terça-feira, 9 de julho de 2024

A conquista de um sonho Js 14.6-15 



Introdução: Atitudes diante da vida:

Sensação de inutilidade: As frases mais corriqueiras para quem vive com a gente assim, são: “Eu não sirvo para ajudar ninguém”. “Sou um estorvo na vida dos outros”. “Por quê continuo existindo, se a minha vida é vazia, sem sentido?”. O poeta Goethe, autor do livro “Fausto” escreveu: “Vida inútil é morte prematura”, ou: “ou uma morte antecipada”.

Sentimento de autopiedade ou autocomiseração. Quando dizem: “Ninguém se preocupa mais comigo, porque ainda não morri?”. A culpa de tudo isso que está acontecendo comigo é do fulano... Autopiedade produz acusação, acusação produz amargura e amargura afasta as pessoas de você. 

Sentimento de medo. “Eu não vou fazer isso, tenho medo”. “Preciso evitar todos os riscos e perigos”. “O mundo é um lugar muito perigoso, cheio de maldades, crimes, tragédias causadas pela natureza, etc. A pessoa se fecha, se tranca. O medo, porém, é um ladrão que rouba a nossa alegria e nossa paz.

Sentimento de remorso: trata-se de uma mistura de culpa e de arrependimento por escolhas mal feitas, ou, uma “angustia corrosiva que surge de um sentimento de culpa por erros passados. É a atitude de sempre olhar por cima dos ombros para o passado com um longo e profundo suspiro, pensando: “Se ao menos eu tivesse, se ao menos eu não tivesse”.

Canaã

O povo de Israel havia deixado quatrocentos anos de escravidão no Egito, indo em direção a Canaã. Depois de três de meses de viagem e, as portas de Canaã, Moisés envia doze espias, para que avaliem a condição da terra que receberiam como herança da parte de Deus. Dos doze, dez voltam assustados em virtude dos gigantes que viram na terra, enquanto que dois espias, Josué e Calebe, disseram ao povo que Deus daria aquela terra que manava leite e mel. 

O povo de Israel estava acampado numa região chamada Cades-Barnéia, ao sul da terra prometida, a terra de Canaã. Os homens voltaram quase um mês e meio depois. Os líderes se reúnem para ouvir o relatório. Os doze homens chegam à reunião carregados de uvas (aliás, cacho de uva que precisava de dois homens para carregar), romãs e histórias fantásticas sobre a incrível diversidade de frutos e riquezas daquela terra. “Quando chegaram ao vale de Escol, cortaram um ramo do qual pendia um único cacho de uvas. Dois deles carregaram o cacho, pendurado numa vara. Colheram também romãs e figos” (Nm 13.23).   

O que dizer de Canaã? “Lugares altos com chuva abundante para regar os vinhedos (Moabe, Basã e Gileade); desertos para os rebanhos (deserto Judéia, Neguebe); colinas para arvores frutíferas, grãos e azeitonas; vales viçosos para colheitas (o vale do Jordão); vales áridos para figos; um imenso lago de águas frescas com peixes em profusão (Mar da Galileia); uma planície fértil costeira, um grande numero de fonte de água limpa”. 


Contudo, um mês e meio depois, os homens que foram espiar a terra prometida, apresentam o seguinte relatório: “Entramos na terra à qual vocês nos enviou, onde manam leite e mel! Aqui estão alguns frutos dela. Mas o povo que lá vive é poderoso, e as cidades são fortificadas e muito grandes. Também vimos descendentes de Enaque” (Nm 13.27-28). Aliás, os enaquis eram pessos de grande estatura. Diante do tamanho deles, criou-se um ditado: “Quem é capaz de enfrentar os filhos de Enaque?’ 

Além disso:  “Os amalequitas vivem no Neguebe; os hititas, os jebuseus e os amorreus vivem na região montanhosa; os cananeus vivem perto do mar e junto ao Jordão” (Nm 13.29). E os dez espias terminam acrescentando: “Não podemos marchar contra esse povo, visto que é mais forte do que nós” (Nm 13.31).

