Um retrato da nossa geração – Gn 19:
30-38.
Introdução: Há algum tempo, o
evangelista Billy Graham escreveu: “A obsessão pelo sexo sempre foi uma marca
das civilizações decadentes”. Nossa cultura ocidental é viciada no sexo.
Por exemplo, o que aparece na televisão e nos outdoors costumava ser considerado
pornografia. Um pesquisa nos Estados Unidos afirma que “51% dos meninos e 32%
das meninas viram pornografia antes dos 13 anos de idade”.
“A imutável lei de plantar e colher
continua firme e forte. Somos agora infelizes depravados morais, e buscamos em
vão uma cura. As ervas daninhas da indulgência cresceram mais do que o trigo do
comedimento moral. Nossos lares sofreram. O divórcio cresceu a ponto de
alcançar proporções epidêmicas. Quando os padrões de conduta estão
desajustados, a família é a primeira a sofrer. O lar é a unidade básica de
nossa sociedade, e uma nação é tão forte quanto seus lares. A ruptura de um lar
não costuma aparecer nas manchetes, mas ela corrói como cupim a estrutura da
nação”. Billy Graham
1) Um retrato da nossa
geração.
O sociólogo Carle Zimmerman, da
Universidade de Harvard examinou a ascensão e a queda de impérios no decorrer
do século, deu uma grande atenção à correlação entre a vida familiar e a vida
nacional. Alguns aspectos da pesquisa do sociólogo:
· O casamento perdera
sua sacralidade, o divórcio se tornara lugar comum e formas alternativas de
casamento foram aceitas.
· Os movimentos
feministas tinham minado os papéis complementares e cooperativos, uma vez que
as mulheres haviam perdido o interesse na maternidade e buscado poder pessoal.
· Criar filhos
tornara-secada vez mais difícil, o desrespeito público pelos pais e pela
autoridade aumentara e a delinquência e a promiscuidade haviam se tornado mais
comum.
· O adultério passara a
ser celebrado, não punido; pessoas que tinham rompido seus votos matrimoniais
eram admiradas.
· Havia tolerância
crescente em relação ao sexo incestuoso e homossexual, com um aumento nos
crimes relacionados ao sexo.
Parece que as conclusões do sociólogo
são tão atuais que chegam a ser assustadoras. Na verdade, ele as escreveu em
1947, ao amanhecer daquela que muitos considerariam a era de ouro da família
nuclear!
O pecado, depois da queda de Adão e
Eva, alcançou uma profundidade maior. Paulo explica a razão disso: “Portanto,
da mesma forma como o pecado entrou no mundo por um homem (Adão), e pelo pecado
a morte, assim também a morte veio a todos os homens, porque todos
pecaram; (...) por meio da desobediência de um só homem muitos foram feitos
pecadores” (Rm 5.12,19). Subtende-se que a depravação é um problema
universal; todos nós lutamos contra a natureza pecaminosa que nos puxa para
baixo.
2) Ló foge de
Sodoma.
O anjo instruiu Ló a fugir para
as montanhas. Mas, ele retorquiu: “Não posso fugir para as montanhas, senão
esta calamidade cairá sobre mim, e morrerei. Aqui perto há uma cidade pequena.
Está tão próxima que dá para correr até lá. Deixe-me ir para lá! Mesmo sendo
tão pequena, lá estarei a salvo” (Gn 19.19-20). Eles se refugiaram em
Zoar, mas as coisas não deram certo (Gn 19.30). A escolha de Ló para viver em
Sodoma não foi baseada na vontade de Deus. A sua esposa resistiu em sair de
Sodoma (uma fossa de esgoto) e se transformou numa estátua de Sal; Ló
ofereceu suas duas filhas para serem abusadas pelos cidadãos da cidade, para
proteger suas visitas; preferiu viver em cavernas do que voltar a residir com
seu tio, Abraão.
3) Características de um
lar...em Sodoma.
Ausência de uma perspectiva
divina. Não sabemos quanto tempo Ló e suas filhas viveram em sua caverna. Tempo
suficiente, pelo menos, para que as filhas perdessem a esperança de um dia se
casarem. A irmã mais velha virou-se para a mais nova e disse: “Nosso pai já
está velho, e não há homens nas redondezas que nos possuam, segundo o costume
de toda a terra” (Gn 19.31). A expressão “que nos possuam” é uma
conotação para fazer sexo. Deus está ausente da consciência dessas moças. Em
vez de confiar no Senhor, preferiram seguir os mesmos costumes de Sodoma. As
meninas cresceram lado a lado com as pessoas da comunidade – parecendo-se com
eles, conversando com eles, agindo como eles.
Distorção do discernimento moral.
