O dizimo e as janelas do céu. Malaquias
3:6-12.
Introdução: No Novo Testamento, a
igreja da Macedônia, começou a contribuir numa hora em que qualquer economista
chamaria de “momento de loucura”. Na verdade, a igreja era tão pobre quanto
aqueles aos quais resolveram ajudar (2 Co 8.2). “A profunda pobreza superabundou em grande riqueza de generosidade”.
Olhando para esse texto de Paulo, vale observar o que Jesus disse ao comparar
ricos e pobres no ato de ofertar (Mc 12.41-44); OS RICOS DAVAM SE SUA SOBRA, OS
POBRES DE SEU SUSTENTO. Entre nós, no entanto, é pior. Os ricos, pelos menos
davam grandes quantias, nos dias de hoje, pouquíssimos são os ricos que dão
alguma coisa, e há aqueles que quando fazem ainda tentam administrar o seu
próprio investimento. A igreja da Macedônia contribuiu no tempo da adversidade.
Quando isso acontece é grande a graça a nós concedida, e muito maior ainda é o
fruto desse davidoso amor.
1) Deus, não muda.(Ml 3:6).
· O tom da presente profecia é
solene. Por quatro vezes encontramos a expressão: “diz o Senhor dos Exércitos”,
v,7, 10,11 e 12). No inicio da argumentação é uma afirmação do Senhor sobre si
mesmo. Ele afirma a sua imutabilidade: Pois eu, Iavé, não mudo”. Tiago diz que nele “não
há mudança nem sombra de variação” (Tg 1:17). Eu sou – ego eimi.
2) Filhos
de Jacó. “vós, filhos de Jacó”.
Deus está envolvido com os
descendentes do homem que com ele lutou e “chorou e lhe fez súplicas” (Os
12:4). Outra tradução: “mas vós não deixaste de ser filhos de Jacó”. Por quê?
Porque
a comunidade
estava deixando de contribuir com o dizimo. O profeta os censura de tentarem
trapacear com Deus como fez Jacó com Esaú (Gn 25:29-34). A Biblia de Jerusalém
segue na mesma direção. Sua tradução ficou assim: “mas, vós, filhos de Jacó,
não cessastes!”.
Ele, Jeová, não mudou. O povo mudou.
Nós também mudamos. Mas ele permanece o mesmo. De forma admirável o apostolo
Paulo expressou isto: “Se somos infiéis, ele permanece fiel; porque não pode
negar-se a si mesmo” (II Tm 2.13). Por isso que Ele diz: “Tornai-vos para mim,
e eu tornarei para vós”. Tiago também expressou a mesma ideia: “Chegai-vos para
Deus e ele se chegará para vós” (Tg 4.8).
3) A
inconsciência: “Em que havemos de tornar”? ou “Quando foi que deixamos
o Senhor”. “Pior que o pecado é a inconsciência de achar que não se está em
pecado. Sim, pior que o pecado é o cinismo de desdenhar o chamado ao
arrependimento e obstinar-se em continuar vivendo erradamente”. CINISMO: atitude ou caráter de pessoa que revela descaso
pelas convenções sociais e pela moral vigente; impudência, desfaçatez,
descaramento.
4
) O PECADO (V.8).
Roubará o
homem a Deus? Todavia vós me roubais e dizeis: Em que te roubamos? A palavra roubar
no hebraico é “tomar a força”, qâbhâ (Pv 22.23, agressão ao pobre). Portanto, era algo
planejado, intencional. Ou seja, a subtração do dízimo é vista por Deus
como uma violência contra ele.
Alguns comentaristas traduzem
“roubará” por “suplantarás”. Fica então “Suplantará o homem a Deus?” E assim
fazendo um jogo de palavras: qâbhâ (suplantar) com Ya ´qobh (Jacó suplantador).
Ou seja, filhos de Jacó, filhos do suplantador. Isto é, NÃO PERDEU O CARÁTER DO
VELHO JACÓ.
4) CONSEQUENCIAS DE ROUBAR A DEUS.
Dificuldades econômicas (9-11). Os versículos 9-11 mostram
que os tempos eram difíceis. “As pessoas, sem dúvida, usam a dificuldade dos
tempos com uma desculpa para a sua frouxidão nos compromissos,mas o profeta
interpreta isso como se fosse o sinal exterior de um desprezo interno por Deus
(II Co 8:2-3).
· Em que te roubamos? Nos dízimos e
nas ofertas alçadas. Podemos tentar defraudar a Deus, mas no final das contas,
estaremos defraudando a nós mesmos ( Ob 15). Ananias e Safira trouxeram apenas
uma parte, e o Senhor os castigou, não por terem trazido apenas uma parte, mas
por terem querido dar a impressão de que deram tudo.
CONCLUSÃO: “Fazei provas de mim”.
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