terça-feira, 19 de novembro de 2024

 O antes e o depois Tt 3.1-7 

Introdução

Habitamos um mundo visível e tangível que experimentamos por meio dos sentidos e medimos em unidades de tempo e espaço. Também habitamos. Também habitamos um mundo eterno e intangível, invisível. Portanto, para os cristãos temos duas cidadanias, a terra e a do reino de Deus. Contudo, estamos cegos pelas preocupações temporais ou escravizados pela tirania da urgência. 

recebeu a tarefa de revelar o universo invisível para nossa família, amigos, colegas, vizinhos. O mundo está cerceado pelo que vê, por aquilo que enxerga. Então, fomos comissionados, chamados, temos o “ide por todo mundo e pregai o evangelho a toda criatura (Mc 16.15)” e  levar o conhecimento da “graça que se manifestou salvadora para todas as pessoas” (Tt 2.11).

1)     E as autoridades?

O apostolo Paulo exorta os cretenses quantos as autoridades constituídas. “Lembra-lhes...” (ARA) , “Recorda-lhes”(A21), “Admoesta-os...” (ARC), e emenda “...que se sujeitem aos que governam, às autoridades...”. Os governantes em todas suas esferas são autoridades constituídas por Deus e devem ser respeitadas e obedecidas. O apostolo Paulo, escrevendo aos Romanos “...Não há autoridade que não venha de Deus” (Rm 13.1). 

Essa exortação, ou ordem, de Paulo foi dada em virtude das tensões sociais e políticas que pairavam na ilha de Creta. Políbio, historiador grego, diz que os cretenses estavam constantemente envolvidos com “insurreições, assassinatos e guerras destruidoras”. 

No entanto, a obediência civil tem limites. O Estado não é dono da consciência dos homens. Sempre que o estado se torna absolutista e opressor, invertendo e subvertendo a ordem, promovendo o mal e coibindo o bem, os cristãos tem o direito e até o dever de desobedecer. O Apostolo Pedro e João, diante das autoridades que tentavam calá-los, respondeu: “Antes, importa obedecer a Deus do que aos homens” (Atos 5.29).

Temos que orar pelas autoridades, mas, não aceitar passivamente atos condenáveis. O governo atual defende o aborto e nós, como cristãos, devemos pautar nossas convicções na Palavra de Deus. O governo atual defende cirurgia redesignação sexual, tudo bancado pelo imposto do brasileiro. O governo atual defende os terroristas, países com viés ideológico comunista. Como cristão, nossa mente não está aprisionada numa ideologia politica mas na Palavra de Deus.

2)     Sendo igreja

“Não promovam a calúnia de ninguém.” (Tt 3.2), “Não difamem ninguém...”, “Não destruir a reputação de ninguém”. A palavra “difamar”, “caluniar” é a tradução da palavra grega “blasphemo”, que vem da palavra “blasfêmia”. Ela significa “amaldiçoar, caluniar, ou tratar alguém com desdém”.  

A difamação é um assassinato moral. É usar a espada da língua para ferir e destruir a reputação das pessoas. O cristão não deve caluniar ninguém. O pecado da língua é um dos mais devastadores da sociedade. A língua é fogo e veneno. Ela mata e destrói.

“...que ninguém difame...”. Talvez a forte tentação que um cretense novo convertido ao cristianismo tivesse fosse ridicularizar os pagãos em sua forma de adoração. Não é sábio difamar, injuriar as coisas que as outras pessoas reputam sagradas. Conquistaremos as pessoas mediante uma vida graciosa, santa e cheia do poder do Espirito Santo.

“Não sejam contenciosos...”, “Não sejam altercadores...”, “nem ser dados a brigas...”. Altercar é criar confusão, provocar contendas, envolver em discussões que ferem as pessoas e acabam com os relacionamentos. Os cretenses eram acostumados, pela cultura da ilha em atacar os outros em seus hábitos, sempre querendo arrumar confusão com outras pessoas. 

“Mas moderados...”,ou cordatos...”. A palavra grega é “Epiekes” combina as ideias de “dignidade” e “razoabilidade”. Descreve a pessoa que não se atém somente a lei. O homem cordato está sempre pronto a temperar a justiça com a misericórdia. O espirito cordato honra o espirito da lei, em vez de se ater rigidamente à letra da lei.

mostrando genuína mansidão para com todos os homens”. A palavra grega “prautes” usada pelo apostolo vem de praus, “manso”. Essa palavra descreve uma pessoa cujo temperamento está sempre sob controle. Ser manso, não é um atributo natural, não é uma virtude mas é GRAÇA! É possível se levantar para alguém que atormenta os outros sem partir para a briga ou sem responder de forma irracional. 

3)     Antes e o depois

“Pois antigamente nós mesmos”, diz o apostolo Paulo, acentuando o antes e o depois da vida cristã. O antes da vida dos cretenses, ou vida de qualquer um de nós era sem salvação, sem esperança e sem Deus. O grande pregador do século XVIII, George Whitefield, quando via alguém caído na sarjeta, dizia: “Ali estaria eu, não fora a graça de Deus’. 

