terça-feira, 18 de março de 2014

O dizimo e as janelas do céu.  Malaquias 3:6-12.


Introdução: No Novo Testamento, a igreja da Macedônia, começou a contribuir numa hora em que qualquer economista chamaria de “momento de loucura”. Na verdade, a igreja era tão pobre quanto aqueles aos quais resolveram ajudar (2 Co 8.2). “A profunda pobreza superabundou em grande riqueza de generosidade”. 

Olhando para esse texto de Paulo, vale observar o que Jesus disse ao comparar ricos e pobres no ato de ofertar (Mc 12.41-44); OS RICOS DAVAM SE SUA SOBRA, OS POBRES DE SEU SUSTENTO. Entre nós, no entanto, é pior. Os ricos, pelos menos davam grandes quantias, nos dias de hoje, pouquíssimos são os ricos que dão alguma coisa, e há aqueles que quando fazem ainda tentam administrar o seu próprio investimento. A igreja da Macedônia contribuiu no tempo da adversidade. Quando isso acontece é grande a graça a nós concedida, e muito maior ainda é o fruto desse davidoso amor.

1)    Deus, não muda.(Ml 3:6).
·        O tom da presente profecia é solene. Por quatro vezes encontramos a expressão: “diz o Senhor dos Exércitos”, v,7, 10,11 e 12). No inicio da argumentação é uma afirmação do Senhor sobre si mesmo. Ele afirma a sua imutabilidade:  Pois eu, Iavé, não mudo”. Tiago diz que nele “não há mudança nem sombra de variação”  (Tg 1:17). Eu sou – ego eimi.

2)    Filhos de Jacó. “vós, filhos de Jacó”.
       Deus está envolvido com os descendentes do homem que com ele lutou e “chorou e lhe fez súplicas” (Os 12:4). Outra tradução: “mas vós não deixaste de ser filhos de Jacó”. Por quê?

      Porque a comunidade estava deixando de contribuir com o dizimo. O profeta os censura de tentarem trapacear com Deus como fez Jacó com Esaú (Gn 25:29-34). A Biblia de Jerusalém segue na mesma direção. Sua tradução ficou assim: “mas, vós, filhos de Jacó, não cessastes!”.

Ele, Jeová, não mudou. O povo mudou. Nós também mudamos. Mas ele permanece o mesmo. De forma admirável o apostolo Paulo expressou isto: “Se somos infiéis, ele permanece fiel; porque não pode negar-se a si mesmo” (II Tm 2.13). Por isso que Ele diz: “Tornai-vos para mim, e eu tornarei para vós”. Tiago também expressou a mesma ideia: “Chegai-vos para Deus e ele se chegará para vós” (Tg 4.8).


3)    A inconsciência: “Em que havemos de tornar”? ou “Quando foi que deixamos o Senhor”. “Pior que o pecado é a inconsciência de achar que não se está em pecado. Sim, pior que o pecado é o cinismo de desdenhar o chamado ao arrependimento e obstinar-se em continuar vivendo erradamente”. CINISMO: atitude ou caráter de pessoa que revela descaso pelas convenções sociais e pela moral vigente; impudência, desfaçatez, descaramento.



     4 ) O PECADO (V.8).
Roubará o homem a Deus? Todavia vós me roubais e dizeis: Em que te roubamos? A palavra roubar no hebraico é “tomar a força”,  qâbhâ  (Pv 22.23, agressão ao pobre). Portanto, era algo planejado, intencional.  Ou seja, a subtração do dízimo é vista por Deus como uma violência contra ele. 



        Alguns comentaristas traduzem “roubará” por “suplantarás”. Fica então “Suplantará o homem a Deus?” E assim fazendo um jogo de palavras: qâbhâ (suplantar) com Ya ´qobh (Jacó suplantador). Ou seja, filhos de Jacó, filhos do suplantador. Isto é, NÃO PERDEU O CARÁTER DO VELHO JACÓ.

4)  CONSEQUENCIAS DE ROUBAR A DEUS.

       Dificuldades econômicas (9-11). Os versículos 9-11 mostram que os tempos eram difíceis. “As pessoas, sem dúvida, usam a dificuldade dos tempos com uma desculpa para a sua frouxidão nos compromissos,mas o profeta interpreta isso como se fosse o sinal exterior de um desprezo interno por Deus (II Co 8:2-3). 



·        Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas alçadas. Podemos tentar defraudar a Deus, mas no final das contas, estaremos defraudando a nós mesmos ( Ob 15). Ananias e Safira trouxeram apenas uma parte, e o Senhor os castigou, não por terem trazido apenas uma parte, mas por terem querido dar a impressão de que deram tudo.


CONCLUSÃO: “Fazei provas de mim”.


Deus pede para ser posto à prova: anuncia dilúvio de bênçãos para o fiel (cataratas do céu): “Abrirei as janelas do céu e derramarei uma benção tão grande que não terão lugar onde guardá-la”; “reprovarei o gafanhoto” (Ag 1:6); “todas as nações vos chamarão bem-aventurados” e sereis uma terra deleitosa (II Co 9;6-11). 




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