Alguém para cantar Ex 15.1-21
Introdução
Moisés e Miriam compõe um cântico de louvor e adoração a Deus. Esse é um dos cânticos poéticos mais antigos que temos conhecimento e, trata-se de uma poesia. O cântico é um discurso intensificado. O que esse ato de cantar faz? O cântico não explica, ele expressa. O cântico, o poema, é sempre, e sempre foi, um ato fundamental de adoração. O cântico é dar testemunho do poder de Deus.
Deus fez algo estrondoso para o povo de Israel, sim, ele
abriu o Mar Vermelho; Deus mandou o vento oriental a noite toda, e o povo
passou em seco; enquanto os egípcios se submergiram nas águas. Esse cântico,
celebra, engrandece, magnifica, exulta, honra, o Deus Todo-Poderoso, o criador
de todas as coisas, aquele que é o Yahweh, o Deus do pacto, da promessa e que
age no meio do seu povo.
Esse cântico de Moisés é tão importante que será cantado no céu. Diz apocalipse 15: “...e cantavam com o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do cordeiro: “Grandes e maravilhosas são as tuas obras, Senhor Deus Todo-Poderoso, justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei das nações. Quem não te temerá, ó Senhor? Quem não glorificará o teu nome? Pois tu somente é santo. Todas as nações virão à tua presença e te adoração, pois os teus atos de justiça se tornaram manifestos” (Ap 15.3-4).
1)
O
cântico de Moisés
Primeiro, a razão do cântico. Moisés e Miriã assumem a liderança do louvor e convida as pessoas a cantar: “Cantem ao Senhor, pois ele é grandemente exaltado” (v.21). E o que ele fez? “Cantarei ao Senhor, pois triunfou gloriosamente. Lançou ao mar o cavalo e o seu cavaleiro” (Ex 15.1). E quem é o Senhor? “O Senhor é a minha força e a minha canção; ele é a minha salvação! Ele é o meu Deus e eu o louvarei, é o Deus de meu pai, e eu o exaltarei” (Ex 15.2).
“Cantarei ao Senhor” a repetição da primeira pessoa sugere fortemente uma experiencia em primeira mão do que Deus tem feito. Sim, Deus agiu em favor do seu povo; em Pi-Hairote e Baal-Zefom, quando tudo parecia perdido, que não havia mais escape, Deus abriu o Mar Vermelho e o povo passou em seco. E quanto a nós, cantaremos ao Senhor? Engrandeceremos o Seu Santo Nome? Nossa geração precisa de ter uma experiência com o Senhor...
Segundo “O Senhor é um guerreiro, o seu nome é Senhor”(Ex 15.3). Moisés já havia exortado o povo antes de cruzar o Mar Vermelho: “Não tenham medo. Fiquem firmes ...O Senhor lutará por vocês; tão somente acalmem-se” (Ex 14.13-14). Deus é o Senhor dos Exércitos que luta ao lado do povo de Deus contra as forças do mal e da tirania. O profeta Isaias descreve esse guerreiro: “Ele vestiu-se de justiça, como de uma couraça, e pôs na cabeça o capacete da salvação; e pôs sobre si vestes de vingança e cobriu-se de zelo, como de um manto” (Is 59.17). O que o guerreiro fez? “...lançou no mar os carros de guerra e o exército de Faraó. Os seus melhores oficiais afogaram-se no Mar Vermelho. Águas profundas os encobriram; como pedra desceram ao fundo” (Ex 15.4).
E os deuses pagãos? Ficavam assistindo os povos lutarem suas
guerras, sem fazer nada; como no Monte Carmelo que os profetas de Baal não
foram respondidos; os deuses dos egípcios não puderam fazer nada diante das
pragas que Deus enviou. Enquanto Deus porta-se ao lado do seu povo, lutando
suas guerras, seus combates. Quem Ele é? Seu nome é “O Senhor é
guerreiro, o seu nome é Senhor” (Ex 15.3). Sim, ele é Yaweh, o Deus que
apareceu para Moisés no Monte Sinai.
Terceiro, “...tua mão direita foi majestosa em poder” (Ex 14.6). Sim, “a tua mão direita despedaçou o inimigo” (Ex 14.6). Moisés usa uma figura de linguagem falando sobre a mão de Deus, embora saibamos que Deus não tem mão! A mão de Deus significa o seu poder. O que a mão de Deus faz? “...a tua mão direita despedaçou o inimigo.... derrubaste os teus adversários. Enviaste o teu furor flamejante, que consumiu como palha”. E o que mais é a mão direita?