“Éramos insensatos...” ou “Éramos néscios...”, “Não tínhamos juízo”. Nossa mente estava corrompida pelo pecado. No grego a palavra “anoetos” significa “ignorante”, “sem inteligência”, “embotados”, “insensível espiritualmente”. Nossos conceitos estavam errados, nossos valores distorcidos e nossos desejos corrompidos.

“Éramos desobedientes...”. Ou “Éramos rebeldes...”. No grego é aquele “que não dá ouvidos”. Nosso coração além de insensato, néscio, sem juízo, não ouvíamos a voz de Deus, não tínhamos sensibilidade para ouvir Deus falar. Toda nossa inclinação era para o mal.

“Éramos desgarrados...”, “Éramos desencaminhados”, “Éramos extraviados”, “Vivíamos enganados”. O profeta Isaias descreve nossa situação: “todos nós andávamos desgarrados como ovelhas...” (ARA).  “...cada um de nós seguia o seu próprio caminho...” (NTLH). Cada pessoa que relacionávamos nos afastava mais da presença de Deus. 

“Servíamos a várias paixões e prazeres”. “Escravos de toda sorte de paixões e prazeres”. Nós estávamos com a coleira do diabo no pescoço. Andávamos “...segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar... que agora atua nos filhos da desobediência”. (Ef 2.2).  Vivíamos presos com grossas cordas, sujeito a toda sorte de desejos pervertidos e embriagados por todas as taças dos prazeres mais aviltantes, desprezíveis. 

“Vivendo em malicia e inveja, odiosos, odiando-nos uns aos outros”. Nossa mente era cheia de maldade e sujeita. Viviamos rendidos à inveja, cobiçando o que não nos pertencia. A malicia é espirito maligno, é má vontade, é querer o mal do seu próximo. A inveja é uma atitude de desprezo pelo que o outro tem e você não tem. A inveja é o mau secreto, que nunca se conforma com a felicidade do outro.

 

Conclusão

Primeiro a salvação vem de Deus. “Ele mostrou sua bondade e seu amor por todos, ele nos salvou por que teve compaixão de nós”. Bondade, amor e compaixão são as colunas de sustentação da nossa salvação.

Segundo a salvação é pela graça. “...justificados por sua graça, nos tornemos seus herdeiros...” (Tt 3.7).  A salvação não é resultado das nossas boas obras para Deus, mas da obra de Deus por nós em Cristo. A base da nossa salvação é a morte expiatória de Cristo. Cristo morreu em nosso lugar, agora pagou a nossa divida e satisfez as demandas da lei e da justiça de Deus por nós.

Terceiro “nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espirito Santo” (Tt 3.5). A regeneração acontece dentro de nós, em nosso coração. Pela regeneração, somos transformados e feitos filhos de Deus e somos novas criaturas (2 Co 5.17). 


 

 

sábado, 16 de novembro de 2024

 AS QUATRO TROMBETAS DO APOCALIPSE 

TEMOS PRESENCIADO MUITAS COISAS ACONTECENDO AO NOSSO REDOR. POR EXEMPLO, CHUVAS NO DESERTO DO SAARA, ENQUANTO QUE OS RIOS DO AMAZONAS TEM SECADO.  HÁ DOIS DIAS CAIU NEVE NO DESERTO DO SAARA. TUDO ESTÁ FICANDO DESORDENADO, É COMO UM TREM DESCARRILHADO, SEM RUMO, SEM DIREÇÃO. 

E NO LIVRO DE APOCALIPSE, A PARTIR DO CAPITULO 8.6, TEMOS AS 4 QUATRO PRIMEIRAS TROMBETAS DO APOCALIPSE, EVIDENCIANDO JUSTAMENTE ESSAS MUDANÇAS, TRANSFORMAÇÕES NA TERRA, NO MAR, NOS RIOS E NOS ASTROS CELESTES.

NOS DIZ O VERSO 1: EM SEGUIDA, OS SETE ANJOS COM SETE TROMBETAS SE PREPARAM PARA TOCÁ-LAS. SIM, É A ABERTURA DO SÉTIMO SELO DO APOCALIPSE E CADA ANJO REPRESENTA COM A SUA TROMBETA  UMA CALAMIDADE,  QUE ASSOLA OS ELEMENTOS DA TERRA.

NESSAS QUATRO PRIMEIRAS TROMBETAS, O EDIFICIO COSMICO ESTÁ SENDO ABALADO, NÃO TOTALMENTE ABALADO. A TERRA ESTÁ SENDO DEMOLIDA DE FORA PARA DENTRO, O TELHADO DESCOBERTO DE CIMA PARA BAIXO E CHÃO ABALADO DEBAIXO PARA CIMA.

A PRIMEIRA TROMBETA É TOCADA: “O PRIMEIRO ANJO TOCOU SUA TROMBETA, E FORAM LANÇADOS SOBRE A TERRA GRANIZO E FOGO MISTURADOS COM SANGUE. UM TERÇO DA TERRA PEGOU FOGO, E FOI QUEIMANDO UM TERÇA DAS ARVORES, ALÉM DA RELVA VERDE”

NO TEMPO DE MOISÉS, QUANDO DEUS ENVIOU AQUELAS PRAGAS NO EGITO, LEMOS QUE: “GRANDES TROVÕES E PROFUSAS QUANTIDADES DE GRANIZO, E RAIOS CAIRAM, INCENDIANDO A TERRA DOS EGIPCIOS”. E TODA VEGETAÇÃO DO EGITO FOI ATIGINDA.

