Por que Deus cura? João 5.1-9
Introdução: Acreditamos que atualmente Jesus cura, batiza com
Espírito Santo e concede dons espirituais a sua igreja. Não concordamos com a teologia
que afirma que os milagres e o dons espirituais ficaram somente para os tempos
dos apóstolos. Não temos nenhum base bíblica no Novo Testamento que cancela os
sinais, milagres e prodígios para os dias atuais. Então, arrazoamos, JESUS
CURA!
1)
Compaixão
e misericórdia
“Jesus, ouvindo isto,
retirou-se dali num barco; para um lugar deserto, à parte; sabendo-o as
multidões, vieram das cidades seguindo-o por terra. Desembarcando, viu Jesus
uma grande multidão, compadeceu-se
dela e curou os seus enfermos”. (Mt 14.13-14).
“ser movido de compaixão” O verbo grego nos revela o
significado profundo e forte dessa expressão. Eram as entranhas do corpo ou,
como poderíamos dizer atualmente, as vísceras. Elas são o lugar onde estão
localizados as nossas emoções mais intimas e mais intensas. Constituem o centro
donde brota tanto o amor apaixonado como o ódio apaixonado. QUANDO JESUS ERA
MOVIDO DE COMPAIXÃO, a fonte de toda vida tremia, o solo de todo o amor explodia,
e se revelava o abismo de ternura imensa, inexaurível e insondável de Deus.
Foi a compaixão que motivou Jesus a curar o leproso (Mc
1.41,42) – “Jesus, pois, COMPADECIDO dele...” –, o jovem endemoninhado (Mc
9.22) – “...tem compaixão de nós...” -, o cego (Mt 20.34) – “e movido de
compaixão” – e até ressuscitar mortos (Lc 7.11-17) – “encheu-se de compaixão
por ela” -. Em Mateus, a multiplicação dos pães às quatro mil pessoas não foi
motivada pelo desejo de Cristo em demonstrar que é o pão da vida, mas pela sua
COMPAIXÃO por aquela multidão pobre e faminta (Mt 15.32). De igual modo, Jesus
curou o cego (Mt 9.27-31, 20.29-34) – “tem compaixão de nós, Filho de Davi”; o
endemoninhado (Mt 15.22-28) e os
leprosos em resposta aos seus respectivos clamores. E até mesmo a cura do mais
notório endemoninhado do Novo Testamento é atribuída a misericórdia divina (Mc
5.19).
Certo dia, Jesus sentiu-se movido em seu espírito ao ver um
cortejo fúnebre que conduzia o cadáver do filho único de uma viúva. Sentiu-se
movido de intima compaixão e o ressuscitou (Lc 7.13). O GRANDE MOTIVO DE
DEUS é justamente demonstrar a mesma
compaixão pelos enfermos e oprimido, o poder curador de Cristo, fluirá através
do ministério que delegou a sua igreja.
2)
Deus
cura para glorificar a si mesmo e a seu Filho
Na ocasião da morte de Lazaro, disse Jesus a seus discípulos:
“Esta enfermidade não é para a morte, e, sim, para a glória de Deus, a fim de
que o Filho de Deus seja por ele glorificado (Jo 11.4). Depois disse a Marta: “Não
te disse eu se creres verás a glória de Deus” (Jo 11.40).
O mesmo proposito pode ser visto nas curas apostólicas. Lucas
assim narrou a cura do aleijado que ficava na porta formosa do templo: “A vista
disto, Pedro se dirigiu ao povo, dizendo: Israelitas, porque vos maravilhais
disto, ou porque fitais os olhos em nós como se pelo nosso próprio poder ou
piedade tivéssemos feito andar? O Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó, o Deus
de nossos pais, glorificou a seu servo, Jesus, a quem vós traíste e negaste
perante Pilatos, quando este havia decidido soltá-lo” (Atos 3.12-13). E TODOS GLORIFICAVAM A DEUS PELO QUE
ACONTECERA (Atos 4.21).
“E vieram a ele muitas multidões trazendo consigo coxos,
aleijados, cegos, mudos e outros muitos, e os largaram junto aos pés de Jesus;
e ele os curou de modo que o povo se maravilhava ao ver que os mudos falavam,
os aleijados recobravam saúde, os coxos andavam e os cegos viam. ENTÃO
GLORIFICAVAM AO DEUS DE ISRAEL ( Mt 15.30-31).
