O batismo com Espírito Santo (Atos
2:1-13).
Introdução: Como estava a igreja
primitiva antes de receber o batismo com Espírito Santo?
Em oração perseverante.
Em Atos 1.14 diz: “Todos eles se reuniam sempre em oração, com as
mulheres, inclusive Maria, a mãe de Jesus, e com os irmãos de Jesus”. O firme proposito daqueles 120 crentes reunidos
no cenáculo até receberem a benção.
Em oração unânime (Atos 1.14; 2.1): é preciso haver união entre os
que oram. Onde há união, o Senhor ordena a benção (Sl 133). Desunião e
inimizade impedem a resposta às orações (Mt 5.24, Mc 11.25).
Em oração definida. O assunto daquela oração era um só: o cumprimento
da promessa do Pai. Atos 1.4,5: Certa ocasião, enquanto comia com eles,
deu-lhes esta ordem: "Não saiam de Jerusalém, mas esperem pela
promessa de meu Pai, da qual lhes falei. Pois João batizou com água, mas dentro de poucos
dias vocês serão batizados com o Espírito Santo". Portanto, não deve nunca desviar a
nossa mente do proposito da oração.
Em oração com fé. Não ficaram ocupados com discussões estéreis
sobre se Jesus realmente batizava, ou não, nem se esta benção era realmente
para aquele tempo ou se para um outro. Enquanto oravam, a fé era fortalecida. E
é pela fé que recebe o batismo com Espírito Santo.
1) A
descida do Espírito Santo.
O
significado do Pentecoste (Atos 2.1): “Ao
cumprir-se o dia de Pentecoste...”. A palavra pentecoste (pentekostos, no
grego) significa quinquagésimo dia. Ou seja, o Pentecoste era a festa que
acontecia cinqüenta dias após o sábado da semana da Páscoa (Lv 23.15-16). É também
chamado de Festa das Semanas (Dt 16.10), Festa da Colheita (Ex 23.16) e Festa
das Primícias (Nm 28.26). Essa festividade marcava o fim da colheita do trigo
(Ex 23.16), e eram oferecidas a Deus as primícias do sustento básico dos israelitas.
Assim como a Páscoa recordava a Israel que Deus era
seu Redentor, de igual maneira a Festa das Semanas lembrava-lhe que o Senhor
era também seu Sustentador, o Doador de toda boa dádiva.
A
espera do Pentecostes (Atos 2.1): “Estavam todos reunidos no mesmo lugar...”.
o horário era antes das nove da manhã (a hora do culto matutino). Os discípulos
estavam no cenáculo em unânime e perseverante oração, quando, de
repente, o Espírito Santo foi derramado sobre eles. Todos estavam no mesmo
lugar, com o mesmo propósito, buscando o mesmo revestimento do Espírito.
O
derramamento do Espírito (Atos 2:2-4). O
derramamento do Espírito Santo foi um fenômeno celestial. Não foi algo
produzido, ensaiado, fabricado. Aconteceu algo verdadeiramente do céu. O
versículo 1 informa-nos que todos estavam reunidos no mesmo lugar.
O termo todos aparece mais uma vez no versículo 4, são os 120 discípulos de
Jesus.
2) O
Espírito Santo desce sobre a igreja.
O
derramamento do Espírito veio como um som (Atos 2.2). Não
foi barulho, algazarra, falta de ordem, histeria, mas um som do céu. A palavra
grega echos, usada aqui, é a mesma usada em Lucas 21.25 para
descrever o estrondo do mar. Um som que chamou a atenção das pessoas que
estavam festejando o Pentecostes.
O
derramamento do Espírito veio como um vento (Atos 2.2). O
vento é o símbolo do Espírito Santo (Jo 3.8). O Espírito Santo veio em forma de
vento para mostrar sua soberania, liberdade. Assim como o vento é livre, o
Espírito sopra onde quer, da forma que quer, em quem quer.
“O
Espírito Santo sopra onde jamais sopraríamos e deixa de soprar onde gostaríamos
que ele soprasse”. O Espírito sopra no
templo, na rua, no hospital, no campo, na cidade, nos ermos da terra e nos
antros do pecado...Quando ele sopra ninguém pode detê-lo.
O
derramamento do Espírito veio em línguas como de fogo (Atos 2.3). O
fogo também é símbolo do Espírito Santo. Deus se manifestou a Moisés na sarça
em que o fogo não se consumia (Ex. 3.2). Quando Salomão consagrou o Templo ao
Senhor, desceu fogo do céu (2 Cro 7.1). No Carmelo, Elias orou, e o fogo desceu
(1 Rs 18.38,39). Jesus batiza com fogo, e o Espírito desceu em línguas como de
fogo.
Hoje,
muitas vezes, a igreja está fria. Parece mais uma geladeira a conservar intacto
seu religiosismo do que uma fogueira a inflamar corações. Muitos crentes
parecem mais uma barra de gelo do que uma labareda de fogo.
