A importância do
testemunho cristão, Ap. 10.
Introdução: Antipas,
da igreja de Pérgamo, morreu na perseguição. Foi chamado de “minha fiel testemunha” (Ap 2:13). A
palavra que no primeiro século significava falar a verdade sobre Deus, martus,
veio para nossa língua como “mártir”, aquele que perde a vida por dizer o que
pensa.
“Testemunho” era o relato pessoal de uma conversa. Profetas e
apóstolos adquiriram a reputação de falar sem medo. Corriam grandes riscos. A taxa
de mortalidade deles, pelo menos em Israel, era muito elevada. Mais adiante no Apocalipse, João verá a
grande prostituta “embriagada com o sangue dos santos, o sangue das testemunhas
de Jesus” (Ap 17:6).
1)
Anjos.
Quem são?
Ø No grego aggelos, literalmente “mensageiro,
enviado” (Lc 7:24 e Hb 1:14: “não são todos eles espíritos ministradores,
enviados para servir a favor do que hão de herdar a salvação?”).
Ø “criaturas sem pecado que habitam um
mundo em que a matéria não estorva o espírito, que a usa com liberdade, sem
limitações. Ao mesmo tempo são criaturas que, a despeito de terem inteligência
mais elevada, colocam-na a serviço da causa da redenção, proteção e direção da
humanidade terrena”.
Ø As escrituras apresentam o anjo de
duas maneiras: 1) na forma de pessoas comuns, semelhantes ao homem ou à mulher
(Gn 18:2; Gn 19:1,5). O autor de Hebreus aconselha a prática da hospitalidade
com o seguinte argumento: “... foi praticando-a que, sem saber, alguns acolheram
anjos” (Hb 13:2). 2 ) manifestam também
por meio de visões, quando se apresentam de maneira extravagantes, figuras
imensas que enchem o céu.
Ø NOSSA GERAÇÃO: “uma geração como a
nossa, que assume (sem provas) em suas teorias e literatura de ficção
cientifica a existência de seres conscientes em outros planetas
interessados nesta terra, dificilmente
acharia estranho acreditar em anjos”.
Ø “PRECISAMOS DE UMA TRANSFUSÃO DE
SUBSTANCIAL DE GLÓBULOS VERMELHOS DE IMAGINAÇÃO NO SISTEMA CIRCULATÓRIO DE
NOSSA FÉ” (ver Sl 18:10).
1.1)
As
qualidades dos anjos.
Ø Anjos poderosos descendo dos céus
vestido como nuvens: Deus conduziu o seu povo através de uma nuvem luminosa (Ex
16:10); Nuvens escuras cobriram o Sinai quando a Lei foi dada (Ex 19:9); Deus
faz das nuvens a Sua carruagem (Sl 104:3).
Ø Coroado pelo arco-íris: o arco-íris
aparece ao redor do trono de Deus (Ap 4:3). Fala que o trono de Deus é um trono
de misericórdia, antes de ser um trono de juízo.
Ø O rosto brilhando como o sol: Esta é
a mesma descrição de Jesus Cristo no inicio do apocalipse.
Ø Pisando no Oceano e na terra: Deus é
soberano sobre tudo.
Ø Duas imensas colunas de fogo como
pernas: juízo.
2)
O
Testemunho cristão.
2.1 ) Sejamos discretos.
Ø O anjo poderoso abre sua boca e ruge
como leão, e a resposta é meteorológica: sete trovões (Ap 10:4). Sabemos dos
sete selos, sete chifres, sete trombetas, sete selos, sete taças... mas “...guarda
em segredo as coisas que os sete trovões falaram e não as escreve”. Jesus havia dado conselho semelhante sobre
lanças pérolas aos porcos (Mt 7:6).
Ø O retumbante Salmo 29 provavelmente diz
tudo que viremos a saber sobre as revelações do sete trovões: a voz do Senhor
ressoa sete vezes no salmo, em criação e julgamento, com todas as criaturas do
céu e da terra respondendo em adoração: “Glória”.
Ø Ao descer do monte da Transfiguração,
Jesus instruiu os três discípulos: “Não contem a ninguém o que voces viram” (Mt
17:9), não porque ninguém nunca devesse saber, mas porque não era a hora certa;
Eclesiastes 3:7: “tempo de calar e tempo de falar”.
2.2 ) Anjo forte (Ap 5:2; Ap. 10:2): pega o livrinho e come!
Ø O anjo lhe mostra o livro: “LIVRO”
significa revelação inteligível. O livro esta aberto, pois Cristo havia rompido
o selo. “HOJE É O DIA DA SALVAÇÃO”
Ø O anjo manda João, além de pegar,
COMER O LIVRO (Sl 40:8). João pega o livro. Entretanto a palavra usada não é a
mesma empregada na apresentação do mesmo livro. A VOZ CELESTIAL DIZ:
“Vá, pegue o livro (Biblion) aberto
que está na mão do anjo”. Ele conta o que aconteceu a seguir: “...me aproximei
do anjo e lhe pedi que me desse o livrinho (Biblaridion)”. Apocalipse 10:10,
diz: “peguei o livrinho (Biblaridion) da mão do anjo...”.
Ø O EVANGELHO É SIMPLES E PROFUNDO. “Quem
conheceu a mente do Senhor” (Rm 11:34 e Jó 26:14). Pega o que é capaz de
assimilar, um livrinho no lugar de um livro.
Ø O livro aberto foi apresentado, mas
só conseguimos assimilar o conteúdo de um livrinho. Por mais que falarmos, só
trataremos de uma parte do todo. Mesmo que nos expressemos muito bem, sabemos
que estamos apresentando uma versão deficiente e abreviada da perfeição que é a
palavra feita carne”
2.3) Coma o livro “ele será amargo em seu estomago, mas em
sua boca será doce como mel” (Ap 10:9).
Ø O apostolo João deve ter lembrado da
história de Ezequiel (Ez 2:8; 3:3). Essa experiência é comum a todos que
incorporam a palavra de Deus nas suas (Sl 34:8).
Ø Contudo – e aí reside a ironia da
doçura da palavra do testemunho, muitas vezes há rejeição, e aquele que
testemunha sente a amargura da rejeição em seu estomago (Ez 2:7; 3:7).
Jeremias, quase da mesmo época de Ezequiel, não teve sorte melhor (jr 1:10;
20:8).
Ø O testemunho sempre envolve as
polaridades de doçura e amargura (Mt 11:28; Cl 3:5-6).
CONCLUSÃO: “... é preciso que voce profetize de novo acerca
de muitos povos, nações, línguas e reis” (Ap 10:11). “NÃO HÁ APOSENTADORIA NO
SERVIÇO DO TESTEMUNHO”.
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