A verdade que liberta – Jo 8.31-36
Introdução
Hoje, fala-se, em liberdade de expressão. Tivemos essa semana no Brasil um episódio com o jogador Mauricio, jogador de vôlei, que fez uma postagem no seu Istagram com a imagem do filho do Superman beijando outro homem. Ele escreveu embaixo da foto: “A é só um desenho, nada é nada demais. Vai nessa que vai ver onde vamos parar...”. Por causa dessa postagem ele foi demitido do seu time de futebol.
E a liberdade? O lema da revolução francesa era: “liberte,
egalite e fraternite”, ou seja, liberdade, igualdade e fraternidade. Portanto, liberdade
é um grito da alma humana...Certa vez perguntaram a um novelista algum tema
especial em seus livros: “Sim, liberdade. Como alcançar a liberdade é a minha
obsessão, todos os meus livros falam sobre isso”.
1)
Jesus
e a liberdade
Jesus Cristo é retratado no Novo Testamento como o supremo libertador. Ele disse que viera: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para pregar boas novas aos pobres. Ele me enviou para proclamar liberdade aos presos... libertar os oprimidos” (Lc 4.18). . E acrescentou mais adiante: “Se o filho os libertar, vocês de fato serão livres” (Jo 8.36). Do mesmo modo, o apostolo Paulo escreveu: “Foi para liberdade que Cristo nos libertou” (Gl 5.1).
Liberdade é hoje uma palavra moderna para “salvação”. Ser
salvo por Jesus Cristo é ser liberto. Mas, o mundo gosta mais do termo “liberdade”,
mas não muito do termo “salvação”. Diante do termo “salvação” alguns reagem com
constrangimento e mudam de assunto o mais rápido possível. Para outros, esses
termos “pecado” e “salvação” fazem parte de um vocabulário religioso
tradicional, ultrapassado. Para um terceiro grupo, causa confusão, ignorância,
porque não sabem como essa palavra “salvação” deveria ser definida.
A salvação é a
libertação da culpa e do julgamento de Deus.
Não somos apenas pecadores, mas pecadores culpados (“sou pecador desde quando nasci, desde que me concebeu minha mãe” Sl 51.6). a nossa consciência assim nos diz. O nosso pecado provoca a ira de Deus e nos coloca sob o seu justo julgamento (“...mas as iniquidades de vocês fazem separação entre vocês e o seu Deus” Is 59.1). Ou seja, Deus odeia o mal e se recusa a comprometer-se com ele.
Ninguém que não tenha sido perdoado é livre. Se eu não
tivesse certeza do perdão de Deus não poderia olhar para o seu rosto nem, certamente
para o rosto de Deus. Eu desejaria fugir e me esconder como Adão e Eva, fizeram
no Jardim do Éden. Um novelista ateu pouco antes de morrer deixou escapar: “O
que mais invejo nos cristãos é o seu perdão; eu não tenho ninguém para me
perdoar”
“Mas”, como Davi clamou no Salmo 130.4: “Contigo está o perdão”. A única maneira de sermos libertos da culpa e do julgamento é por meio de Jesus Cristo. Quando Cristou entrou em nosso mundo, ele tornou-se um de nós, assumindo a nossa natureza. Na cruz ele se identificou com o nosso pecado e a nossa culpa. Nos merecíamos morrer – ele morreu a nossa morte em nosso lugar.
A salvação é a
libertação do cativeiro opressor de nossa própria autocentralidade.
O pecado é o EU, e salvação é a libertação do Eu. “Se alguém quer vir após mim, negue a si mesmo, dia a dia tome a sua cruz e siga-me” (Lc 9.23). A ordem de Deus é que o coloquemos em primeiro lugar, depois nosso próximo, enfim, nós. O pecado faz reversão de tudo: eu primeiro, depois o próximo (Quando isso me convém) e depois, Deus, em algum lugar ...
