Uma visão sublime Ap. 1:7-16
Introdução:
“Eis que vem com as nuvens e todo o olho o verá,
até os mesmos que o transpassaram e todas as tribos da terra se lamentarão
sobre ele. Sim, Amém” (v.7).
“O tempo está próximo” (v.3). A vinda de Cristo está diante
de nossos olhos. Ele aparecerá para estabelecer seu reino. Virá acompanhado por
seus santos, que estão vestidos de linho fino e puro (Ap. 19.8,14). Estes são a
“nuvem de testemunhas” (Hb 12.1), todos os crentes em Cristo! “E todo olho o
verá”, “ele virá com PODER E GRANDE GLÓRIA” (Mt 24.30).
Um casal deitou-se para dormir. Ao reclinar a cabeça nos
travesseiros, o relógio do avô começou a tocar no andar de baixo. Dez horas!
Onze horas! Doze horas! Quartoze horas! Quinze horas! Ouvindo todas as batidas,
o marido levantou sua cabeça assustado. Sua esposa voltou-se para ele, e
perguntou: “Querido, que horas são?” Ele respondeu: “Eu não sei, mas, é tão
tarde como nunca” (Rm 13.11-12).
1)
Eu
fui arrebatado (v.10)
O apostolo João está em Patmos, separado dos irmãos em
Cristo, não tendo comida suficiente, precariamente vestido, dormindo numa
caverna fria, escura e solitária. Estava sob o domínio de severos feitores.
Então, no dia do Senhor, ouviu “uma voz, como de trombeta (v.10)”. A trombeta
sempre foi um instrumento de poder.
Primeiro, a trombeta era usada para sinalizar a presença de
Deus. Avisava o povo de que Ele estava presente, fazendo-os estremecer (Ex
20.18). Segundo, a trombeta era usada para convocar o povo de Deus para a
guerra, ou usada para cessar a guerra (2 Sm 2.28). Terceiro, a trombeta era
usada para chamar o povo a adoração (Ap 1.17-20). Em apocalipse 4.1, João é
levado ao céu com a voz de trombeta e adorar a majestade divina.
2)
A
Visão (1.12-16)
a)
Sua
presença suprema: “E virei para ver quem falava comigo. E virando-me, vi sete
castiçais de ouro, e no meio dos sete castiçais um semelhante ao filho do homem”
(vs. 12,13).
Ao ouvir a voz como trombeta, João
virou-se e viu sete castiçais de ouro. Os castiçais eram colocados no canto do
aposento com uma pequena lamparina sobre si. O objetivo era manter a lamparina
suspensa no lugar mais alto do aposento. Os sete castiçais são as sete igrejas
(Ap 1.20). Somos o suporte da luz de Cristo nesse mundo que jaz em escuridão. Eles
são feitos de ouro, o metal mais precioso e caro. O ouro representa o grande
valor da igreja. Jesus derramou seu preciosíssimo sangue para resgatar a igreja.
Um preço superior ao de ouro e prata (1 Pe 1.18,19).
No meio dos sete castiçais, João vê a
figura de um homem. Não um homem qualquer, mas o filho do homem. O profeta
Daniel viu o Filho do homem vindo para governar o mundo com soberana
autoridade: “Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha nas
nuvens do céu um como o Filho do homem; e dirigiu-se ao ancião de dias, e o
fizeram chegar até ele. E foi-lhe dado o domínio, e a honra, e o reino, para
que todos os povos, nações e línguas o servissem; e o seu domínio é um domínio eterno,
que não passará, e o seu reino tal, que não será destruído’ (Dn 7.13-14).
b)
Suas
vestes soberanas
“...vestido até os pés de um vestido
comprido, e cingido pelos peitos com um cinto de ouro” (v.13).