A IMAGEM QUE VEM A MENTE É DE HORROR, DE CALAMIDADE, ATORDOANTE, A TERRA ESTÁ SENDO DEVASTADA, AS PESSOAS CORREM EM BUSCA DE ABRIGO POR CAUSA DO GRANIZO QUE CAI PROFUSAMENTE DO CÉU. DÁ PRA IMAGINAR UM TERÇO DAS COLHEIRAS DA TERRA AFETADA?  UM TERÇO DAS ARVORES? UM TERÇO DA RELVA VERDE?

A SEGUNDA TROMBETA É TOCADA: “E FOI LANÇADO SOBRE O MAR ALGO PARECIDO COMO UMA GRANDE MONTANHA EM CHAMAS. UM TERÇO DA ÁGUA DO MAR TRANSFORMOU EM SANGUE, MORREU UM TERÇO DE TODOS OS SERES VIVOS DO MAR, E FOI DESTRUIDO UM TERÇO DE TODOS OS NAVIOS”

TAMBÉM, COMO NOS DIAS DE MOISÉS AS AGUAS DO RIO NILO TRANSFORMOU EM SANGUE. UM VISLUMBRE DO PASSADO QUE PODE ACONTECER EM NOSSO FUTURO, OU QUE JÁ ESTÁ ACONTECENDO. ENQUANTO QUE A PRIMEIRA TROMBETA ATINGE A TERRA E UM TERÇO DA TERRA É DEVASTADO; AQUI, NA SEGUNDA O MAR É AFETADO, UM TERÇO DE TUDO QUE HÁ NO MAR É AFETADO.

AQUI NÃO HÁ SÓ DANOS NA NATUREZA: MORRENDO UM TERÇO DE TODOS OS PEIXES DO MAR. MAS TAMBÉM DANOS MATERIAIS, BARCOS E PESSOAS MORRERÃO. SÃO DESASTRES ECOLOGICOS E ECONOMICOS DE PROPORÇÕES GIGANTECAS PARA A ECONOMIA DO NOSSO MUNDO. UM CIENTISTA AFIRMOU QUE 40 POR CENTO DOS SERES VIVOS DO MAR DESAPARECERAM NOS ULTIMOS 50 ANOS.  

A TERCEIRA TROMBETA É TOCADA: “E CAIU DO CÉU UMA GRANDE ESTRELA, QUEIMANDO COMO UMA TOCHA, SOBRE UM TERÇO DOS RIOS E SOBRE AS FONTES DE AGUA. O NOME DA ESTRELA É ABSINTO, OU AMARGO, POIS TORNOU AMARGO UM TERÇO DAS AGUAS, E MUITA GENTE MORREU AO BEBER DESSAS AGUAS AMARGAS”.

O ABSINTO É UMA PLANTA AMARGA; NA TRADIÇÃO ROMANA DE CORRIDA DE BIGAS, O ATLETA TERIA QUE BEBER DESSA ÁGUA ANTES DA CORRIDA, PARA LEMBRAR AOS COMPETIDORES QUE A VITÓRIA TINHA SEU LADO AMARGO.

A PRIMEIRA TROMBETA A TERRA FOI ATINGIDA EM UM TERÇO DA SUA VEGETAÇÃO, NA SEGUNDA TROMBETA UM TERÇO DO MAR É ATINGIDO E AGORA, NA TERCEIRA TROMBETA, UM TERÇOS DOS RIOS SÃO ATINGIDOS.

E  NO SÉCULO XXI A FALTA DE AGUA DE POTAVEL SERÁ SENTIDA POR TODAS AS NAÇÕES DA TERRA,  FARÁ FALTA SUBSTANCIAL NA HUMANIDADE. AGUAS AMARGAS, AGUAS ABSINTAS, SÃO AGUAS SALGADAS...UMA PESSOA A DERIVA NO OCEANO NÃO CONSEGUE MATAR SUA SEDE COM AGUA SALGADA DO MAR.

A QUARTA TROMBETA É TOCADA: “E FOI FERIDO UM TERÇO DO SOL, DA LUA E DAS ESTRELAS, QUE ESCURECERAM. UM TERÇO DO DIA FICOU SEM LUZ, E TAMBÉM UM TERÇO DA NOITE. QUANTO MAIS O FIM SE APROXIMA MAIS O TEMPO DIMINUI. O DIA VOA E LOGO A NOITE CHEGA.

CALAMIDADES TEM VINDO SOBRE A HUMANIDADE COM RESULTADO DAS COISAS QUE ACONTECEM NO CÉU, METEOROS CAINDO SOBRE A TERRA, ECLIPSES, TEMPESTADES DE AREIA, FURACÕES, TORNADOS, ETC. ESSAS COISAS SÃO TROMBETAS DE DEUS ALERTANDO OS HOMENS A ARREPENDEREM DOS SEUS PECADOS.

POR FIM, O APOSTOLO JOÃO, VÊ UM AGUIA QUE VOAVA NO PONTO MAIS ALTO DO CÉU E  GRITAVA EM ALTA VOZ: “TERROR, TERROR, TERROR (AI, AI, AI, LAMENTO) SOBRE TODOS OS HABITANTES DA TERRA, PELO QUE ACONTECERÁ QUANDO OS TRES ULTIMOS ANJOS TOCAREM SUAS TROMBETAS.

