Neemias: o desafio de construir o muro. Ne 2:11-20
Introdução: “Não
desprezar os dias das pequenas coisas” Zc 4.10.
Deus pode transformar as pequenas
coisas em grandes realizações. Por
exemplo, a Missão no Interior da China que começou no coração de Hudson Taylor.
Um homem com o coração cheio fervor vai pra China e cria uma missão para o
interior da China que mobilizou mais de 800 missionários, levando a Palavra de
Deus para mais de vinte e cinco mil pessoas. O Pastor Paul Yonggi Cho começa
seu projeto missionário num bairro pobre de Seul e, ele não tendo sequer uma
bicicleta para ajudar na evangelização; hoje é uma igreja com mais de
setecentos mil membros. O clube santo que começa em Oxford no século XVIII, na
Inglaterra; alguns jovens se reúnem para orar, buscar a face do Senhor; esse
movimento trouxe um dos maiores avivamentos na Inglaterra.
1)
SOLITUDE.
Neemias, tendo alcançado o seu
destino, naturalmente, teria se dirigido por uma ardente compulsão interior
para pegar a colher de pedreiro, contratar terceiros e assentar o fio do prumo.
NO ENTANTO, na realidade, Neemias não fez nada disso! O verso 2 temos a
afirmação de Neemias: “... e (eu) permaneci ali por três dias”.
“Sai de noite com alguns dos meus amigos. Não havia contado a ninguém o
que Deus havia posto no meu coração ...(v.12). No versículo 16 Neemias relatou
ainda mais: “os oficiais não sabiam aonde eu tinha ido ou o que estava fazendo,
pois até então eu não tinha dito nada aos judeus, aos sacerdotes, aos nobres,
aos oficiais e aos outros que iriam realizar a obra”.
Se você acha que ser EXTREMAMENTE
OCUPADO é sinônimo de espiritualidade, aprenda a lição com Neemias. Não é pela
pressa e pelo ímpeto da atividade que uma pessoa ganha respeito daqueles que o
cercam: É O QUE ELA FAZ QUANDO ESTÁ SOZINHA. “CARÁTER É O QUE VOCE É QUANDO
NINGUÉM ESTÁ TE OLHANDO”. Em Neemias 2.12 nos diz que “Eu não havia contado a
ninguém o que Deus havia posto em meu coração”.
2)
Examinar.
Enquanto estava em solitude na
presença do Senhor, Neemias recebeu direção objetiva: “De noite sai pela porta
do vale na direção da Fonte do dragão e da porta do esterco examinando todo o
muro (perceba que) ... fui até a porta da fonte” (vss. 13-14). NEEMIAS, desceu
pela parte sul de Jerusalém e voltou pelo oeste da porta da fonte. Quando
Neemias voltou pelo tanque do rei, havia tanta bagunça que não foi possível passar
com o seu cavalo. E escreveu: “De noite sai pelo vale examinando o muro”, ou
versão na linguagem de hoje: “SEMPRE OLHANDO AS MURALHAS”. A palavra em
hebraico para EXAMINAR significa “OLHAR ALGUMA COISA MUITO CUIDADOSAMENTE”. É
uma palavra da área médica para sondar uma ferida a fim de ver a extensão do
estrago.
Neemias podia ter pensado consigo
mesmo: “Vejamos agora. Quem será capaz de fazer este trabalho melhor? Esta
parte requer um artesão. O trabalho de cavar não precisar ser feito por um artesão”.
3)
Uma
grande motivação.
Depois disso levantou-se em frente do conselho da cidade e
disse: “Vejam a situação terrível em que (NÓS) estamos: Jerusalém está em
ruínas, e suas portas foram destruídas pelo fogo. Venham, (nós) vamos
reconstruir os muros de Jerusalém, para que (nós) não fiquemos mais nessa
situação humilhante” (v.17). Nesse
versículo vemos três palavras importantes e vitais: NÓS, NÓS E NÓS. Ou seja,
ele se identificou pessoalmente com a necessidade da população.
Imagine se Neemias dissesse: “Pessoal, encontrei vocês numa
tremenda bagunça. Sabem o que precisam fazer? Precisam reconstruir o muro. Se
precisarem estarei no meu escritório. Afinal de contas, não faço parte do
problema. Pessoal, vocês terão que se atualizar em relação ao pandemônio e
trabalhar”. QUANDO VOCE ACUSA E CRITICA,
ACABA COM A MOTIVAÇÃO. QUANDO VOCE SE IDENTIFICA COM O PROBLEMA, ENCORAJA A
MOTIVAÇÃO.