A mão direita de Deus destruiu os exércitos de Faraó. Diz o poema:
“O inimigo se gloriava: Eu os perseguirei e os alcançarei, dividirei o
despojo e os devorarei. Mas enviaste o teu sopro, e o mar os encobriu. Afundaram
como chumbo nas águas volumosas” (Ex 15.8-10). O poema termina perguntando:
“Quem entre os deuses é semelhante a ti, Senhor? Que é semelhante a ti?
Majestoso em Santidade, terrível em feitos gloriosos, autor de maravilhas”
(Ex 15.11). E termina afirmando: “Estendes a tua mão direita e a terra os
engole” (Ex 15.12). QUEM É SEMELHANTE
A TI? Moisés pergunta. Não há ninguém como o nosso Deus.
Quarto “tu guiarás o povo...tu os guiarás à tua santa habitação” (Ex 15.13). Aqui fala de um passado profético. Uma outra versão diz: “Por causa do teu amor tu guiaste o teu povo que salvaste; com o teu grande poder os levaste para a terra prometida” (NTLH). Deus tem compromisso com seu povo. Deus tem compromisso de nos guiar. O povo seria guiado a terra prometida por Deus, ou seja, quarenta anos depois. O tempo está no futuro, Deus tem compromisso com seu povo, em guiar, orientar, proteger, fazer maravilhas no meio do deserto. Deus tem compromisso, sua nuvem está sobre o seu povo, seu fogo lhe protege durante a noite.
Quinto “as nações ouvem e estremecem”. Moisés está falando diante
do que Deus fez no meio do seu povo, abrindo o Mar Vermelho, o medo se apoderou
das nações de Canaã. Sim, todos eles se apoderaram, ficaram com medo do Deus de
Israel. Os cananeus, os heveus, os fereseus, os hititas, filisteus, jebuseus,
gigaseus, moabitas, amonitas, edomitas, midianitas etc.
“...angústia se apodera do povo da Filístia. Os chefes de Edom ficam aterrorizados, os poderosos de Moabe são tomados de tremor, o povo de Canaã esmorece; terror e medo caem sobre eles; pelo poder do teu braço ficam paralisados como pedra, até que passe o teu povo, ó Senhor, até que passe o povo que tu compraste” (Ex 15.14-16).
Novamente Moisés volta ao que aconteceu no Mar Vermelho: “Quando
os cavalos, os carros de guerra e os cavaleiros do faraó entraram no mar, o
Senhor fez que as águas do mar se voltassem sobre eles, mas os israelitas
atravessaram o mar pisando em terra seca” (Ex 15.17).
Sexto, Moisés fala da promessa do Senhor em cumprir sua palavra e da presença do Senhor constante no meio do seu povo. Ele diz: “Tu o farás entrar e o plantarás no monte da tua herança...”. E lá, no lugar da sua herança, da terra santa, terra que mana leite e mel, farás sua “habitação”. Duas coisas, a promessa de uma terra se cumprindo, e a promessa da presença de Deus no meio do seu povo. E termina afirmando: “O Senhor reinará eternamente” (Ex 15.18).
Sétimo uma celebração de alegria. Diz o texto: “Então Miriã, a profetisa, irmã de Arão, pegou um tamborim e todas as mulheres a seguiram, tocando tamborins e dançando. E Miriã lhes respondia, cantando: “Cantem ao Senhor, pois triunfou gloriosamente. Lançou ao mar o cavalo e o seu cavaleiro” (Ex 15.20-21). Com cânticos e danças, Miriã conduz os israelitas em louvor sincero ao Senhor. Se os israelitas são intensos em seu louvor a Deus, os cristãos tem ainda mais razões para se regozijarem na vitória de Cristo sobre Satanás e os poderes do mal.
Conclusão
O que aprendemos com o cântico de Moisés? A canção relembra o maior proposito por trás desse evento no Mar Vermelho, sim, Deus abriu o Mar Vermelho. Olhando para o passado e olhando para o futuro com esperança, o cântico destaca a dependência dos israelitas em relação a Deus. Tanto o seu passado quanto o seu futuro tem sido e serão moldados por Deus.
Nenhum comentário:
Postar um comentário