 

 

terça-feira, 12 de novembro de 2024

A graça se manifestou Tt 2.11-14 

Introdução

Estamos estudando a carta de Tito, escrita enquanto ele pastoreava a ilha de Creta. Havia uma caricatura sobre os cretenses: “...cretenses, sempre mentirosos, feras malignas, glutões e preguiçosos” (Tt 1.12). No texto anterior vimos o apostolo Paulo exortando os “os homens mais velhos”, “as mulheres mais velhas”, “as mulheres novas” e, por fim, “os jovens”. Insistiu para que Tito pregasse a “sã doutrina” (Tt 2.1), ou seja, a doutrina verdadeira, a palavra de Deus, pura, saudável, que edifica, que dá saúde para o povo de Deus. E, agora, Paulo nos ensina que a boa doutrina produz bom comportamento, produz santidade em nosso viver.

1)     “Porque a graça de Deus se manifestou...”

Porquanto a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens” (Tt 2.11). ou “Porque a graça de Deus se manifestou, trazendo a salvação a todos os homens” (Tt 2.11).

O termo “manifestou” no grego é Epifania, que significa a visível aparição de alguma coisa ou de alguém que estava invisível. Essa palavra é usada no grego em relação à alvorada, ao amanhecer, quando o sol transpõe a linha do horizonte e se torna visível. A graça de Deus brilhou como o sol sobre aqueles que viviam nas regiões de sombra da morte.  

No evangelho vemos essa epifania para os habitantes da Galileia: “Terra de Zebulom e Terra de Naftali, na direção do mar, do outro lado do rio Jordão, Galileia, onde moram os pagãos! O povo que vive na escuridão verá uma forte luz! E a luz brilhará sobre os que vivem na região escura da morte!” (Mt 4.15-16). A palavra “escuridão” é “muaph” dá a ideia de penumbra, tristeza, melancolia. Essa penumbra é o descaso ou ignorância sobre Deus; mas ali brilhou a luz de Cristo. Jesus cresceu em Nazaré, região da galileia; foi ali também que Jesus chamou os seus discípulos, aliás, a maioria deles eram galileus. 

O apostolo Paulo fala dessa graça: “Mas, quando chegou o tempo certo (a plenitude do tempo), Deus enviou o seu próprio filho, que veio como filho de mãe humana e viveu debaixo da lei” (Gl 4.4, NTLH). Essa graça se manifestou quando Jesus nasceu numa estrebaria, cresceu numa carpintaria. E foi batizado no rio Jordão, por João Batista, quando disse: “Vejam é o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. É sobre esse que falei: depois de mim vem um homem que está acima de mim, porque ele já existia antes de mim” (Jo 1.29-30). 

 Essa graça brilhou quando dos seus lábios se ouviam palavras de vida eterna, quando ele curava os enfermos, purificava os leprosos, lançava fora os demônios e ressuscitava os mortos. A graça se manifestou quando o Filho de Deus entregou sua vida na cruz e a reassumiu na gloriosa manhã de ressurreição. A graça se manifestou para resgatar o homem do seu maior mal e oferecer a ele o maior bem.

“Graça de Deus”. A graça tem sua origem em Deus. Ele emana de Deus “Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu filho unigênito...” (Jo 3.16 NAA). A graça de Deus é totalmente imerecida, como disse o apostolo Paulo “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós; é dom de Deus” (Ef 2.8). Portanto, não há nenhum merecimento em nós, a graça é um favor de Deus, é um presente de Deus. 

“A graça de Deus é salvadora”. A graça de Deus é o favor superabundante de Deus pelos pecadores indignos. A graça de Deus triunfa sobre os nossos pecados. “Onde abundou o pecado, superabundou a graça de Deus” (Rm 5.20). Somos salvos pela graça, vivemos pela graça, dependemos da graça, respiramos a graça. Nada somos sem a graça. Por causa da graça, embora perdidos, fomos achados; embora mortos, recebemos vida. O Salmista Davi se expressou: “Tirou-me de um poço de destruição, de um atoleiro de lama; colocou os meus pés sobre uma rocha e firmou os meus passos”. (Sl 40.2 NAA).

A graça salvou os homens mais miseráveis. A graça salvou Saulo de Tarso, um fariseu que perseguia a igreja de Jesus e que consentiu na morte de Estevão, sim a graça salvou! A graça salvou Agostinho de Hipona, um homem cheio de desejos, prazeres mundanos, experimentou todas as filosofias do seu tempo, mas a graça lhe salvou. A graça salvou John Newton, um mercador de escravos, um homem ímpio, sem princípios, valores, mas a graça lhe salvou. A graça ainda salva, estende as mãos, não importa o que você fez! 

“Salvadora a todos os homens”. A graça de Deus não tem limite. O apostolo Paulo convida a igreja compreender, discernir, mensurar a respeito da graça de Deus “Vos seja possível compreender, juntamente com todos os santos, a largura, o comprimento, a altura e a profundidade desse amor” Ef 3.18 A21). A graça é suficientemente larga para abranger a totalidade de todos os homens; a graça é suficientemente cumprida para durar por toda eternidade; a graça é suficientemente profunda para alcançar o maior de todos os pecadores; a graça é suficientemente alta para lhe conduzir aos céus dos céus, onde tem morada para todos nós! 

