terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Por que Deus cura? João 5.1-9


Introdução: Acreditamos que atualmente Jesus cura, batiza com Espírito Santo e concede dons espirituais a sua igreja. Não concordamos com a teologia que afirma que os milagres e o dons espirituais ficaram somente para os tempos dos apóstolos. Não temos nenhum base bíblica no Novo Testamento que cancela os sinais, milagres e prodígios para os dias atuais. Então, arrazoamos, JESUS CURA!

1)    Compaixão e misericórdia
“Jesus, ouvindo isto, retirou-se dali num barco; para um lugar deserto, à parte; sabendo-o as multidões, vieram das cidades seguindo-o por terra. Desembarcando, viu Jesus uma grande multidão, compadeceu-se dela e curou os seus enfermos”. (Mt 14.13-14).

“ser movido de compaixão” O verbo grego nos revela o significado profundo e forte dessa expressão. Eram as entranhas do corpo ou, como poderíamos dizer atualmente, as vísceras. Elas são o lugar onde estão localizados as nossas emoções mais intimas e mais intensas. Constituem o centro donde brota tanto o amor apaixonado como o ódio apaixonado. QUANDO JESUS ERA MOVIDO DE COMPAIXÃO, a fonte de toda vida tremia, o solo de todo o amor explodia, e se revelava o abismo de ternura imensa, inexaurível e insondável de Deus. 



Foi a compaixão que motivou Jesus a curar o leproso (Mc 1.41,42) – “Jesus, pois, COMPADECIDO dele...” –, o jovem endemoninhado (Mc 9.22) – “...tem compaixão de nós...” -, o cego (Mt 20.34) – “e movido de compaixão” – e até ressuscitar mortos (Lc 7.11-17) – “encheu-se de compaixão por ela” -. Em Mateus, a multiplicação dos pães às quatro mil pessoas não foi motivada pelo desejo de Cristo em demonstrar que é o pão da vida, mas pela sua COMPAIXÃO por aquela multidão pobre e faminta (Mt 15.32). De igual modo, Jesus curou o cego (Mt 9.27-31, 20.29-34) – “tem compaixão de nós, Filho de Davi”; o endemoninhado  (Mt 15.22-28) e os leprosos em resposta aos seus respectivos clamores. E até mesmo a cura do mais notório endemoninhado do Novo Testamento é atribuída a misericórdia divina (Mc 5.19).

Certo dia, Jesus sentiu-se movido em seu espírito ao ver um cortejo fúnebre que conduzia o cadáver do filho único de uma viúva. Sentiu-se movido de intima compaixão e o ressuscitou (Lc 7.13). O GRANDE MOTIVO DE DEUS  é justamente demonstrar a mesma compaixão pelos enfermos e oprimido, o poder curador de Cristo, fluirá através do ministério que delegou a sua igreja.

2)    Deus cura para glorificar a si mesmo e a seu Filho
Na ocasião da morte de Lazaro, disse Jesus a seus discípulos: “Esta enfermidade não é para a morte, e, sim, para a glória de Deus, a fim de que o Filho de Deus seja por ele glorificado (Jo 11.4). Depois disse a Marta: “Não te disse eu se creres verás a glória de Deus” (Jo 11.40).

O mesmo proposito pode ser visto nas curas apostólicas. Lucas assim narrou a cura do aleijado que ficava na porta formosa do templo: “A vista disto, Pedro se dirigiu ao povo, dizendo: Israelitas, porque vos maravilhais disto, ou porque fitais os olhos em nós como se pelo nosso próprio poder ou piedade tivéssemos feito andar? O Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó, o Deus de nossos pais, glorificou a seu servo, Jesus, a quem vós traíste e negaste perante Pilatos, quando este havia decidido soltá-lo” (Atos 3.12-13).  E TODOS GLORIFICAVAM A DEUS PELO QUE ACONTECERA (Atos 4.21).

“E vieram a ele muitas multidões trazendo consigo coxos, aleijados, cegos, mudos e outros muitos, e os largaram junto aos pés de Jesus; e ele os curou de modo que o povo se maravilhava ao ver que os mudos falavam, os aleijados recobravam saúde, os coxos andavam e os cegos viam. ENTÃO GLORIFICAVAM AO DEUS DE ISRAEL ( Mt 15.30-31). 


