No dia 30 de julho de 1967, uma jovem
esportista de dezessete anos sofreu um acidente ao mergulhar na baía de
Chesapeake. Aquilo a deixou totalmente tetraplégica, paralisada do pescoço para
baixo.
De início,
no hospital, ela lutou bravamente contra a própria condição, decidida a andar
de novo. Mas aos poucos ela percebeu que o dano era permanente e que jamais
recuperaria o uso das mãos e dos pés. Joni foi tomada por toda a gama de
emoções humanas – amargura, frustração, ressentimento, ira e até depressão suicida.
Ela também experimentou o que chamou de “ataque de fúria rebelde contra Deus”.
Passando por
um período de reabilitação e terapia, porém, e mediante grande apoio dos pais,
irmãs, namorado e outros amigos, aos poucos Joni arrastou-se para fora do
profundo buraco escuro. Ela começou a confiar em Deus e encarar o futuro com
realismo. Ela aprendeu a pintar com a boca; ficou famosa como conferencista e
escritora. Além disso, desenvolveu o JAF (Ministérios de Joni e Seus Amigos)
para auxiliar portadores de deficiências.
E o centro
de sua transformação foi a redescoberta da Bíblia. Ela aprendeu suas grandes
doutrinas. Joni foi auxiliada pela visão de Jesus na cruz, “imobilizado,
desamparado, paralisado”, assim como ela. Mas o que mais a ajudou foi a
ressurreição. “Agora tenho esperança no futuro”, escreveu. “A Bibilia fala que
nossos corpos serão glorificados no céu...agora sei o significado de ser
glorificado. È o momento, depois de minha morte aqui, em que vou dançar com
meus próprios pés”.
Joni descreve uma convenção cristã em que o pregador, ao
final de sua mensagem, pediu ao auditório que se ajoelhasse para orar. Ela
observou enquanto obedeciam. Mas, claro, ela não podia obedecer. Assim, não
conseguiu para de chorar. Era ainda mais difícil para ela porque, tendo
crescido na Igreja Reformada, estava acostumada a ajoelhar-se para orar, Então
Lembrou-se da ressurreição:
“Sentada ali,
lembrei-me de que no céu serei livre para pular, dançar, chutar e fazer
aeróbica. E embora tenha certeza de que Jesus ficará deliciado em me ver na
ponta dos pés, há algo que planejo fazer e que pode alegrá-lo mais. Se
possível, em algum lugar, em algum momento antes da festa começar; em algum
momento antes de os convidados serem chamados à mesa do banquete nas bodas do
Cordeiro, a primeira coisa que planejo fazer com minhas pernas ressuscitadas é
cair sobre os joelhos gratos e glorificados. Em silêncio, vou me ajoelhar aos
pés de Jesus”.
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