O que dizer da graça de Deus?  O poeta tentou mensurá-la, ponderar:

“Se os mares todos fossem tintas, E o céu sem fim, fosse papeis,

Se as aves todas fossem penas, e os homens todos escrivães.

Nem mesmo assim, o amor ou a graça de Deus seria descritos em seu fulgor”.

2)     O efeito da graça

“Ela nos educa para que, renegadas a impiedade e as paixões mundanas...”(Tt 2.12). o termo traduzido por educar é paideuo que nos coloca no papel de criancinhas recebendo a instrução de pais amorosos. Somos ensinados sobre o que não fazer e sobre o que devemos fazer. Portanto, a graça de Deus nos educa, ela é pedagógica. Ela nos ensina a viver, ser cristão é ser matriculado na escola da graça. 

“Renegadas” é rejeitar, desdenhar, negar, repudiar. Sim, o homem que foi alcançado pela graça de Deus deve repudiar o caminho do pecado. A conversão é ter fé em Cristo e arrependimento é virar as costas para o pecado.  O que devemos renegar, rejeitar? 

“Impiedade” que é a rejeição de todo o que é reverente e de tudo o que tem a ver com Deus. A palavra grega é “asebeia” que aponta para o passado, para uma vida sem Deus e contra Deus. O ímpio é aquele que não leva Deus em conta e, por isso, não leva Deus a sério.

“Paixões mundanas”, são paixões sexuais, pecado de adultério (pessoas casadas tendo relacionamento com outras pessoas) e imoralidade sexual (jovens praticando sexo antes do casamento). Essas paixões são adjetivadas por “mundanas”, apontando para aquilo que era comum aos cretenses. Em suma, refere-se aos anelos desordenados de prazeres, poder e possessões, ou seja, sexo, poder e dinheiro. 

Portanto, a graça de Deus nos disciplina, nos educa a renunciar à nossa velha vida, a passar da impiedade para a piedade, do egoísmo ao autocontrole, dos caminhos desonestos a um tratamento justo com todos os demais. Quando as paixões não são renegadas, a graça se torna barata e a pessoa se evade da escola da graça.

E nos exorta “Vivamos, no presente século, sensata, justa e piedosamente”. Como devemos viver? “Vivamos sensatamente” que traz a ideia de prudência, autocontrole e moderação, ou seja, sensatez é ter seus impulsos, instintos, ações e reações sob controle. “Vivamos, no presente século... justamente”. A justiça fala do nosso correto relacionamento com o próximo. Uma pessoa justa é aquela que não se coloca acima dos outros nem tenta diminui-los. Ela concede aos outros o que lhes é devido.

“Vivamos no presente século...piedosamente”. A piedade está ligada ao nosso correto relacionamento com Deus. É o verdadeiro fervor e reverencia com o único que é objeto da nossa adoração.

Conclusão

“Enquanto aguardamos a bendita esperança: a gloriosa manifestação do nosso grande Deus e Salvador, Jesus Cristo” (Tt 2.13).

O cristão olha para o passado e glorifica a Deus porque a graça o libertou da impiedade e das paixões mundanas. Ele olha para o presente e exalta a Deus porque tem uma correta com Deus, consigo e com o próximo. Ele olha para o futuro e se santifica porque vive na expectativa da epifania, do aparecimento dos seu grande Deus e Salvador Cristo Jesus. Fomos salvos pela graça, salvos de nossas mazelas, maldições e agora, estamos na ponta dos pés aguardando o glorioso aparecimento do Rei dos Reis e Senhor dos Senhores.

 


 

domingo, 10 de novembro de 2024

 Aleluia e o julgamento de Deus – Ap.  19.1-21 

Introdução

É um termo de origem hebráica "Halleluyah", formado pela junção de Hallelu, que significa Louvar, mais Yah que significa Deus, Javé. Portanto Aleluia é louvar ao Senhor.

A palavra “aleluia” é universal em todas as línguas e aparece pela primeira vez em apocalipse 19. Esse capitulo é um cântico, uma celebração que fala da verdade e a justiça do julgamento de Deus sobre a grande prostituta. O texto começa com a voz de uma grande multidão que exclamava:

1)     aleluias

“Aleluia! A salvação, a gloria e o poder pertencem ao nosso Deus, pois verdadeiros e justos são os seus juízos. Ele condenou a grande prostituta que corrompia a terra com a sua prostituição. Ele cobrou dela o sangue dos seus servos” (Ap 19.1-2). A grande Babilônia é um símbolo do sistema mundano, que tudo corrompe. Ela impulsiona os homens adorarem o dinheiro, o sexo, status, fama, prazeres, etc.

O segundo “aleluia” demonstra sem palavras, gratidão, enquanto a fumaça sobe e se dispersa no ar. “Aleluia! A fumaça sobe sem parar, sem parar” (v.3). O juízo é severo, e mais pra frente lemos: “E a fumaça do seu tormento sobe para todo o sempre; e não tem repouso nem de dia nem de noite os que adoram a besta e a sua imagem, e aquele que receber o sinal do seu nome”(Ap 14.11).