Fazendo uso de uma expressão
antiga, VOCE PODE TIRAR UMA MOÇA DE SODOMA, mas é difícil tirar Sodoma
dessa moça. A filha mais velha de Ló sugeriu uma solução que ela
considerava natural e razoável: “Nosso pai já está velho, e não há homens nas
redondezas que nos possuam, segundo o costume de toda a terra. Vamos dar vinho
a nosso pai e então nos deitaremos com ele para preservar a sua linhagem (Gn
19-31,32). QUEM SABE QUANTOS AMIGOS DAQUELAS MOÇAS VIVIAM EM LARES
INCESTUOSOS? Com que regularidade elas ouviram colegas falando sobre
experiências sexuais com membros da família? Ao que parece, com regularidade
suficiente para considerarem tal comportamento normal.
Colapso da autoridade paterna.
Nenhuma das filhas de Ló tinha
consciência do mal que está praticando em deitar com o próprio pai. Elas
queriam se tornar mães. Uma mãe precisa de um homem para engravidá-la, e Ló
estava convenientemente disponível. Ló, com certeza, não fora um líder
espiritual durante os anos do crescimento dessas meninas, e não era de perto um
espelho a ser seguido. “Naquela noite deram vinho ao pai, e a filha mais
velha entrou e se deitou com ele. E ele não percebeu quando ela se deitou nem
quando se levantou” (Gn 19.33).
Aumento da insensibilidade moral. Filhos que são
expostos à imoralidade durante longos períodos de tempo perdem a sensibilidade.
Tornam-se emocionalmente insensíveis e espiritualmente indiferentes. Se a
exposição começar no inicio de sua formação, eles nunca desenvolvem a
consciência. (Gn 19.34-35). Em Sodoma Ló conseguira tudo: conforto, riqueza,
bens, estabilidade e poder. Ele estava entre os líderes prósperos e influentes
da comunidade e possuía uma casa na cidade. Mas, na verdade seu sucesso era
completamente superficial, havia apostado tudo em Sodoma e perdera tudo.
2) Consequências.
“Assim, as duas filhas de Ló
engravidaram do próprio pai” (Gn 19.36). De acordo com os dois versículos
seguintes, ambas deram à luz meninos.
Nove meses (vss. 36,37) ...e não vemos
nem ouvimos nada sobre Ló. Nenhuma vergonha; nenhuma confrontação; nenhuma
tristeza; nenhum arrependimento; nenhuma confissão ou nenhum reconhecimento que
seja. Até mesmo o nome dado a cada um dos meninos mostra a atitude insolente
daquelas moças.
Antigamente, no Oriente Médio, o nome
de uma pessoa carregava significado. O nome Isaque siginifica “ele ri”. Um
convidado para um jantar seria levado a perguntar: “Por que seus pais lhe deram
o nome de “sorriso”? o que levaria a contar a história. Um nome, portanto, era
um legado. A filha mais velha de Ló colocou em seu filho o nome de Moabe, que
significa “do pai”. A filha mais nova chamou seu filho de Ben-Ami, “filho do
meu parente”!
Conclusão: Cuidado com a contracorrente? É um puxão silencioso com que as correntes marítimas sugam os banhistas
para baixo. Os nadadores não sabem delas até que são carregados para longe da
costa, sob o risco de se afogarem.
a) Ninguém está imune
aos perigos. Ló mudou-se para Sodoma, talvez por estar completamente alheios
aos perigos dali ou por pensar que poderia suportar a pressão para que se
conformasse ao ambiente. Em Sodoma, a influencia puxou sua família para baixo
da correnteza à medida que distanciava de Deus.
b) Preste atenção aos
sinais sutis. Permaneça alerta. Não ignore indicações de que alguma coisa está
errada quando você passa tempo com a família ou com os amigos. Crie o hábito de
perguntar a si mesmo: Esse tipo de coisa vai me tornar mais saudável? Meus
filhos vão se beneficiar disto? Isto é espiritualmente benéfico e sadio? Não
passe tempo com pessoas que profanam o que é bom ou que zombam do que é
correto.
c) Declare seu padrão
repetidamente e sirva de exemplo. Ló nunca fez isso; ele não tinha padrão. Ele
pode ter evitado envolver-se no estilo de vida pecaminoso de Sodoma, mas, de
maneira impensada, plantou sua família bem no meio dele. Declare sua fé e então
viva coerentemente de acordo com ele. Estabeleça culto doméstico em sua casa,
sempre que possível.
d) Previna-se contra
a passividade. Nossa cultura é suja. É fácil vivar os olhos, dar de ombros e
pensar: “Ah, isso não é nada. Esse tipo de coisa acontece. Já fui criança
também e fiquei bem”. Então, eu lhe pergunto: Sua geração era parecida em algum
aspecto com a geração atual? Interesse pelos filmes a que eles assistem, pelas músicas
de que gostam, pelo tipo de jogo eletrônico com que brincam. Participem com
eles.
Nenhum comentário:
Postar um comentário