Certa
vez alguém perguntou a Moody: “Como podemos experimentar um reavivamento na
igreja?”. O grande avivalista respondeu: “Acende
uma fogueira no púlpito; quando gravetos secos pegam fogo, até lenha verde
começa a arder”.
A
experiência pentecostal de Moody: “Moody não duvidava de que recebera o
batismo com o Espírito Santo. Quando ele era moço esforçava-se muito e tinha um
desejo tremendo de conseguir alguma coisa, porém faltava-lhe poder. Estava
trabalhando na força da carne. Nesse tempo havia duas humildes senhoras
metodistas que costumavam assistir às reuniões por ele dirigidas na
Associação Cristã de Moços. Elas, no final do culto, muitas vezes se despediam
de Moody dizendo: “Estamos orando a seu favor”. Afinal ele ficou um tanto
sentido com isto e uma noite perguntou-lhes: “porque estão orando por mim?
Porque não oram em favor dos perdidos?” Responderam: “estamos pedindo que
Deus lhe conceda poder”. Ele não compreendeu esta declaração, mas começou a
meditar e depois procurou as senhoras, pedindo esclarecimento sobre a questão.
Elas lhe falaram, então, a respeito do batismo com o Espírito Santo. Em
seguida, Moddy pediu licença para orar juntamente com elas. Uma das mulheres me
contou que ele orou intensíssimo fervor naquela ocasião. Orou não somente com
elas, mas também orou sozinho. Pouco tempo depois, quando Moddy estava na cidade
de Nova Iorque, a caminho da Inglaterra, andando um dia pela rua, no meio do
tumulto e da confusão da grande cidade, recebeu a resposta à sua oração: o
poder de Deus desceu sobre ele. Moody foi às pressas para a casa de um amigo e
pediu permissão para retirar-se para um quarto onde pudesse estar a sós por
algum tempo. Ali passou umas horas em comunhão com Deus, enquanto o Espírito
derramou sobre ele um imenso gozo, que transbordava. Saiu daquele lugar
definitivamente cheio do Espírito Santo”.
O
derramamento do Espírito Santo traz uma experiência pessoal de enchimento do
Espírito Santo (Atos 2.4). Os
discípulos já eram salvos. Por três vezes Jesus havia deixado isso evidente (Jo
13.10; Jo 15.3; Jo 17.12). Uma coisa é ter o Espírito Santo, outra é o Espírito
ter alguém. Uma coisa é ser habitado pelo Espírito, outra é ser cheio dele. Uma
coisa é ter o Espírito presente, outra é tê-lo como presidente.
Certa
feita, David Hume, ateu, foi visto correndo pelas ruas de Londres. Alguém o
abordou: “Para onde você vai, com tanta pressa? O filósofo respondeu: “Vou ver
George Whitefield pregar”. O questionador lhe perguntou: “Mas você não acredita
no que ele prega, acredita?”. Hume respondeu: “Eu não acredito, mas ele
acredita”.
3) A
multidão do Pentecostes (VS. 5-11).
Lucas
enfatiza a natureza internacional da multidão que se reuniu. Todos
eram judeus, homens piedosos e todos estavam habitando em Jerusalém (v.5). Mas
eles não tinham nascido naquela cidade: vinham da dispersão, de todas as nações
debaixo do céu. PRIMEIRO, Lucas menciona os Partos, Medos e
Elamitas e os naturais da Mesopotâmia (v.9), ou seja, os povos a oeste do Mar
Cáspio; SEGUNDO, nos versículos 9b e 10 a, Lucas se refere a cinco
áreas que chamamos de Asia Menor ou Turquia: Capadócia (leste), Ponto (norte) e
Asia (oeste), Frigia e Panfilia (sul); TERCEIRO, norte da Africa
(10 b): do Egito e as regiões da Líbia nas imediações de Cirene; QUARTO (VS.
10-11) é composto por Romanos que aqui residem, e o QUINTO, que mais se parece
um acréscimo, são cretenses e arábicos (v. 11 b).
ü O
milagre das línguas (Atos 2:4-7). Não foram sons incoerentes, mas uma
habilidade sobrenatural para falar em língua reconhecíveis. Assim a expressão
outras línguas poderia ser traduzido por “línguas diferentes da sua língua
materna”.
ü A
perplexidade da multidão (Atos 2.6-7). A multidão foi atraída pelo
extraordinário fenômeno do Pentecostes. Algo sobrenatural estava acontecendo, e
eles não tinham explicações razoáveis para aquele fato.
CONCLUSÃO:
reações da multidão.
ü PRECONCEITO
(Atos 2.7). Os galileus eram recebidos em Jerusalém com grande preconceito.
Eram pessoas de segunda categoria.
ü CETICISMO
(Atos 2.12). Estes ficaram atônitos e perplexos, ansiosos por uma explicação
razoável para aquele extraordinário acontecimento.
ü ZOMBARIA
(Atos 2.13). Um grupo dentre a multidão rotulou o fenômeno das línguas como
resultado da embriaguez.
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