Ele virá como um ladrão 1 Ts 5.1-11
Introdução
Quanto a volta de Cristo, temos duas realidades. Há aqueles
que deixam de fazer a obra, ou de trabalhar, casar, estudar, etc, por causa da
volta de Jesus. Há aqueles que vivem despreocupadamente sem dar credito, importância
a volta de Cristo. Estes são zombadores e escarnecedores, quem andam dizendo: “Onde
está a promessa da sua vinda? Porque, desde que os pais dormiram, todas as cousas
permanecem como desde o principio da criação” (2 Pe3.4).
No meio dessas duas realidades, como a igreja de Cristo deve
se portar? Que atitude deve ter em relação à volta de Jesus? A igreja deve aguardar
a volta de Jesus com uma atitude de expectativa, vigilância, resiliência e
confiança e Deus.
1)
Aguardando
a volta de Jesus
“Quanto aos tempos e épocas
não precisamos escrever-lhes” (1 Ts 5.1). Havia na igreja de Tessalonicense uma certa
inquietude de saber exatamente o dia da volta de Jesus. Mas, Paulo já havia
ensinado sobre esse assunto, arrazoando que não lhes competia saber tempos ou épocas.
Porquanto “a respeito daquele dia e hora
ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão exclusivamente o Pai”
(Mt 24.36).
A igreja de Tessalônica queria saber detalhes sobre o tempo da segunda vinda de Cristo e Paulo não tem nada acrescentar além do que havia ensinado. Paulo não era um ESCATOLOGISTA OBSSESSIVO com uma calculadora na mão fazendo contas pra marcar datas e nem com um MAPA PROFÉTICO fazendo conexões entre estes e aqueles acontecimentos históricos.
Na história temos vários momentos de pessoas que profetizaram
a volta de Jesus. William Miller previu que Jesus voltaria em 21de março de
1844 depois 18 de abril de 1844, enfim, Jesus não voltou. A Testemunhas de Jeová,
com o seu líder Charles Russel, proclamou o retorno de Cristo em 1874. O pastor
Napoleão Falcão afirmou que Jesus viria no ano 2000. Enfim, tantas previsões e Jesus
ainda não voltou.
“...pois vós mesmos
estais inteirados com precisão de que o dia do Senhor vem como ladrão de noite”
(1 Ts 5.2). O mundo atua vive a dizer, como na parábola de Lucas “Não queremos
que este reine sobre nós” (Lc 19.14). Muitos se recusam a acreditar que “o dia
do Senhor” está chegando. Jesus virá como um ladrão de noite, ou seja,
repentina e rápida.
“...como ladrão”. Primeiro, expressa a imprevisão do tempo. O ladrão vem quando não é esperado, e pega a família de surpresa. Segundo o dia do Senhor, será tão repentino e mal recebido qual a visita de um arrombador de casas...
Portanto, o mundo será pego de surpresa, porque se recusa a
ouvir a Palavra de Deus e atentar para a sua advertência. Deus avisou que o
diluvio estava a caminho e, no entanto, somente oito pessoas creram e foram
salvas (1 Pe 3.20). Ló avisou sua família de que a cidade seria destruída, mas
ninguém lhe deu ouvidos (Gn 19.12-14). Jesus avisou sua geração de que
Jerusalém seria destruída (Lc 21.20-24), mas muitos pereceram durante o cerco
de Jerusalém.
“Quando andarem
dizendo: Paz e segurança, eis que sobrevirá repentina destruição” (1 Ts 5.3). Aqui Paulo, está enfocando
o pensamento pecaminoso, mundano que se consola pensando que nada lhe pode
acontecer (2 Pe 3.3-4). Será exatamente quando isto estiver sendo dito que lhes
sobrevirá repentina destruição. “Paz” é “eirene” no grego e alude ao
contentamento íntimo, à tranquilidade, supostamente baseada na paz estabelecida
entre os homens. Os incrédulos do mundo são como bêbados vivendo em um paraíso
falso e desfrutando uma segurança falsa.
“Eis que lhes sobrevirá repentina destruição, como vem as dores de parto à que está para dar a luz; e de nenhum modo escaparão” (1 Ts 5.3). A destruição será repentina da qual não haverá meio escape. Será um dia de glória e de terror ao mesmo tempo. Se a segunda vinda será o dia de recompensa dos salvos (1 Ts 4.13-18), ao mesmo tempo, será um dia de terror e catastrófica decisão para os ímpios (1 Ts 5.31). Exatamente no mesmo instante que o mundo estará se ufanando de sua paz e segurança, uma repentina destruição virá sobre ele.
2) O comportamento da igreja na expectativa da volta do Senhor.
“Mas vocês, irmãos, não estão nas trevas, para que esse dia os surpreenda como ladrão” (1 Ts 5.4). Há uma diferença do cristão em relação ao ímpio, o homem sem Deus. Paulo diz: “Voces são todos filhos da luz, filhos do dia. Não somos da noite nem das trevas” (1 Ts 5.5). Os salvos amam a segunda vinda de Cristo, esperam a segunda vinda, oram pela segunda vinda e apressam a segunda vinda por intermédio de um serviço consagrado.
“Não durmamos como os
demais, mas estejamos atentos e sejamos sóbrios” (1 Ts5.6). Dormir é um
relaxamento espiritual e moral. Significa estar despreparado como as cinco
virgens loucas (Mt 25.3,8). Quando a pessoa está dormindo não está alerta nem
envolvida no que está acontecendo ao seu redor. Jesus adverte: “Vigiai, pois, porque não sabeis o dia
nem a hora” (Mt25.13).
“Seja sóbrio”. Significa estar cheio de ardor moral e espiritual, ter autocontrole. Ser sóbrio é viver preparado para a segunda vinda de Cristo a todo o instante. Diferente do comportamento mundano: “Pois os que dormem, dormem de noite, e os que se embriagam, embriagam-se de noite” (1 Ts 5.7). Devemos ter azeite em nossas lâmpadas. Azeite é uma vida diante da presença do Senhor.
“Revestindo-nos da couraça a fé e do amor e tomando como capacete a esperança da salvação” (1 Ts 5.8). Há uma luta, uma peleja, o mundo é um campo de batalha, o diabo e os demônios nossos inimigos. Vamos usar a couraça da fé para nos proteger dos dardos inflamados do maligno. Mas, vamos vestir também o capacete da salvação, que é a convicção, é a certeza da vida eterna.
Paulo exorta: “Porque
Deus não nos destinou para a ira, mas para recebermos a salvação por meio de
Nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Ts 5.9) A salvação é o livramento da ira de
Deus. Na salvação somos herdeiros de Deus e coerdeiros com Cristo Jesus.
João assevera: “Deus enviou o seu filho ao mundo, não para
que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele” (Jo 3.17).
Paulo expressa sua convicção: “Ele
morreu por nós para que, quer estejamos acordados quer dormindo, vivamos unidos
a Ele” (1 Ts 5.10).
Conclusão:
Paulo encerra este assunto da iminente volta do Senhor, conclamando os crentes a ajudar-se mutuamente: “Consolai-vos, pois, uns aos outros e edificai-vos reciprocamente, como também estais fazendo” (1 Ts 5.11). a obrigação de nos amarmos uns aos outros e sermos devotados uns aos outros. Podemos nos edificar reciprocamente, avançando para uma vida ais santa, e com obras mais frutíferas para o Senhor.
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