O povo glorificou a Deus ao ver Jesus curar o paralitico que
fora descido através do eirado da casa (Lc 5.24-26); ressuscitar o filho da viúva
de Naim (Lc 7.16); libertar a mulher encurvada pelo espírito imundo (Lc
13.13,17) e dar vista ao cego (Lc 18.42,43). LUCAS, leva o tema a uma conclusão
apoteótica: “E quando se aproximava da descida do monte das Oliveiras, toda
multidão dos discípulos passou, jubilada, a louvar a Deus em alta voz, por
todos os milagres que tinham visto” (Lc 19.37).
CONTUDO, havendo curado os dez leprosos, Jesus,
entristeceu-se ao ver que somente um voltara para agradecer: “Não eram dez os
que foram curados? Onde estão os nove? Não houve, porventura quem voltasse para
dar glória a Deus, senão este samaritano? (Lc 17.17-18). PORTANTO, todos esses
textos demonstram que os seus milagres não serviam apenas para autenticar a mensagem, mas também para
que o Pai fosse glorificado no Filho.
William Duma, famoso pregador negro sul-africano. Ele foi
usado por Deus em muitos milagres notáveis até o fim de seus dias em 1977. Duma
era um homem realmente santo. Fazia jejum anual de vinte dias, na mais completa
solidão, para obter direção e poder para o seu ministério. Quando impunha as
mãos sobre os enfermos para orar, seu pensamento dominante era que o filho de
Deus fosse glorificado. E o Senhor jamais deixou de o honrar com muitos
milagres notáveis, incluindo a ressurreição de uma menina.
3)
Deus
cura em resposta à fé
A mulher que sofria do fluxo de sangue há 12 anos, veio quase
se arrastando por detrás de Jesus, tocou-lhe na orla do seu manto, e foi
instantaneamente curada. Jesus, sentindo que virtude saíra de si, voltou-se à
mulher: “tem bom animo, filha, a tua
fé te salvou” (Mt 9.22). De igual modo, foi a fé duma cananéia que
impeliu a Jesus curar-lhe a filha endemoninhada. Disse-lhe ele: “Ó mulher grande é a tua fé! Faça-se
contigo como queres” (Mt 15.28).
Lucas deixa registrado que “em Listra costumava estar
assentado certo homem aleijado, paralitico desde o seu nascimento, o qual
jamais pudera andar. Esse homem ouviu falar de Paulo, que fixando nele os olhos
e vendo que possuía fé para
ser curado disse-lhe em alta voz: Apruma-te direito sobre os pés. Ele saltou e
andava” (Atos 14.8-10).
Dois cegos vieram a Jesus, solicitando-lhe a cura. O Senhor,
então, lhes pergunta: “Crede que eu
possa faze-lo” (Mt 9.28). TER FÉ EM DEUS SIGNIFICA CONFIAR QUE ELE TEM PODER PARA
CURAR. Um leproso veio a Jesus e lhe rogou: “Senhor, se quiseres, podes
purificar-me” (Mt 8.2). “SE QUISERES”. A fé que Deus requer não é uma certeza psicológica,
mas capacidade e vontade em curar. E Jesus honrou-lhe a fé: “quero, fica limpo” (Mt 8.3).
Um menino endemoninhado e epilético. O pai o trouxera aos discípulos
mas, estes não puderam expulsar o demônio. Se aquele homem tinha qualquer fé no
começo, o fracasso dos discípulos certamente dissipou toda sua confiança.
Então, ele rogou a Jesus: “Mas se tu podes alguma cousa, tem compaixão de nós e
ajuda-nos” (Mt 21.21,22). JESUS NÃO IMPOS QUALQUER LIMITAÇÃO AO QUE PODEMOS
PEDIR A DEUS.
RELEMBREMO-NOS DESTAS TRES CARACTERISTICAS DA FÉ:
A)
A
fé no poder curador de Jesus é confiar que ele realmente cura.
B)
A
fé no desejo que Jesus tem de curar não deve ser equiparada a certeza psicológica.
Ele curará até mesmo quando não temos nenhuma certeza psicológica.
C)
A
fé não impõe limites a habilidade de Deus em favor de seus filhos, porquanto “tudo
é possível aquele que crê”.
Conclusão: Deus cura em Resposta à Sua própria promessa
Em Tiago 5.14-16, vemos:
“Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da
igreja, e estes façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo em nome do
Senhor. E a oração da fé salvará o enfermo,
e o Senhor o levantará; e se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados.
Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros, e orai pelos outros, para
serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo”.
Os obreiros da igreja tem a responsabilidade de orar pelos
enfermos. Não, somente os obreiros, Tiago ordenou a todos os crentes: “E orai
uns pelos outros, para serdes curados”. Se a igreja inteira levasse mais a
sério a ordem divina, mais curas seriam operadas em nosso meio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário