terça-feira, 9 de setembro de 2025

 A oração que cura – Tg 5.13-18 

Introdução

O apostolo Tiago era conhecido por sua vida de oração. Ele recebeu o apelido de “joelhos de camelo” porque passava  tanto tempo orando de joelhos que estes se pareciam com os joelhos calejados de um camelo. Em sua carta, Tiago, sempre recorre a oração: “Se algum de vós tem falta de sabedoria peça a Deus, que a concede livremente...” (Tg 1.5). Novamente ele diz: “Nada tendes porque não pedis” (Tg 4.2). A oração aqui está dentro do contexto da aflição, da alegria (contente) e da doença.

1)     Há alguém...

Há alguém sofrendo? Há alguém alegre? Há alguém doente? Essas perguntas abrangem três tipos de pessoas: o sofredor, o feliz (contente) e o enfermo. O que sofre deve orar. O contente deve orar. O enfermo deve chamar alguém para orar por ele. Assim vemos as três ocasiões para a oração: na tristeza, na alegria e na enfermidade. Portanto, Tiago nos ensina que a oração deve ser uma tônica constante na vida do cristão. 

Há alguém sofrendo? Pode ser sofrimentos físicos, emocionais e espirituais. Sim, pode ser doenças, desanimo, dúvidas ou ansiedade, dificuldades financeiras ou de relacionamento. Em suma as aflições apontam para qualquer coisa que cause tristeza ou tribulação. Então, quando enfrentamos sofrimentos nas esferas físicas, emocionais e espirituais, devemos orar, buscar ao Senhor. 

Infelizmente, fazemos da oração o nosso último recurso, ou, consideramos uma perda de tempo; somos pragmáticos, tentamos todos os recursos humanos... depois, no final, que recorremos à oração. Mas para o apostolo Tiago, a oração, a busca por Deus, é a solução para tudo. Tudo o que fazemos deve começar pela oração...pela dependência de Deus.

Quando não oramos, murmuramos, pensamos que Deus nos abandonou. Mas Quando oramos o Senhor ouve nossa oração; quando oramos somos revestidos de Sua Presença; quando oramos o Senhor fala conosco; quando oramos o Senhor nos responde; quando oramos conseguimos enxergar a vontade do Senhor em meio a neblina das dúvidas e dos temores.

“Há alguém contente? Cante louvores”. Na alegria devemos cantar louvores ao Senhor. Para o apostolo Tiago, o louvor é outra forma de oração que eleve nosso coração para adorar e honrar a Deus por tudo o que Ele é e por tudo o que Ele faz. Olham Moisés e Miriam salmodiando a Deus depois da travessia do Mar Vermelho. O Cântico não explica, ele expressa. O cântico, o poema, é sempre, e sempre foi, um ato fundamental de adoração. O cântico é dar testemunho do poder de Deus. Cantarei ao Senhor... O Senhor é um guerreiro, o seu nome é Senhor......lançou no mar os carros de guerra e o exército de Faraó. Os seus melhores oficiais afogaram-se no Mar Vermelho. Águas profundas os encobriram; como pedra desceram ao fundo” (Ex 15.3-4).  


Há alguém doente entre vocês? A palavra “doente” tem o sentido básico de “fraco” ou “frágil” e está ligada a uma doença física. Para esta,o apostolo Tiago faz Três recomendações: primeiro, ela deve chamar os líderes da igreja (Tg 5.14). Isso não é interessante? Porque as vezes os pastores são os últimos a saber quando alguém está enfermo, hospitalizado ou incapacitado. Há pessoas doentes que preferem que ninguém saiba de nada. Mas Tiago nos diz que até uma doença física não deve ficar na esfera das coisas privadas ou pessoais. 

Em segundo lugar, Tiago diz que os presbíteros da igreja devem fazer: orar e ungir, no grego é uma ação contínua: “orem, enquanto ungem com óleo”. Sabemos que um dos símbolos do Espírito Santo é o azeite, que representa sua presença, sua intervenção na vida do cristão. Não existem óleos especiais, “óleo santo”. Segundo o texto, não é no óleo que reside o poder. É na oração. “E a oração da fé salvará o doente”. 

Em terceiro lugar é dirigida aos fisicamente enfermos é que eles deveriam deixar o resultado na mão de Deus. Quem cura é Deus – não o óleo, nem os presbíteros (são instrumentos), nem a oração. Orar “em nome do Senhor”, significa orar de acordo com a vontade dEle. Quando Pedro e João estavam subindo ao templo, havia um aleijado de nascença pedindo esmola. Pedro lhe disse: “Não possuo prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou: em o Nome de Jesus Cristo, o Nazareno, ergue-te e anda” (Atos 3.6).

Tiago 5.15 apresenta três resultados da oração e unção administrada pela com fé pelos presbíteros: salvação, cura e perdão. Isso nos leva a crer que ele estava pensando em alguém que havia ficado doente como consequência de algum pecado. A palavra grega “salvará” (v.15) (sozo) denota a salvação espiritual. O apostolo Paulo quando escreve aos irmãos de Corinto sobre a ceia do Senhor fala desse pecado: “Por essa razão, há entre vós muitos fracos e doentes e vários que já dormem” (1 Co 11.30). O que estava acontecendo? Estava participando da ceia indignamente! 

Mas, aqui tem esperança: “...se houver cometido pecados, ele será perdoado”. Tiago usa o elemento “se”. Portanto, não há certeza de que a enfermidade é por causa do pecado, não podemos afirmar que toda doença é por causa de algum pecado. Tiago não diz isso aqui, mas usa o “se”. Portanto, nem todos os casos de enfermidades físicas são consequencia de algum pecado. Mas se houver pecado não confessado, a oração da fé, curará o doente.

Logo, o apostolo Tiago afirma: “...confessai vossos pecados uns aos outros” (v.16). Ele passa da terceira pessoa (o doente) para segunda pessoa: “vossos pecados”. Que confissão é essa? Tiago não está se referindo a confissão que fizemos quando aceitamos a Jesus como Nosso Salvador. Muito menos, ele está se referindo à confissão de pecados diante de Deus, que fazemos constantemente em nossas orações. Também não está nos mandando a fazer confissão auricular com um padre da igreja Católica Apostólica Romana para em seguida voce rezar um monte de Ave Maria e Pai nosso! E também ele não está falando para voce pegar o microfone da igreja e falar para todo mundo o seu pecado...

O apostolo está nos exortando para a restauração de vínculos com aqueles a quem prejudicamos e fala do perdão que devemos estender aos que nos fizeram mal. Quando voce sente no seu coração algum tipo de cura ou amargura que lhe corrói. Se voce permitir que esses sentimentos se espalhem sem eliminar por meio da confissão e oração, eles farão mal a voce. Eles acabarão se manifestando sob a forma de hábitos prejudiciais, depressão crônica, raiva oculta e até doenças físicas. Quando confessamos os nossos pecados somos curados do sentimento de culpa. Depois que confessamos nossos pecados oramos com mais eficácia: “A oração de um justo é poderosa e eficaz” (Tg 5.16). 

A palavra traduzida por “eficaz” é energeo, vocabulário que origem à palavra “energia”. A oração é o elemento que transforma um simples enunciado em palavras cheias de poder. A palavra oração fala de uma necessidade especifica “Petição” ou “pedido”. Uma oração tem que estar em consonância com as Escrituras. Uma oração, deve ser específica. E, a oração eficaz encerra uma fé absoluta na capacidade de Deus de fazer com muita eficácia.

Conclusão

Tiago nos apresenta um modelo de oração: o profeta Elias tinha uma natureza exatamente como a nossa (“era um humano como nós”), pecaminoso, incoerente, imperfeito, mas um homem de Deus, chamado por Deus. os pedidos de Elias tinham um poder tão grande que foi capaz de deter a chuva e depois fazer chover de novo. O Espirito Santo lhe deu capacidade de discernir a vontade de Deus e que despertasse o coração do rei e do povo que estava vivendo em pecado, adorando ídolos. 


 

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