Intimidade, tempo e aliança.
O
tempo, o tempo. O amor tem mil inimigos, mas o pior deles é o tempo. O tempo
ataca em silêncio. O tempo usa armas químicas... O tempo captura o amor e não
mata na hora. Vai tirando uma asa, depois a outra (Luis Fernando Veríssimo).
1) A intimidade e o tempo, e a aliança.
·
Nos dias atuais, o conceito de intimidade foi reduzido à mera experiência de
conhecer ao outro sexualmente. A intimidade, porém, é construída ao longo da
vida, na medida em que ganhamos consciência de quem o outro é, e isso em
detalhes. Suas preferências, suas opiniões, suas manias, seus vícios, entre
outras coisas.
·
Tempo. Duas pessoas se
vêem confusas quanto ao fazer com toda a intimidade adquirida ao longo dos
anos. Momentos foram vividos juntos, juras foram feitas, limitações expostas,
confissões verbalizadas e sonhos descritos.
·
Aliança:
Quando você promete amar alguém para
sempre, está prometendo o seguinte: “Eu sei que nós dois somos jovens e que
vamos viver até os 80 anos de idade. Sei que fatalmente encontrarei centenas de
mulheres mais bonitas e inteligentes que você ao longo de minha vida e que você
encontrará dezenas de homens mais bonitos e mais inteligentes que eu. É
justamente por isso que prometo amar você para sempre e abrir mão desde já
dessas dezenas de oportunidades conjugais eu surgirão em meu futuro. O Objetivo
do casamento não é escolher o melhor par possível mundo afora, mas construir o
melhor relacionamento possível com quem você prometeu amar para sempre”.
2)Um casal altamente bíblico.
2.1) Um anseio: intimidade (Ct 1:2).
·
O vinho, dentre outras coisas, tem a capacidade de criar um
clima de suposta intimidade. Pessoas embriagadas falam umas com as outras como
se fossem íntimas. No entanto, passado o efeito do álcool, sentem-se
envergonhadas pelo que foi dito e reclusas
na forma de agir. Nos dias de
hoje, muitos casamentos parecem estar sendo estabelecidos sobre “muito vinho”:
apartamento decorados, viagens para o exterior, bens materiais. “muitos beijos
e pouco vinho”: eles querem construir um relacionamento concreto com o outro,
enquanto pessoa, e não com as coisas.
2.2) Uma dificuldade: encontros e
desencontros (Ct 3:1,2; 5:5,6).
·
A história desse casal não é marcada apenas por dias de
intensa comunhão e romance. Existem também os momentos de desencontros. Existem
momentos em que o homem bate à porta de sua amada, mas ela não responde, e
quando ela decide levantar-se para atende-lo, ele não está mais à sua
espera. Três coisas: 1) intimidade não é
algo que alcançamos da noite para o dia; 2) a intimidade implica em encontros e
desencontros; 3) a intimidade só é alcançada por aqueles que perseveram.
2.3) Uma demanda: Aliança (Ct 8:6).
·
O selo na antiguidade
era o símbolo maior de um acordo estabelecido, um compromisso assumido ou uma
aliança feita. Assim, o selo no coração e o selo no braço manifestam uma
decisão tomada. Enquanto o selo
no coração
aponta para uma decisão íntima, o selo no braço fala de uma decisão pública. E qual é esta decisão? Um
homem e uma mulher não mais pertenceriam a si mesmos, mas um ao outro. O amor
também é comparado com a morte, significando um
caráter definitivo da decisão de amar um ao outro.
·
(Ct
8:7). As
muitas águas e as correntezas são sinônimos das adversidades enfrentadas que
sobreveem ao amor. Os bens oferecidos em troca do amor, representam as
propostas sedutoras que tentam sabotar o amor dedicando-o a outra pessoa que
não o cônjuge.
CONCLUSÃO: A MEDIDA DO AMOR É AMAR SEM
MEDIDA.
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