terça-feira, 26 de julho de 2016

O que acontece quando oramos?                 Genesis 18. 17-33


Introdução: 

A oração, segundo as Escrituras, não é de modo algum, confusa. É profunda.  Tiago ensina  duas coisas: “Não tem porque não pedem” (Tg 4.2, Mt 7.7). Deixe que essa proposição entre em sua cabeça.  

A segunda cousa é: “Quando pedem, não recebem, pois pedem por motivos errados, para gastar em seus prazeres”.    Pedimos muitas vezes e não recebemos porque pedimos mal. São os deleites, os prazeres, que nos levam a pedir mal, de forma desfocada da vontade divina.

1)    A forma de uma petição.

Deus pode dizer “sim” à nossa petição mas “não” à nossa motivação.  Em números 11, os hebreus estavam se preparando para a Terra prometida, sob a liderança de Moisés. Depois de alguns anos no deserto, o entusiasmo da liberdade diminuirá. Deus lhes dera um suprimento miraculoso de alimento para impedir que morresse de fome no deserto, mas comer a mesma comida a cada refeição se tornara algo tedioso. Era maná no café da manhã, no almoço e na janta. Torrado, tostado, cozido, grelhado, escaldado, assado e frito.


Até que um dia, mandaram a Moisés a Deus sua reclamação (Nm 11.4-6). Deus respondeu à petição daquele povo. Prometeu dar a eles carne de codornizes. Deus, no entanto, condenou tal reclamação ingrata (Nm 11.19-20).  As codornizes vieram e voavam alguns centrimentos cima do chão, de modo que as pessoas conseguiam pegá-las às centenas (Nm 11.33).  Por quê  Deus feriu com uma praga terrível?  Por causa da atitude reprovável do povo. Ingratidão.  Eram pessoas, egoístas, míopes, glutonas e com mentalidade de escravos, que valorizavam seu estomago cheio mais do que o doce gosto da liberdade.

Deus pode dizer “não” à nossa petição mas “sim” à nossa motivação. Em Genesis 18, Abraão implorou ao Senhor que não destruísse o justo com o injusto. Por quê? O que motivou Abraão a orar assim? Ele pensava em Ló, na esposa de Ló e nas duas filhas do casal. O interessante é que ele os considerava justos. Abraão queria deter a justiça divina a Sodoma Gomorra – a despeito do clamor de suas vitimas -, tudo por causa de seus entes queridos (Gn 18.20-21). Deus honrou a motivação de Abraão sem conceder o pedido propriamente dito. 



“Clamor” é um grito pedindo ajuda em momento de dificuldade. A palavra é usada quase exclusivamente  em referencia a um grito vindo de um coração perturbado, que precisa de algum tipo de ajuda. O contexto sugere que o clamor ouvido por Deus vem contra as cidades malignas, não delas próprias.

Um testemunho poético de um soldado americano desconhecido cujos pedidos foram barrados com “nãos” e cujas motivações alcançaram “sins”: 

Pedi força a Deus para que pudesse empreender. Fui enfraquecido  para que pudesse aprender a humildemente obedecer.
Pedi saúde a Deus para que pudesse fazer coisas melhores. Recebi uma enfermidade para que pudesse fazer coisas melhores.
Pedi riquezas a Deus para que pudesse ser afortunado. Recebi pobreza para que pudesse ser sábio.
Pedi poder para que pudesse receber elogios dos homens. Recebi fraqueza para que pudesse sentir a necessidade de Deus.
Pedi todas as coisas que pudesse desfrutar na vida. Recebi vida para que pudesse desfrutar todas as coisas.
Não recebi nada do que pedi, Mas tudo pelo que esperava..
Quase a despeito de mim mesmo, Minhas orações não pronunciadas foram respondidas. Sou, entre os homens, o mais ricamente abençoado.

Deus pode dizer “sim” à nossa petição e “sim” à nossa motivação. O profeta Elias, diante dos profetas de Baal, propôs um teste para mostrar qual  Deus  era verdadeiro (1 Rs 18.21-24). Elias ofereceu para ir em segundo lugar, de modo que os sacerdotes de Baal iniciaram sua petição (1 Rs 18-26-27) . Clamaram ao deus deles quase meio dia, mas nada de resposta.  Finalmente, quando o sol se baixava, Elias chamou para que observassem seu altar (1 Rs18.32-35).  Então, Elias orou: “Ó Senhor, Deus de Abraão, Isaque e de Israel, que hoje fique conhecido que tu és Deus em Israel e que sou o teu servo e que fiz todas estas coisas por ordem tua. Responde-me, ó Senhor, responde-me, para que este povo saiba que tu, ó Senhor, és Deus, e que fazes o coração deles voltar para ti” (1 Rs 18.36-37). Antes que pudesse pronunciar o “Amém” final, “o fogo do Senhor caiu e queimou completamente o altar, a lenha, as pedras e o chão, e também secou totalmente a água na valeta (1 Rs 18.38).


Deus pode dizer “não” à nossa petição e “não” à nossa motivação. Isso normalmente ocorre quando não nos arrependemos e não confessamos o pecado em nossa vida. “A ele clamei com os lábios; com a língua exaltei. Se eu acalentasse o pecado no coração, o Senhor não me ouviria; mas Deus me ouviu, deu atenção à oração que lhe dirigi” (Sl 66.17-19). Deus ignorará a petição se nossos motivos tiverem manchados de hipocrisia ou orgulho (Lc 18:9-14). A passagem de Pedro 3.7 nos adverte de que os maridos que desonram a esposa podem ter suas orações interrompidas.

Conclusão:  Três respostas à oração.

Às vezes, Deus responde com um “sim” imediato. Recebemos a resposta de Deus dentro de um período relativamente breve.

Às Vezes, Deus diz: “Não”. O apostolo Paulo, um dos maiores cristãos, experimentou o “não” de Deus (2 Co 12.7-9).

Às vezes, Deus diz: “Espere”. Não é um “não” imediato – mas às vezes dói quando Deus diz um “sim” atrasado. Abraão esperou 25 anos para receber o filho da promessa. José do Egito, esperou 13 anos, para Deus cumprir a promessa.

bibliografia:
Tiago- nosso contemporâneo -Isaltino Gomes Coelho Filho
Abraão - Um homem obediente e destemido - Charles Swindool





  

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