terça-feira, 8 de abril de 2014

Deixai vir a mim os pequeninos (Marcos 10:13-16)


“Dê-nos os primeiros sete anos de uma criança, com a graça de Deus, e poderemos desafiar o mundo, a carne e o diabo a estragar aquela alma imortal.” (Spurgeon).

“Qualquer, porém, que fizer tropeçar a um destes pequeninos que crêem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma grande pedra de moinho, e fosse afogado na profundeza do mar” (Mt 18.6).

1)    Alguns princípios.
·        A Bíblia nos manda pregar o evangelho a toda criatura (Mc 16.15).
·        As crianças estão na melhor fase para receber a Cristo. “Quando você pensar no crescimento da igreja... pense em crianças!”. Esse é um titulo de um folheto da APEC. Por que crianças? Porque elas estão em todo lugar; elas são abertas ao evangelho; ouvem e aceitam as boas novas mais prontamente que qualquer adulto. Alguns dados do folheto que mostram em que fase da vida as pessoas mais se convertem a Cristo. Segundo essa pesquisa, 1% das pessoas se converte antes dos 5 anos de idade; 85% dos 5 anos aos 15 anos; 10% dos 15 aos 30; e 4%, após os 30 anos.


·        Estudiosos afirmam que nosso caráter é moldado até os seis ou sete anos. Cinqüenta por certo de nossa formação se dá durante a infância. Sendo assim, essa é a fase ideal para receber a Cristo e seus ensinamentos. Alguns educadores orientam os pais a deixarem a mente de seus filhos livre a aberta, mas Provérbios 22.6 diz: “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele”.

“Quando era menino, acreditava em Deus. Quando jovem, no marxismo. Quando adulto, na Mega- Sena”.

·        Uma mentira: o fato de uma criança nascer num lar cristão é suficiente para ser salvo; ou a de que a criança não tem pecado, é inocente e por isso não precisa nascer de novo. Mas o que a Palavra de Deus diz é (Salmo 51.5). Ignoramos nossa natureza adâmica (Rm 3.23,24).

·        Elas trarão grande prazer à nossa alma. (Provérbios 29.17). “Discipline o seu filho, e este lhe dará paz; trará grande prazer à sua alma”.

·        As crianças representam a metade da população do mundo. Metade dos habitantes do mundo são crianças e adolescentes menores de 18 anos. Hoje, no Brasil, as crianças e os adolescentes chegam a 38% da nossa população. Então, pelos menos 40% dos nossos esforços e recursos deveriam ser destinados às crianças.

1)    Três grupos de pessoas.
·        Em primeiro lugar, os que trazem as crianças a Jesus (10.13). As crianças não vieram; elas foram trazidas. Algumas delas eram crianças de colo, outras vieram andando, mas todas foram trazidas. Não deixe as crianças esperar; não hesite em trazê-las para as mãos de Jesus; não conte com “mais tarde”: mais tarde, quando você for maior, quando entender mais a Bíblia, quando for batizado etc. As crianças podem ser trazidas com muita confiança no poder salvador de Jesus”.

·        Em segundo lugar, os que impedem as crianças de virem a Cristo (10.13). Os discípulos de Cristo mais uma vez demonstram dureza de coração e falta de visão. Em vez de serem facilitadores, se tornaram obstáculos para as crianças virem a Cristo. Eles não achavam que as crianças fossem importantes, mesmo depois de Jesus ter ensinado claramente sobre isso (9.36,37). Podemos impedir as pessoas de trazerem as crianças a Cristo por comodismo, negligência, ou por falsa compreensão espiritual.

·        Em terceiro lugar, os que abençoam as crianças (10.16). Jesus demonstra amor, cuidado e atenção especial com todos aqueles que eram marginalizados na sociedade. Ele dava valor aos leprosos, aos enfermos, aos publicanos, às prostitutas, aos gentios e agora, às crianças.
   
2)    A empatia de Jesus pelas crianças (v.14).
·        a afeição de Jesus às crianças (10.14). Não é a primeira vez que Jesus demonstra amor às crianças. Ele diz que quem recebe uma criança em seu nome é o mesmo que receber a Ele próprio (9.36,37). Jesus afirma, de outro lado, que fazer uma criança tropeçar é uma atitude gravíssima (9.42).

·        o convite de Jesus para os pais trazerem os filhos (10.14). Jesus encoraja os pais ou qualquer outra pessoa a trazer as crianças a Ele. “Devemos aprender com essa passagem a grande atenção que as crianças devem receber da Igreja de Cristo. Nenhuma igreja pode ser considerada saudável se não acolhe bem as crianças. Jesus, o Senhor da Igreja, encontrou tempo para dedicar-se às crianças. Ele demonstrou que o cuidado com as crianças é um ministério de grande valor”.

·        o convite de Jesus para as crianças virem a Ele (10.14). As crianças de colo precisam ser trazidas a Cristo, mas outras poderiam ir por si mesmas. Elas não deveriam ser vistas como impossibilitadas nem impedidas de virem a Cristo.

3)    Como as crianças podem ser impedidas de virem a Jesus?
·        Quando deixamos de ensiná-las a Palavra de Deus. Timóteo aprendeu as sagradas letras que o tornaram sábio para a salvação desde sua infância (2Tm 3.15). A Bíblia diz: “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele” (Pv 22.6). Os pais devem ensinar os filhos de forma dinâmica e variada (Dt 6.1-9).

Deuteronômio 6:7-9 nos diz que é de inteira responsabilidade dos pais ensinar seus filhos a amarem a Deus. Pais devem educar seus filhos através do ensino, fazendo uso de algumas coisas:  PERSISTENCIA. A palavra traduzida aqui como “persistência” manifesta a idéia de dedicação intencional. A grande questão é: “Pais tem se dedicado intencionalmente à formação espiritual de seus filhos?”. Você é capaz de mostrar-lhes onde se encontra o principio que diz que eles não devem mentir ou agredir com palavras outra pessoa?

·        Quando deixamos de dar exemplo a elas. Escandalizar uma criança e servir de tropeço para ela é um pecado de conseqüências graves (9.42). Ensinamos as crianças não só com palavras, mas, sobretudo, com exemplo.

·        Quando julgamos que as crianças não merecem a nossa maior atenção. Os discípulos julgaram que aquela não era causa tão importante a ponto de ocupar um lugar na agenda de Jesus.

Conclusão: atitude de Jesus em relação as crianças.
·        Ele toma as crianças em seus braços. Com isso Jesus revela seu carinho, aceitação, valorização, proteção e cuidado com as crianças.

·        Ele impõe as mãos sobre as crianças. Os pais trouxeram as crianças para que Jesus as tocasse (Lc 18.15) e orasse por elas (Mt 19.13).
Jesus toma a primeira criança em seus braços e coloca a sua mão na cabeça do infante. Então, com ternura Ele a abençoa por meio de uma oração valiosa ao Pai, para que seu favor seja derramado sobre ela. Ao terminar sua oração, Ele devolve a criança para a pessoa que a havia trazido, pega a criança seguinte, e assim sucessivamente, até ter abençoado todas elas”.


·        Ele as abençoou. O verbo grego kateuloei revela uma grande força de intensidade, evidenciando que sua bênção foi fervente. O verbo também está no tempo imperfeito, demonstrando que Jesus continuou abençoando as crianças.

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