terça-feira, 18 de dezembro de 2018


O evangelho – Romanos 1.1-14


Era o ano de 1815. Napoleão Bonaparte é conhecido com um dos maiores generais, de todos os tempos. Conquistou toda Europa, menos a Grã-Bretanha; conquistou o Egito, a costa da África, etc. No entanto, havia alguém que Napoleão temia, Duque de Wellington – general britânico. E, em 1815, na batalha de Warteloo, na Bélgica, de um lado os franceses com 125.000 homens, do outro lado, os ingleses com 68.000! No meio da batalha, o prussiano vem ao encontro do exército britânico, liquidando definitivamente o exército de Napoleão.  Então, o arauto, vai imediatamente anunciar ao rei da que os ingleses haviam ganhado a batalha de Wartelloo.

1)    Paulo se apresenta
Paulo (pequeno) é um cristão: “...servo de Jesus Cristo...”. A palavra grega original é doulos, derivada do verbo DEO (algemar, aprisionar), significa também “escravo”. Para um grego dessa época, essa era uma expressão de vergonha e rebaixamento, para os judeus, no entato, era a mais expressiva forma de se posicionar em adoração ao rei dos reis, é um título de honra.


Ele foi “chamado” para assumir, ou comissionado e instruído pelo Jesus ressurreto: “Ele é para mim um instrumento escolhido, a fim de levar o meu nome diante dos gentios e seus reis... revelarei a ele tudo quanto será necessário sofrer por causa do meu nome” (Atos 9.10-11). 

Uma pergunta: “Mas por que o Senhor chamou Paulo para ser apostolo? Para que ele fosse “...separado para o evangelho de Deus” (v.1). A palavra traduzida como “separado” significa ser afastado de tudo o mais. Esse evangelho é tão grandioso, que ele está disposto a se apartar de qualquer coisa – riqueza, saúde, aplausos, amigos, segurança, e assim por diante – a fim de ser fiel ao seu chamado (Lc 14.33)

2)    O evangelho
Evangelho, é literalmente, “boa notícia”. No primeiro século, se um imperador; em um campo de batalha distante, conquistasse grande vitória que lhe assegurasse paz e estabelecesse autoridade, ele enviaria arautos – angeloi – incumbidos de proclamar sua vitória, paz e autoridade. Em palavras mais simples, o evangelho que é anúncio – uma proclamação. Evangelho não é conselho a ser seguido; É NOTICIA, BOAS NOTICIAS SOBERE O QUE FOI FEITO.

 O evangelho não é de Paulo; não se originou com ele, antes, é “... de Deus” (v.1). Portanto, não temos a liberdade de remodela-lo para que soe mais atraente em nossos dias, nem para domesticá-lo de modo a se tornar mais cômodo para nossa vida. Tampouco o evangelho é novo; antes, Deus o “...havia prometido pelos seus profetas nas Santas Escrituras” (v.2).

Em Genesis, ele é o descendente da mulher; em Êxodo, ele é o cordeiro pascoal; em levítico, ele é o sacrifício expiatório; em deuteronômio, é o profeta prometido; em Josué, ele é o general do exército do Senhor; em juízes, ele é o libertador; em Rute, ele é o parente prometido; em 1 Sm e 2 Sm, 1 Rs  e 2 Rs, 1 Cr e 2 Cr, ele é o rei prometido; em Esdras e Neemias é a esperança dos desesperançados; no livro Jó, ele é o nosso redentor; no livro de salmos, ele é o nosso socorro na hora bem presente; no livro de provérbios, ele é a sabedoria de Deus; no livro de Eclesiastes, ele é a satisfação dos nossos anseios; no livro dos cântico dos cânticos, ele é o nosso amado; no profetas maiores e menores, ele é o profeta prometido; nos evangelhos, ele é o salvador do mundo; no livro de Atos, ele é aquele que morreu e ressuscitou e está assentando a destra de Deus e batiza com Espírito Santo; nas cartas paulinas e gerais, ele é o cabeça da igreja; no livro de apocalipse, ele o alfa e o Ômega!