O povo glorificou a Deus ao ver Jesus curar o paralitico que fora descido através do eirado da casa (Lc 5.24-26); ressuscitar o filho da viúva de Naim (Lc 7.16); libertar a mulher encurvada pelo espírito imundo (Lc 13.13,17) e dar vista ao cego (Lc 18.42,43). LUCAS, leva o tema a uma conclusão apoteótica: “E quando se aproximava da descida do monte das Oliveiras, toda multidão dos discípulos passou, jubilada, a louvar a Deus em alta voz, por todos os milagres que tinham visto” (Lc 19.37).

CONTUDO, havendo curado os dez leprosos, Jesus, entristeceu-se ao ver que somente um voltara para agradecer: “Não eram dez os que foram curados? Onde estão os nove? Não houve, porventura quem voltasse para dar glória a Deus, senão este samaritano? (Lc 17.17-18). PORTANTO, todos esses textos demonstram que os seus milagres não serviam apenas  para autenticar a mensagem, mas também para que o Pai fosse glorificado no Filho. 



William Duma, famoso pregador negro sul-africano. Ele foi usado por Deus em muitos milagres notáveis até o fim de seus dias em 1977. Duma era um homem realmente santo. Fazia jejum anual de vinte dias, na mais completa solidão, para obter direção e poder para o seu ministério. Quando impunha as mãos sobre os enfermos para orar, seu pensamento dominante era que o filho de Deus fosse glorificado. E o Senhor jamais deixou de o honrar com muitos milagres notáveis, incluindo a ressurreição de uma menina.

3)    Deus cura em resposta à fé
A mulher que sofria do fluxo de sangue há 12 anos, veio quase se arrastando por detrás de Jesus, tocou-lhe na orla do seu manto, e foi instantaneamente curada. Jesus, sentindo que virtude saíra de si, voltou-se à mulher: “tem bom animo, filha, a tua fé te salvou” (Mt 9.22). De igual modo, foi a fé duma cananéia que impeliu a Jesus curar-lhe a filha endemoninhada. Disse-lhe ele: “Ó mulher grande é a tua fé! Faça-se contigo como queres” (Mt 15.28). 



Lucas deixa registrado que “em Listra costumava estar assentado certo homem aleijado, paralitico desde o seu nascimento, o qual jamais pudera andar. Esse homem ouviu falar de Paulo, que fixando nele os olhos e vendo que possuía fé para ser curado disse-lhe em alta voz: Apruma-te direito sobre os pés. Ele saltou e andava” (Atos 14.8-10).

Dois cegos vieram a Jesus, solicitando-lhe a cura. O Senhor, então, lhes pergunta: “Crede  que eu possa faze-lo” (Mt 9.28). TER FÉ EM DEUS SIGNIFICA CONFIAR QUE ELE TEM PODER PARA CURAR. Um leproso veio a Jesus e lhe rogou: “Senhor, se quiseres, podes purificar-me” (Mt 8.2). “SE QUISERES”. A fé que Deus requer não é uma certeza psicológica, mas capacidade e vontade em curar. E Jesus honrou-lhe a fé: “quero, fica  limpo” (Mt 8.3).

Um menino endemoninhado e epilético. O pai o trouxera aos discípulos mas, estes não puderam expulsar o demônio. Se aquele homem tinha qualquer fé no começo, o fracasso dos discípulos certamente dissipou toda sua confiança. Então, ele rogou a Jesus: “Mas se tu podes alguma cousa, tem compaixão de nós e ajuda-nos” (Mt 21.21,22). JESUS NÃO IMPOS QUALQUER LIMITAÇÃO AO QUE PODEMOS PEDIR A DEUS.

RELEMBREMO-NOS DESTAS TRES CARACTERISTICAS DA FÉ:
A)    A fé no poder curador de Jesus é confiar que ele realmente cura.

B)    A fé no desejo que Jesus tem de curar não deve ser equiparada a certeza psicológica. Ele curará até mesmo quando não temos nenhuma certeza psicológica.

C)    A fé não impõe limites a habilidade de Deus em favor de seus filhos, porquanto “tudo é possível aquele que crê”.

Conclusão: Deus cura em Resposta à Sua própria promessa

Em Tiago 5.14-16, vemos:
“Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e estes façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo em nome do Senhor.  E a oração da fé salvará o enfermo, e o Senhor o levantará; e se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados. Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros, e orai pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo”. 



Os obreiros da igreja tem a responsabilidade de orar pelos enfermos. Não, somente os obreiros, Tiago ordenou a todos os crentes: “E orai uns pelos outros, para serdes curados”. Se a igreja inteira levasse mais a sério a ordem divina, mais curas seriam operadas em nosso meio.


Nenhum comentário:

Postar um comentário