terça-feira, 11 de fevereiro de 2020


Jefté: um guerreiro corajoso. Jz 11.1-10


Introdução: o que é rejeição?

Jefté era filho de Gileade, um homem respeitado, possuía riquezas, status porém sua mãe era prostituta. Tem um porém na vida de muitas pessoas. Por causa de ser filho de uma prostituta ele foi para a terra de Tobe, um lugar desértico, árido, inóspito, selvagem e solitário.

Há feridas que não são vistas, mas que podem se alojar profundamente em nossa alma e conviver conosco pelo resto das nossas vidas. São feridas emocionais, adquiridas no decorrer da vida, que determinam a qualidade de vida que temos no presente. A rejeição é uma ferida emocional profunda; rejeitar é resistir, desprezar ou recusar.  

1)    Mais uma vez”
“Mais uma vez”, o povo adora ídolos. “Serviram aos baalins, às imagens de Astarote, aos deuses de Arão, aos deuses de Sidom, aos deuses de Moabe, aos deuses dos amonitas e aos deuses filisteus” (Jz 10.6)

Os baalins e as imagens de Astarote eram deuses os cananeus “nativos”. Mas os deuses e Arã e de Sidom ou de Amom e Moabe e dos filisteus eram adorados pelas nações que invadiram Canaã e oprimiram os israelitas. Resumindo, sempre que o povo adorava ídolos de uma nação, essa nação acabava por oprimi-los. Desta vez, Israel adorou também deuses dos amonitas e dos filisteus – e, como resultado, o povo foi oprimido por esses povos. 


“O coração humano é enganoso...” (Jr 17.9) e continua o mesmo. Ele nos assegura que, quando um ídolo nos escraviza, precisamos adorá-lo ainda mais. Se uma pessoa busca valorização e proposito em um relacionamento – por exemplo -, sacrifica tudo em favor de um casamento que se desfaz -, é muito natural que ela pense: tenho de ter outro relacionamento, preciso de um companheiro (a) melhor.

“Vendidos”
Deus, em sua ira profunda contra a idolatria, “vendeu (Israel) em mão dos seus inimigos” (Jz 10.7). Quando vendemos nosso carro a alguém, o novo dono pode fazer com ele o que bem entende. Sabemos que quando Deus “vendeu” os israelitas ficaram desprotegidos (Sl 91.1). Deus permitiu que as coisas as quais serviam os dominassem e “possuíssem”.

Em Romanos 1.23-25, Paulo fala sobre idolatria. Fala sobre pessoas que “trocaram a grandeza do Deus imortal por imagens de seres humanos mortais, bem como de aves, animais e repteis” (v.23) (Versão Transformadora). “Trocaram a glória de Deus, que sustenta o mundo, por imagens baratas vendidas na feira” (A mensagem). 


Qual foi o resultado? “Pelo que Deus os entregou às concupiscências do seu coração” (v.24). “...Deus os entregou aos desejos pecaminosos de seu coração” (Transformadora). “Não demorou muito tempo para que fossem viver num chiqueiro, enlameados, sujos por dentro e por fora”. (A mensagem). No grego, a palavra “concupiscência” é epithumia, que significa desejo avassalador, escravizante, incontrolável. “Entregar” significa que Deus permite que as coisas nas quais confiamos, em vez de confiarmos nele, governam poderosamente nossas vidas.

“Se você quer viver para o dinheiro em vez de viver para Deus, o dinheiro irá governar sua vida. Irá controlar o seu coração e seus sentimentos. Se você quer viver para fama em vez de viver para Deus, então a aclamação popular irá governar e controlar você. Se você quer outro deus além além de Jesus, vá em frente. Veremos o quanto ele é misericordioso com você e que poder ele tem para salvar, guiar e ensinar”.

“Não os salvarei mais”
A opressão sobre os israelitas é a pior até agora – eles foram “despedaçados” (Jz 10.8). A opressão foi longa (18 anos); universal , pois abrangeu os que habitavam nas duas margens, do leste e oeste do Jordão (vs. 8-9). O povo, então, BUSCOU AO SENHOR, CONFESSANDO: “Pecamos contra ti, pois abandonamos o nosso Deus e cultuamos os baalins” (v.10).

Quando o povo BUSCOU OU CLAMOU a Deus e, em resposta, ele enviou uma severa advertência. Ele afirmou que salvou os israelitas inúmeras vezes: “vocês me abandonaram e cultuaram outros deuses” -, e em uma frase devastadora, Deus avisa eu povo: “...não os livrarei mais” (v.13). Ele não lhes dará mais atenção – que clamem aos deuses quem adoram “que eles vos livre no tempo do vosso aperto” (v.14).

“Quando os egípcios, os amorreus, os amonitas, os filisteus, os sidônios – até os amalequitas e midianitas – os oprimiram, vocês clamaram a mim e eu os libertei: agora, vocês me abandonaram outra vez, adorando outros deuses. Não vou ajudar desta vez. Façam assim: Clamem aos deuses que vocês escolheram, para que os livre da encrenca em que vocês se meteram” (A mensagem).

Quando Deus diz: “Ide e clamai aos deuses que escolhestes” (v.14), ele quer dizer que o clamor deles nada mais é que o clamor de um fraco pedindo que alguém mais forte o livre da desgraça em que se encontra. O povo responde: “Já entendemos! Estamos num beco sem saída! Estamos encrencados porque pecamos em suas leis. Agora, dê uma mãozinha, por favor; livre-nos desta enrascada”.

Arrependimento é convicção profunda do erro e aversão pelo que foi feito. O povo estava preocupado com a consequência do pecado, mas não verdadeiramente arrependido do pecado cometido.

O pedido que o povo faz no versículo 15 é diferente do que foi feito no versículo 10. Dizer: Faça conosco o que bem entendes, mas continuamos implorar misericórdia evidencia mudança de coração. Ou seja, queremos o Senhor mesmo que tenhamos de continuar sofrendo (embora não seja o que queremos).  “Sim, pecamos! Castiga-nos como te parecer melhor, mas livra-nos hoje de nossos inimigos” (v.15). Será que o povo se arrependeu?

Primeiro, se dissermos a Deus: Quero o Senhor porque desejo/preciso que Ele me dê “X”, estamos mostrando que “X” é o nosso deus supremo e verdadeiro. Quando dizemos: Quero o Senhor, independentemente de o Senhor me dar X, Y ou Z, estamos aceitando novamente o Deus verdadeiro como o Nosso Deus.

Segundo, quando os israelitas “se desfizeram dos deuses estrangeiros” (v.16), deixaram nítido que estavam indo além da superfície, que queriam uma mudança de coração, não apenas de comportamento externo. Diante do arrependimento Deus “teve profunda compaixão deles e não suportou mais o sofrimento do seu povo”.

2)    Jefté
“Jefté era um guerreiro corajoso. Era filho de Gileade, mas sua mãe era uma prostituta” (v.1). Era filho de Gileade, homem importante, possuía riquezas e projeção social.  Mas, o porém é significativo.  Aos olhos do mundo, lideres são pessoas que estudaram em universidades, tem linhagem familiar centenária e poderosa, sem antecedentes criminais. Então, os “filhos legítimos” de Gileade expulsaram Jefté de casa, dizendo-lhe: “Não herdarás na casa de nosso pai, porque és filho doutra mulher” (v.2). 



“Quando Eliabe, irmão mais velho de Davi, o ouviu falando com os soldados, ficou furioso e perguntou: “O que está fazendo aqui? Não devia estar tomando conta daquelas poucas ovelhas? Conheço sua arrogância e suas más intenções. Você quer apenas ver a batalha” (1 Sm 17.28).

A Bíblia diz que Jefté fugiu para a terra de TOBE, um principado aramaico situado a leste do rio Jordão e ao norte de Gileade. Tobe era um deserto, um lugar árido, inóspito, selvagem e solitário. ADEMAIS, o texto conta que ‘homens levianos se ajuntaram com ele e com ele saiam” (v.3).

No entanto, Deus escolheu Jefté para ser libertador. Quando os amonitas “entraram em guerra contra Israel” (v.4), os líderes de Gileade (seus irmãos) “foram buscar Jefté” e pediram que ele comandasse seu exército na luta contra o inimigo (v. 5,6).  NOSSO DEUS É AQUELE QUE JOGA POR TERRA TODAS AS PREVISÕES, DIAGNÓSTICOS, PROGNÓSTICOS, EXPECTATIVAS E PROFECIAS DOS HOMENS.

"Lembrem-se de quem voces eram quando foram chamados para esta vida. Não vejo entre voces muitos representantes da elite intelectual, nem cidadãos influentes, nem muitas familias da alta socidade. Não é obvio que Deus, deliberadamente, escolheu homens e mulheres que a sociedade despreza, explora e abusa? Não é obvio que ele escolheu gente do tipo "zé ninguém" para desmascarar as pretensões vãs dos que se julgam importantes? Fique claro que nenhum de voces pode contar vantagens diante de Deus. Tudo o que temos - cabeça no lugar, vida correta, pecados perdoados e novo nascimento - vem de Deus, por meio de Jesus Cristo. Daí o ditado: "Se alguém se orgulhar, que se orgulhe por causa de Deus".  1 Cor 1.26-30

Conclusão:

O filosofo Jean Paul Satre disse certa vez: “Não importa o que os outros fizeram de você; importa o que você fez com que os outros fizeram de você”. 




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