Existem dois tipos de motivação: a motivação exterior e a
motivação interior. A motivação exterior apela para as recompensas materiais. Enquanto
que a motivação interior para o espírito voluntário. Por exemplo, quando a criança fica um pouquinho
mais velha e começa a estudar, seus pais lhe dizem: “Para cada “A” que tirar,
lhe darei um real”. Neemias não ofereceu nenhum incentivo material quando
dirigiu-se aos oficiais de Jerusalém. Ele simplesmente disse: “Vejam a situação
terrível que estamos. Vamos reconstruir ao muros”. E o povo disse: Vamos
recomeçar a reconstrução.
Por que o povo respondeu com espontaneidade à proposta de
Neemias? Conduzido por Deus, Neemias foi capaz de apelar pelo seu ZELO
INTERIOR. Foi capaz de provocar uma coceira no seu íntimo. Não existem muitas
pessoas que conseguem fazer isso hoje, nem no passado.
A vida de Winston Churchill impressiona pela atitude corajosa
na segunda guerra mundial. No seu discurso Churchill não empregou a motivação
exterior mas interior:
“Não tenho nada a oferecer, a não ser sague, trabalho pesado,
lágrimas e suor. Vitória a qualquer preço, vitória apesar de todo o terror,
vitória por mais longo e difícil que o caminho for; pois sem vitória não há sobrevivência.
Ou hastearemos a bandeira ou fracassaremos. Vamos continuar até o fim.
Lutaremos na França, nos mares ou oceanos, lutaremos com confiança e força
crescente no ar, defenderemos nossas ilhas, qualquer que seja o custo”.
Davi quando tirou a armadura de Saul e olhou para o rosto
daquele gigante horroroso no vale. Ele disse: “Não existe uma razão?”. Enquanto
todos permaneciam em volta imaginando as desigualdades, Davi gritou: “Saia do
caminho”. Pegou umas pedras e acertou o gigante em cheio. Davi teve aquela
maravilhosa motivação interior e nunca se entregou. Foi a mesma força e
comprometimento que Neemias teve.
“Também contei-lhe como Deus havia sido bondoso comigo...
Então eles disseram: vamos recomeçar a reconstrução. E se encheram de coragem
para a realização desse bom projeto” (v.18).
4)
Uma
grande oposição
“Quando, porém, Sambalate, o horonita, Tobias, o oficial
amonita, Gesém o árabe, souberam disso, zombaram de nós e desprezaram-nos”
(v.19). O termo hebraico para zombar significa “guaguejar, balbuciar, repetir
palavras de escárnio”. Sambalate e Tobias tinham a cabeça empinada,
menosprezavam e escarneciam daquele grupo de judeus dizendo: “vocês estão
loucos. Nunca conseguirão fazer isso. Afinal de contas, você se rebelaram
contra o rei, não é mesmo?”.
Talvez se nós tivéssemos lá, teríamos dito: “Voce sabe, as
pessoas não querem mesmo um muro de novo. Não conseguiremos levar adiante esse
projeto porque a oposição é grande. Eles
viveram aqui, sem um muro, por mais de 150 anos, e se acostumaram a viver dessa
maneira. Não estamos acostumados com mudanças. Vamos arrumar as malas e ir
embora”.
Esses inimigos se opuseram a Neemias o todo tempo, quando o
muro estava em sua metade, eles escarneceram: “Basta que uma raposa subá lá,
para que esse muro de pedras desabe!”
Mas, Neemias respondeu: “Então lhe respondi: O Deus dos céus
fará que sejamos bem-sucedidos. Nós, os seus servos, começaremos a
reconstrução, mas no que lhe diz respeito, vocês não tem parte nem direito
legal sobre Jerusalém, em sua história não há nada de memorável que favoreça você”.
Conclusão: atitude de Neemias
1)
Falou
com Deus a respeito das criticas. “ouve-nos ó Deus, pois estamos deprezados”
(Ne 4.4-5). Quando você se põe de joelhos em oração o sucesso é total. O santo
que avança de joelhos nunca recua, pois a oração proporciona uma proteção incrível.
2)
Neemias
persistiu. Capítulo 4.6: “Nesse meio tempo fomos reconstruindo o muro”. Podemos
até visualizar isso: “Me dê mais um tijolo e continue misturando as massas”.
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