Na visão de Isaias que teve de Jesus
glorificado, as orlas de seu vestido enchiam o templo (Is 6.1). No Antigo
Testamento, o vestido longo era usado por líderes de alto posto, como o Sumo
Sacerdote (Ex 25.28), o rei (1 Sm 24.5), ou juiz (Ez 9.1-11). Jesus é profeta,
sacerdote e juiz e rei para suas igrejas. Como profeta, fala por Deus; como
sumo sacerdote, intercede por nós diante de Deus; como rei, governa por Deus;
como juiz, preside todas as coisas.
c)
Seu
caráter puro
“e a sua cabeça eram brancos como lã branca, como a neve...”
(v.14).
Este branco é o símbolo da absoluta
pureza e santidade de Cristo. Santidade significa separação. Vem de uma raiz semítica
que significa cortar. Algo era cortado pela metade, e as partes, apartadas
entrei si. Significa que Cristo é separado de todos os homens, ele está sobre
nós. É o mais elevado dos seres, majestoso, grandioso e transcendente. É, santidade que Cristo requer da sua
igreja. Precisamos estar separado do mundo, não podermos ser como o mundo (1 Pe
1.15-16).
d)
Seu
olhar é profundo
“...e os seus olhos como chama de
fogo” (v.14).
Ele enxerga tudo. Vê os lugares mais
profundos e secretos de cada igreja. Nada lhe está oculto. E não há criatura
alguma encoberta diante dele. Todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos
daquele com quem temos de tratar (Hb 4.13).
“Porque Deus conhece todas as coisas
perfeitamente. Não conhece uma coisa melhor que a outra. Todas as coisas lhe
são bem conhecidas. Nunca descobre alguma coisa, nem fica surpreso ou
maravilhado. Nunca o surpreende” A.W. Tozer
Não há esconderijos. Mesmo as trevas
não lhe são escuras (Sl 139.12). Todos os fios de nossa cabeça estão contados
(Lc 12.7). Jesus conhece nossos pensamentos (Lc 6.8) e corações (Jo 2.25). Ele
Lê a nossa correspondência sem ter de abrir o envelope. Ele diz à igreja em
Éfeso: “eu sei as tuas obras” (Ap 2.2); a igreja de Esmirna, ele observa: “Eu
sei tuas tribulações” (Ap 2.9); a Pérgamo: “Eu sei onde habitas” (Ap 2.13); Da
mesma forma às igrejas em Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia: “Eu sei as
tuas obras” (Ap 2.19, 3.1,8, 15).
E) Seu juízo final
“E os seus pés, semelhante a latão
reluzente, como se tivessem sido refinados numa fornalha” (v.15)
Na Biblia o bronze simboliza
julgamento. No tabernáculo , a mobília associada ao pecado era de bronze.
Moisés levantou a serpente de bronze no deserto. Os pés de latão de Jesus
mostram que Ele está de pé, julgado nossos pecados. A Éfeso Jesus diz: “Tenho,
porém, contra ti que deixaste o primeiro
amor” (Ap 2.4). A Pérgamo assevera: “Mas mas poucas coisas tenho contra ti,
porque tens lá os que seguem a doutrina de Balaão, e dos Nicolaítas” (Ap
2.14-15). A Tiatira, deixa bem claro: “Mas tenho contra ti que toleras Jezabel”
(Ap 2.20). A Sardes declara: “...estas
morto” (Ap 3.1). E a Laodicéia, alerta: “Eu sei as tuas obras, que nem és frio
nem quente....és morno” (Ap 3.15,16). Pedro nos diz que o julgamento começara
pela casa de Deus (1 Pe 4.17).
Conclusão:
“E a sua voz de muitas águas”. Quando ele fala abafa t toda voz humana.
Jesus ordena a Éfeso: “Lembra-te, pois donde caíste, e arrepende-te” (Ap 2.5).
A Tiatira: “E dei-lhe tempo para que se arrependesse da sua prostituição e não
se arrependeu” (Ap 2.21). A Sardes: “Lembre-se pois do que tens recebido e
ouvido, e guarda-o, e arrepende-te”(Ap 3.3). A Laodiceia: “Aconselho-te que de
mim compre ouro, e vestido branco...e que unjas teus olhos com colírio...sê
pois zeloso, e arrepende-te” (Ap 3.18-19).
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