O conteúdo do evangelho é “...seu Filho...”(v.3). O evangelho é centrado, em Jesus. Ele diz respeito a uma pessoa, não a um conceito; é sobre ele, não nós. Esse filho era plenamente humano: “como ser humano” (v.3). Ele era “...da descendência de Davi” (v.3). Deus prometera a Davi gerar de sua família o rei supremo, definitivo e universal – o Cristo (2 Sm 7.16). Ele era plenamente divino: “...com poder foi declarado filho de Deus... pela ressurreição dentre os mortos...”



O QUE APRENDEMOS: 1) o tumulo vazio constitui a grande declaração de quem é Jesus. Sua ressurreição afasta toda dúvida de que ele é o Filho de Deus. 2) sua ressurreição e sua ascensão foram o caminho para que ele ocupasse o lugar que lhe pertence por direito; governando assentado à direita de Deus (Ef 1.20-22). Exaltado: “...a mais alta posição”; onde lhe foi dado: “...o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho...” (Fl 2.-10). É apenas no final do versículo 4 que Paulo dá nome ao filho de Deus: “Jesus Cristo, Nosso Senhor”. A versão grega é YESHUA/ JOSUÉ – “DEUS SALVARÁ”. JESUS É O CUMPRIDOR DE TUDO QUE DEUS HAVIA PROMETIDO...(V.2).

3)    OBEDIÊNCIA
E qual é o chamado do evangelho? Obedecer a Cristo e nele confiar – viver pela “...obediência da fé” (v.5). O QUE ISSO QUER DIZER? Duas cousas: 1) trata-se de uma obediência proveniente da fé – que brota de uma confiança de todo o coração em Jesus, o Filho de Deus. 2) a fé verdadeira em nosso coração produz a obediência em nossa vida. Por quê? Por que o evangelho é a proclamação de que Jesus é o rei prometido, o Filho de Deus ressurreto e poderoso, que agora convida a nos achegarmos a fim de desfrutarmos das bênçãos do seu governo. Ou seja, “a fé verdadeira é a fé em um reino divino, a quem devemos nossa obediência e de quem somos servos. “Somos salvos só pela fé, mas a fé que salva jamais está só. Ela traz consigo gratidão, alegria e confiante obediência”.  


  
4)    Comunhão
Nos versículos 6 e 7, ele descreve esses cristãos de quatro maneiras maravilhosas. Primeiro, eles foram “...chamados para ser de Jesus Cristo”. Segundo, são “...amados de Deus...” Terceiro, “...chamados para (serem) santos...” – pessoas puras e separadas, no sentido literal. Quarto, desfrutam de “...graça e paz (...) da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo”. Paulo é levado a dar “...graças ao meu Deus, por intermédio de Jesus Cristo, por todos vós, pois a vossa fé é anunciada em todo o mundo” (v.8).

POR QUÊ PAULO QUER VISITAR ESSA IGREJA (VS. 9,10)? Para “...compartilhar convosco algum dom espiritual, a fim de que sejais fortalecidos” (v.11). Há uma surpresa no versículo 12: “... para que juntamente convosco, eu seja encorajado pela fé mutua, vossa e minha”. O VERSICULO 11 NOS ENSINA A USAR SEJAM QUAIS FOREM OS DONS QUE O SENHOR NOS CONCEDEU DE MANEIRA GRACIOSA PARA FORTALECER A FÉ DAS PESSOAS. O VERSICULO 12 NOS ENSINA A PERMITIR QUE OUTROS USEM A FÉ E OS DONS QUE O SENHOR LHES CONCEDEU PARA NOS EDIFICAR. 



CONCLUSÃO: TEMPO DE COLHEIRA

Paulo planejou “muitas vezes (...) visitar-vos (...) para conseguir algum fruto entre vós, como também entre os demais gentios” (v.13). Paulo está indo a Roma tanto para encorajar quanto para evangelizar. Ele se vê como um “devedor”, a gregos, e a bárbaros, a sábios e a ignorantes, a todos, não importa a procedência étnica ou a capacidade intelectual (v.14). 





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