VEM
COM JOSUÉ LUTAR EM JERICÓ ( Josué 1-20).
“Pela
fé caíram os muros de Jericó, depois de serem rodeados durante sete dias” (Hb
11.30). o que é fé? Fé, segundo Hebreus, “é a certeza de coisas que se esperam,
a convicção de fatos que se não veem” (Hb 11.1).
A
FÉ BÍBLICA NÃO É FÉ NA FÉ. A fé cristã baseia-se na existência objetiva do Deus
que se revelou ao Seu povo por meio de Sua Palavra infalível e inspirada por
Seu Espírito.
A
FÉ BÍBLICA NÃO É MERO SENTIMENTO. Ter fé não é pular do pináculo do Templo
porque “sentiu” que deveria fazer isso. O xintoísmo é a decisão de se fazer
coisas em nome de uma fé que se baseia tão somente em sentimentos. O coração do
homem é enganoso (Jr 17.9) e Satanás, quer sempre “veleja de acordo com o vento”,
pode estar jogando essa concepção errônea de fé para jogar qualquer um de um
alto precipício.
FÉ
BÍBLICA É AGIR COM BASE NA PALAVRA DE DEUS. Josué 6.2: “Então disse o Senhor a
Josué: “Olha, entreguei na tua mão a Jericó, ao seu rei e aos seus valentes”.
1)
Jericó.
Jerico - cidade
considerada por muitos a mais antiga do mundo - interpunha-se entre ele e a
conquista de Canaã. O general israelita já havia travado muitas lutas, mas
nunca sitiara uma cidade. E os muros de Jerico representavam um desafio e
tanto. Eles compunham uma inexpugnável fortificação estratégica, formada por
um conjunto de duas espessas muralhas paralelas, cada qual com dois metros de
largura e dez metros de altura. Josué sabia que tomar Jerico não seria fácil.
Entretanto, era uma tarefa necessária: se os israelitas não o fizessem, teriam
sempre uma cidade inimiga às suas costas, o que poria em risco a sua sobrevivência.
Assim
como Josué, também nos encontramos às vezes diante de situações que parecem não
ter solução. Grossas muralhas interpõem-se entre nós e nossos sonhos. Graves
dificuldades ameaçam barrar nosso avanço. Inimigos poderosos nos injuriam e
atacam, afirmando que jamais os superaremos. Em ocasiões semelhantes, qual é o
nosso procedimento? Desistimos? Batemos em retirada? Ou será que nos lançamos
desesperados ao conflito, colecionando frustrações e derrotas? Às vezes, o
que fazemos é murmurar contra os céus, queixando-nos das adversidades. Josué,
porém, agiu de uma forma que lhe garantiu a vitória. E nós temos a oportunidade
de aprender com seu exemplo, identificando nas suas atitudes os ingredientes de
uma verdadeira fórmula do sucesso.
2) Humildade
A Bíblia diz que "estando Josué ao pé de
Jerico, levantou os olhos e olhou; eis que se achava em pé diante dele um
homem que trazia na mão uma espada nua; chegou-se Josué a ele e disse-lhe: És
tu dos nossos ou dos nossos adversários? Respondeu ele: Não; sou príncipe do
exército do Senhor e acabo de chegar. Então, Josué se prostrou com o rosto em
terra, e o adorou, e disse-lhe: Que diz meu senhor ao seu servo?" (Js
5.13,14 e Jo 20: 28-29).
Quem
aparece para Josué é Jesus, Cristofania, aparição de Cristo no Antigo
Testamento. Tanto é que Josué se dobra diante do General do Exército do Senhor
(Js 5.14). Carregava UMA ESPADA NUA DESEMBAINHADA. Isto é, a mão soberana de
Deus haveria de agir de modo invisível na batalha; Josué não batalharia sozinho.
Portanto, encontramos aqui três exércitos: o exército de Israel, o exército de
Jericó (entrincheirado dentro da muralha) e o exército do Deus vivo. LHE
PERGUNTO: QUEM ERA MAIORIA? (Dn 4.35)
O texto diz que o Senhor se revela a ele e lhe
diz, o que deveria fazer. Isso corresponde ao que diz o salmo 25.12: “O homem
que teme ao Senhor, Ele o instruirá no caminho em que deve escolher”.
Humildade é o reconhecimento dos nossos limites e
a confiança no ilimitado poder de Deus. É um ingrediente fundamental para uma
receita de sucesso. Como afirmou o sábio, "diante da honra vai a
humildade" (Pv 18.12). Quando somos modestos, podemos contar com os
recursos de Deus, e não apenas com os nossos. Josué, mesmo ocupando a mais alta
posição de autoridade em sua nação, não deixou de admitir suas limitações, de
buscar a direção do Senhor e de se submeter a ele. Será que, nos momentos de
lutas, temos feito o mesmo? (Salmos 121)
3) Confiança
O
general israelita revelou ter confiança em Deus e nas suas orientações. As
ordens que recebeu foram as seguintes: "Vós, pois, todos os homens de
guerra, rodeareis a cidade, cercando-a uma vez; assim fareis por seis dias.