O terceiro “aleluia” é entoado pelos 24 anciãos e os quatro seres viventes: “Amém! Sim! Aleluia! Do trono veio um brado, uma ordem: Louvem ao nosso Deus, todos vocês seus servos. Todos que o temem, pequenos e grandes!” Sim, os vinte e quatro anciãos e os quatro seres viventes louvam aquele que está assentado no trono.

O quarto “aleluia” é uma resposta congregacional retumbante “uma grande multidão, e como que a voz de muitas águas” ao chamado à adoração que partiu do trono, convocando todos a louvarem a Deus. Com o anuncio do banquete de celebração que leva Cristo e seu povo a uma eternidade de amor compartilhado – o banquete das bodas do cordeiro.

“Aleluia! O Senhor reina, o nosso Deus o todo-poderoso. Alegremo-nos, celebremos, ofereçamos a ele a gloria. Pois chegaram as bodas do cordeiro, e sua noiva já se vestiu, o vestido que ele deu, vestido de linho, brilhante e imaculado” (vs. 6-8).  

Os linhos são atos os atos justos dos santos”. E o anjo me disse: Escreva: felizes os convidados para o banquete do casamento do cordeiro! E acrescentou: essas são as palavras verdadeiras de Deus” (v.9).

2)     reis dos reis

Em seguida, o apostolo João viu “o céu aberto, e eis um cavalo branco; e o que estava assentado sobre ele chama-se fiel e verdadeiro e peleja com justiça...seus olhos são como chamas de fogo”. Sim, ele é rei dos Reis, está assentado em um cavalo branco, ele é fiel e verdadeiro e seus olhos são como chamas de fogo. Nada ficará oculto de seu profundo julgamento, nada! Ele julgará nossas palavras, nossas obras e os segredos do coração humano. Pode ser que alguém escape do juízo dos homens, mas não escapará do juízo de Deus.

“Em sua cabeça há muitos diademas”. Coroas em sua cabeça, ele reina, ele é soberano, e o reino que não terá fim. Todos os reinos começam e terminam, mas o reino de Deus é Sempiterno. Ele é o Alfa e o Omega, é o princípio e o fim de todas as coisas.

Está vestido com um manto encharcado de sangue; ele é conhecido como Palavra de Deus” (v.13). Seu manto não está encharcado de sangue, não é o sangue da cruz, mas o sangue de seus inimigos. Ele vem para julgamento. Ele vem para colocar os seus inimigos debaixo dos seus pés. Ele vem para julgar as nações.

“E seu nome é a Palavra de Deus”. Diz João: “No prinicipio era o verbo, o verbo era Deus e o verbo estava com Deus”. No grego é: “Em Arcken ho logos, kai ho logos em pós ton theos em ho logos”. Ele é a palavra de Deus, é o criador de todas as coisas, todas as coisas foram feitas através dele, por ele e para ele.

Conclusão

De sua boca sai uma espada afiada, com a qual ferirá as nações....ele pisa o lagar do vinho do furor da ira de Deus todo-poderoso. Em seu manto e em sua coxa está escrito este nome: Rei dos reis e Senhor dos Senhores” (v.16).

No final dos tempos, haverá outro banquete, mas será uma carnificina, em que o cordeiro trará julgamento sobre todos que não quiseram confessar Jesus como seu Senhor e Salvador e todos serão jogados no lago de fogo e enxofre. Os demais foram mortos com a espada que saía da boca daquele que está montado no cavalo. E todas as aves se fartaram com a carne deles.

 

 

terça-feira, 5 de novembro de 2024

 E a família, como está? Tt 2.1-8 

Introdução

“Tu, porém”. Nos versículos anteriores do capitulo 1, o apostolo Paulo descreveu os falsos profetas como detestáveis, desobedientes e incapazes de qualquer boa obra (Tt 1.16). A mesma coisa, o apostolo faz com o jovem Timóteo, sempre lhe incentivando a nadar contra a correnteza de um mundo sem Deus “Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste...” (2 Tm 3.14). E o apostolo exorta que Tito que “fale o que convém a sã doutrina” (Tt 2.1). 

A palavra “sã doutrina” no grego é “higiene” e se refere ao que é “saudável”, ao que é bom. Ele escreve na verdade “Que seu ensino seja puro, benéfico e doador de vida. Que a pureza do seu ensinamento desinfete o que foi contaminado e, então, estimule o crescimento saudável”. Isto é, diante de ensinamentos deturpados, corrompidos, midiáticos, ensine o que é saudável, o que é bom, o que eleva a família, o que ajuda os maridos, as esposas, as moças, os jovens, etc. 

1)     Homens da família

“Quantos aos homens mais velhos...” Na vida, quanto mais o tempo passa adquirimos sabedoria, no entanto, muitos recusam à maturidade, ao crescimento e se tornam críticos, cínicos, mal-humorados e até mesmo preguiçosos. No entanto, Moisés, começou os quarenta anos mais produtivos de sua vida aos 80 anos, libertando o povo de Israel da escravidão. E Calebe? Conquistou o território de Hebrom com 85 anos, dizendo: Primeiro ele diz: “E ainda hoje estou tão forte como no dia em que Moispes me enviou; qual era minha força, tal é agora a minha força” (Js 14.11) Depois ele diz: “dá-me este monte de que o Senhor falou aquele dia” (Js 14.12). 

