Sendo Sal e Luz de Jesus Cristo (Mt
5:13-16).
Introdução
O sal tem uma variedade de usos. É condimento e preservativo.
Era usado para preservar a carne do apodrecimento. E na verdade ainda o é. Qual
é o brasileiro que nunca comeu ou pelo menos não ouviu falar da famosa
carne-de-sol, ou charque, jabá, carne-do-ceará?
O cloreto de sódio é um produto químico muito estável,
resistente a quase todos os ataques. Não obstante, pode ser contaminado por
impurezas, tornando-se, então, inútil e até mesmo perigoso. O sal que perdeu a
sua propriedade de salgar não serve nem mesmo para adubo, isto é, fertilizante.
1)
O sal da terra (v.13). “Vós sois o
sal do do mundo”.
·
A
salinidade do cristão é o seu caráter conforme descrito nas bem-aventuranças, é
discipulado cristão verdadeiro, visível em atos e palavras (Lc 14:34; Cl 4:6). Para
ter eficácia, o cristão precisa conservar a sua semelhança com Cristo, assim
como o sal deve preservar a sua salinidade. Se os cristãos forem assimilados
pelos não cristãos, deixando-se contaminar pelas impurezas do mundo, perderão a
sua capacidade de influenciar. “a glória do Evangelho é que, quando a
Igreja é absolutamente diferente do mundo, ela invariavelmente o atrai. É então
que o mundo se sente inclinado a ouvir sua mensagem, embora talvez no princípio
a odeie”.
·
O
sal perde seu sabor e torna-se insípido
com: POUCO VENTO. O sal para atingir o sabor ideal necessita de bastante
ventania na época de sua formação. O crente sem o vento do Espírito não
subsiste (Atos 2:2); POUCA LUZ. Muita luz é fundamental para a formação de
um bom sal. O efeito químico da luz sobre a água em tratamento é fundamental na
transformação desta em sal. Abundante luz celestial é a grande necessidade para
o crente ser um bom sal. POUCO CALOR.
Sem calor o sal em sua formação perderá em qualidade e se arruinará. Uma igreja
espiritualmente fria torna-se inerte, inativa, decadente e incapaz de ser o “sal
da terra”
·
O
SAL PERDE O SEU SABOR. “Se o
sal for insípido, com que se há de salgar? (Mt 5:13). PERDE O SEU VALOR. “para
nada mais presta” (Mt 5:13). PERDE O SEU LUGAR. “Para se lançar fora” (Mt
5:13).
2) A luz do mundo (VS. 14-16): vós sois a luz do mundo.
·
”que
os homens vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos
céus, pois é através dessas obras que a nossa luz tem de brilhar”. Considerando que a luz é um símbolo bíblico comum
da verdade, a luz do cristão deve certamente incluir o seu testemunho verbal; o
servo de Deus seria “luz para os gentios” (Is 42:6; 49:6).
·
Não
devemos ser como uma cidade ou vila aninhada em um vale, cujas luzes ficam
ocultas, mas sim como uma cidade edificada sobre um monte, que não se pode
esconder e cujas luzes são claramente visíveis a quilômetros de distancia. E mais,
devemos ser como uma lâmpada acesa, como João Batista (João 5:35), colocada no
velador, numa posição de destaque na casa a fim de iluminar a todos que se
encontram na casa e não ficando escondida.
3) Lições a aprender.
3.1) Há uma diferença fundamental
entre os cristãos e os não-cristãos, entre igreja e o mundo.
·
a
maior de todas as tragédias da Igreja através de sua longa história, cheia de
altos e baixos, tem sido a sua constância de conformar-se à cultura
prevalecente, em lugar de desenvolver uma contracultura cristã.
3.2) temos de aceitar a responsabilidade que esta diferença coloca sobre
nós.
·
Voces
tem que ser o que são. Voces são o sal e, por isso, tem de conservar a sua
salinidade e não podem perder o seu sabor cristão. Voces são a luz, e por isso,
devem deixar que a sua luz brilhe e não devem escondê-la de modo algum, quer
seja através do pecado ou da transigência, pela preguiça ou pelo medo.
·
O
que fazer diante da pressão dos tempos modernos? É no solo desta pressão que os
revolucionários são produzidos, dedicados à violenta subversão do sistema. Somos os revolucionários de Jesus. LUTERO: “Com a simples palavra de Cristo eu
posso ser mais desafiador e mais jactancioso do que ele com todo o seu poder,
suas espadas e suas armas”.
3.3) Temos de considerar a nossa responsabilidade cristã como sendo
dupla.
·
“o sal e a luz tem uma coisa em comum: eles se dão e se
gastam, e isto é o oposto do que acontece com qualquer tipo de religiosidade
egocentralizada”. A função do sal é principalmente negativa: evitar a
deterioração. A função da luz é positiva: iluminar as trevas.
·
Influencia dupla: UMA influencia negativa, impedir a
sua deterioração, e uma influencia positiva, de produzir a luz nas trevas. Pois
impedir a propagação do mal é uma coisa; e promover a propagação da verdade, da
beleza e da bondade é outra.
·
Sendo sal. O apostolo Paulo pinta um quadro
sinistro no final do primeiro capítulo da sua carta aos Romanos, falando do que
acontece quando a sociedade abafa a verdade que conhece por natureza (Rm
1:18-27). Deus pretende que penetremos no mundo. O sal cristão não tem nada de
ficar aconchegado em elegantes e pequenas dispensas eclesiásticas; nosso papel
é o de sermos “esfregados” na comunidade secular, como o sal é esfregado na
carne, para impedir que apodreça. OBS: ninguém pode acusar a carne fresca de
deteriorar-se. Ela não pode fazer nada. O ponto importante é: onde está o
sal? Exemplo: os essênios.
·
O que significa, na prática, ser o
sal da terra? NÓS,
POVO DE DEUS, deveríamos ser mais corajosos, mais francos na condenação do mal.
“o verdadeiro sal é a verdadeira exposição das Escrituras, que denuncia todo o
mundo e não deixa nada de pé a não ser a simples fé em Cristo. O SAL ARDE, E A MENSAGEM NÃO ADULTERADA DO
JUIZO E DA GRAÇA DE DEUS SEMPRE TEM SIDO UMA COISA QUE MACHUCA.
·
Sendo Luz do mundo. Fomos chamados a propagar o evangelho
e estruturar nosso modo de viver de um jeito que seja digno do Evangelho.
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