A definição favorita de Lutero era “HOMO IN SE INCURVATUS” (O
homem curvado em si mesmo). Na década de 60, Malcom X, frequentemente falava da
“pequena e escura masmorra do meu próprio ego”. Jesus certa vez disse a alguns
crentes judeus: “Digo-lhe a verdade: todo aquele que vive pecando é escravo do
pecado” (Jo 8.34).
Cremos, que há somente uma maneira de se livrar dessa prisão
ou escravidão: por meio de Jesus Cristo. O Jesus vivo por meio do seu Espírito,
pode entrar em nossa personalidade, estabelecer-se ali como nosso convidado
permanente, subjugar nossos desejos pecaminosos e transformando à sua imagem de
glória em gloria “...somos transformados, de glória em gloria, na sua própria imagem,
como pelo Senhor, que é o Espirito” ( 2 Co 3.18).
A salvação é a
libertação de nossos temores paralisantes
No mundo antigo, as pessoas ficam paralisadas pelo medo.
Acreditavam em certos “poderes” dominavam suas vidas e seu destino. Hoje,
muitas pessoas ficam aterrorizadas pelo medo. Há o medo da doença, da dor, da
invalidez, da incapacidade, do desemprego, das dificuldades financeiras e das
privações.
Há também os poderes ocultos, os principados e as potestades do mal. Há ainda os temores irracionais e supersticiosos. As pessoas ainda cruzam os dedos e batem na madeira, fazem sinal da cruz, temem quando vem um gato preto. Tem pessoas que recusam a “dormir no décimo terceiro quarto andar de um hotel”, ou tem medo da sexta feira 13. Outros, a maioria das pessoas lê mais horoscopo do que a Bíblia toda semana.
Há também o medo da morte. O autor do Novo Testamento
refere-se a “aqueles que durante toda a
vida estiveram escravizados pelo poder da morte” (Hb 2.15). Sem Jesus Cristo o medo da morte e da
decomposição é extremamente difundido. Woody Alen tipifica esse terror, na
verdade, ele ainda conta piadas acerca disso: “Não que eu não tenha medo de
morrer, eu simplesmente não quero estar lá quando isso acontecer”. Depois
explica: “...ela é absolutamente assustadora em seu terror e transforma as
conquistas de qualquer pessoa em algo totalmente sem sentido”.
Mas, Jesus Cristo, tem a chave para a liberdade, porque ele
morreu para nos libertar da culpa, ressuscitou para nos libertar do EU e foi
exaltado para nos libertar do medo. Então, onde estão as coisas que tememos?
Deus as colocou debaixo dos pés de Jesus Cristo:
“Ele exerceu esse poder em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos e fazendo-o sentar à sua direita nas regiões celestiais, acima de todo principado, potestade, poder, domínio e de todo nome que se possa mencionar, não só no presente século, mas também no vindouro. E sujeitou todas as coisas debaixo dos pés de Cristo e, para ser o cabeça sobre todas as coisas, o deu à igreja”. (Ef 1.20-22).
“Tenho aprendido que os temores são como fungos, crescem mais rapidamente no escuro. Portanto, precisamos trazê-los para a luz, especialmente para a luz da suprema vitória de Jesus Cristo – sua morte, ressurreição e exaltação”.
Conclusão
Nossa
esperança cristã é “individual” e “coletiva”. Individualmente recebemos a
promessa de que teremos corpos ressuscitados como o corpo de Jesus: “...este corpo corruptível se revista da
incorruptibilidade, e que o corpo mortal se revista da imortalidade. E quando
este corpo corruptível se revestir da incorruptibilidade e o que o mortal se
revista da imortalidade...tragada foi a morte pela vitória” ( Co 15-53-54).
Coletiva, cremos que Jesus Cristo, voltará num evento cósmico de magnificência espetacular “Porque o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus e os mortos em Cristo ressuscitarão ...nós os vivos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens para o encontro com o Senhor...” (1 Ts 4.16-17).
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