O apostolo Paulo cita seis qualidades de homens mais velhos: “Equilibrado” ou “moderado”, isto é, é aquele que evita extravagancias e indulgencias demais em qualquer área da vida. A ideia é se livrar da dependência de coias que lhe faz mal. “Respeitáveis” ou “dignos de respeito”. Vem de uma palavra que se refere em geral às pessoas ou coisas que são majestosas. Negativamente, o termo significa se tornar trivial, entediante ou superficial. Positivamente, uma pessoa respeitável e digna de respeito.

“sóbrios” ou “sensatos”. Os cretenses eram definidos: “Cretenses, sempre mentirosos, feras malignas, glutões preguiçosos” (Tt 1.12). Ser “sóbrio”, contudo, é ser “moderado”, “prudente”, “modesto”, “comedido”, “disciplinado”. Trata-se de quem mede suas palavras, seus gestos, suas ações e suas reações. 

sadios na fé”. É a crença em Cristo como Salvador e Senhor e se estende para cada aspecto da vida. “No amor”, grego é ágape, como foco no próximo, na comunhão com o nosso próximo. “Na paciência”, “constância”, ou “perseverança”, que suporta a tribulação e depois “...produz um caráter aprovado, esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espirito Santo que nos foi dado” (Rm 5.5).

2)     As mulheres

“Ensine as mulheres mais velhas...”. O uso da expressão “de igual modo” ou “semelhantemente” sugere que as qualidades deles fazem paralelo com as dos homens mais velhos. Então, vejamos: 


“Reverentes”sérias no seu viver”, a palavra que vem do grego é “adequada para o templo”. A ideia de reverente sugere que a pessoa, por sua conduta, demonstra que pertence a Deus e que a sua vida é reservada à adoração a ele. O apostolo Paulo confirma em 1 Coríntios: “Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espirito de Deus habita em vós” (1 Co 3.16).

“caluniadoras” é o termo do grego que traduz “diabolôs”. O mesmo usado para descrever Satanás como o acusador ou o adversário “...satan, o acusador, aproximou-se...” (Jó 1.6). As caluniadoras sempre levam uma história para contar sobre alguém, e sua informação, nunca eleva a reputação da pessoa na mente dos outros, mas humilha, difama a honra da outra pessoa.

O apostolo Tiago diz que a “língua é fogo...e pode contaminar a pessoa por inteiro...”. E vai mais longe: “...não somente põe completamente em chamas o curso da nossa existência, como acaba, ela mesma, incendiada pelo inferno” (Tg 3.6). O sábio Salomão é incisivo: “A morte e a vida estão no poder da língua” (Pv 18.21).

Nem escravizada a muito vinho”, que permanece perto do vinho, dependente. Mas “capazes de ensinar o que é bom”, sim o que edifica, o que eleva a alma humana, coisas espirituais. E termina afirmando: “...poderão orientar as mulheres mais jovens a amarem seus maridos e seus filhos” (Tt 2.4). 

3)     As mulheres novas

as mulheres mais novas a “serem mais sensatas e sensíveis” ao Espirito Santo. A sensatez e a sensibilidade são qualidades necessárias em uma sociedade totalmente ditada pelos tentáculos do diabo. O apostolo Paulo elenca setes qualidades observáveis:

Puras” vem da palavra grega “hagnos” que é traduzido de “santo”, que significa uma pessoa “piedosa”, “consagrada” e “separada”, ou totalmente consagrada a Deus. “Ocupadas em casa”, essa expressão não significa a mulher que pilota fogão, ou somente trabalha em casa. Mas, refere-se a mulher virtuosa de Provérbios 31: laboriosa, parceira do marido, competente, cuida dos filhos, engajada em cultivar o bem-estar de sua família e em construir um legado para a família! 

“Submissas ao marido”. Aqui, o apostolo Paulo, descreve uma relação simbiótica em que a liderança amorosa do marido é devotada a servir à esposa, em contrapartida, a esposa responde com submissão. Em Efésios vemos os dois princípios: “Mulheres, sujeitem-se a seus maridos, como ao Senhor” (Ef 5.22) E a contraparte do marido é: “Vós maridos, amai as vossas mulheres”. Portanto, sujeição da parte da mulher e amor da parte do marido! Para o casamento se manter de pé, a mulher deve estar atenta e vigilante e o esposo deve velar por amor. Paulo termina exortando: “A fim de que a palavra de Deus não seja blasfemada” (Tt 2.5). 

4)     Os jovens

“De igual modo”, ou “da mesma maneira”. Como os jovens tendem a ser impetuosos e imprudentes (“moderados”), descontrolados em sua conduta, impulsivos e volúveis. O apostolo Paulo diz a verdade: “Tito, ajude a juventude a usar os freios na vida, sejam prudentes, tenham cuidado, vão devagar. Ajude a juventude a controlar sua língua, a controlar seu temperamento. Ajude a juventude a refrear sua ambição e a se purgar da ganancia... 

