terça-feira, 10 de maio de 2016

Vivendo a vida cristã.  Hb 13.1-8

Em todos os capítulos de hebreus, vimos o apóstolo tem desfilado diante de nós as glórias do Senhor Jesus Cristo e as bençãos que vêm por seu intermédio. Ele insistiu para que não déssemos as costas a Jesus e nos advertiu com franqueza que, se o abandonarmos, haverá um lugar para nós: trevas exteriores.  Mostrou-nos a necessidade de continuar a corrida até o momento de nossa morte, perseverando com passos firmes e definidos no progresso espiritual.  E, agora, neste capítulo, o autor enumera declarações breves que ressaltam áreas da vida do cristão.

1)   Dê atenção especial aos relacionamentos com outros cristãos (13:1-3).


Todos os cristãos – mesmo aqueles que não temos afinidade – são nossos irmãos. É um fato. Todo cristão, seja ele homem ou mulher, é irmão, quer eu o trate bem ou não (1 Jo 4:20-21).  Será que entendemos isso na prática? Tenho de simplesmente perguntar como eu trataria um irmão de sangue que aparecesse na igreja sem avisar previamente. É assim que devo tratar meus irmãos espirituais em Cristo. 


 Os judeus tinham o provérbio: "Há seis coisas cujo fruto o homem come neste mundo e pelas quais seu corpo se ergue no mundo futuro". E a lista começa: "Hospitalidade para com o estrangeiro e visitar os doentes".

A hospitalidade era muito importante no primeiro século da era cristã. A maioria das pensões e hospedaria era extremamente básica, sem conforto, e muitas eram de baixa reputação. Quem pode dizer quantas vidas foram, por meio da hospitalidade, fortalecidas, enriquecidas e transformadas através dos séculos, até os dias atuais? Tanto Abraão quanto Ló receberam em seus lares verdadeiros mensageiros de Deus, sem saber, pelos menos no começo, que hospedavam anjos.

Se hoje eu soubesse que meu irmão de sangue está preso, o que eu faria? Imediatamente pensaria em como ele se sentiria (3 a). Pensaria no que estaria precisando, fosse ajuda, cartas, uma visita, roupas, papel, livros, o que fosse.  Não deverá ser diferente com meus irmãos espirituais. Não estão presos como criminosos, mas por terem sido fiéis ao Senhor Jesus Cristo. Poderia ter sido eu! Não adianta dizer: não os conheço. São meus irmãos! O que estou fazendo?

Tertuliano em sua Apologia escreve: "Se acontecia que alguém se encontrasse nas minas ou fosse proscrito nas ilhas ou lançado nas prisões por nenhuma outra razão que por sua fidelidade à causa da Igreja de Deus, eram cuidados como meninos de peito”. 

Aristides, o orador pagão, disse dos cristãos: "Se ouvirem que algum deles está na prisão ou passa tribulação por causa do nome de seu Cristo, todos lhe prestam ajuda em sua necessidade e se podem resgatá-lo, o põem em liberdade".

O dia em que eu tratar todos os crentes pelo que realmente são – meus irmãos – não somente minha própria vida como também a vida desses irmãos será de progresso espiritual.

2)  Nossa atitude para com o casamento (13.4).

No mundo depravado do primeiro século da era cristã, os laços do matrimônio significavam muito pouco. Quem se importava com o casamento? O resultado era que reinavam relações sexuais entre pessoas não casadas, como predominavam também o adultério e a homossexualidade. Diante disso, os cristãos, ensinavam que a pureza sexual era de tal forma importante que o evangelho exigia o celibato e o asceticismo – os cristãos não deviam se casar e deviam tratar seus corpos com severidade.


Mas, o apóstolo exorta que o caminho do Senhor é de castidade fora do laço do casamento e de prazer dentro desse vinculo. Os cristãos coerentes são parceiros fiéis e amorosos que criam e conservam lares estáveis, cheios de amor.

3)   Nossa atitude para com o dinheiro (13.5-6).

O Deus que disse “Não adulterarás” disse também “Não cobiçarás” (Ex 20.14,17), mostrando assim que a invejosa ansiedade por posses materiais é tão grave quanto os de natureza sexual. As palavras do apóstolo aqui se referem à cobiça geral e, em particular, ao amor ao dinheiro. O caminho de Deus para nós é do contentamento (Pv 30.7-9). O nosso Senhor nos declarou (Mt 6.25,32-34).


Alguns conselhos. Como resistir ao pecado? Evitar situações para não expormos aos pensamentos do mundo (novelas, programas humorísticos, etc), fugir de pessoas e lugares que despertem a luxuria sexual ou financeira; EXPOR NOSSA MENTE MAIS À MENTE DE DEUS (oração, leitura da Palavra de Deus, pregação, leitura de bons livros e amizades que fortaleçam nossa vida espiritual).

4)   Dê atenção especial à atitude apropriada quanto aos líderes cristãos (VS 7,8 e 17).



a)   Líderes do passado. “Lembrem-se dos seus líderes”, como traduz a NVI. São aqueles que “falaram a Palavra de Deus”. Ao lermos todo o versículo, fica evidente a referencia aos líderes do passado. São aqueles que “falaram a palavra de Deus”. Ao utilizar esse termo, o apostolo se refere, aos líderes, que já deixaram a vida terrena.  Isso é um tremendo antídoto à apostasia. Apostasia, judaísmo ou qualquer outro sistema é simplesmente incapaz de produzir homens e mulheres dessa estirpe.



b)  Líderes do presente (v.17). Aqueles líderes foram e jamais voltarão. Mas, Deus sempre levanta uma nova geração de líderes. Moisés foi sucedido por Josué, Elias por Eliseu e Paulo por Timóteo. Os líderes que morreram foram chamados para o seu tempo, e nossos líderes atuais são chamados “para conjuntura como esta” (Et 4.14). Não podemos nos esquecer que o Senhor estava com Josué do mesmo modo como esteve com Moisés (Js 1.5) e que, aqueles que zombam da nova liderança será julgados pelo Senhor, como prova o destino dos rapazes que insultaram a Eliseu (2 Rs 2.23-25).



Esta ovelha foi encontrada após peregrinar perdida por 6 anos. Ela carregava peso extra por não ter um Pastor para cuidar dela. E só levou 20 minutos para o Pastor cortar o peso extra que ela carregou em 6 anos, por não ter um Pastor. É tempo de perder o peso, culpa e vergonhas. Não carregue seus fardos sozinho. Volte pra igreja! volte pra Jesus.

Mas por que devemos nos submeter aos líderes espirituais e obedecer-lhes tão livremente? Porque somos todos propensos a nos desviar do Senhor. Precisamos de alguém que zele por nós. Todos devemos cuidar uns dos outros (3.13; 10.25), mas Cristo designou os pastores  para serem especialmente responsáveis por essa tarefa. No juízo final, eles terão de prestar contas de como desempenharam a tarefa. Terão de responder ao Senhor pelo exemplo que deram, o ensino ministrado por eles na igreja e o cuidado pastoral que praticaram. Que tremenda responsabilidade a deles!

Conclusão: O líder máximo (v.8). Jesus é o Sumo Pastor da igreja. Ele é aquele que nunca muda, nunca nos decepciona, nunca se aposenta nem vai embora e cujo poder está sempre à nossa disposição. Num mundo de constantes mudanças , que força e alivio é recitar o versículo 8!


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