As sete taças da ira de Deus - Apocalipse 16.
Introdução:
As sete taças do apocalipse tem conexão com as pragas enviadas por Deus
nos dias de Moisés e reforça a ênfase de João sobre o culto, pois os egípcios estavam determinados a
evitar o povo de Israel adorar a Deus. A
tarefa de Moises era formar um povo que adorasse ao Senhor. Falas de Moisés
diante do Faraó: “Deixe o meu povo ir para celebrar-me uma festa no deserto....” “...permite-nos caminhar três
dias no deserto, para oferecer sacrifícios ao Senhor, o nosso Deus” (Ex.
5:1,3). Faraó pecou ao impedir. As pragas de julgamento aconteceram por esse
único motivo. O pior inimigo externo que o povo da fé enfrenta é a obstrução à
adoração. O pior inimigo interno que o povo de Deus enfrenta é a subversão da
adoração.
As sete
trombetas do apocalipse:
(1)
Enxofre, fogo e sangue que seca uma terça parte das árvores e o
pasto
(Apocalipse 8:7).
(2)
A montanha chamejante que é lançada no mar, fazendo que uma
terça
parte de este se converta em sangue. (8:8).
(3)
A queda da estrela no mar chamada Absinto, que envenena e
torna
amargas as águas (8:10-11).
(4)
A eliminação de uma terça parte do Sol, da Lua e das estrelas,
que
produzem grandes trevas em toda a Terra (8:12).
(5)
A vinda da estrela que abre as portas do abismo, de onde saem
fumaça
e os terríveis gafanhotos demoníacos (9: 1-12).
(6)
São soltos os quatro anjos que estão encadeados no Eufrates, o
qual
produz a vinda, do este, da cavalaria demoníaca (9:13-21).
(7)
O anúncio da vitória final de Deus e da rebelião das nações
contra
Ele (11:15).
Diferenças entre as trombetas e as taças da ira de Deus
·
Enquanto as
trombetas eram alertas de Deus ao mundo ímpio, as taças falam da ira consumada
de Deus.
·
Nas trombetas de
Deus a ira de Deus estava misturada com a misericórdia, mas nas taças vemos a
ira de Deus sem mistura.
·
Enquanto as
trombetas atingem primeiramente o ambiente onde vive o homem, as atacas atingem
desde o inicio os homens.
·
Enquanto as
trombetas causam tribulações parciais, objetivando trazer ao arrependimento os
impenitentes, as taças mostram que a oportunidade de arrependimento está
esgotada.
·
As trombetas
atingem apenas um terço da natureza e dos homens, as taças trazem uma
destruição completa.
·
A humanidade está
dividida entre os selados de Deus e os selados da besta, entre os seguidores do
Cordeiro e os seguidores do dragão, entre os que estão diante do trono e
aqueles que serão atormentados eternamente.
1) A
primeira taça: a terra é atacada (Ap. 16.1-2).
·
Todos aqueles que
não têm o selo de Deus, são marcados pela besta. Não há meio termo. Quem não é
por Cristo, é contra ele. Não há neutralidade em relação a Deus. No tempo do fim a religião não será algo
nominal: todo mundo terá de declarar lealdade a Cristo ou ao anticristo. As
ulceras atingiram os adoradores da besta.
2) A
segunda taça: o mar é atacado (Ap. 16.3).
·
Se na primeira
taça temos o tormento dos homens, agora temos a destruição completa. O mar se
torna em sangue. A destruição não é apenas parcial, mas total. A vida acaba-se
no mar, todas as criaturas do mar morrem.
3) A
terceira taça: os rios são atacados (Ap. 16:4-7).
·
A última aparição
do altar foi no quinto selo (Ap. 6:9-10), quando as almas dos santos clamavam
debaixo do altar pela vindicação da justiça divina. A primeira parte da
resposta de Deus àquela oração foi enviar, no lugar de punição, uma advertência
com as trombetas. Mas, agora, a sua reposta se completa literalmente com uma
vingança. O julgamento dos que
martirizaram os santos corresponde ao mal que fizeram. Recebem somente o que
merecem.
4) A
quarta taça: o céu é atacado (Ap. 16:8-9).
·
Os pecados que
não se arrependeram quando o sol escureceu são agora punidos mediante a
intensificação do calor do sol. O escurecimento do sol eles podiam perceber e
ignorar; quanto ao calor do sol, nada podem fazer a não ser senti-lo.
·
Mesmo assim as
pessoas atingidas não reconhecem tratar de uma ação divina, mas seus corações
são tão endurecidos que ao invés de caírem de joelhos diante de Deus, eles
blasfemam o nome de Deus e se recusam ao arrependimento (v.9).
5) A
quinta taça: o tormento (Ap. 16.10-11).
·
O trono da besta
(Ap. 2:13) é o maior golpe de Satanás. Ele invadiu toda a estrutura da
sociedade humana, fazendo uma sociedade sem Deus. O reino da besta está em
oposição ao reino de Cristo.
·
Os seguidores da
besta sofrerão, mas não calados; eles blasfemarão. Os ímpios não são
transformados por meio do sofrimento, ao contrário, se fazem mais iníquos. Eles
preferem morder a língua a gritar: nós pecamos! Quanto mais severos os juízos,
tanto mais duros os corações.
6) A
sexta taça: a destruição (Ap. 16:12-16).
·
Apocalipse 16.12 fala que as águas do rio Eufrates secaram,
abrindo o caminho para a invasão do inimigo.
·
Os versículos 13-14 nos informam sobre a tríade do mal: o dragão,
a besta e o falso profeta no seu esforço de seduzir e ajuntar reis da terra
contra o Senhor. Esses espíritos imundos
representam idéias, planos, projetos, métodos satânicos introduzidos dentro da
esfera do pensamento e ação. Essa batalha das nações contra Cristo e Sua igreja
é de inspiração satânica.
·
Apocalipse 16.15 nos fala que a derrota final do inimigo será
manifestada na volta inesperada e gloriosa de Cristo. A segunda vinda será
repentina e inesperada. Quando João diz que Jesus vem como ladrão, a idéia não
é de astucia nem de surpresa mas que não é esperada.
·
Apocalipse 16.16 nos fala do Armagedom: lugar de muitas
batalhas decisivas em Israel. Armagedom
é um símbolo, mais do que um lugar. Fala da batalha final, da vitória
final, quando Cristo virá em glória e triunfará sobre todos os seus inimigos.
Conclusão:
A sétima taça: o mundo não mais existe (Ap. 16.17-21).
·
O derramamento
da sétima taça remove o tempo e a história e os substitui pela eternidade. Quando
aquele dia vier, não somente as ilhas e as montanhas da terra criadas por Deus
que desaparecerão, mas as cidades, a civilização, que são a conquista do
orgulho humano.
·
Apocalipse 16:21:
“... os homens blasfemaram de Deus...” Uma das verdades mais tremendas é que
nem Deus, com todo seu poder, pode tomar de assalto a cidadela do coração
humano, porque o próprio Deus deu aos homens a terrível responsabilidade de ser
capazes de fechar seus corações.
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