Mostre-lhes como dominar seus desejos e impulsos sexuais, como seguir a mente, em vez de seguir os instintos. Ensine-os a ser administradores responsáveis do dinheiro, em ser dizimista, em vez de dissipadores. E como será que Tito tinha de fazer isso?

Conclusão

Pelo exemplo!

Primeiro, o líder deve ser o padrão nas boas obras (Tt 2.7). Ele ensina não apenas com palavras, mas, sobretudo, com exemplo. Também, deve ser padrão no ensino da Palavra. O ensino tem que ser correto “integridade” (v.7). E “reverencia”, ensina, prega com temor, com humildade, sabendo que somos simplesmente um instrumento de Deus.

Usando “linguagem sadia e irrepreensível” (v.8). O púlpito é um lugar sério, não é um palco, para usar piadas e conversar inconvenientes e incompatíveis com a santidade da mensagem. E, assim, envergonharemos o adversário” e “não tendo nenhum mal a dizer de nós” (v.8). 


 

domingo, 3 de novembro de 2024

 É tempo de voltar  Lucas 15 

Introdução

Todas as parábolas de Lucas 15 falam do mesmo tema e retrata o amor de Deus. A ênfase em todas elas é: alegria de Deus de ver aquele que se perdeu voltando para os seus braços. O pastor achou a ovelha perdida, a mulher encontrou a dracma perdida e o filho perdido, foi achado. Deus sente alegria imensa quando o pecador volta-se para ele.

O filho prodigo sai da casa do pai, pede sua herança e, em seguida vai para uma terra distante e dissipa todos os seus bens, com os prazeres e mulheres. Então, acaba o dinheiro, uma fome abateu sobre aquela região e acha meio de sobreviver cuidando de porcos. Até que ele cai em si, lembra-se da casa do pai, da fartura, da bonança, de tudo. E volta para os braços do pai com um discurso pronto. E o pai lhe esperava, lhe aguardava e faz uma linda festa...

1)     Feliz inconscientemente na casa do Pai.

Ele tinha um pai, tinha família, irmão, uma casa, servos para servi-lo, ele tinha tudo...agora, ele tinha insatisfação. Nada lhe preenchia, nada que havia na casa do pai lhe satisfazia. Para ele a vida está pulsando do lado de fora da casa do Pai...nada do que tem aqui me dá satisfação.

E, mais: ingratidão. Tem tudo e nada lhe faz sentido. Porque um jovem se afasta da igreja? Por que um jovem vai experimentar cocaína, maconha ou até mesmo clack?

Também, injustiça. Eu quero minha herança antecipada, emocionalmente o pai já estava morto em seu coração. O que lhe interessava era o seu bem querer, era sua vida, seu prazer, seu narcisismo. No entanto, ele era feliz e não sabia disso!

2)     Infeliz inconscientemente.

Ele vai para um país distante, uma terra longínqua. Distante do pai, distante dos valores da família, distante do que aprendeu em casa, distante das cobranças. A liberdade se transformou em libertinagem, as facilidades da vida, as influencias, o status, as taças de prazeres, os banquetes com os amigos, o banquete do mundo, os amigos do boteco, as bebedeiras, banca as contas, etc. 


Totalmente mergulhado nas ondas caudalosas do pecado, do prazer.

Veja o rei Salomão, tentou se satisfazer com todas as realizações da vida: construções, vinhos, mulheres, realizações, fama, etc. Mas tudo lhe foi em vão, como correr atras do vento.

Mas um dia o dinheiro acabou, todos os amigos foram embora, vem uma fome terrível, seca e abateu todo aquela terra longínqua. Nisso, começou a passar necessidade e achou um emprego para cuidar de um chiqueiro de porcos. 

Veja a vida de um viciado em cocaína, veja a vida de um viciado em sexo, veja a vida de um viciado em bebidas, uma vida sem sentido...

O pecado prometo mundos e fundos, mas depois engana, depois lhe abandona nos cantos da cidade. O pecado lhe promete liberdade, mas lhe escraviza.

3)     Infeliz conscientemente

O dinheiro acabou, veio a fome, começa a passar necessidade. Aquilo que lhe era abominável, humilhante ele tem que fazer: cuidar dos porcos. Ele chega no fundo do poço, caído, sem esperança, sem consolo, com vontade de comer da comida dos porcos. 

E agora? O que vou fazer? Será que não é melhor eu acabar com a minha vida? Até que se lembra da casa do Pai. E, lembra-se, que até mesmo os trabalhadores da casa do pai comem bem. Vou me levantar, vou voltar pra casa do meu pai e lhe direi: “pequei contra o céu e a terra, já não sou digno de ser chamado seu filho, trata-me como um escravo”.

Conclusão

Feliz conscientemente na casa do Pai

QUANDO ele volta, o pai está lhe esperando, está lhe aguardando. sim, lhe esperava ansiosamente. O Pai vai ao encontro do filho e lhe abraça, enquanto que o filho tenta se justifica: "Pai, sei que errei, pequei contra o céu e a terra...trata-me como um escravo". Mas, imediatamente, o pai lhe dá uma roupa nova, uma anel no dedo e um chinelo nos pés. E, por fim, manda matar um novilho cevado para comemorar com toda a comunidade sua volta: "Esse meu filho estava perdido, mas foi achado".