Sete sacerdotes levarão sete trombetas de chifre de carneiro adiante da arca;
no sétimo dia, rodeareis a cidade sete vezes, e os sacerdotes tocarão as
trombetas. E será que, tocando-se longamente a trombeta de chifre de carneiro,
ouvindo vós o sonido dela, todo o povo gritará com grande grita; o muro da
cidade cairá abaixo, e o povo subirá nele, cada qual em frente de si" (Js
6.3-5).
O
que Deus mandou Josué fazer deve ter lhe parecido estranho. Ele bem poderia
ter respondido: "Mas, Senhor, não é assim que se conquista uma
cidade!" Josué era um guerreiro experimentado. Ele sabia que nenhuma
batalha jamais havia sido vencida daquela maneira. Talvez tenha pensado:
"Se eu passar essas ordens adiante, meus soldados deixarão de me
respeitar. E se fizermos o que Deus está falando, nossos inimigos dirão que
ficamos loucos. Eles rirão de nós e falarão que o sol do deserto fritou nossas
cabeças!" Entretanto, se algum desses pensamentos cruzou a mente de
Josué, logo foi varrido para longe. Ele decidiu fazer o que lhe fora mandado,
porque confiava no Senhor.
Os dicionários definem fé como "confiança em
alguém ou em alguma coisa, crença nos dogmas de uma religião, fidelidade em
honrar os compromissos". Mas a minha definição pessoal de fé é a seguinte:
fé é confiar a ponto de obedecer. Toda vez que fazemos o que o Senhor nos diz,
estamos exercitando nossa fé. Mas quando dizemos que cremos em Deus e apesar
disso não lhe obedecemos, enganamo-nos a nós mesmos, porque a verdade é que
não confiamos nele. É a certeza de que Deus nos ama e deseja o melhor para nós
que nos leva a seguir suas orientações, mesmo quando não somos capazes de
entendê-las. Os métodos do Senhor podem nos parecer estranhos, mas nunca deixam
de ser eficazes.
O
Senhor mandou que Naamã mergulhasse sete vezes no rio Jordão, e ele foi curado
da sua lepra. O Salvador disse ao cego de nascença que se lavasse no tanque de
Siloé, e ele voltou enxergando. A Bíblia nos manda amar nossos inimigos,
perdoar aos nossos ofensores, vencer o mal com o bem e voltar a outra face aos
nossos agressores.
4) Persistência
O último ingrediente na receita vitoriosa de
Josué foi a perseverança. O Senhor lhe disse que, para que os muros de Jerico
caíssem, teriam de ser rodeados por sete dias, e no último dia, por sete vezes.
Isso significa que durante um bom tempo o general israelita seguiu as
diretrizes divinas sem que nada acontecesse. Aquilo certamente foi um grande
teste para a sua fé. É dessa forma, igualmente, que a nossa confiança costuma ser
provada. Seguir em frente quando nossos esforços parecem infrutíferos não é
fácil. Por outro lado, nunca ninguém alcançou nada sem empenho e persistência.
Uma
mulher orou durante quarenta anos pela conversão do marido alcoólatra. Outra
intercedeu vinte anos pelo filho rebelde até vê-lo render-se a Jesus. Muitos
outros exemplos poderiam ser somados a estes, ensinando-nos uma importante
lição: Deus está disposto a dar-nos o triunfo, mas permitirá antes que lutemos
por ele, a fim de fortalecermos nossos músculos espirituais. Assim, os que
desistem diante da primeira demora podem acabar privados da bênção que lhes
estava reservada. "Não é digno de saborear o mel quem se afasta da colméia
por causa da picada das abelhas", escreveu Shakespeare. A vitória sorri
para aquele que, à humildade e à confiança, acrescenta a perseverança.
Thomas
Edison conseguiu fazer funcionar a primeira lâmpada elétrica na sua centésima
tentativa. Naquela ocasião, um repórter lhe perguntou:
- Depois
de fracassar noventa e nove vezes, não pensou em desistir?
- Eu
não fracassei noventa e nove vezes. Apenas descobri, noventa e nove vezes, como
algo não funcionava, respondeu Edison.
Conclusão:
"No
sétimo dia, madrugaram, ao subir da alva e, da mesma sorte, rodearam a cidade
sete vezes; somente naquele dia rodearam a cidade sete vezes. E sucedeu que,
na sétima vez, quando os sacerdotes tocavam as trombetas, disse Josué ao povo:
Gritai, porque o Senhor vos entregou a cidade... Gritou, pois, o povo, e os
sacerdotes tocaram as trombetas. Tendo ouvido o povo o sonido da trombeta e
levantado grande grito, ruíram as muralhas, e o povo subiu à cidade, cada qual
em frente de si, e a tomaram." Js 6.15,16,20.)
A
fórmula de Josué provou ser eficiente. Os israelitas venceram sua batalha mais
difícil, e prosseguiram na conquista da terra que Deus lhes havia prometido. Da
mesma forma, quando enfrentamos nossos desafios com humildade, confiança e persistência,
podemos aguardar bons resultados. O Senhor não nos abandonará. Ele não deixará
de nos conceder aquilo de que necessitamos e que sabe ser o melhor para nós.
Então, sigamos em frente. Vamos colocar de lado o desespero e a afobação, e
agir da maneira como Deus nos tem orientado. Afinal, não existe sucesso maior
do que estar em harmonia com a vontade do Senhor.
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