeça do hóspede era ungida (untada, umedecida com substancia oleosa e perfumada) e farta refeição era oferecida (Gn 31.54). Todas as necessidades são supridas e todos os inimigos afastados, pois o Anfitrião é mais que um hospedeiro; é amigo do hospede.
Como era costume dos anfitriões mais hospitaleiros, a cabeça do hóspede era ungida (untada, umedecida com substancia oleosa e perfumada) e farta refeição era oferecida (Gn 31.54). Todas as necessidades são supridas e todos os inimigos afastados, pois o Anfitrião é mais que um hospedeiro; é amigo do hospede.
No
mundo do Antigo Testamento, comer e beber na casa de alguém criava um vínculo
de compromisso, amizade e lealdade mútuas. Foi assim em Ex 24.8-12, onde os
anciãos de Israel viram a Deus e comeram e beberam. O mesmo ocorreu na última
ceia, quando Jesus anunciou ser aquele o cálice de uma nova Aliança em seu
sangue (1 Co 11.25). Deus deseja conviver conosco por todo o sempre,
literalmente “para a duração dos dias” (Mt 22.32).
Bibliografia:
Biblia King James Atualizada.
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