terça-feira, 13 de novembro de 2012


Sendo Sal e Luz de Jesus Cristo (Mt 5:13-16).

Introdução

O sal tem uma variedade de usos. É condimento e preservativo. Era usado para preservar a carne do apodrecimento. E na verdade ainda o é. Qual é o brasileiro que nunca comeu ou pelo menos não ouviu falar da famosa carne-de-sol, ou charque, jabá, carne-do-ceará?

O cloreto de sódio é um produto químico muito estável, resistente a quase todos os ataques. Não obstante, pode ser contaminado por impurezas, tornando-se, então, inútil e até mesmo perigoso. O sal que perdeu a sua propriedade de salgar não serve nem mesmo para adubo, isto é, fertilizante.

1)      O sal da terra (v.13). “Vós sois o sal do do mundo”.

·         A salinidade do cristão é o seu caráter conforme descrito nas bem-aventuranças, é discipulado cristão verdadeiro, visível em atos e palavras (Lc 14:34; Cl 4:6). Para ter eficácia, o cristão precisa conservar a sua semelhança com Cristo, assim como o sal deve preservar a sua salinidade. Se os cristãos forem assimilados pelos não cristãos, deixando-se contaminar pelas impurezas do mundo, perderão a sua capacidade de influenciar.  “a glória do Evangelho é que, quando a Igreja é absolutamente diferente do mundo, ela invariavelmente o atrai. É então que o mundo se sente inclinado a ouvir sua mensagem, embora talvez no princípio a odeie”.

·         O sal perde seu sabor e torna-se insípido com:  POUCO VENTO. O sal para atingir o sabor ideal necessita de bastante ventania na época de sua formação. O crente sem o vento do Espírito não subsiste (Atos 2:2); POUCA LUZ.  Muita luz é fundamental para a formação de um bom sal. O efeito químico da luz sobre a água em tratamento é fundamental na transformação desta em sal. Abundante luz celestial é a grande necessidade para o crente ser um bom sal. POUCO CALOR. Sem calor o sal em sua formação perderá em qualidade e se arruinará. Uma igreja espiritualmente fria torna-se inerte, inativa, decadente e incapaz de ser o “sal da terra”

·         O SAL PERDE O SEU SABOR.             “Se o sal for insípido, com que se há de salgar? (Mt 5:13). PERDE O SEU VALOR. “para nada mais presta” (Mt 5:13). PERDE O SEU LUGAR. “Para se lançar fora” (Mt 5:13).

2)      A luz do mundo (VS. 14-16): vós sois a luz do mundo.

·         ”que os homens vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus, pois é através dessas obras que a nossa luz tem de brilhar”.  Considerando que a luz é um símbolo bíblico comum da verdade, a luz do cristão deve certamente incluir o seu testemunho verbal; o servo de Deus seria “luz para os gentios” (Is 42:6; 49:6).

·         Não devemos ser como uma cidade ou vila aninhada em um vale, cujas luzes ficam ocultas, mas sim como uma cidade edificada sobre um monte, que não se pode esconder e cujas luzes são claramente visíveis a quilômetros de distancia. E mais, devemos ser como uma lâmpada acesa, como João Batista (João 5:35), colocada no velador, numa posição de destaque na casa a fim de iluminar a todos que se encontram na casa e não ficando escondida.

3)      Lições a aprender.

3.1) Há uma diferença fundamental entre os cristãos e os não-cristãos, entre igreja e o mundo.
·         a maior de todas as tragédias da Igreja através de sua longa história, cheia de altos e baixos, tem sido a sua constância de conformar-se à cultura prevalecente, em lugar de desenvolver uma contracultura cristã.

3.2) temos de aceitar a responsabilidade que esta diferença coloca sobre nós.

·         Voces tem que ser o que são. Voces são o sal e, por isso, tem de conservar a sua salinidade e não podem perder o seu sabor cristão. Voces são a luz, e por isso, devem deixar que a sua luz brilhe e não devem escondê-la de modo algum, quer seja através do pecado ou da transigência, pela preguiça ou pelo medo.
·         O que fazer diante da pressão dos tempos modernos? É no solo desta pressão que os revolucionários são produzidos, dedicados à violenta subversão do sistema.  Somos os revolucionários de Jesus.  LUTERO: “Com a simples palavra de Cristo eu posso ser mais desafiador e mais jactancioso do que ele com todo o seu poder, suas espadas e suas armas”.

3.3) Temos de considerar a nossa responsabilidade cristã como sendo dupla.

·         o sal e a luz tem uma coisa em comum: eles se dão e se gastam, e isto é o oposto do que acontece com qualquer tipo de religiosidade egocentralizada”. A função do sal é principalmente negativa: evitar a deterioração. A função da luz é positiva: iluminar as trevas.

·         Influencia dupla: UMA influencia negativa, impedir a sua deterioração, e uma influencia positiva, de produzir a luz nas trevas. Pois impedir a propagação do mal é uma coisa; e promover a propagação da verdade, da beleza e da bondade é outra.

·         Sendo sal. O apostolo Paulo pinta um quadro sinistro no final do primeiro capítulo da sua carta aos Romanos, falando do que acontece quando a sociedade abafa a verdade que conhece por natureza (Rm 1:18-27). Deus pretende que penetremos no mundo. O sal cristão não tem nada de ficar aconchegado em elegantes e pequenas dispensas eclesiásticas; nosso papel é o de sermos “esfregados” na comunidade secular, como o sal é esfregado na carne, para impedir que apodreça.  OBS: ninguém pode acusar a carne fresca de deteriorar-se. Ela não pode fazer nada. O ponto importante é: onde está o sal?  Exemplo: os essênios.

·         O que significa, na prática, ser o sal da terra? NÓS, POVO DE DEUS, deveríamos ser mais corajosos, mais francos na condenação do mal. “o verdadeiro sal é a verdadeira exposição das Escrituras, que denuncia todo o mundo e não deixa nada de pé a não ser a simples fé em Cristo. O SAL ARDE, E A MENSAGEM NÃO ADULTERADA DO JUIZO E DA GRAÇA DE DEUS SEMPRE TEM SIDO UMA COISA QUE MACHUCA.

·         Sendo Luz do mundo. Fomos chamados a propagar o evangelho e estruturar nosso modo de viver de um jeito que seja digno do Evangelho.

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