terça-feira, 18 de agosto de 2015

Davi e o pecado. 2 Samuel 12:1-14.



Introdução: O ultimo verso do capítulo onze diz: “Porém isto que Davi fizera, foi mal aos olhos do Senhor”. O que foi errado há mais de três mil anos continua errado hoje, mesmo que muitos o pratiquem. Estragar um casamento com uma relação adultera continua sendo um pecado deliberado, embora muitos façam isso. É possível que ninguém mais notasse, mas Deus notou (Gl 6.7). “As rodas do moinho de Deus andam devagar, mas moem extraordinariamente bem”.

Para que você não pense que a vida de Davi tornou-se agradável e que ele teve longas noites de prazer com sua nova esposa, livre de remorsos, e para que não pense que Davi se sentia maravilhosamente bem disposto durante os meses que se seguiram, analisemos alguns salmos.

1)     Salmos 32:2-4:“Enquanto eu mantinha escondidos os meus pecados, o meu corpo definhava...”

·        O trisavô de todos os pecados é a negação do pecado, a recusa em reconhecer o próprio pecado. A Bíblia viva interpreta esses versículos assim: Eu tentei, por algum tempo, esconder de mim mesmo o meu pecado. O resultado foi que fiquei fraco, gemendo de dor e aflição o dia inteiro. De dia e de noite sentia a mão de Deus pesando sobre mim, fazendo com as minhas forças o que a seca faz com um pequeno riacho. O sofrimento continuou até  que admiti minha culpa e confesse a ti o meu pecado”. Dois tipos de culpa: culpa verdadeira e culpa falsa. A falsa culpa é produzida pelos juízos e sugestões humanas. A culpa verdadeira surge quando a pessoa deliberada e conscientemente desobedece a Deus, que é o caso de Davi.

·        A verdadeira culpa se compara com a luz de aviso no painel do carro. Enquanto você está dirigindo, a luz vermelha pisca dizendo: “Cuidado! Há defeitos sob o capô”. Nesse momento, temos que fazer uma escolha: parar, sair do carro, abrir a tampa do motor e ver o que está errado, ou pode manter um pequeno martelo no porta-luvas e, quando a luz vermelha acender, você a quebra com o martelo e continua dirigindo. Ninguém notará a diferença por algum tempo – até que o carro pegue fogo.

 ·        Davi afirma: “Quando vivia na culpa verdadeira da minha alma, não podia ficar silencioso no intimo. Gemia o dia todo”. E como se: “eu sentia uma terrível opressão, minha consciência não me deixava em paz. Dia e noite a pesada mão de Deus sobre mim. Não conseguia lidar com as pressões do meu trabalho. Não sabia enfrentar as situações. Fiquei doente. Meu corpo enfraqueceu”.

2)    Salmos 38: “Não há saúde nos meus ossos por causa do meu pecado”.


·        O pecado nos torna infelizes. Apesar de ser tão inevitável, tão presente, ele não é conforme a nossa índole como seres criados à imagem de Deus. O pecado introduz uma substancia estranha em nossa alma.

·        Todo o meu corpo está doente, não há saúde nos meus ossos, minhas feridas cheiram mal e supuram, estou encurvado e muitíssimo abatido, estou ardendo em febre, sinto-me muito fraco e totalmente esmagado, meu coração geme de angustia, meu coração palpita, as forças me faltam, até a luz dos meus olhos se foi”(vs. 4-10). Oito referencias ao corpo em si, duas as posturas do corpo.  O pecado e os efeitos do pecado não são questões exclusivamente do espírito, ou desvio de vontade, ou atos desobedientes. Eles envolvem a pessoa por inteiro. Interior e exterior estão envolvidos nas questões do pecado.

·        Além disso, há freqüentes referencias a outras pessoas que estão envolvidas em pecado. Amigos, companheiros, vizinhos, os que desejam matar-me, os que querem me prejudicar, os que planejam traição, meus inimigos, os que me odeiam, os que retribuem em bem com o mal, meus caluniadores: dez referencias a outras pessoas cujo pecado me afeta (vs. 11,12,16 e 19).

·        Então, o que nos resta? É Deus que nos resta. É com Deus que devemos lidar (v. 15). O salmista certamente assume a responsabilidade pelas conseqüências pessoais de seu pecado (meu pecado, minhas culpas, minha insensatez, v,18).

3)    Salmo 102: “Responderá à oração dos desamparados; as suas suplicas não desprezará”. 


·        Uma conseqüência conhecida do pecado – uma de várias – é o isolamento. O salmo dá testemunho dessa experiência de isolamento. Há uma sucessão de imagens de confinamento solitário: rejeitado por Deus, fechado numa fornalha ardente, relva arrancada de suas raízes e ressequida, uma coruja no deserto, um pássaro solitário no telhado, zombado por inimigos, sobrevivendo com uma dieta de cinzas e lágrimas, com o olhar afastado, os ouvidos surdos. Isolado, sozinho, desprezado, abandonado. Sem deus e sem amigos.

4)    Salmos 130: “Espero no Senhor com todo o meu ser, e na sua palavra ponho a minha esperança”.

·        “Das profundezas” abre a oração. “Profundezas” é um termo do vocabulário da geografia – vale, ravina, águas profundas, fosso, vala e sheol (Jn 2.2) – que em geral é usado como metáfora: insondável, profundidade de corrupção, angustia, apostasia. Certamente há uma referencia implícita ao pecado em todas essas profundezas. “O pecado não responde a tratamento cosméticos; ele exige uma operação na fundação de nossa vida”.

5)    Confronto.

·        “O Senhor enviou Nata a Davi”.Quando Natã foi enviado?  Alguns eruditos do Antigo Testamento crêem que houve pelo menos um intervalado de doze meses antes que Nata fizesse a sua visita. Deus esperou pela oportunidade certa. Ele permitiu que as rodas trituradoras do pecado completassem a sua obra e então entrou em cena. Tu és o homem!  O queixo de Davi caiu! Ele piscou e ficou olhando para Natã enquanto seus pecados desfilavam silenciosamente pela sua cabeça (Pv 27:6).  Por causa do seu pecado “não se apartará a espada jamais da tia casa”.
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·        CONCLUSÃO:. Vemos quatro coisas no Salmo 51 que nos ajudam a identificar o verdadeiro arrependimento: 


 1) Quando o arrependimento é verdadeiro, haverá confissão aberta. Pequei contra ti e contra ti apenas, e fiz o que era mau.

·        2) Quando há verdadeiro arrependimento, há o desejo de deixar completamente o pecado. (Pv. 28:13). 

·         3) Quando há verdadeiro arrependimento,o espírito se mostra quebrantado e humilde (v.17).

·        4) Arrependimento verdadeiro é pedir perdão e a restauração de Deus. Você não morrerá, mas haverá conseqüências. 




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