Em meio ao desespero, um homem de quarenta anos chamado Calebe deu um passo à frente e calou a multidão, e disse: “Subamos e tomemos posse da terra. É certo que venceremos, em verdade temos a capacidade de conquistar essa terra!” (Nm 13.30). Mas os dez espias espalharam a noticia de que era impossível conquistar a terra de Canaã (Nm 13.31-33). 

Podemos tentar imaginar a conversa durante a reunião: _Calebe, você viu as mesmas coisas que os outros viram? _Sim, vi! Agora, novamente perguntaram para ele: _Faz idéia do tamanho daqueles homens? São imensos, mais altos que jogadores de basquete! Mas, Calebe é incisivo: _Mas vocês se esqueceram da grandiosidade de Deus? Lembrem-se do que ele fez com os egípcios: Lembram-se do mar vermelho se abrindo? Deus disse que nos daria essa terra. Então, porque estamos com os joelhos bambos, medindo o inimigo e nos preocupando com cidades fortificadas? Temos Deus ao nosso lado...

No entanto, os homens, porém, responderam: “Não podemos atacar aquele povo; é mais forte do que nós” (Nm 13.31). “Vimos também os gigantes (...) diante de quem parecíamos gafanhotos, a nós e a eles” (Nm 14.6-9). Mas, o povo não quis ouvir Calebe e Josué, por isso toda essa geração pereceu no deserto, menos Josué e Calebe.

Calebe – um sonho realizado

O que chama a atenção em Calebe é a sua devoção incondicional por Deus. Veja o que Josué diz acerca de Calebe nos versículos 8, 9 e 14, lemos “...ele foi inteiramente fiel ao Senhor”. Entre todos os grandes homens e mulheres da Biblia, Cabele é a única pessoa de quem foi dito: “Voce foi inteiramente fiel ao Senhor”.

A segunda qualidade era a fé inabalável nas promessas de Deus. No versículo 6, Calebe inicia seu discurso desta forma: “Voce sabe que o Senhor disse a Moisés, homem de Deus, em Cades-Barnéia, sobre mim e você”. Deus prometera dar a terra de Canaã a Israel e prometera uma parte especial dela a Calebe. Durante 45 anos, sonhou com Hebrom! Isto é, somente quem tem o Hebrom sabe porque está se sacrificando hoje, do que deve abrir mão e que direção deve caminhar. 

A terceira qualidade era a humildade autentica. Humildade é considerar os outros mais importante do que nós. Em Numero 13, Calebe foi a primeira voz a transmitir as boas noticias. Josué deu-lhe todo o apoio necessário, mas Calebe foi corajoso ao dizer que o povo deveria tomar posse da terra e confiar no Senhor. Ao longo dos quarenta anos de peregrinação no deserto, vemos uma grande numero de disputas pelo poder, ouvimos falar de muitas murmurações, mas esse líder “inteiramente fiel” não se envolveu nada disso.

A quarta qualidade é a perseverança de Calebe. “Portanto, Hebrom foi de Calebe, filho de Jefoné, o quenezeu, em herança até o dia de hoje, porquanto perseverará em seguir ao Senhor, Deus de Israel” (Js 14.14). Sabe o que é perseverar? Manter-se firme, sem mudar ou variar o intento; continuar trabalhando em prol do que se quer, não desistir. Ele não se deixou abater pelo tempo decorrido, pela grande quantidade de lutas ou de derrotas que sofrera, ele creu em Deus e manteve-se firme na fé. É hora de se posicionar na presença, manter-se firme, perseverar. 

Conclusão

O que chama a atenção em Calebe é a sua atitude, seu entusiasmo. Dê-me, pois, a região montanhosa...”. Dê esse desafio. Eu não fiquei com medo dos enaquis quando tinha quarenta anos, e estou pronto para essa batalha aos 85 anos de idade! O meu Deus é o mesmo, sempre será o mesmo, nunca mudará. Eu quero Hebrom, eu vou enfrentar os gigantes. 


 


Nenhum comentário:

Postar um comentário